FELIZ NATAL AO SOM DA
MINHA BANDA FAVORITA
Entangled é de 1976, de um disco chamado A Trick of The Tail. Simplesmente mágica!
terça-feira, dezembro 23, 2008
FOI-SE ROSA BRANCA, UM
MITO DO NOSSO BASQUETE
Abro o jornal e leio, estarrecido, a notícia da morte de Carmo de Souza, o Rosa Branca, um dos mitos do basquetebol brasileiro. Tive a honra de conhecer o Rosa. A última vez em que estive com ele foi durante o Mundial Feminino de Basquete, em 2006, no Ibirapuera. Nos intervalos entre os programas que apresentava para o SporTV, tinha sempre encontro marcado com o Rosa, seu sorriso franco, o bom humor constante, e muitas aulas de basquete e de vida.
Para a minha geração, os bicampeões mundiais de basquete eram autênticos deuses do olimpo. Eu nunca vi jogar o Rosa Branca, o Amaury Passos, o Wlamir Marques. Mas seus feitos eram transmitidos até nós, que começávamos a gostar do esporte, pelos que tiveram o privilégio de vê-los em ação. Sempre acompanhando meu pai, Luiz Noriega, nas muitas transmissões de basquete, fui conhecendo esses personagens fantásticos e suas histórias maravilhosas.
Eram tempos em que o basquete era amado de fato pelos brasileiros, havia grandes jogos, grandes atletas, equipes fortíssimas e o Brasil encarava todo mundo de igual para igual.
Carmos de Souza ganhou o apelido de Rosa Branca, segundo conta a história, porque o preparador físico Júlio Mazzei o achava parecido com um jogador americano chamado White Rose. Não sei sobre o Rose, mas o Rosa, contam os que o viram, era tão bom que jogava como pivô, armador e ala. Sempre bem, seja pela Seleção, pelo Palmeiras ou pelo Corinthians.
Que lá do andar de cima o Rosa possa inspirar as pessoas que comandam o basquete brasileiro para que elas possam honrar a história que ele e seus companheiros escreveram com dois títulos mundiais e dois bronzes olímpicos.
MITO DO NOSSO BASQUETE
Abro o jornal e leio, estarrecido, a notícia da morte de Carmo de Souza, o Rosa Branca, um dos mitos do basquetebol brasileiro. Tive a honra de conhecer o Rosa. A última vez em que estive com ele foi durante o Mundial Feminino de Basquete, em 2006, no Ibirapuera. Nos intervalos entre os programas que apresentava para o SporTV, tinha sempre encontro marcado com o Rosa, seu sorriso franco, o bom humor constante, e muitas aulas de basquete e de vida.
Para a minha geração, os bicampeões mundiais de basquete eram autênticos deuses do olimpo. Eu nunca vi jogar o Rosa Branca, o Amaury Passos, o Wlamir Marques. Mas seus feitos eram transmitidos até nós, que começávamos a gostar do esporte, pelos que tiveram o privilégio de vê-los em ação. Sempre acompanhando meu pai, Luiz Noriega, nas muitas transmissões de basquete, fui conhecendo esses personagens fantásticos e suas histórias maravilhosas.
Eram tempos em que o basquete era amado de fato pelos brasileiros, havia grandes jogos, grandes atletas, equipes fortíssimas e o Brasil encarava todo mundo de igual para igual.
Carmos de Souza ganhou o apelido de Rosa Branca, segundo conta a história, porque o preparador físico Júlio Mazzei o achava parecido com um jogador americano chamado White Rose. Não sei sobre o Rose, mas o Rosa, contam os que o viram, era tão bom que jogava como pivô, armador e ala. Sempre bem, seja pela Seleção, pelo Palmeiras ou pelo Corinthians.
Que lá do andar de cima o Rosa possa inspirar as pessoas que comandam o basquete brasileiro para que elas possam honrar a história que ele e seus companheiros escreveram com dois títulos mundiais e dois bronzes olímpicos.
domingo, dezembro 21, 2008
ALGUNS ELOGIOS QUE FAZEM A GENTE
ESQUECER ATÉ AS CRÍTICAS MAIS TOLAS
Críticas e elogio fazem parte, usando um termo da galerinha atual. Qualquer problema que ocorre com um conhecido seu, é certeza que, na valorosa tentativa de ajudar, pinte um faz parte. Desde que me meti a trabalha com opinião de futebol e esportes na TV eu sabia que precisava estar pronto para todo tipo de crítica e de análise sobre o meu trabalho. Felizmente, tenho colhido mais opiniões positivas do que negativas nessa caminhada, que muitas vezes é árdua, com fardos que não são nada fáceis de carregar e situações que a própria razão parece desconhecer. Mas, sacumé, faz parte.
Nos últimos dias fui agraciado com dois elogios que me deixaram muito feliz, os quais compartilho com os leitores do blog. Estava eu em Marília, na última rodada da Série B, para MAC e Ceará. Acaba o jogo, estou descendo as escadas de um triste Abreuzão quando ouço um chamado: "garoto, vem cá". Era o Cláudio Adão. Ele tinha ido a Marília ver o filho, Felipe Adão, jogar. O time do filho tinha acabado de cair para a terceira divisão, e ele teve a educação de me chamar. E trouxe a esposa, Paula Barreto, para o papo. " Paula, o que eu falo lá em casa?" Ela responde: "Que ele é o comentarista que você mais gosta porque ele vê o jogo".
Ouvir isso do Cláudio Adão, que pra quem não sabe ou não lembra, jogava muita bola e chegou a ser apontado como um substituto do Pelé, valeu demais, me deixou feliz e consciente de que estou trabalhando de maneira séria e correta. Isso sem contar o prazer de bater um papo com um cara simpático e gente fina como o Adão e também com sua esposa, uma pessoa extremamente educada e elegante.
Semana passada fui ao Museu do Futebol para um evento com blogueiros do SporTV, uma galera esperta, que escreve bem pacas. Encontro com o professor José Teixeira, um dos maiores estudiosos do futebol. Pra quem não sabe ou não lembra, José Teixeira foi treinador, preparador físico e pensador do futebol em grandes times e na Seleção Brasileira. Um de seus trabalhos mais conhecidos foi todo o mapeamento da crise do Corinthians nos 22 anos sem título, que ajudou o clube a conquistar o título de 1977. Cumprimento o professor e ele me devolve um "parabéns, você está muito bem" que me deixou desconcertado, partindo de quem partiu. Acima de tudo um homem sério e educado. Ganhei o dia.
Escrevo isso, também, porque a gente toma muita porrada quando escolhe esse caminho na vida. Óbvio que existem críticas construtivas, que apontam os erros que, claro, todos nós cometemos. Mas algumas críticas são tão descabidas que machucam, magoam. Dia desses li uma num site que se pretendia humorístico, na qual um cara disse que eu tinha a capacidade de errar o esquema tático dos times com cinco minutos de jogo. Crítica maldosa, preconceituosa. Essa dói.
Coisas assim chateiam. Mas faz parte.
Por isso é legal receber elogios de pessoas com as quais você não tem amizade, praticamente não conhece, e que tentam analisar seu trabalho sem o peso da paixão ou do preconceito. Felizmente, isso também faz parte.
ESQUECER ATÉ AS CRÍTICAS MAIS TOLAS
Críticas e elogio fazem parte, usando um termo da galerinha atual. Qualquer problema que ocorre com um conhecido seu, é certeza que, na valorosa tentativa de ajudar, pinte um faz parte. Desde que me meti a trabalha com opinião de futebol e esportes na TV eu sabia que precisava estar pronto para todo tipo de crítica e de análise sobre o meu trabalho. Felizmente, tenho colhido mais opiniões positivas do que negativas nessa caminhada, que muitas vezes é árdua, com fardos que não são nada fáceis de carregar e situações que a própria razão parece desconhecer. Mas, sacumé, faz parte.
Nos últimos dias fui agraciado com dois elogios que me deixaram muito feliz, os quais compartilho com os leitores do blog. Estava eu em Marília, na última rodada da Série B, para MAC e Ceará. Acaba o jogo, estou descendo as escadas de um triste Abreuzão quando ouço um chamado: "garoto, vem cá". Era o Cláudio Adão. Ele tinha ido a Marília ver o filho, Felipe Adão, jogar. O time do filho tinha acabado de cair para a terceira divisão, e ele teve a educação de me chamar. E trouxe a esposa, Paula Barreto, para o papo. " Paula, o que eu falo lá em casa?" Ela responde: "Que ele é o comentarista que você mais gosta porque ele vê o jogo".
Ouvir isso do Cláudio Adão, que pra quem não sabe ou não lembra, jogava muita bola e chegou a ser apontado como um substituto do Pelé, valeu demais, me deixou feliz e consciente de que estou trabalhando de maneira séria e correta. Isso sem contar o prazer de bater um papo com um cara simpático e gente fina como o Adão e também com sua esposa, uma pessoa extremamente educada e elegante.
Semana passada fui ao Museu do Futebol para um evento com blogueiros do SporTV, uma galera esperta, que escreve bem pacas. Encontro com o professor José Teixeira, um dos maiores estudiosos do futebol. Pra quem não sabe ou não lembra, José Teixeira foi treinador, preparador físico e pensador do futebol em grandes times e na Seleção Brasileira. Um de seus trabalhos mais conhecidos foi todo o mapeamento da crise do Corinthians nos 22 anos sem título, que ajudou o clube a conquistar o título de 1977. Cumprimento o professor e ele me devolve um "parabéns, você está muito bem" que me deixou desconcertado, partindo de quem partiu. Acima de tudo um homem sério e educado. Ganhei o dia.
Escrevo isso, também, porque a gente toma muita porrada quando escolhe esse caminho na vida. Óbvio que existem críticas construtivas, que apontam os erros que, claro, todos nós cometemos. Mas algumas críticas são tão descabidas que machucam, magoam. Dia desses li uma num site que se pretendia humorístico, na qual um cara disse que eu tinha a capacidade de errar o esquema tático dos times com cinco minutos de jogo. Crítica maldosa, preconceituosa. Essa dói.
Coisas assim chateiam. Mas faz parte.
Por isso é legal receber elogios de pessoas com as quais você não tem amizade, praticamente não conhece, e que tentam analisar seu trabalho sem o peso da paixão ou do preconceito. Felizmente, isso também faz parte.
quinta-feira, dezembro 18, 2008
segunda-feira, dezembro 15, 2008
RETROSPECTIVA BLOG DO NORI
DO FUTEBOL 2008. VEM AÍ 2009
Hora de dar um tempo com o trabalho e curtir amigos e família, recarregar as baterias e voltar com tudo para 2009. Agradeço a todos que por aqui passaram e, na medida do possível, deixarei algum post nesse perído, até a segunda quinzena de janeiro.
Deixo agora uma retrospectiva do que o blog viu, curtiu, gostou e não gostou em 2008.
O MELHOR TIME DE FUTEBOL FOI A ESPANHA, campeã européia. Tive o privilégio de ver de perto a segunda conquista da Fúria na Eurocopa. Foi o que vi de melhor em futebol na temporada. Um time muito bem montado pelo Luís Aragonés, com jogadores de talento como Xavi e Iniesta, um espetacular Marcos Senna no meio-campo e um esquema de jogo moderno e pouco retranqueiro para os padrões espanhóis.
A MELHOR SURPRESA de 2008 no futebol foi o SPORT campeão da Copa do Brasil. Grande trabalho de Nelsinho Baptista e excelente reposicionamento do futebol nordestino. Muita gente olha com desdém e esquece, mas Sport, Santa, Bahia, Náutico, Vitória são todos times grandes, sim, do futebol brasileiro.
A CONFIRMAÇÃO de 2008 foi, obviamente, a supremacia do São Paulo no Campeonato Brasileiro. O time compensou um primeiro semestre desastroso, carregado de soberba e idéias equivocadas, com uma reta final de Brasileirão impressionante. No reino da incompetência, muito bem representado por Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo, o Tricolor paulista mostrou que mesmo sem ser brilhante ainda é rei.
A ESPERANÇA de que 2009 pode ser melhor, para mim, fica com os vascaínos. Pode parecer absurdo, já que o time foi rebaixado. Mas após décadas de uma adminstração viciada, ultrapassada e que arrancou as entranhas do clube, há um fio de esperança com Roberto Dinamite. O Vasco pode estar se reconstruindo e voltar ainda mais forte em 2010. Parece que, mesmo rebaixado, o clube tem mais credibilidade do que tinha.
O SINAL AMARELO para 2009 fica para o Palmeiras. O espectro do atraso ronda a política do clube. Os corneteiros não se entendem na briga pelo poder e o racha político pode atingir o futebol. Lembremos que em 32 anos o Palmeiras só conseguiu ser campeão de algo importante com dois técnicos: Felipão e Luxemburgo. Prova de que falta trabalho administrativo e de planejamento de seus dirigentes.
AS PROMESSAS de 2009 ficam para os grandes gaúchos. O Grêmio na Libertadores e o Inter com a promessa de um grande time. No Sul se trabalha com rara competência a questão do sócio-torcedor e a reconstrução financeira e administrativa se deu de forma consistente. Na cola dos irmãos do Sul vem o Cruzeiro, que fraquejou na hora de decidir em 2008, e também o Galo, que foi mal em seu centenário e precisa se reposicionar em 2009.
A DÚVIDA de 2009 fica para três gigantes do futebol brasileiro locados no Rio. Flamengo, Fluminense e Botafogo tiveram histórias muito distintas em 2008. O Flu bateu às portas do céu e do inferno. Ainda não encontrou o ponto de equilíbrio. O Flamengo frustrou seus milhões de fiéis, e o Botafogo luta para sobreviver a cada temporada, uma luta muitas vezes inglória.
A EXPECTATIVA de 2009 não poderia ser outra que não Ronaldo Fenômeno no Corinthians. O mundo do futebol estará de olho, para saber uma resposta que só Ronaldo pode fornecer: ainda dá para ele ou não?
A MEDALHA DE OURO esportiva fica para um time e e uma atleta. O time é o de vôlei feminino, capitaneado com maestria por José Roberto Guimarães, treinador que fez história com dois ouros olímpicos, no masculino e no feminino. O símbolo dessa equipe é a levantadora Fofão, exemplo de simplicidade, competência e espírito de equipe numa modalidade marcada por alguns arroubos de individualismo estelar.
