segunda-feira, novembro 09, 2009

O fator Simon, o fator Pet,

o fator Roth, o fator tri, o

fator personalidade etc.


Muitos fatores entraram em campo na importante rodada do Campeonato Brasileiro. Fatores que estavam dentro do campo, que envolvem arbitragem, personalidade de jogadores, estilo de treinadores, talento e falta de.

A polêmica atende pelo fator Carlos Eugênio Simon. O árbitro brasileiro que tem cadeira cativa na Copa do Mundo, embora colecione uma série de equívocos incríveis nas últimas temporadas. Simon anulou um gol legítimo de Obina, para o Palmeiras, quando o jogo contra o Fluminense estava empatado sem gols.

Pode-se procurar por horas alguma coisa que justifique o ato de Simon. O que se encontra são ausências de justificativas e, no mais, se houve alguma falta no lance, foi em Obina, não de Obina. Não acredito que Simon seja desonesto, nem duvido das suas intenções. Ele apenas vive a mais confortável da situações. Faça o que faça, está sempre escalado para a Copa do Mundo, tem preferência absoluta, paira acima do bem e do mal como o grande árbitro brasileiro - o que não é.

Há um rosário de equívocos na carreira de Simon, praticamente todo time pode reclamar de um erro dele. Ainda assim ele apita jogos decisivos. A política não pode prevalecer sobre o esporte. Hoje há muitos árbitros que trabalham melhor que Simon, mas não conseguem superá-lo na capacidade política.

Ainda sobre o jogo do Maracanã, não se pode questionar a evolução do Fluminense, a dedicação e o empenho do time numa luta que ainda parece inglória. O time ganha, ganha e não consegue tirar a diferença para o primeiro time fora da zona de rebaixamento. Fred está provando porque é um jogador acima da média e sabe ser decisivo.

Quem não está sabendo ser decisivo é o Palmeiras. Prejudicado pela arbitragem, é verdade, mas jogando um futebol raso, opaco, sem criatividade, acreditando apenas numa jogada individual ou numa bola bem cruzada para a área. Muito pouco, embora ainda esteja em condição de ser campeão. Seus jogadores que podem decidir andam sumidos, em especial Vagner Love e Diego Souza. E a defesa falha nos momentos cruciais.

Quem agradece ao Palmeiras pela falta de personalidade é o São Paulo. Que também está jogando um futebol fraco, apagado, sem criatividade, mas é o atual tricampeão, um time formado por jogadores acostumados a esse sistema de disputa do Brasileiro e altamente capacitados no aspecto psicológico. Quando faltam quatro voltas para o final da corrida, o São Paulo ultrapassa e assume a liderança, aproveitando-se dos erros da concorrência.

Erros que também têm sido a marca registrada do Atlético Mineiro em partidas decisivas. A começar pelo fator estratégia de Celso Roth. Muito bom treinador, mas que não conseguiu ousar, pelo menos na minha visão. Quando escala Renan para um jogo em casa, tendo vantagem sobre o adversário, Roth passa uma mensagem clara de que está mais preoucupado em não perder do que em ganhar. É preciso que ele inverta esse processo para que, enfim, transforme em títulos seus bons trabalhos.

Era o jogo da coragem do Galo. Se tivesse que perder, que fosse arriscando, com base no bom toque de bola do seu time, em especial no meio-campo que, na maioria das vezes, com Jonílson, Márcio Araújo, Corrê a e Ricardinho, é livre, leve e solto. Renan é um destruidor, não cria, pouco joga.

Quem joga, e muito, é o sérvio Petkovic. Jogador de jogo grande, de estádio lotado, de momento decisivo. Assim como o Imperador Adriano. Eles empurram o Flamengo, que tem jogado mais futebol do que São Paulo e Palmeiras, na arrancada final, na manutenção do sonho.

Sonho que também ainda pulsa timidamente para o Cruzeiro, outro que joga mais futebol que os líderes, de maneira mais agradável e eficiente. É difícil, mas há fatores que deixam tudo em aberto.

Será no encontro entre potenciais candidatos ao título, rebaixados de fato e virtualmente rebaixados que o campeonato será decidido. Isso sem contar com o fator Simon.

9 comentários:

Humberto disse...

Parabéns Noriega pelo post.

Como atleticano é duro acordar hoje e constatar que antes de perdemos para o Flamengo, perdemos para o medo.

Ô Celso Roth... a sua insegurança e cautela beira o desequilíbrio...

Você insistiu em culpar o gol olímpico do Pet. Entendo, mas não concordo. E se o gol fosse de cabeça mudaria alguma coisa?

O Flamengo entrou recuado e nós também. Cadê a postura de quem quer ser campeão?

Quando o Márcio Araújo e o Serginho estavam fora por lesão, você chorava a falta dos dois. Quando tem os dois, coloca o Renan em pleno Mineirão...

Não lhe falta humildade para reconhecer que escalou mal e pecou por ser cauteloso demais?