DO FUTEBOL 2008. VEM AÍ 2009
Hora de dar um tempo com o trabalho e curtir amigos e família, recarregar as baterias e voltar com tudo para 2009. Agradeço a todos que por aqui passaram e, na medida do possível, deixarei algum post nesse perído, até a segunda quinzena de janeiro.
Deixo agora uma retrospectiva do que o blog viu, curtiu, gostou e não gostou em 2008.
O MELHOR TIME DE FUTEBOL FOI A ESPANHA, campeã européia. Tive o privilégio de ver de perto a segunda conquista da Fúria na Eurocopa. Foi o que vi de melhor em futebol na temporada. Um time muito bem montado pelo Luís Aragonés, com jogadores de talento como Xavi e Iniesta, um espetacular Marcos Senna no meio-campo e um esquema de jogo moderno e pouco retranqueiro para os padrões espanhóis.
A MELHOR SURPRESA de 2008 no futebol foi o SPORT campeão da Copa do Brasil. Grande trabalho de Nelsinho Baptista e excelente reposicionamento do futebol nordestino. Muita gente olha com desdém e esquece, mas Sport, Santa, Bahia, Náutico, Vitória são todos times grandes, sim, do futebol brasileiro.
A CONFIRMAÇÃO de 2008 foi, obviamente, a supremacia do São Paulo no Campeonato Brasileiro. O time compensou um primeiro semestre desastroso, carregado de soberba e idéias equivocadas, com uma reta final de Brasileirão impressionante. No reino da incompetência, muito bem representado por Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo, o Tricolor paulista mostrou que mesmo sem ser brilhante ainda é rei.
A ESPERANÇA de que 2009 pode ser melhor, para mim, fica com os vascaínos. Pode parecer absurdo, já que o time foi rebaixado. Mas após décadas de uma adminstração viciada, ultrapassada e que arrancou as entranhas do clube, há um fio de esperança com Roberto Dinamite. O Vasco pode estar se reconstruindo e voltar ainda mais forte em 2010. Parece que, mesmo rebaixado, o clube tem mais credibilidade do que tinha.
O SINAL AMARELO para 2009 fica para o Palmeiras. O espectro do atraso ronda a política do clube. Os corneteiros não se entendem na briga pelo poder e o racha político pode atingir o futebol. Lembremos que em 32 anos o Palmeiras só conseguiu ser campeão de algo importante com dois técnicos: Felipão e Luxemburgo. Prova de que falta trabalho administrativo e de planejamento de seus dirigentes.
AS PROMESSAS de 2009 ficam para os grandes gaúchos. O Grêmio na Libertadores e o Inter com a promessa de um grande time. No Sul se trabalha com rara competência a questão do sócio-torcedor e a reconstrução financeira e administrativa se deu de forma consistente. Na cola dos irmãos do Sul vem o Cruzeiro, que fraquejou na hora de decidir em 2008, e também o Galo, que foi mal em seu centenário e precisa se reposicionar em 2009.
A DÚVIDA de 2009 fica para três gigantes do futebol brasileiro locados no Rio. Flamengo, Fluminense e Botafogo tiveram histórias muito distintas em 2008. O Flu bateu às portas do céu e do inferno. Ainda não encontrou o ponto de equilíbrio. O Flamengo frustrou seus milhões de fiéis, e o Botafogo luta para sobreviver a cada temporada, uma luta muitas vezes inglória.
A EXPECTATIVA de 2009 não poderia ser outra que não Ronaldo Fenômeno no Corinthians. O mundo do futebol estará de olho, para saber uma resposta que só Ronaldo pode fornecer: ainda dá para ele ou não?
A MEDALHA DE OURO esportiva fica para um time e e uma atleta. O time é o de vôlei feminino, capitaneado com maestria por José Roberto Guimarães, treinador que fez história com dois ouros olímpicos, no masculino e no feminino. O símbolo dessa equipe é a levantadora Fofão, exemplo de simplicidade, competência e espírito de equipe numa modalidade marcada por alguns arroubos de individualismo estelar.
terça-feira, dezembro 09, 2008
RONALDO NO CORINTHIANS, UMA
GRANDE SACADA DE MARKETING
Ninguém sabe se Ronaldo dará certo como jogador do Corinthians. Como diz o Wanderley Nogueira, da Rádio Jovem Pan, ao final do contrato, aparecerão muitos "engenheiros de obra pronta" dizendo que sabiam que não daria certo, ou tinham certeza que daria.
Eu torço para que dê certo, porque o Ronaldo é um dos maiores craques do futebol brasileiro em todos os tempos. A única coisa possível de se afirmar agora é que o Corinthians fez um golaço na área do marketing, que vem sendo capitaneada com muita habilidade pelo Luiz Paulo Rosenberg. Dois dias após a conquista do sexto título brasileiro pelo São Paulo o Corinthians toma as manchetes quando o momento é todo do rival. Certamente fará um bom dinheiro com a camisa 9 do Fenômeno sendo vendida para a Fiel. Fenômeno que, não por coincidência, é patrocinado pela mesma empresa que veste o Corinthians, a Nike.
O Campeonato Paulista passa a ganhar muita visibilidade com a chegada de Ronaldo ao Corinthians, com o São Paulo dono do Brasil e com o Palmeiras abastecido pela parceria com a Traffic. O Santos pode encontrar no dono da rede Sonda de supermercados um bom parceiro.
Acho que nem na época da Democracia Corintiana o time do Parque São Jorge soube utilizar tão bem as ferramentas do marketing aplicadas ao futebol. Finalmente o time parece ter aprendido a explorar de maneira positiva a paixão e a fidelidade do seu torcedor.
GRANDE SACADA DE MARKETING
Ninguém sabe se Ronaldo dará certo como jogador do Corinthians. Como diz o Wanderley Nogueira, da Rádio Jovem Pan, ao final do contrato, aparecerão muitos "engenheiros de obra pronta" dizendo que sabiam que não daria certo, ou tinham certeza que daria.
Eu torço para que dê certo, porque o Ronaldo é um dos maiores craques do futebol brasileiro em todos os tempos. A única coisa possível de se afirmar agora é que o Corinthians fez um golaço na área do marketing, que vem sendo capitaneada com muita habilidade pelo Luiz Paulo Rosenberg. Dois dias após a conquista do sexto título brasileiro pelo São Paulo o Corinthians toma as manchetes quando o momento é todo do rival. Certamente fará um bom dinheiro com a camisa 9 do Fenômeno sendo vendida para a Fiel. Fenômeno que, não por coincidência, é patrocinado pela mesma empresa que veste o Corinthians, a Nike.
O Campeonato Paulista passa a ganhar muita visibilidade com a chegada de Ronaldo ao Corinthians, com o São Paulo dono do Brasil e com o Palmeiras abastecido pela parceria com a Traffic. O Santos pode encontrar no dono da rede Sonda de supermercados um bom parceiro.
Acho que nem na época da Democracia Corintiana o time do Parque São Jorge soube utilizar tão bem as ferramentas do marketing aplicadas ao futebol. Finalmente o time parece ter aprendido a explorar de maneira positiva a paixão e a fidelidade do seu torcedor.
segunda-feira, dezembro 08, 2008
POR QUE O SÃO PAULO É DIFERENTE?
Certamente existem dezenas de teses para definir ou tentar explicar a supremacia do São Paulo no futebol brasileiro. Permito-me apresentar a minha.
Acredito que alguns pontos explicam a hegemonia. Vou listá-los abaixo.
1 - O São Paulo prioriza a competência humana na gestão do futebol. Banca o profissional mais competente nas áreas de apoio e permite ao treinador ficar com a cabeça voltada apenas para o que ele deve fazer: treinar o time. Mais que a estrutura física, é o pensamento voltado para a excelência que faz do São Paulo um time, hoje, diferente. Porque a estrutura física era ótima entre 95 e 2004, e o time ficou dez anos sem chegar à Libertadores, por exemplo. E hoje há estruturas físicas até mais completas, como a do Cruzeiro.
2 - O clube conseguiu blindar o futebol da questão política com muito sucesso. Há oposição, há cornetagem, denúncias, escândalos, mas todos estão unidos em um aspecto: todos querem ver o time campeão. Não há gente que torce pela derrota do time, como acontece em outros clubes.
3- Há uma mistura interessante entre modernidade e passado no clube. O sistema de gestão do futebol profissional é moderno, mas existe a figura do poderoso-chefão, do presidente manda-chuva, como era no passado, o cartolão. Isso apressa algumas tomadas de decisão e evita que a vaidade entre cartolas menores em busca de holofote atrapalhe o dia-a-dia.
4 - O presidente do clube gosta e entende de futebol. Isso é fudamental. Assim como o caso do Internacional. Quem cuida do futebol gosta de ver futebol, de ir ao futebol, de falar sobre futebol. Na hora de peitar um treinador mais saidinho, isso faz a diferença.
5 - O São Paulo nunca se descuida nos bastidores, o que é importante num futebol como o brasileiro.
6 - O marketing do São Paulo é excelente, consegue a proeza - o que em termos de marketing é fundamental - de cravar "verdades" que não são verdadeiras. Por exemplo: o Corinthians e o Flamengo, historicamente, revelaram mais jogadores que o São Paulo, que é quem tem a fama de ser o grande revelador de jogadores. Fora isso, explora muito bem a questão de camisas especiais, de datas históricas etc.
7 - Idéias arejadas. A versão atual do São Paulo, que é dos anos 30, é a mais jovem entre os grandes times brasileiros, o que possibilita o acesso de novas idéias de uma maneira mais rápida e eficiente. O que atrai torcedores mais jovens.
8 - A revitalização financeira do Morumbi. O estádio chegou a ser um elefante branco, que não gerava a receita que o clube esperava. A construção de camarotes, lojas e restaurantes fez com que o estádio gerasse receita mesmo quando não estivesse lotado ou cedido para shows.
9 - Ídolo. Rogério Ceni é fundamental para a identificação dos jogadores e dos torcedores com o clube. Seguramente, é o jogador mais importante da história do São Paulo.
10 - Sorte. Não adianta fugir disso.Todo grande time em grande fase, tem uma boa dose de sorte. Aliada à competência, forma uma dupla imbatível.
Certamente existem dezenas de teses para definir ou tentar explicar a supremacia do São Paulo no futebol brasileiro. Permito-me apresentar a minha.
Acredito que alguns pontos explicam a hegemonia. Vou listá-los abaixo.
1 - O São Paulo prioriza a competência humana na gestão do futebol. Banca o profissional mais competente nas áreas de apoio e permite ao treinador ficar com a cabeça voltada apenas para o que ele deve fazer: treinar o time. Mais que a estrutura física, é o pensamento voltado para a excelência que faz do São Paulo um time, hoje, diferente. Porque a estrutura física era ótima entre 95 e 2004, e o time ficou dez anos sem chegar à Libertadores, por exemplo. E hoje há estruturas físicas até mais completas, como a do Cruzeiro.
2 - O clube conseguiu blindar o futebol da questão política com muito sucesso. Há oposição, há cornetagem, denúncias, escândalos, mas todos estão unidos em um aspecto: todos querem ver o time campeão. Não há gente que torce pela derrota do time, como acontece em outros clubes.
3- Há uma mistura interessante entre modernidade e passado no clube. O sistema de gestão do futebol profissional é moderno, mas existe a figura do poderoso-chefão, do presidente manda-chuva, como era no passado, o cartolão. Isso apressa algumas tomadas de decisão e evita que a vaidade entre cartolas menores em busca de holofote atrapalhe o dia-a-dia.
4 - O presidente do clube gosta e entende de futebol. Isso é fudamental. Assim como o caso do Internacional. Quem cuida do futebol gosta de ver futebol, de ir ao futebol, de falar sobre futebol. Na hora de peitar um treinador mais saidinho, isso faz a diferença.
5 - O São Paulo nunca se descuida nos bastidores, o que é importante num futebol como o brasileiro.
6 - O marketing do São Paulo é excelente, consegue a proeza - o que em termos de marketing é fundamental - de cravar "verdades" que não são verdadeiras. Por exemplo: o Corinthians e o Flamengo, historicamente, revelaram mais jogadores que o São Paulo, que é quem tem a fama de ser o grande revelador de jogadores. Fora isso, explora muito bem a questão de camisas especiais, de datas históricas etc.
7 - Idéias arejadas. A versão atual do São Paulo, que é dos anos 30, é a mais jovem entre os grandes times brasileiros, o que possibilita o acesso de novas idéias de uma maneira mais rápida e eficiente. O que atrai torcedores mais jovens.
8 - A revitalização financeira do Morumbi. O estádio chegou a ser um elefante branco, que não gerava a receita que o clube esperava. A construção de camarotes, lojas e restaurantes fez com que o estádio gerasse receita mesmo quando não estivesse lotado ou cedido para shows.
9 - Ídolo. Rogério Ceni é fundamental para a identificação dos jogadores e dos torcedores com o clube. Seguramente, é o jogador mais importante da história do São Paulo.
10 - Sorte. Não adianta fugir disso.Todo grande time em grande fase, tem uma boa dose de sorte. Aliada à competência, forma uma dupla imbatível.
SOBRE O FLUMINENSE E XERÉM
Recebi um educado posto de um torcedor do Fluminense que reproduzo abaixo:
gosto dos seus comentarios, pq sao quase sempre imparciais e inteligentes. acontece que ontem no "Troca de Passes" vc falou algo que precisa ser consertado. Desmereceu Xerem.... quem Xerem deu pro Flu nesse tempo todo? eu te digo: FH (titular) Rafael(titular Manchester)Thiago Silva (Sim ele veio de la!)Rodolfo (Russia) e MArcelo (Real MAdrid); Roberto Brum (Santos) Arouca, Diego Souza (palmeiras)e Roger (Qatar , que rendeu U$ 7,5 milhoes liquidos em 2000); Carlos Alberto (3,3 milhoes de Euros) e Tiui (Sporting-Portugal)... fora outros menos cotados... um time de respeito nao eh? sem Xerem, o Flu nao seria nada, pq a Unimed so paga salarios de jogadores. portanto, procure se informar antes de falar. E outra!... Vc falou em Miranda como melhor Zagueiro do Brasil; depois ainda falou em Andre Dias... ai vc nao foi imparcial.. pq TODOS sabem que Thiago Silva eh o melhor disparado. mas nesse caso, como se trata apenas de opiniao.. cada um tem a sua ne? e eu respeito.Abracos e parabens pelo trabalho.
Legal debater em alto nível. Onde errei, que seja feita a correção com justiça. Agora, vamos analisar a questão do Fluminense no aspecto macro. De Xerém saíram também Rodrigo Tiuí, Alex Terra, Juliano, Esquerdinha, Alan, Arílson, Rodolfo Soares, Amarildo, Fernando, Luizinho e Madson. Que retorno financeiro teve o clube com os mesmos. O dinheiro foi para o Fluminense ou para o patrocinador? Ou para empresários? Porque o técnico Renê Simões disse que o time do Fluminense não podia treinar em Xerém, que não havia condição? Por que o dinheiro da venda de tantos jogadores não é reinvestido em Xerém, ou nas Laranjeiras? O Fluminense tem condições de sobreviver sem sua parceira? Nem questiono a qualidade de alguns jogadores citados.
Sobre Thiago Silva, excelente jogador, é questão de opinião. Eu acho que ele é ótimo, e certamente será melhor que o André Silva e o Miranda. Ainda não é.
Abs
Recebi um educado posto de um torcedor do Fluminense que reproduzo abaixo:
gosto dos seus comentarios, pq sao quase sempre imparciais e inteligentes. acontece que ontem no "Troca de Passes" vc falou algo que precisa ser consertado. Desmereceu Xerem.... quem Xerem deu pro Flu nesse tempo todo? eu te digo: FH (titular) Rafael(titular Manchester)Thiago Silva (Sim ele veio de la!)Rodolfo (Russia) e MArcelo (Real MAdrid); Roberto Brum (Santos) Arouca, Diego Souza (palmeiras)e Roger (Qatar , que rendeu U$ 7,5 milhoes liquidos em 2000); Carlos Alberto (3,3 milhoes de Euros) e Tiui (Sporting-Portugal)... fora outros menos cotados... um time de respeito nao eh? sem Xerem, o Flu nao seria nada, pq a Unimed so paga salarios de jogadores. portanto, procure se informar antes de falar. E outra!... Vc falou em Miranda como melhor Zagueiro do Brasil; depois ainda falou em Andre Dias... ai vc nao foi imparcial.. pq TODOS sabem que Thiago Silva eh o melhor disparado. mas nesse caso, como se trata apenas de opiniao.. cada um tem a sua ne? e eu respeito.Abracos e parabens pelo trabalho.
Legal debater em alto nível. Onde errei, que seja feita a correção com justiça. Agora, vamos analisar a questão do Fluminense no aspecto macro. De Xerém saíram também Rodrigo Tiuí, Alex Terra, Juliano, Esquerdinha, Alan, Arílson, Rodolfo Soares, Amarildo, Fernando, Luizinho e Madson. Que retorno financeiro teve o clube com os mesmos. O dinheiro foi para o Fluminense ou para o patrocinador? Ou para empresários? Porque o técnico Renê Simões disse que o time do Fluminense não podia treinar em Xerém, que não havia condição? Por que o dinheiro da venda de tantos jogadores não é reinvestido em Xerém, ou nas Laranjeiras? O Fluminense tem condições de sobreviver sem sua parceira? Nem questiono a qualidade de alguns jogadores citados.
Sobre Thiago Silva, excelente jogador, é questão de opinião. Eu acho que ele é ótimo, e certamente será melhor que o André Silva e o Miranda. Ainda não é.
Abs
domingo, dezembro 07, 2008
CBF ERRA NO GERENCIAMENTO
DE MAIS UMA CRISE DO APITO
Estou em Brasília para a cobertura de Goiás x São Paulo, com toda a equipe do SporTV. Dia cinzento, chuvoso, com a cara de mais uma das infintas crises que rondam a arbitragem no futebol brasileiro. Confesso que é de difícil digestão e entendimento esse capítulo que envolve suposições, ilações, envelopes e show da Madonna.
Agora, dá para afirmar que a CBF errou ao gerir a crise. Esse termo, gerenciamento de crise, é levado muito a sério por grandes corporações. Executivos são treinados para responder bem a processor críticos, seja em ações ou, simplesmente, em resposta aos questionamentos que aparecem por parte da mídia.
O que fez a CBF? Avisou que sabe todos os detalhes (será?) e que vai divlgá-los na segunda-feira (será?). Ora, não seria mais prático simplesmente adiar a rodada para quarta-feira? Aí tudo seria disputado após a divulgação do verdadeiro teor da tal "descoberta". Ou, então, uma solução de emergência: buscar na Argentina dois árbitro neutros, que estivessem longe do furacão, para apitar, no domingo mesmo, os jogos do Gama e de Porto Alegre.
Nada disso foi feito. Os árbitros entrarão em campo hoje sob enrome pressão e indisfarçada suspeita e qualquer resultado será contestado. Haverá desdobramentos, suspeições e acusações qualquer que seja o resultado. De novo, faltou capacidade para contornar uma crise e dar mais credibilidade a um setor débil nesse aspecto, a arbitragem.
DE MAIS UMA CRISE DO APITO
Estou em Brasília para a cobertura de Goiás x São Paulo, com toda a equipe do SporTV. Dia cinzento, chuvoso, com a cara de mais uma das infintas crises que rondam a arbitragem no futebol brasileiro. Confesso que é de difícil digestão e entendimento esse capítulo que envolve suposições, ilações, envelopes e show da Madonna.
Agora, dá para afirmar que a CBF errou ao gerir a crise. Esse termo, gerenciamento de crise, é levado muito a sério por grandes corporações. Executivos são treinados para responder bem a processor críticos, seja em ações ou, simplesmente, em resposta aos questionamentos que aparecem por parte da mídia.
O que fez a CBF? Avisou que sabe todos os detalhes (será?) e que vai divlgá-los na segunda-feira (será?). Ora, não seria mais prático simplesmente adiar a rodada para quarta-feira? Aí tudo seria disputado após a divulgação do verdadeiro teor da tal "descoberta". Ou, então, uma solução de emergência: buscar na Argentina dois árbitro neutros, que estivessem longe do furacão, para apitar, no domingo mesmo, os jogos do Gama e de Porto Alegre.
Nada disso foi feito. Os árbitros entrarão em campo hoje sob enrome pressão e indisfarçada suspeita e qualquer resultado será contestado. Haverá desdobramentos, suspeições e acusações qualquer que seja o resultado. De novo, faltou capacidade para contornar uma crise e dar mais credibilidade a um setor débil nesse aspecto, a arbitragem.
sexta-feira, dezembro 05, 2008
INTERNACIONAL PROVA: O
QUE VALE É SER CAMPEÃO
Acho que o futebol brasileiro foi tomado por uma onda meio elitista. Só o que importa é a Libertadores. Se vier através do título nacional, melhor. Mesmo assim, o ano só ganha o selo de qualidade se o time se classificar para a competição continental. Sou fã de carteirinha da Libertadores, torneio que considero o mais caristmático do mundo. Mas não concordo com essa mesquinharia. A conquista da Copa Sul-Americana pelo Internacional é o motivo desse texto.
Futebol se faz de gols, grandes jogos e conquistas. Um time vira grande porque é campeão muitas vezes, captura a atenção de um monte de gente, cria seguidores, mitologias e se insere no contexto de um esporte. Costumo dizer que o verdadeiro lucro de um time de futebol são os títulos. Que é melhor terminar o ano com uma pequena e administrável dívida e uma ou mais conquistas do que fechar o caixa abarrotado de dinheiro e ver a sala de troféus empoeirada.
Pois essa onda blasé parece estar fazendo muitos seguidores. A Copa Sul-Americana não é a última jóia da coroa. Tem problemas, defeitos e ainda carece de prestígio. Mas é um torneio internacional, que repercute, premia e dá uma faixa, um troféu, medalhas. O torcedor sai gritando é campeão e isso basta para girar a roda do futebol, ou, pra ficar no clichê, rolar a bola.
Atualmente fala-se que os estaduais estão mortos, quando são citados estão sempre acompanhados de um sufixo diminutivo. Que a Copa do Brasil é para quem não teve competência para chegar à Libertadores, e que a Sul-Americana é prêmio de consolação.
Que time não gostaria de um prêmio de consolação com o do Inter? Ganhar de um tradicional time da rival Argentina, num estádio lotado, com 28 pontos de audiência (somando-se Globo e Bandeirantes) na TV? O Inter valorizou a Sul-Americana antes do que qualquer outro time. Seu torcedor comprou a idéia. Atualmente não há time brasileiro com maior presença internacional do que a equipe homônima. Campeão da Libertadores e do Mundo em 2006, da Recopa em 2007 e da Sul-Americana em 2008.
Mais do que se classificar ou não para algo, o que deveria mover a alma de um grande time é a sede de conquistas. Um bom exemplo o apetite atual no Inter.
OS TEMPOS MUDARAM
Os clubes grandes que abram o olho. Sabem qual é a final do Campeonato Paulista Sub-17 de futebol? Pão de Açúcar e Barueri. Dois times jovens, um formado de um projeto de um supermercado e outro que nasceu de um projeto de uma Prefeitura e se desenvolve com as próprias pernas.
QUE VALE É SER CAMPEÃO
Acho que o futebol brasileiro foi tomado por uma onda meio elitista. Só o que importa é a Libertadores. Se vier através do título nacional, melhor. Mesmo assim, o ano só ganha o selo de qualidade se o time se classificar para a competição continental. Sou fã de carteirinha da Libertadores, torneio que considero o mais caristmático do mundo. Mas não concordo com essa mesquinharia. A conquista da Copa Sul-Americana pelo Internacional é o motivo desse texto.
Futebol se faz de gols, grandes jogos e conquistas. Um time vira grande porque é campeão muitas vezes, captura a atenção de um monte de gente, cria seguidores, mitologias e se insere no contexto de um esporte. Costumo dizer que o verdadeiro lucro de um time de futebol são os títulos. Que é melhor terminar o ano com uma pequena e administrável dívida e uma ou mais conquistas do que fechar o caixa abarrotado de dinheiro e ver a sala de troféus empoeirada.
Pois essa onda blasé parece estar fazendo muitos seguidores. A Copa Sul-Americana não é a última jóia da coroa. Tem problemas, defeitos e ainda carece de prestígio. Mas é um torneio internacional, que repercute, premia e dá uma faixa, um troféu, medalhas. O torcedor sai gritando é campeão e isso basta para girar a roda do futebol, ou, pra ficar no clichê, rolar a bola.
Atualmente fala-se que os estaduais estão mortos, quando são citados estão sempre acompanhados de um sufixo diminutivo. Que a Copa do Brasil é para quem não teve competência para chegar à Libertadores, e que a Sul-Americana é prêmio de consolação.
Que time não gostaria de um prêmio de consolação com o do Inter? Ganhar de um tradicional time da rival Argentina, num estádio lotado, com 28 pontos de audiência (somando-se Globo e Bandeirantes) na TV? O Inter valorizou a Sul-Americana antes do que qualquer outro time. Seu torcedor comprou a idéia. Atualmente não há time brasileiro com maior presença internacional do que a equipe homônima. Campeão da Libertadores e do Mundo em 2006, da Recopa em 2007 e da Sul-Americana em 2008.
Mais do que se classificar ou não para algo, o que deveria mover a alma de um grande time é a sede de conquistas. Um bom exemplo o apetite atual no Inter.
OS TEMPOS MUDARAM
Os clubes grandes que abram o olho. Sabem qual é a final do Campeonato Paulista Sub-17 de futebol? Pão de Açúcar e Barueri. Dois times jovens, um formado de um projeto de um supermercado e outro que nasceu de um projeto de uma Prefeitura e se desenvolve com as próprias pernas.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
DÁ TRICOLOR PAULISTA
OU TRICOLOR GAÚCHO?
Se eu soubesse a resposta sairia de férias com uma grana apostada nas maiores bancas de Londres. Dá para fazer algumas observações, no entanto, sobre os postulantes ao título.
São Paulo - É o time que menos perdeu no campeonato e será o time com o menor número de derrotas, campeão ou não. Ou seja: perde pouco e basta não perder que será campeão. Empata muito, foram 12 vezes. Basta empatar que será campeão. Não perde há 18 jogos, só perdeu um jogo no returno. Todos números consistentes e que sinalizam para a confirmação do título. Mas as limitações ficaram evidentes contra o Fluminense. O meio-campo é o setor mais fraco do time. No que isso terá impacto contra o Goiás? Pode incomodar Jorge Wagner, que é o armador disfarçado de ala do São Paulo. Seria uma boa idéia escalar Rycharlison como ala e deslocar Jorge Wagner para o meio. Hernanes não pode ser desperdiçado apenas como marcador, como foi no primeiro tempo contra o Flu, grudado em Conca. Ou seja: não pode ser ele o perseguidor de Paulo Baier. Não adianta dizer que não sentiu a pressão, porque é evidente que o time não contava com o fato de decidir fora de casa na útltima rodada. O título era dado como certo, ainda não veio e isso teve um reflexo no clube, no time e na comissão técnica. Mesmo assim, a vantagem, que ainda é grande, pode se multiplicar no caso de sair em vantagem domingo.
Grêmio - Tem 20 vitórias, 13 delas em casa, onde só perdeu uma vez. Também tem suas limitações, que já foram expostas, vistas e analisadas. Tecnicamente não é brilhante, depende demais de Tcheco e comete muitas faltas. Mas todas elas perdem efeito em casa, onde o time se supera e joga melhor. Marca mais a saída de bola do adversário do que o São Paulo. Pode pressionar mais o Atlético Mineiro na saída de bola e se impor fisicamente, que é o que sempre tenta fazer nas mãos de Celso Roth. Foi o time do turno, reinou absoluto. Mas caiu muito no returno, chegou a ficar ameaçado de perder, inclusive, a vaga na Libertadores, já confirmada. Ainda assim, foi a equipe e será a equipe que mais rodadas esteve na liderança do campeonato. Psicologicamene parece fortalecido pela sobrevida. O melhor cenário para o torcedor gremista é um gol logo de cara contra o Galo, para jogar pressão no São Paulo contra o Goiás. Ainda assim não anula o fato de que, mesmo que faça o mehor jogo de sua história, pode não adiantar coisa alguma.