Admiro a sua seriedade e seu trabalho, mas, por favor, me faça acreditar também que você pode ser um vencedor...

Rubão disse...

Como palmeirense - e vc me conhece bem - poderia ficar furioso com o Simon ontem.

Mas o Palmeiras conseguiu feitos incríveis: perdeu para três times que serão rebaixados - Santo André, Nautico e Flu - sem marcar gol algum nessas partidas e conseguiu a ridícula marca de 5 pontos em 21 disputados.

É preciso falar que o time fez oba-oba antes da hora e que Diego Souza é o autêntico personagem Wally, pois ninguém sabe por onde anda.

Coloque um técnico de uma nota só e que só conhece o expediente da bola aérea - ao menos "revelou" Figueroa, o novo Arce - e veja como um time que tinha o título no bolso, vê sua carteira roubada e pode ficar ainda fora do G4.

E o Love pode pegar o próximo avião pra Moscou. E espero que o CSKA o mande pra mesma prisão na Sibéria que foi enviado o Dostoievski. Se ela não existir mais, que seja reativada.

Ele t á mais preocupado com suas tranças do que com gols.

PS: quem tá se deliciando com tudo isso é o Menon. Aguenta o Gordo agora.

Anderson natividade disse...

Chora porcada, engraçado vcs, qdo o FLU é garfado dizem que é do jogo de futebol,qto a agressão do Alan , analisem a jogada desde o inicio onde dois porcos o chutam descaradamente na cara do assistente OK!!!!
Chora porcada!!!!!!!!

Waltinho Oliveira disse...

Bom dia Noriega e amigos,

Não existe prognósticos para esse campeonato. título, libertadores e rebaixamento, tudo indefinido.
Acredito no meu Cruzeiro na libertadores, título é improvável, SPFC e Palmeiras que se cuidem, pois o Flamengo vem forte.
Abraços

Carlos Leonam disse...

Noriega, estou estreando como seu leitor aqui no blog.

Talvez seja uma cultura de quem vai a futebol desde os 5 anos de idade. Para mim, campeonato tem de ser em pontos corridos, com turno e returno, como antigamente, no Rio e em SP.
Não gostei de ver o Santos ganhar um campeonato tendo sido o último entre os classificados do tal mata-mata.

Bruno disse...

Aprecio seu trabalho, mas discordo um pouco do post. Acho que poderia ler o blog do pvc sobre o jogo de ontem do Flu x Palmeiras.

Antes de falarmos do Simon, ou justificarmos mais uma falha dele para a derrota palmeirense, vale dizer que o Palmeiras não perdeu, mas o Fluminense ganhou.

Li isso em poucos lugares e é fato. Jogou mais, pressionou o tempo todo e se fez merecedor ontem.

Palmeiras jogou nada como nas últimas semanas.

Obrigado pela oportunidade. Abs

Unknown disse...

Bruno, acho que você não leu direito ou pode ter passado despercebido aos seus olhos. Reproduzo aqui um trecho do que está escrito no meu post sobre o jogo:

Ainda sobre o jogo do Maracanã, não se pode questionar a evolução do Fluminense, a dedicação e o empenho do time numa luta que ainda parece inglória. O time ganha, ganha e não consegue tirar a diferença para o primeiro time fora da zona de rebaixamento. Fred está provando porque é um jogador acima da média e sabe ser decisivo.

Quem não está sabendo ser decisivo é o Palmeiras. Prejudicado pela arbitragem, é verdade, mas jogando um futebol raso, opaco, sem criatividade, acreditando apenas numa jogada individual ou numa bola bem cruzada para a área. Muito pouco, embora ainda esteja em condição de ser campeão. Seus jogadores que podem decidir andam sumidos, em especial Vagner Love e Diego Souza. E a defesa falha nos momentos cruciais.

Abs e volte sempre.

Unknown disse...

Noriega, seria possível comentar sobre a a postura do Roth, que em todas as entrevistas após jogos do Atlético no Mineirão afirma que prefere jogar fora de casa. Depois do jogo contra o Vitória disse que a obrigação de ganhar em casa é um apressão que atrapalha, e após a derrota para o Flamengo disse que a torcida desanimou e que o time sentiu 'o que veio da arquibancada'. Um treinador que não gosta de jogar em casa, com a torcida que tem o galo, não merece ser campeão. Acho que isso tem a ver com a falta de coragem na escalação.
Abs

Custodio disse...

Nori,


sinceramente, o time estava muito melhor que o Fla, inclusive após o gol.

acho que o fator gol contra (pra mim não foi olímpico pois o Feltri mudou a trajetória da bola) é que pesou.

depois disso, o time ficou desnorteado pois precisava atacar e se defender.

e, talvez aí sim, o Roth poderia ter colocado o Marcio, já que o galo precisaria correr atrás do Placar e o Renan não tem as características do Marcio.

enfim...

abraços