CONCLUSÃO: Num campeonato marcado mais pela incompetência do que pela competência, no qual a taça se ofereceu qual moça abusada para vários pretendentes, tudo pode acontecer. O Grêmio estava pagando pela incompetência de sair de uma posição de 11 pontos de vanbtagem para 5 de desvantagem. Agora ganha uma nova chance porque faltou competência ao São Paulo para resolver uma parada que parecia definida. Tudo indica que, como gostam de dizer alguns boleiros e especialistas, futebol não é merecimento, é competência. Ou falta dela.
Estatísticas gerais do Brasileirão
OU TRICOLOR GAÚCHO?
Se eu soubesse a resposta sairia de férias com uma grana apostada nas maiores bancas de Londres. Dá para fazer algumas observações, no entanto, sobre os postulantes ao título.
São Paulo - É o time que menos perdeu no campeonato e será o time com o menor número de derrotas, campeão ou não. Ou seja: perde pouco e basta não perder que será campeão. Empata muito, foram 12 vezes. Basta empatar que será campeão. Não perde há 18 jogos, só perdeu um jogo no returno. Todos números consistentes e que sinalizam para a confirmação do título. Mas as limitações ficaram evidentes contra o Fluminense. O meio-campo é o setor mais fraco do time. No que isso terá impacto contra o Goiás? Pode incomodar Jorge Wagner, que é o armador disfarçado de ala do São Paulo. Seria uma boa idéia escalar Rycharlison como ala e deslocar Jorge Wagner para o meio. Hernanes não pode ser desperdiçado apenas como marcador, como foi no primeiro tempo contra o Flu, grudado em Conca. Ou seja: não pode ser ele o perseguidor de Paulo Baier. Não adianta dizer que não sentiu a pressão, porque é evidente que o time não contava com o fato de decidir fora de casa na útltima rodada. O título era dado como certo, ainda não veio e isso teve um reflexo no clube, no time e na comissão técnica. Mesmo assim, a vantagem, que ainda é grande, pode se multiplicar no caso de sair em vantagem domingo.
Grêmio - Tem 20 vitórias, 13 delas em casa, onde só perdeu uma vez. Também tem suas limitações, que já foram expostas, vistas e analisadas. Tecnicamente não é brilhante, depende demais de Tcheco e comete muitas faltas. Mas todas elas perdem efeito em casa, onde o time se supera e joga melhor. Marca mais a saída de bola do adversário do que o São Paulo. Pode pressionar mais o Atlético Mineiro na saída de bola e se impor fisicamente, que é o que sempre tenta fazer nas mãos de Celso Roth. Foi o time do turno, reinou absoluto. Mas caiu muito no returno, chegou a ficar ameaçado de perder, inclusive, a vaga na Libertadores, já confirmada. Ainda assim, foi a equipe e será a equipe que mais rodadas esteve na liderança do campeonato. Psicologicamene parece fortalecido pela sobrevida. O melhor cenário para o torcedor gremista é um gol logo de cara contra o Galo, para jogar pressão no São Paulo contra o Goiás. Ainda assim não anula o fato de que, mesmo que faça o mehor jogo de sua história, pode não adiantar coisa alguma.
CONCLUSÃO: Num campeonato marcado mais pela incompetência do que pela competência, no qual a taça se ofereceu qual moça abusada para vários pretendentes, tudo pode acontecer. O Grêmio estava pagando pela incompetência de sair de uma posição de 11 pontos de vanbtagem para 5 de desvantagem. Agora ganha uma nova chance porque faltou competência ao São Paulo para resolver uma parada que parecia definida. Tudo indica que, como gostam de dizer alguns boleiros e especialistas, futebol não é merecimento, é competência. Ou falta dela.
Estatísticas gerais do Brasileirão
terça-feira, dezembro 02, 2008
Luís Augusto Simon lança livro
sobre o Corinthians na Série B
O jornalista Luís Augusto Simon lança em breve um livro sobre a saga corintiana na Série B do Campeonato Brasileiro. Ele assina Luís Augusto Simon mas quem escreve é o Menom. Garantia de bom texto, de talento e fuga do lugar-comum para contar - e bem - uma história.
A editora é a Publisher Brasil e a data eu prometo divulgar quando o Menon me contar.
Para se ter uma idéia da qualidade do texto, confira o blog do autor.
E para dar aquele verniz especial ao lançamento, a apresentação é do Juca Kfouri.
domingo, novembro 30, 2008
QUANDO NEM A IMAGEM
CONSEGUE ESCLARECER
O assunto ainda está aí, pulsando, embora envelhecendo mal. O lance do pênalti - ou não - em cima de Diego Tardelli, no Cruzeiro x Flamengo. Procurei ver todas as imagens disponíveis, várias vezes. Continuo achando que houve pênalti e que não é por isso que se deve condenar, execrar o árbitro e avacalhar o ser humano Carlos Eugênio Simon. O lance é polêmico. Discordo apenas dos amigos e colegas Paulo Soares e Antero Greco que, avaliando as imagens da Espn Brasil (problema algum em citar uma emissora concorrente) concluíram que não foi pênalti porque não houve toque do zagueiro no atacante. Pela minha visão da imagem, o toque está ali, claro, do joelho do Léo no do Tardelli. Acho que foi pênalti porque o Léo vem em deabalada carreira e não consegue frear, por isso toca o Tardelli que, esperto, ficou ali esperando o choque, como faz qualquer atacante nesse tipode jogada.
Em sua coluna no Lance! o excelente repórter André Kfouri fala sobre o tema e também utiliza um tipo de análise parecida com a minha, já que ele entende que a imagem mostra o toque. Não se trata de guerra de imagens, algo do tipo a minha é melhor que a sua etc. Muito menos de julgar por um lance a carreira de um árbitro. Apenas de mais uma polêmica.
CONSEGUE ESCLARECER
O assunto ainda está aí, pulsando, embora envelhecendo mal. O lance do pênalti - ou não - em cima de Diego Tardelli, no Cruzeiro x Flamengo. Procurei ver todas as imagens disponíveis, várias vezes. Continuo achando que houve pênalti e que não é por isso que se deve condenar, execrar o árbitro e avacalhar o ser humano Carlos Eugênio Simon. O lance é polêmico. Discordo apenas dos amigos e colegas Paulo Soares e Antero Greco que, avaliando as imagens da Espn Brasil (problema algum em citar uma emissora concorrente) concluíram que não foi pênalti porque não houve toque do zagueiro no atacante. Pela minha visão da imagem, o toque está ali, claro, do joelho do Léo no do Tardelli. Acho que foi pênalti porque o Léo vem em deabalada carreira e não consegue frear, por isso toca o Tardelli que, esperto, ficou ali esperando o choque, como faz qualquer atacante nesse tipode jogada.
Em sua coluna no Lance! o excelente repórter André Kfouri fala sobre o tema e também utiliza um tipo de análise parecida com a minha, já que ele entende que a imagem mostra o toque. Não se trata de guerra de imagens, algo do tipo a minha é melhor que a sua etc. Muito menos de julgar por um lance a carreira de um árbitro. Apenas de mais uma polêmica.
quinta-feira, novembro 27, 2008
terça-feira, novembro 25, 2008
SIMON, FLAMENGO E O PÊNALTI
Deu assunto, como não poderia ser diferente, o pênalti não marcado para o Flamengo contra o Cruzeiro pelo árbitro Carlos Eugênio Simon. O Flamengo quer, via CBF, pedir a saída de Simon do quadro de árbitros apto a trabalhar na próxima Copa. E Simon deu entrevista dizendo que está convicto de que não foi pênalti.
Eu acho que foi pênalti, disse isso no Arena SporTV de hoje. Pênalti de manual. Zagueiro não pode ir daquele jeito na bola dentro da área porque atropela mesmo. Por isso discordo do Simon quando ele afirma estar convicto de que não foi. Também acho que houve um outro pênalti no jogo, a favor do Cruzeiro, em cima do Tiago Ribeiro. Coisa de opinião.
Quanto ao Flamengo pedir o impedimento de Simon na Fifa, não me parece correto. Ele erra como todo juiz erra. E todo time grande já foi muito mais beneficiado do que prejudicado pela arbitragem. O protesto é válido, pedir que não apite jogos do time, idem. Mas a Copa é outras história, parece sentimento de vingança, e com isso não concordo nunca.
Deu assunto, como não poderia ser diferente, o pênalti não marcado para o Flamengo contra o Cruzeiro pelo árbitro Carlos Eugênio Simon. O Flamengo quer, via CBF, pedir a saída de Simon do quadro de árbitros apto a trabalhar na próxima Copa. E Simon deu entrevista dizendo que está convicto de que não foi pênalti.
Eu acho que foi pênalti, disse isso no Arena SporTV de hoje. Pênalti de manual. Zagueiro não pode ir daquele jeito na bola dentro da área porque atropela mesmo. Por isso discordo do Simon quando ele afirma estar convicto de que não foi. Também acho que houve um outro pênalti no jogo, a favor do Cruzeiro, em cima do Tiago Ribeiro. Coisa de opinião.
Quanto ao Flamengo pedir o impedimento de Simon na Fifa, não me parece correto. Ele erra como todo juiz erra. E todo time grande já foi muito mais beneficiado do que prejudicado pela arbitragem. O protesto é válido, pedir que não apite jogos do time, idem. Mas a Copa é outras história, parece sentimento de vingança, e com isso não concordo nunca.
SANTA CATARINA: A TRAGÉDIA
ANUNCIADA DE UM PAÍS PODRE
Santa e Bela Catarina. Esse era (talvez ainda seja) o slogan turístico desse pequeno, belo e carismático estado brasileiro. De gente simples, acolhedora, guerreira, que construiu um dos melhores exemplos de trabalho e miscigenação deste País. A mistura do sangue e da cultura de brasileiros, açorianos, alemães, italianos e outras raças faz deste chão um pedaço do Brasil que aprendi a admirar em muitas viagens que para lá fiz.
Por isso dói especialmente em mim ler, ver e ouvir as notícias da tragédia anunciada das enchentes em Santa Catarina. Por que em 1983, portanto, há quase 26 anos, o Estado foi vítima de algo parecido, em especial a região de Blumenau e do Vale do Rio Itajaí. O que foi feito desde então? Aquele monte de promessas eleitoreiras e demagógicas. A população que vive em áreas de risco aumentou, já que neste país programas habitacionais são mais uma forma de se roubar o cidadão. O rio Itajaí subiu 11 metros. O que foi feito para domar esse fenômeno da natureza nesse período? Para retirar de áreas de risco a população ribeirinha ou de encostas?
Santa Catarina é dependente de uma estrada horrorosa, a BR-101, que rasga o estado de Norte a Sul. Há séculos os governos se sucedem em promessas de ampliação. Passei por ela, de Floripa a Ciriciúma, há alguns dias. É um pandemônio de engenharia. Há trechos duplicados de um quilômetro em meio a dezenas de quilômetros de pavimentação esburacada, sem sinalização, curvas mal projetadas e a barbárie dos motoristas.
O relevo acidentado da região, que confere belezas ímpares, serviu de abrigo a favelas e construções irregulares para suprir a ausência do Estado como provedor de programas de habitação popular. O morro desce rumo à tragédia anunciada.
Durante os meses de seca o que foi feito, ano a ano, para esperar as chuvas? Desde que me entendo por gente ouço falar das tempestades em Santa Catarina, dos verões chuvosos. Testemunhei alguns. E ano a ano a procissão de promessas. Num Páis abençoado por Deus mas podre pela natureza humana da gente que o governa, estamos vendo o espetáculo do abandono, de famílias e patrimônios destroçados. Melhor seria, em vez de decretar estado de emergência, promover o estado de decência e desinfetar essa nojenta classe política brasileira.
A tristeza e o desespero tomam conta de Santa Catarina às véspera de um verão que poderia ser de alegria, de turistas lotando as praias e serras. Mas será o verão de mais um doloroso recomeço, de limpar a lama e reconstruir a vida. A lama da natureza é possível limpar. A lama do ser humano.....
ANUNCIADA DE UM PAÍS PODRE
Santa e Bela Catarina. Esse era (talvez ainda seja) o slogan turístico desse pequeno, belo e carismático estado brasileiro. De gente simples, acolhedora, guerreira, que construiu um dos melhores exemplos de trabalho e miscigenação deste País. A mistura do sangue e da cultura de brasileiros, açorianos, alemães, italianos e outras raças faz deste chão um pedaço do Brasil que aprendi a admirar em muitas viagens que para lá fiz.
Por isso dói especialmente em mim ler, ver e ouvir as notícias da tragédia anunciada das enchentes em Santa Catarina. Por que em 1983, portanto, há quase 26 anos, o Estado foi vítima de algo parecido, em especial a região de Blumenau e do Vale do Rio Itajaí. O que foi feito desde então? Aquele monte de promessas eleitoreiras e demagógicas. A população que vive em áreas de risco aumentou, já que neste país programas habitacionais são mais uma forma de se roubar o cidadão. O rio Itajaí subiu 11 metros. O que foi feito para domar esse fenômeno da natureza nesse período? Para retirar de áreas de risco a população ribeirinha ou de encostas?
Santa Catarina é dependente de uma estrada horrorosa, a BR-101, que rasga o estado de Norte a Sul. Há séculos os governos se sucedem em promessas de ampliação. Passei por ela, de Floripa a Ciriciúma, há alguns dias. É um pandemônio de engenharia. Há trechos duplicados de um quilômetro em meio a dezenas de quilômetros de pavimentação esburacada, sem sinalização, curvas mal projetadas e a barbárie dos motoristas.
O relevo acidentado da região, que confere belezas ímpares, serviu de abrigo a favelas e construções irregulares para suprir a ausência do Estado como provedor de programas de habitação popular. O morro desce rumo à tragédia anunciada.
Durante os meses de seca o que foi feito, ano a ano, para esperar as chuvas? Desde que me entendo por gente ouço falar das tempestades em Santa Catarina, dos verões chuvosos. Testemunhei alguns. E ano a ano a procissão de promessas. Num Páis abençoado por Deus mas podre pela natureza humana da gente que o governa, estamos vendo o espetáculo do abandono, de famílias e patrimônios destroçados. Melhor seria, em vez de decretar estado de emergência, promover o estado de decência e desinfetar essa nojenta classe política brasileira.
A tristeza e o desespero tomam conta de Santa Catarina às véspera de um verão que poderia ser de alegria, de turistas lotando as praias e serras. Mas será o verão de mais um doloroso recomeço, de limpar a lama e reconstruir a vida. A lama da natureza é possível limpar. A lama do ser humano.....
segunda-feira, novembro 24, 2008
MURICY, JUVENAL E AS RAZÕES
DA SUPREMACIA SÃO-PAULINA
Só se um desastre de proporções bíblicas se abater sobre o Morumbi o São Paulo deixará de conquistar seu sexto título brasileiro, o terceiro em sequência (fato inédito na história do Campeonato Brasileiro nos moldes atuais, já que o Santos venceu a Taça Brasil de 1961 a 1965).
Isso posto, é hora de analisar os motivos que levam o São Paulo e seu treinador, Muricy Ramalho, a serem os melhores do futebol nacional.
Dentro da minha maneira de ver o futebol, o título de 2008 (claro que se confirmado) será, entre os três, aquele em que Muricy terá a maior parcela dos méritos. Por que era o mais improvável e o mais difícil de ser conquistado. O treinador sempre teve uma forte corrente de críticos entre os chamados cardeais (em última análise, os corneteiros do São Paulo) e uma parcela da torcida tricolor. Em 2008 essas críticas aumentaram muito em virtude dos fracassos do time até a reta final do Brasileiro. Muricy várias vezes disse que se sentia sozinho e quem bancava seu trabalho era o presidente do clube, Juvenal Juvêncio.
O São Paulo começou 2008 vítima da soberba que se abateu sobre o clube. Seus dirigentes passaram a achar que o time era uma casa de recuperação de jogadores e que qualquer caso não era perdido desde que caísse no CCT. Quebraram a cara com um monte de contratações equivocadas. Principalmente os micos Carlos Alberto e Fábio Santos. Some-se a eles nomes como Éder, Éder Luiz, Juninho, Joílson. Adriano foi a grande aposta. Dentro de campo, rendeu bem, embora tenha proporcionado uma série de problemas fora dele, a maioria habilmente contornada ou ocultada pelos dirigentes. Mas não foi decisivo como o São Paulo esperava. Não fez nada na segunda partida semifinal do Paulistão contra o Palmeiras e, embora tenha marcado no jogo em que o Fluminense eliminou o São Paulo da Libertadores, a bola da classificação esteve nos seus pés e ele a perdeu quando faltavam segundos para o fim do jogo, dando a chance para o gol decisivo do Flu. Não se trata de culpar Adriano, mas naquele jogo quem resolveu foi Washington.
Ali Muricy esteve com um pé fora do São Paulo. O projeto de hospital de craques ruins de cabeça dera errado e a culpa, pensavam muitos, era dele. O treinador que sempre pediu contratações mais criteriosas e reclamava do elenco limitado. O momento de maior atrito, segundo informações que obtive de bastidores, ocorreu quando o treinador foi contestado por alguns diretores quanto ao fato de não utlizar os jogadores do badalado centro de formação do clube. Muricy e a comissão técnica tentaram e não viram qualidade suficiente, o que irritou muitos cardeais. Juvenal Juvêncio, um raro caso de dirigente que gosta de futebol e vê futebol, fechou questão com o técnico, embora ele mesmo acreditasse que havia mais talento do que realmente existia na base.
Quando ficou 11 pontos atrás do Grêmio no Brasileiro, o São Paulo jogou a toalha. Mas simultaneamente a este ato simbólico, o time encontrara sua melhor forma. Ou tinha encaixado, como se diz no jargão do boleiro. Sempre criticado por escalar três zagueiros, Muricy aprimorou o forte sistema defensivo do time. Jogadores de fundamental importância que andavam apagados passaram a jogar bem, como Dagoberto, Borges e, principalmente, Jorge Wagner, que é o motor do time. Hernanes, acima da média, correspondeu no momento decisivo. A concorrência passou a fraquejar e a pipocar.
Outro diferencial do São Paulo ficou evidente. O time não é brilhante, longe disso. Mas perde pouco porque tem, individualmente, os melhores zagueiros e um dos melhores goleiros do Brasil. em 2007 o São Paulo perdeu apenas 7 jogos no Brasileiro. Em 2008 foram somente 5 derrotas até agora. Isso dá consistência e confiança ao time e ao treinador. Muricy trabalha como poucos a bola parada e é um treinador que joga para o resultado, não para agradar críticos e torcedores. Observa com precisão cirúrgica as necessidades do futebol atual, tem uma comissão técnica competente e ativa. O presidente do clube é boleirão, sabe a hora de agir nos bastidores, de falar, de calar. O São Paulo está pagando os melhores bichos dessa fase decisiva do campeonato. Dinheiro vivo, pago no vestiário.
Mas reafirmo minha tese de que esse é o título de Muricy mais do que qualquer outro. Talvez o destino esteja compensando a ele o título que a absurda anulação de 11 jogos ajudou a tirar em 2005. Muricy deve se tornar em breve o segundo treinador a conquistar três títulos consecutivos de um Campeonato Brasileiro. O primeiro a fazê-lo por um mesmo time. Anteriormente, o grande Rubens Minelli tinha sido campeão de 1975 a 1977, duas vezes com o Inter e uma com o São Paulo. Minelli é exatamente a grande inspiração de Muricy. Aparecerão muitos pais da criança são-paulina seis vezes campeã do Brasil. Mas a investigação de paternidade apontará para Muricy, sua comissão técnica e Juvenal Juvêncio. Eles pariram um time de jogadores que mostraram comprometimento e não fraquejaram quando o título se ofereceu a eles.
CORNETANDO O BLOGUEIRO
O bom do blog é poder receber todo tipo de mensagem, críticas, correções, elogios. Uma delas me pareceu especialmente interessante. Um blogueiro que não quis se identificar considerou pouco original e fora de propósito a frase que escrevi sobre Gustavo Nery, agora no Inter. Ironicamente, eu afirmei que Nery deveria ter o melhor empresário do mundo. O blogueiro não gostou e aqui está registrado. Mas sem querer desrespeitar o jogador e seu empresário, Gustavo Nery não joga nada há algum tempo e sempre consegue vaga em grandes times. Ou estou exagerando.
INTERNACIONAL FAZ JUS AO NOME
Enquanto alguns, equivocada e soberbamente, desprezam a Copa Sul-americana, lá vai o Inter rumo a mais uma decisão, reforçando seu nome no continente e divulgando-o mundo afora. Em caso de vitória colorada contra o Estudiantes, talves os times brasileiros passem a dar mais valor a esta competição, mesmo com todos os defeitos que ela possa ter.
DA SUPREMACIA SÃO-PAULINA
Só se um desastre de proporções bíblicas se abater sobre o Morumbi o São Paulo deixará de conquistar seu sexto título brasileiro, o terceiro em sequência (fato inédito na história do Campeonato Brasileiro nos moldes atuais, já que o Santos venceu a Taça Brasil de 1961 a 1965).
Isso posto, é hora de analisar os motivos que levam o São Paulo e seu treinador, Muricy Ramalho, a serem os melhores do futebol nacional.
Dentro da minha maneira de ver o futebol, o título de 2008 (claro que se confirmado) será, entre os três, aquele em que Muricy terá a maior parcela dos méritos. Por que era o mais improvável e o mais difícil de ser conquistado. O treinador sempre teve uma forte corrente de críticos entre os chamados cardeais (em última análise, os corneteiros do São Paulo) e uma parcela da torcida tricolor. Em 2008 essas críticas aumentaram muito em virtude dos fracassos do time até a reta final do Brasileiro. Muricy várias vezes disse que se sentia sozinho e quem bancava seu trabalho era o presidente do clube, Juvenal Juvêncio.
O São Paulo começou 2008 vítima da soberba que se abateu sobre o clube. Seus dirigentes passaram a achar que o time era uma casa de recuperação de jogadores e que qualquer caso não era perdido desde que caísse no CCT. Quebraram a cara com um monte de contratações equivocadas. Principalmente os micos Carlos Alberto e Fábio Santos. Some-se a eles nomes como Éder, Éder Luiz, Juninho, Joílson. Adriano foi a grande aposta. Dentro de campo, rendeu bem, embora tenha proporcionado uma série de problemas fora dele, a maioria habilmente contornada ou ocultada pelos dirigentes. Mas não foi decisivo como o São Paulo esperava. Não fez nada na segunda partida semifinal do Paulistão contra o Palmeiras e, embora tenha marcado no jogo em que o Fluminense eliminou o São Paulo da Libertadores, a bola da classificação esteve nos seus pés e ele a perdeu quando faltavam segundos para o fim do jogo, dando a chance para o gol decisivo do Flu. Não se trata de culpar Adriano, mas naquele jogo quem resolveu foi Washington.
Ali Muricy esteve com um pé fora do São Paulo. O projeto de hospital de craques ruins de cabeça dera errado e a culpa, pensavam muitos, era dele. O treinador que sempre pediu contratações mais criteriosas e reclamava do elenco limitado. O momento de maior atrito, segundo informações que obtive de bastidores, ocorreu quando o treinador foi contestado por alguns diretores quanto ao fato de não utlizar os jogadores do badalado centro de formação do clube. Muricy e a comissão técnica tentaram e não viram qualidade suficiente, o que irritou muitos cardeais. Juvenal Juvêncio, um raro caso de dirigente que gosta de futebol e vê futebol, fechou questão com o técnico, embora ele mesmo acreditasse que havia mais talento do que realmente existia na base.
Quando ficou 11 pontos atrás do Grêmio no Brasileiro, o São Paulo jogou a toalha. Mas simultaneamente a este ato simbólico, o time encontrara sua melhor forma. Ou tinha encaixado, como se diz no jargão do boleiro. Sempre criticado por escalar três zagueiros, Muricy aprimorou o forte sistema defensivo do time. Jogadores de fundamental importância que andavam apagados passaram a jogar bem, como Dagoberto, Borges e, principalmente, Jorge Wagner, que é o motor do time. Hernanes, acima da média, correspondeu no momento decisivo. A concorrência passou a fraquejar e a pipocar.
Outro diferencial do São Paulo ficou evidente. O time não é brilhante, longe disso. Mas perde pouco porque tem, individualmente, os melhores zagueiros e um dos melhores goleiros do Brasil. em 2007 o São Paulo perdeu apenas 7 jogos no Brasileiro. Em 2008 foram somente 5 derrotas até agora. Isso dá consistência e confiança ao time e ao treinador. Muricy trabalha como poucos a bola parada e é um treinador que joga para o resultado, não para agradar críticos e torcedores. Observa com precisão cirúrgica as necessidades do futebol atual, tem uma comissão técnica competente e ativa. O presidente do clube é boleirão, sabe a hora de agir nos bastidores, de falar, de calar. O São Paulo está pagando os melhores bichos dessa fase decisiva do campeonato. Dinheiro vivo, pago no vestiário.
Mas reafirmo minha tese de que esse é o título de Muricy mais do que qualquer outro. Talvez o destino esteja compensando a ele o título que a absurda anulação de 11 jogos ajudou a tirar em 2005. Muricy deve se tornar em breve o segundo treinador a conquistar três títulos consecutivos de um Campeonato Brasileiro. O primeiro a fazê-lo por um mesmo time. Anteriormente, o grande Rubens Minelli tinha sido campeão de 1975 a 1977, duas vezes com o Inter e uma com o São Paulo. Minelli é exatamente a grande inspiração de Muricy. Aparecerão muitos pais da criança são-paulina seis vezes campeã do Brasil. Mas a investigação de paternidade apontará para Muricy, sua comissão técnica e Juvenal Juvêncio. Eles pariram um time de jogadores que mostraram comprometimento e não fraquejaram quando o título se ofereceu a eles.
CORNETANDO O BLOGUEIRO
O bom do blog é poder receber todo tipo de mensagem, críticas, correções, elogios. Uma delas me pareceu especialmente interessante. Um blogueiro que não quis se identificar considerou pouco original e fora de propósito a frase que escrevi sobre Gustavo Nery, agora no Inter. Ironicamente, eu afirmei que Nery deveria ter o melhor empresário do mundo. O blogueiro não gostou e aqui está registrado. Mas sem querer desrespeitar o jogador e seu empresário, Gustavo Nery não joga nada há algum tempo e sempre consegue vaga em grandes times. Ou estou exagerando.
INTERNACIONAL FAZ JUS AO NOME
Enquanto alguns, equivocada e soberbamente, desprezam a Copa Sul-americana, lá vai o Inter rumo a mais uma decisão, reforçando seu nome no continente e divulgando-o mundo afora. Em caso de vitória colorada contra o Estudiantes, talves os times brasileiros passem a dar mais valor a esta competição, mesmo com todos os defeitos que ela possa ter.
sábado, novembro 22, 2008
EU DORMI, E NÃO VI
BRASIL X PORTUGAL
Não se trata do simples fato de o sono ter vencido a parada. Trata-se de um conceito, de um momento. É cada vez mais comum encontrar pessoas que adoram futebol e não viram um jogo da Seleção Brasileira simplesmente porque não quiseram ver ou tinham um outro compromisso que acharam mais importante. Não faz muito tempo e a Seleção era programa obrigatório para o torcedor de futebol, mesmo jogando de madrugada, contra qualquer adversário.
A questão é muito maior do que o Dunga ser ou não o técnico ideal, isso é café pequeno. A discussão passa pelo que representa hoje a Seleção Brasileira de futebol para o imaginário popular, para o inconsciente coletivo daquela parcela da população que tem esse esporte em alta conta. Não tenho dados científicos, pesquisas, apenas o método empírico da observação e da conversa com pessoas que dão valor considerável ao futebol.
Cada vez mais o gosto pelo esporte mais popular do país está centralizado na disputa entre clubes, nas rivalidades nacionais e regionais, nos duelos entre camisas tradicionais. A Seleção virou um assunto frio, distante, que desperta menos interesse apaixonado do que temas como a eleição presidencial nos Estados Unidos.
Houve um tempo em que se discutia horas a fio quem deveria ser convocado para a Seleção, se um jogador de um time grande do Rio ou de São Paulo. Se os jogadores que atuavam na Europa deveriam ser chamados. A Seleção tinha eco, ressonância, reverberava junto ao povo.
Como de bobo não tem nada, o povo já sacou que a Seleção hoje é um modelo de negócio, bolado para que contratos sejam feitos e renovados com valores maiores a cada ano. O jogador usa a Seleção como trampolim, um carimbo no passaporte para ter seu visto de entrada em um grande clube europeu aceito. É cada vez mais comum ouvir de atletas que o objetivo da vida é jogar na Europa. Deixou de ser um sonho jogar na Seleção. Talvez eles até pensem nisso enquanto cochilam, mas aquele sonho e sono profundo certamente não tem mais as cores verde e amarela como pano de fundo.
O resultado está aí. Estádios vazios em jogos que são pagamento de dívidas políticas e audiências baixas. A Seleção está fora de moda.
Em tempo: vi pela Internet os melhores momentos de Brasil x Portugal. Deve ter sido um bom jogo. Gols bonitos, lances legais. Mas ainda é pouco para fazer com que a Seleção volte a provocar a paixão do torcedor. Estava participando de um curso Master durante a semana em que a Seleção jogou. Identifiquei, em conversas, pelo menos uns cinco caras que não viram o jogo da Seleção, saíram, dormiram, e foram conferir os lances dias depois. O que parecia mais entusiasmado em ver o Brasil, ainda que pela TV, era um costarriquenho que participava do curso. Talvez para alguns povos irmão a Seleção ainda sustente uma aura de magia. Por aqui, a continuar nessa toada, perderá o encanto. E isso não é culpa do Dunga.
BRASIL X PORTUGAL
Não se trata do simples fato de o sono ter vencido a parada. Trata-se de um conceito, de um momento. É cada vez mais comum encontrar pessoas que adoram futebol e não viram um jogo da Seleção Brasileira simplesmente porque não quiseram ver ou tinham um outro compromisso que acharam mais importante. Não faz muito tempo e a Seleção era programa obrigatório para o torcedor de futebol, mesmo jogando de madrugada, contra qualquer adversário.
A questão é muito maior do que o Dunga ser ou não o técnico ideal, isso é café pequeno. A discussão passa pelo que representa hoje a Seleção Brasileira de futebol para o imaginário popular, para o inconsciente coletivo daquela parcela da população que tem esse esporte em alta conta. Não tenho dados científicos, pesquisas, apenas o método empírico da observação e da conversa com pessoas que dão valor considerável ao futebol.
Cada vez mais o gosto pelo esporte mais popular do país está centralizado na disputa entre clubes, nas rivalidades nacionais e regionais, nos duelos entre camisas tradicionais. A Seleção virou um assunto frio, distante, que desperta menos interesse apaixonado do que temas como a eleição presidencial nos Estados Unidos.
Houve um tempo em que se discutia horas a fio quem deveria ser convocado para a Seleção, se um jogador de um time grande do Rio ou de São Paulo. Se os jogadores que atuavam na Europa deveriam ser chamados. A Seleção tinha eco, ressonância, reverberava junto ao povo.
Como de bobo não tem nada, o povo já sacou que a Seleção hoje é um modelo de negócio, bolado para que contratos sejam feitos e renovados com valores maiores a cada ano. O jogador usa a Seleção como trampolim, um carimbo no passaporte para ter seu visto de entrada em um grande clube europeu aceito. É cada vez mais comum ouvir de atletas que o objetivo da vida é jogar na Europa. Deixou de ser um sonho jogar na Seleção. Talvez eles até pensem nisso enquanto cochilam, mas aquele sonho e sono profundo certamente não tem mais as cores verde e amarela como pano de fundo.
O resultado está aí. Estádios vazios em jogos que são pagamento de dívidas políticas e audiências baixas. A Seleção está fora de moda.
Em tempo: vi pela Internet os melhores momentos de Brasil x Portugal. Deve ter sido um bom jogo. Gols bonitos, lances legais. Mas ainda é pouco para fazer com que a Seleção volte a provocar a paixão do torcedor. Estava participando de um curso Master durante a semana em que a Seleção jogou. Identifiquei, em conversas, pelo menos uns cinco caras que não viram o jogo da Seleção, saíram, dormiram, e foram conferir os lances dias depois. O que parecia mais entusiasmado em ver o Brasil, ainda que pela TV, era um costarriquenho que participava do curso. Talvez para alguns povos irmão a Seleção ainda sustente uma aura de magia. Por aqui, a continuar nessa toada, perderá o encanto. E isso não é culpa do Dunga.
quinta-feira, novembro 20, 2008
GOLAÇO DE TRIVELA
Terça-feira tive o prazer de participar, como convidado, da festa de dez anos da revista Trivela. Uma grande honra, dada a qualidade da revista e também dos convidados para um bate-papo sobre futebol. Estavam lá Lédio Carmona, Juca Kfouri, Mauro Cézar Pereira e todo o time da revista, como Ubiratan Leal, Caio Maia, Luciana Zambuzi.
Todo jornalista esportivo tem ou teve o sonho de fazer uma revista no Brasil que tivesse o padrão de qualidade de um El Gráfico, uma Dón Balón, France Football. A molecada atrevida e competente da Trivela chegou lá. São dez anos e um jornalismo de grande qualidade. Golaço! E de Trivela!!!
Terça-feira tive o prazer de participar, como convidado, da festa de dez anos da revista Trivela. Uma grande honra, dada a qualidade da revista e também dos convidados para um bate-papo sobre futebol. Estavam lá Lédio Carmona, Juca Kfouri, Mauro Cézar Pereira e todo o time da revista, como Ubiratan Leal, Caio Maia, Luciana Zambuzi.
Todo jornalista esportivo tem ou teve o sonho de fazer uma revista no Brasil que tivesse o padrão de qualidade de um El Gráfico, uma Dón Balón, France Football. A molecada atrevida e competente da Trivela chegou lá. São dez anos e um jornalismo de grande qualidade. Golaço! E de Trivela!!!
segunda-feira, novembro 17, 2008
CORINTHIANS VOLTOU.
PELAS LENTES DE
DANIEL AUGUSTO JR.
Vem aí um livro imperdível para os torcedores do Corinthians. Conta a história do retorno do time à Série A do Brasileiro, com textos de corintianos ilustres e as imagens do fotógrafo Daniel Augusto Jr. Daniel é um dos bons parceiros que tive na atividade jornalística. No Jornalismo impresso é fundamental que a dupla de repórter e repórter fotográfico seja sempre entrosada. Daniel é daqueles repórteres fotográficos na melhor definição do termo, tem faro de notícia, trabalha sempre no limite. Fora isso, é da Grande Bariri, o que dispensa comentários.
Vale conferir o livro, que mostra tudo que aconteceu nos batidores, treinos, concentrações, viagens e jogos, desde o Campeonato Paulista, passando pela grande desilusão da Copa do Brasil, e termina em 29/11, no jogo contra o América/RN.
O lançamento srá apenas em dezembro, mas as encomendas já podem ser feitas pelo site do Corinthians.
FRASES QUE AJUDAM A CONTAR
A HISTÓRIA DO BRASILEIRÃO
Quem pouco erra, pouco perde e muito ganha. É a cara do São Paulo de Muricy Ramalho e dos melhores zagueiros do País.
Essa defesa não tem defesa. Nada resume melhor os zagueiros do Palmeiras.
Perguntar não ofende: será que Luxemburgo continua achando normal ajudar escola de samba de torcida uniformizada?
Como pode um peixe vivo viver fora da água fria? É a música do Cruzeiro/2008, que é um peixe fora d´água quando sai de Minas.
Gustavo Nery tem o melhor empresário da história do futebol.
Não se duvida do Grêmio. Para quem ganhou a batalha dos aflitos, dois pontos não são nada.
A Série B do Brasileiro poderia mudar de nome para Série P, de Paulistas.
Esta semana vai ser difício passar pelo blog. Estou cursando um mestrado. Espero voltar com mais freqüência na próxima semana.
A HISTÓRIA DO BRASILEIRÃO
Quem pouco erra, pouco perde e muito ganha. É a cara do São Paulo de Muricy Ramalho e dos melhores zagueiros do País.
Essa defesa não tem defesa. Nada resume melhor os zagueiros do Palmeiras.
Perguntar não ofende: será que Luxemburgo continua achando normal ajudar escola de samba de torcida uniformizada?
Como pode um peixe vivo viver fora da água fria? É a música do Cruzeiro/2008, que é um peixe fora d´água quando sai de Minas.
Gustavo Nery tem o melhor empresário da história do futebol.
Não se duvida do Grêmio. Para quem ganhou a batalha dos aflitos, dois pontos não são nada.
A Série B do Brasileiro poderia mudar de nome para Série P, de Paulistas.
Esta semana vai ser difício passar pelo blog. Estou cursando um mestrado. Espero voltar com mais freqüência na próxima semana.
quinta-feira, novembro 13, 2008
A VERSÃO OFICIAL SOBRE O QUE
ACONTECE COM A LIBERTADORES
E COM A COPA SUL-AMERICANA
Como sempre, rola muita especulação, muita ilação sobre a possibilidade de o campeão da Copa Sul-Americana de 2008 ter vaga na Libertadores de 2009. Informação segura e de credibilidade poucos têm. Um deles é Telmo Zanini, grande amigo, jornalista dos bons, que sempre está por dentro de regulamentos e desdobramentos.
O que acontece é o seguinte: a Federação Peruana tem um problema na eleição de seu presidente, questão política. Por isso, o atual mandatário foi indicado pelo Ministério dos Esportes. O que a Fifa não aceita. A Fifa deu até o dia 21 para o Peru resolver a situação. Se não houver solução satisfatória para a Fifa, o Peru estará suspenso de todas as competições supervisionadas pela entidade. O sorteio da Libertadores 2009 será no dia 24 e, se a questão não for resolvida, as três vagas para equipes peruanas precisarão ser redistribuídas.
Especula-se (vejam bem, ainda especula-se) sobre as possibilidades de distribuição dessas vagas por parte da Conmebol. Pode ser usado o ranking da entidade, que também pode convidar campeões históricos ou, então, dar uma vaga para o campeão da Sul-Americana.
Isso é o que existe até agora. De concreto a possiblidade de suspensão do Peru, e de possibilidade, o convite para três equipes.
ACONTECE COM A LIBERTADORES
E COM A COPA SUL-AMERICANA
Como sempre, rola muita especulação, muita ilação sobre a possibilidade de o campeão da Copa Sul-Americana de 2008 ter vaga na Libertadores de 2009. Informação segura e de credibilidade poucos têm. Um deles é Telmo Zanini, grande amigo, jornalista dos bons, que sempre está por dentro de regulamentos e desdobramentos.
O que acontece é o seguinte: a Federação Peruana tem um problema na eleição de seu presidente, questão política. Por isso, o atual mandatário foi indicado pelo Ministério dos Esportes. O que a Fifa não aceita. A Fifa deu até o dia 21 para o Peru resolver a situação. Se não houver solução satisfatória para a Fifa, o Peru estará suspenso de todas as competições supervisionadas pela entidade. O sorteio da Libertadores 2009 será no dia 24 e, se a questão não for resolvida, as três vagas para equipes peruanas precisarão ser redistribuídas.
Especula-se (vejam bem, ainda especula-se) sobre as possibilidades de distribuição dessas vagas por parte da Conmebol. Pode ser usado o ranking da entidade, que também pode convidar campeões históricos ou, então, dar uma vaga para o campeão da Sul-Americana.
Isso é o que existe até agora. De concreto a possiblidade de suspensão do Peru, e de possibilidade, o convite para três equipes.
terça-feira, novembro 11, 2008
SELEÇÃO DO CAMPEONATO
Todo fim de ano rola essa pesquisa da CBF para a formação da Seleção do Brasileiro. Já enviei meus votos e faço aqui uma revelação, mas com uma ou outra mudança dadas algumas alterações em desempenho nessa reta final do campeonato.
Também respondo a algumas mensagens dos amigos que sempre dão o prazer da visita.
Sobre o que escrevi a respeito da atuação da diretoria do São Paulo e a do Muricy, são opiniões e todas merecem crédito e respeito. Mas reitero que o Muricy consertou um ano de decisões infelizes dos dirigentes do São Paulo, que contrataram mal e venderam a idéia, que parte da mídia compra, de que fazem tudo certo. O maior acerto, comprovado agora, é a manutenção de Muricy. Que é obra do presidente do clube, porque muita gente na diretoria e no conselho queria a cabeça do treinador. E as cabeças que contrataram tantos jogadores em 2008 que sequem no banco têm ficado? É meu ponto de vista.
Sobre o amigo anônimo que não gostou de eu ter escrito pipocar, é um direito dele, mas acho que a palavra é muito usada no futebol, tem vários sinônimos, como amarelar, e faz parte do cotidiano do esporte, tanto que a boleirada a usa, assim como os torcedores. Mas, como disse, é um direito seu não gostar.
Segue a seleção:
Goleiro: Victor (Grêmio)
Lateral direito: Léo Moura (Flamengo)
Zagueiro 1: André Dias (São Paulo)
Zagueiro 2: Miranda (São Paulo)
Lateral esquerdo: Juan (Flamengo)
Volante 1: Hernanes (São Paulo)
Volante 2: Ramires (Cruzeiro)
Meia 1: Diego Souza (Palmeiras)
Meia 2: Alex (Inter)
Atacante 1: Guilherme (Cruzeiro)
Atacante 2: Kléber Pereira (Santos)
Técnico: Muricy (São Paulo)
Todo fim de ano rola essa pesquisa da CBF para a formação da Seleção do Brasileiro. Já enviei meus votos e faço aqui uma revelação, mas com uma ou outra mudança dadas algumas alterações em desempenho nessa reta final do campeonato.
Também respondo a algumas mensagens dos amigos que sempre dão o prazer da visita.
Sobre o que escrevi a respeito da atuação da diretoria do São Paulo e a do Muricy, são opiniões e todas merecem crédito e respeito. Mas reitero que o Muricy consertou um ano de decisões infelizes dos dirigentes do São Paulo, que contrataram mal e venderam a idéia, que parte da mídia compra, de que fazem tudo certo. O maior acerto, comprovado agora, é a manutenção de Muricy. Que é obra do presidente do clube, porque muita gente na diretoria e no conselho queria a cabeça do treinador. E as cabeças que contrataram tantos jogadores em 2008 que sequem no banco têm ficado? É meu ponto de vista.
Sobre o amigo anônimo que não gostou de eu ter escrito pipocar, é um direito dele, mas acho que a palavra é muito usada no futebol, tem vários sinônimos, como amarelar, e faz parte do cotidiano do esporte, tanto que a boleirada a usa, assim como os torcedores. Mas, como disse, é um direito seu não gostar.
Segue a seleção:
Goleiro: Victor (Grêmio)
Lateral direito: Léo Moura (Flamengo)
Zagueiro 1: André Dias (São Paulo)
Zagueiro 2: Miranda (São Paulo)
Lateral esquerdo: Juan (Flamengo)
Volante 1: Hernanes (São Paulo)
Volante 2: Ramires (Cruzeiro)
Meia 1: Diego Souza (Palmeiras)
Meia 2: Alex (Inter)
Atacante 1: Guilherme (Cruzeiro)
Atacante 2: Kléber Pereira (Santos)
Técnico: Muricy (São Paulo)
segunda-feira, novembro 10, 2008
SÃO PAULO AVANÇA.
PALMEIRAS PIPOCA.
GRÊMIO RESSURGE.
CRUZEIRO ESPREITA.
FLAMENGO SONHA.
FAÇAM SUAS APOSTAS
São Paulo avança. Grande jogo entre Lusa e São Paulo. Fala-se em sorte de campeão. Sorte, sim, naquela bola do Edno na trave. Competência muito mais. O São Paulo joga no erro dos adversários, que erram muito mais do que ele. Ponto, de novo, para Muricy e sua ótima comissão técnica, que consertaram todos os desastres feitos pelos dirigentes marqueteiros do Tricolor em 2008. Adriano, Fábio Santos, Juninho, Joílson, Éder Luís, Éder. Nada disso. Muricy foi buscar um time com o que ele mesmo tinha desde 2007, literalmente, a raspa do tacho. Recuperou Hugo, que os diretores queriam mandar embora. O time se sustenta nos zagueiros, que são individualmente ótimos, e compensam um meio-campo mambembe, onde brilha solitariamente Hernanes. Quando pinta uma chance, Dagoberto e Borges têm sido fatais. Só perde o título se bobear contra Figueirense, Fluminense e Goiás, ainda que corra o risco de perder para o Vasco fora de casa.
Palmeiras pipoca. Nem tanto contra o Grêmio, quando também pipocou, o Palmeiras fraquejou mesmo contra Náutico e Figueirense. Naquele momento o Brasileirão se ofereceu ao Alviverde, que recusou a proposta. Luxemburgo parece mais preocupado em autopromoção do que em fazer o que realmente sabe fazer: treinar um time. As falhas da zaga são gritantes e nunca foram corrigidas. O gol sofrido diante do Grêmio é um xerox do primeiro do Fluminense nos 3 a 0 do Maracanã. O time é forjado nas laterais, e seus laterais sumiram dos jogos decisivos, literalmente se escondem quando o jogo aperta. Principalmente Elder Granja. Isso estoura em Alex Mineiro, que parou de fazer gols. Marcos não confia na zaga reticente e não se conforma com a apatia do time. Fora isso, Luxemburgo, em má fase, aposta em alguns jogadores que entram e não acontece nada, como Lenny, Maicossuel e Evandro. Ao mesmo tempo em que sustenta uma tênue chance de título, até a Libertadores corre perigo.
Grêmio ressurge. O Tricolor gaúcho é, tecnicamente, o time mais fraco entre os cinco postulantes ao título. Mas talvez seja o que saiba tirar mais dessa limitação. Joga fisicamente, faz muitas faltas, explora a bola aérea e marca forte. Teve mais espírito de decisão que o Palmeiras e, mesmo desfigurado, poderia ter vencido o jogo em qualquer momento, e não apenas com o gol meio sem querer. Com apenas dois pontos de diferença para o São Paulo e uma vitória a mais, sendo o time que mais tempo liderou o campeonato, o Grêmio está, sim, muito vivo na briga. Com a volta dos principais jogadores, pode arrancar no final. O problema é a defesa que, mesmo alta, é vulnerável, principalmente contra atacantes técnicos e rápidos.
Cruzeiro espreita. A Raposa está ali, à espreita, de olho, preparando um ataque ao galinheiro. Time que joga o futebol mais agradável do Brasileiro, o Cruzeiro é, também, o que mais venceu, o que prova sua qualidade técnica. Mas falta equilíbrio fora de casa, para buscar alguns pontos preciosos que estão fazendo falta na reta final. Tem um craque em versão Beta, Guilherme, e mais dois jogadores acima da média: Ramires e Vágner. Um vacilo de São Paulo e de Grêmio, dependendo da configuração da tabela no dia, e o time do Adílson Batista pode chegar. Também esbarra numa defesa reticente e nos altos e baixo do goleiro Fábio.
Flamengo sonha. A vitória sobre o Botafogo manteve vivas as poucas chances de título do Flamengo. Assim como o Palmeiras, o Rubro-negro pipocou quando o campeonato se abriu todo para ele. Caio Júnior ainda não tem a confiança necessária para ousar em momentos em que é preciso. Fora isso, leva tudo muito na tática, acha que há sempre uma explicação na prancheta, quando muitas vezes falta é compromisso e seriedade. Como todo time de massa, o Flamengo é bipolar. Exagera quando está em boa fase, entra no clima de festa, e vai à depressão quando perde. Mas tem boas possibilidades de chegar à Libertadores e ainda pega o Cruzeiro em confronto direto.
PALMEIRAS PIPOCA.
GRÊMIO RESSURGE.
CRUZEIRO ESPREITA.
FLAMENGO SONHA.
FAÇAM SUAS APOSTAS
São Paulo avança. Grande jogo entre Lusa e São Paulo. Fala-se em sorte de campeão. Sorte, sim, naquela bola do Edno na trave. Competência muito mais. O São Paulo joga no erro dos adversários, que erram muito mais do que ele. Ponto, de novo, para Muricy e sua ótima comissão técnica, que consertaram todos os desastres feitos pelos dirigentes marqueteiros do Tricolor em 2008. Adriano, Fábio Santos, Juninho, Joílson, Éder Luís, Éder. Nada disso. Muricy foi buscar um time com o que ele mesmo tinha desde 2007, literalmente, a raspa do tacho. Recuperou Hugo, que os diretores queriam mandar embora. O time se sustenta nos zagueiros, que são individualmente ótimos, e compensam um meio-campo mambembe, onde brilha solitariamente Hernanes. Quando pinta uma chance, Dagoberto e Borges têm sido fatais. Só perde o título se bobear contra Figueirense, Fluminense e Goiás, ainda que corra o risco de perder para o Vasco fora de casa.
Palmeiras pipoca. Nem tanto contra o Grêmio, quando também pipocou, o Palmeiras fraquejou mesmo contra Náutico e Figueirense. Naquele momento o Brasileirão se ofereceu ao Alviverde, que recusou a proposta. Luxemburgo parece mais preocupado em autopromoção do que em fazer o que realmente sabe fazer: treinar um time. As falhas da zaga são gritantes e nunca foram corrigidas. O gol sofrido diante do Grêmio é um xerox do primeiro do Fluminense nos 3 a 0 do Maracanã. O time é forjado nas laterais, e seus laterais sumiram dos jogos decisivos, literalmente se escondem quando o jogo aperta. Principalmente Elder Granja. Isso estoura em Alex Mineiro, que parou de fazer gols. Marcos não confia na zaga reticente e não se conforma com a apatia do time. Fora isso, Luxemburgo, em má fase, aposta em alguns jogadores que entram e não acontece nada, como Lenny, Maicossuel e Evandro. Ao mesmo tempo em que sustenta uma tênue chance de título, até a Libertadores corre perigo.
Grêmio ressurge. O Tricolor gaúcho é, tecnicamente, o time mais fraco entre os cinco postulantes ao título. Mas talvez seja o que saiba tirar mais dessa limitação. Joga fisicamente, faz muitas faltas, explora a bola aérea e marca forte. Teve mais espírito de decisão que o Palmeiras e, mesmo desfigurado, poderia ter vencido o jogo em qualquer momento, e não apenas com o gol meio sem querer. Com apenas dois pontos de diferença para o São Paulo e uma vitória a mais, sendo o time que mais tempo liderou o campeonato, o Grêmio está, sim, muito vivo na briga. Com a volta dos principais jogadores, pode arrancar no final. O problema é a defesa que, mesmo alta, é vulnerável, principalmente contra atacantes técnicos e rápidos.
Cruzeiro espreita. A Raposa está ali, à espreita, de olho, preparando um ataque ao galinheiro. Time que joga o futebol mais agradável do Brasileiro, o Cruzeiro é, também, o que mais venceu, o que prova sua qualidade técnica. Mas falta equilíbrio fora de casa, para buscar alguns pontos preciosos que estão fazendo falta na reta final. Tem um craque em versão Beta, Guilherme, e mais dois jogadores acima da média: Ramires e Vágner. Um vacilo de São Paulo e de Grêmio, dependendo da configuração da tabela no dia, e o time do Adílson Batista pode chegar. Também esbarra numa defesa reticente e nos altos e baixo do goleiro Fábio.
Flamengo sonha. A vitória sobre o Botafogo manteve vivas as poucas chances de título do Flamengo. Assim como o Palmeiras, o Rubro-negro pipocou quando o campeonato se abriu todo para ele. Caio Júnior ainda não tem a confiança necessária para ousar em momentos em que é preciso. Fora isso, leva tudo muito na tática, acha que há sempre uma explicação na prancheta, quando muitas vezes falta é compromisso e seriedade. Como todo time de massa, o Flamengo é bipolar. Exagera quando está em boa fase, entra no clima de festa, e vai à depressão quando perde. Mas tem boas possibilidades de chegar à Libertadores e ainda pega o Cruzeiro em confronto direto.
quinta-feira, novembro 06, 2008
TOQUINHO E RIVA JUNTOS,NO
ENCONTROS PARA A HISTÓRIA
Nesta sexta-feira, 7 de novembro, a partir das dez e meia da noite, o SporTV tem um programaço para quem gosta de música, futebol e boas histórias. O programa Encontros Para a História, brilhantemente capitaneado pelos amigos Lúcio de Castro e Victorino Chermont, reuniu o craque da bola Roberto Rivellino e o craque da música Toquinho.
Tive o prazer de participar da gravação do programa, ao lado do Caio Ribeiro e dos apresentadores, e posso assegurar: vale acompanhar. Entre outras coisas, deixo dois aperitivos: Riva fala de suas origens palmeirenses, e Toquinho esmirilha ao violão alguns de seus grandes sucessos e a canção que fez para o Corinthians.
quarta-feira, novembro 05, 2008
A HISTÓRIA E BARACK OBAMA
Uma coisa é a História que aprendemos nos livros, anos, séculos depois de ela ter ocorrido de fato. Outra coisa é ver a História acontecendo ao vivo, online, qualquer que seja o termo atual para isso. Alguns aspectos dessa História sendo feita eu jamais esquecerei. Como o instante em que Antonio Brito anunciou a morte de Tancredo Neves e a colher ficou ali, pousada no prato de sopa, sem saber para onde ir. Ou quando, atônito, me dirigia para a Rádio Bandeirantes, e ouvi a notícia de que um segundo avião se chocara contra as Torres Gêmeas em Nova Iorque. Que dizer da queda do Muro de Berlim, desenhando um novo mundo?
Ontem foi a vez de Barack Obama. Um dos significados desses dois nomes é algo como "raio abençoado". O impacto da eleição de Obama será sentido por centenas de anos, talvez como a chegada de Nelson Mandela ao poder na África do Sul. Basta lembrar que há pouco mais de 40 anos, na nação mais rica do planeta, negros não podiam, sequer, sentar perto de brancos em ônibus, frequentar as mesmas escolas. Isso sem falar em diversas outras atrocidades. Os americanos e sua democracia esquisita têm milhões de defeitos. Mas possuem virtudes que tornam possível, por exemplo, a chegada de Obama ao poder. Assim como a ainda infantil democracia brasileira possibilitou que um torneiro mecânico nordestino chegasse e se reelegesse presidente. Isso prova que o ser humano evolui. Lula pode ser um bom presidente para alguns, ruim para outros. O fato é que ele chegou lá quando tudo conspirava para que isso jamais acontecesse. Vale o mesmo para Obama. Se ele será ou não um bom presidente, saberemos em breve, mas o fato relevante é que ele agora é presidente dos Estados Unidos.
E nossa geração viu tudo isso acontecer. Imagine os americanos que eram crianças nos terríveis primeiros anos da década de 1960 e viam seus pais serem humilhados em pontos de ônibus, trens, escolas, nas ruas? Coloque-se no lugar de um desses americanos que estava ontem no Grant Park, na linda Chicago? Tente imaginar a alegria, o sentimento de alívio, a lembrança dos que sofreram antes dele para que esse dia finalmente chegasse? Dos seus antepassados escravos que lutaram pela independência do país que, depois, negava a seus filhos e netos o simples direito de cidadania.
Fica uma grande lição para o Brasil, País que celebra a miscigenação enquanto empurra pra debaixo do tapete um racismo que enquanto disfarçado ainda é vivo, cruel e presente.
Deixo aqui o vídeo do anúncio da vitória de Obama. A qualidade do texto e a precisão do âncora da NBC são cortantes. Ele é genial ao evitar a síndrome de âncora brasileiro, que teima em falar quando a imagem diz tudo. Em certo momento, ele volta e diz apenas: "ainda estamos aqui, como vocês, assistindo a tudo isso junto de vocês". Repare nos abraços e no choro de americanos de várias raças e, principalmente, nos "afro-americanos", como pedem os dias de hoje. Ali há alívio, esperança, não há traços de ódio ou de vingança. Como cita o comentarista da NBC, que cita "as sombras do nosso passado racista".
Os tempos são bicudos, mas os tempos também são de esperança. Boa sorte, Obama.
Uma coisa é a História que aprendemos nos livros, anos, séculos depois de ela ter ocorrido de fato. Outra coisa é ver a História acontecendo ao vivo, online, qualquer que seja o termo atual para isso. Alguns aspectos dessa História sendo feita eu jamais esquecerei. Como o instante em que Antonio Brito anunciou a morte de Tancredo Neves e a colher ficou ali, pousada no prato de sopa, sem saber para onde ir. Ou quando, atônito, me dirigia para a Rádio Bandeirantes, e ouvi a notícia de que um segundo avião se chocara contra as Torres Gêmeas em Nova Iorque. Que dizer da queda do Muro de Berlim, desenhando um novo mundo?
Ontem foi a vez de Barack Obama. Um dos significados desses dois nomes é algo como "raio abençoado". O impacto da eleição de Obama será sentido por centenas de anos, talvez como a chegada de Nelson Mandela ao poder na África do Sul. Basta lembrar que há pouco mais de 40 anos, na nação mais rica do planeta, negros não podiam, sequer, sentar perto de brancos em ônibus, frequentar as mesmas escolas. Isso sem falar em diversas outras atrocidades. Os americanos e sua democracia esquisita têm milhões de defeitos. Mas possuem virtudes que tornam possível, por exemplo, a chegada de Obama ao poder. Assim como a ainda infantil democracia brasileira possibilitou que um torneiro mecânico nordestino chegasse e se reelegesse presidente. Isso prova que o ser humano evolui. Lula pode ser um bom presidente para alguns, ruim para outros. O fato é que ele chegou lá quando tudo conspirava para que isso jamais acontecesse. Vale o mesmo para Obama. Se ele será ou não um bom presidente, saberemos em breve, mas o fato relevante é que ele agora é presidente dos Estados Unidos.
E nossa geração viu tudo isso acontecer. Imagine os americanos que eram crianças nos terríveis primeiros anos da década de 1960 e viam seus pais serem humilhados em pontos de ônibus, trens, escolas, nas ruas? Coloque-se no lugar de um desses americanos que estava ontem no Grant Park, na linda Chicago? Tente imaginar a alegria, o sentimento de alívio, a lembrança dos que sofreram antes dele para que esse dia finalmente chegasse? Dos seus antepassados escravos que lutaram pela independência do país que, depois, negava a seus filhos e netos o simples direito de cidadania.
Fica uma grande lição para o Brasil, País que celebra a miscigenação enquanto empurra pra debaixo do tapete um racismo que enquanto disfarçado ainda é vivo, cruel e presente.
Deixo aqui o vídeo do anúncio da vitória de Obama. A qualidade do texto e a precisão do âncora da NBC são cortantes. Ele é genial ao evitar a síndrome de âncora brasileiro, que teima em falar quando a imagem diz tudo. Em certo momento, ele volta e diz apenas: "ainda estamos aqui, como vocês, assistindo a tudo isso junto de vocês". Repare nos abraços e no choro de americanos de várias raças e, principalmente, nos "afro-americanos", como pedem os dias de hoje. Ali há alívio, esperança, não há traços de ódio ou de vingança. Como cita o comentarista da NBC, que cita "as sombras do nosso passado racista".
Os tempos são bicudos, mas os tempos também são de esperança. Boa sorte, Obama.
terça-feira, novembro 04, 2008
OLHO NELE: TIAGO LEIFERT.
Um dos grandes baratos da atividade jornalística é tentar identificar e, por vezes, conseguir, gente que está mostrando muito talento, capacidade e consegue seu espaço trabalhando sério, sem atropelar ou passar rasteira em ninguém. Falei há alguns posts do amigo e comentarista Lédio Carmona. Agora falo, felizmente, de outro amigo, o repórter Tiago Leifert, que tal qual um foguete passou da estréia no SporTV para o merecido espaço na Tv Globo.
Tiago tem a rara qualidade do raciocínio rápido, fundamental num bom repórter, e alia a isso outra virtude: não tem medo de perguntar.
Fora isso, tem um bom humor espetacular, é bom imitador e está sempre antenado nas coisas que rolam pelo mundo. Como foi apresentador nos tempos de TV Vanguarda, tem aquela ginga de âncora, que o faz sair com categoria até das situações mais cabeludas. Olho nele, que esse vai longe.
De quebra, uma pitada do blog da figura: http://leifert.blogspot.com
do
Um dos grandes baratos da atividade jornalística é tentar identificar e, por vezes, conseguir, gente que está mostrando muito talento, capacidade e consegue seu espaço trabalhando sério, sem atropelar ou passar rasteira em ninguém. Falei há alguns posts do amigo e comentarista Lédio Carmona. Agora falo, felizmente, de outro amigo, o repórter Tiago Leifert, que tal qual um foguete passou da estréia no SporTV para o merecido espaço na Tv Globo.
Tiago tem a rara qualidade do raciocínio rápido, fundamental num bom repórter, e alia a isso outra virtude: não tem medo de perguntar.
Fora isso, tem um bom humor espetacular, é bom imitador e está sempre antenado nas coisas que rolam pelo mundo. Como foi apresentador nos tempos de TV Vanguarda, tem aquela ginga de âncora, que o faz sair com categoria até das situações mais cabeludas. Olho nele, que esse vai longe.
De quebra, uma pitada do blog da figura: http://leifert.blogspot.com
do
segunda-feira, novembro 03, 2008
DOMINGÃO PARA PROVAR:
ESPORTE É ESPETACULAR
Que negócio maluco - e espetacular - que é o esporte. O domingão foi sensacional, daqueles que as pessoas lembrarão por muito tempo. Tipo aquele lance de contar uma história qualquer e citar que foi no domingo em que o Massa perdeu o título na última curva e que o Brasileirão embolou de vez na reta final.
Não sou exatamente um fã de automobilismo, embora já tenha participado da cobertura de muitos GPs. Agora, a corrida de ontem não seria imaginada nem por uma mistura de Walt Disney com Steven Spielberg, com pitadas de Monteiro Lobato. Foi de parar o País em frente à TV - e boa parte do mundo.
A frustração do resultado final pode ser, parcialmente, compensada pela consolidação de Felipe Massa como piloto capaz de capturar a atenção do público brasileiro. Talvez não seja uma Fórmula 1 polarizada entre Hamilton e Massa, porque Vettel e Alonso são muito bons. Mas que haverá bons motivos para acompanhar as corridas e torcer de verdade, isso sim.
Para finalizar o domingo, uma grande rodada do Campeonato Brasileiro. Daquelas que soltam faísca. Jogaço entre Santos e Palmeiras na Vila Belmiro. A vitória deixa o time palmeirense vivo na competição. Logo depois do clássico, o São Paulo mostrou autoridade na vitória incontestável sobre o Internacional e assumiu a liderança pela primeira vez. Cedo para dizer, mas dá pinta de que São Paulo e Palmeiras vão brigar pela taça. Tudo porque conseguiram vencer fora de casa, coisa rada nesse campeonato. O Grêmio segue fraquejando na hora decisiva, assim como o Flamengo. O Cruzeiro fora de casa não consegue o que São Paulo e Palmeiras já fizeram.
Mas há tanto equilíbrio que tudo pode mudar na próxima semana. Mas a decisão do título passa por dois jogos: Portuguesa x São Paulo e Palmeiras x Grêmio.
ESPORTE É ESPETACULAR
Que negócio maluco - e espetacular - que é o esporte. O domingão foi sensacional, daqueles que as pessoas lembrarão por muito tempo. Tipo aquele lance de contar uma história qualquer e citar que foi no domingo em que o Massa perdeu o título na última curva e que o Brasileirão embolou de vez na reta final.
Não sou exatamente um fã de automobilismo, embora já tenha participado da cobertura de muitos GPs. Agora, a corrida de ontem não seria imaginada nem por uma mistura de Walt Disney com Steven Spielberg, com pitadas de Monteiro Lobato. Foi de parar o País em frente à TV - e boa parte do mundo.
A frustração do resultado final pode ser, parcialmente, compensada pela consolidação de Felipe Massa como piloto capaz de capturar a atenção do público brasileiro. Talvez não seja uma Fórmula 1 polarizada entre Hamilton e Massa, porque Vettel e Alonso são muito bons. Mas que haverá bons motivos para acompanhar as corridas e torcer de verdade, isso sim.
Para finalizar o domingo, uma grande rodada do Campeonato Brasileiro. Daquelas que soltam faísca. Jogaço entre Santos e Palmeiras na Vila Belmiro. A vitória deixa o time palmeirense vivo na competição. Logo depois do clássico, o São Paulo mostrou autoridade na vitória incontestável sobre o Internacional e assumiu a liderança pela primeira vez. Cedo para dizer, mas dá pinta de que São Paulo e Palmeiras vão brigar pela taça. Tudo porque conseguiram vencer fora de casa, coisa rada nesse campeonato. O Grêmio segue fraquejando na hora decisiva, assim como o Flamengo. O Cruzeiro fora de casa não consegue o que São Paulo e Palmeiras já fizeram.
Mas há tanto equilíbrio que tudo pode mudar na próxima semana. Mas a decisão do título passa por dois jogos: Portuguesa x São Paulo e Palmeiras x Grêmio.
sexta-feira, outubro 31, 2008
TROFÉU FORD/ACEESP
ENTRA EM NOVA FASE
Esse post não se trata de campanha por votos. Não faria isso, não faz parte da minha maneira de ver as coisas. Mas serve para divulgar uma iniciativa interessante da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos de São Paulo), entidade que vem se renovando e se reciclando nos últimos anos, nas administrações de Paulo Cézar Correa e, agora, Ricardo Capriotti.
Todos os anos existe a votação do Troféu Ford/Aceesp, que era restrita aos sócios da entidade. Agora a votação passa a ser aberta, via internet, com novas categorias. Serve, também, para avaliar o que o público pensa da categoria da qual, orgulhosamente, faço parte, a de cronista esportiva. Acesse o site da Aceesp e exerça seu direito de leitor, ouvinte, internauta e telespectador.
ENTRA EM NOVA FASE
Esse post não se trata de campanha por votos. Não faria isso, não faz parte da minha maneira de ver as coisas. Mas serve para divulgar uma iniciativa interessante da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos de São Paulo), entidade que vem se renovando e se reciclando nos últimos anos, nas administrações de Paulo Cézar Correa e, agora, Ricardo Capriotti.
Todos os anos existe a votação do Troféu Ford/Aceesp, que era restrita aos sócios da entidade. Agora a votação passa a ser aberta, via internet, com novas categorias. Serve, também, para avaliar o que o público pensa da categoria da qual, orgulhosamente, faço parte, a de cronista esportiva. Acesse o site da Aceesp e exerça seu direito de leitor, ouvinte, internauta e telespectador.
A VOLTA DA BOA
-E VELHA - MTV
A Internet é mesmo uma maravilha. Graças à grande rede a boa -e velha - MTV está de volta. Desde que deixou de mostrar clipes e pequenos jornais musicais, a MTV virou - para mim - uma chatice só. Metida a genial, revolucionária, com programas que são um acinte à inteligência e um ataque suicida contra os neurônios. Exceto coisas legais como o Rock Gol, Hermes e Renato, a atual MTV se salva pela comunicação visual e olhe lá. O resto é programa pra quem faz o tico e o teco dormirem em quartos separados do cérebro.
Mas graças aos deuses do www está de volta a clássica MTV, aquela dos clipes. Basta acessar o site http://www.mtvmusic.com/ e conferir pérolas de todas as épocas do videoclipe e lembrar como era bom o temo em que esta emissora não se dedicava a práticas narciso-onanistas de alguns apresentadores e modeletes.
-E VELHA - MTV
A Internet é mesmo uma maravilha. Graças à grande rede a boa -e velha - MTV está de volta. Desde que deixou de mostrar clipes e pequenos jornais musicais, a MTV virou - para mim - uma chatice só. Metida a genial, revolucionária, com programas que são um acinte à inteligência e um ataque suicida contra os neurônios. Exceto coisas legais como o Rock Gol, Hermes e Renato, a atual MTV se salva pela comunicação visual e olhe lá. O resto é programa pra quem faz o tico e o teco dormirem em quartos separados do cérebro.
Mas graças aos deuses do www está de volta a clássica MTV, aquela dos clipes. Basta acessar o site http://www.mtvmusic.com/ e conferir pérolas de todas as épocas do videoclipe e lembrar como era bom o temo em que esta emissora não se dedicava a práticas narciso-onanistas de alguns apresentadores e modeletes.
quinta-feira, outubro 30, 2008
O BRASILEIRÃO DO FOTOCHART*
*Está no dicionário olímpico da Folha Online. FOTOCHART - Método fotográfico usado para definir o vencedor de uma prova de atletismo em que dois ou mais corredores cruzam a linha de chegada praticamente juntos. A primeira utilização da câmera que fazia um “mapeamento” em fotos de uma cena foi em Los Angeles-1932, quando o olho humano não teve capacidade de decidir qual dos americanos, Eddie Tolan ou Ralph Metcalfe, havia vencido os 100 m. Mas um filme fotográfico foi oferecido por uma agência de notícias aos juízes. Muitas horas depois, deu-se o ouro a Tolan. Tanto Tolan quanto Metcalfe bateram o recorde mundial à época: 10s3.
Rodada vai, rodada vem e parece que, como vaticina o amigo Marco Aurélio Souza, repórter dos bons, o Brasileirão de 2008 será decidido no Fotochart, ou seja, nos critérios de desempate. Haja equilíbrio! Como falta um grande time, um esquadrão que se imponha, e não existem grandes craques, os cinco postulantes ao título seguem muito vivos e, literalmente, tudo pode acontecer.
Grêmio e São Paulo seguem com as melhores possibilidades. O que é muito, mas também não é. Porque têm 61% de aproveitamento, contra 60% de Cruzeiro e Palmeiras, um pontinho de diferença. Nos critérios de desempate o Grêmio sustenta a ponta que segurou em boa parte do torneio porque tem uma vitória a mais que o São Paulo. Mas o Cruzeiro já tem uma vitória a mais que Grêmio e Palmeiras e duas a mais que Flamengo e São Paulo. O número de vitórias é o primeiro critério de desempate.
Matemáticos de plantão não chegam a dar 30% de chances para o maior favorito entre os cinco, o que mostra o equilíbrio.
Pipocam teses para justificar apostas. Muita gente adora chutar e depois que seu chute entra no ângulo corre para o abraço afirmando que acertou. O famoso "como eu tinha dito, time tal foi o campeão". Prefiro tentar a análise dos fatos. O time que vive o melhor momento em resultados é o São Paulo. A equipe que joga o melhor futebol é o Cruzeiro. Grêmio, Flamengo e Palmeiras oscilam feito a Bovespa. Um dia em alta, outro em queda.
O Cruzeiro enfrenta ainda um adversário direto, o Flamengo. O Palmeiras enfrenta dois, Grêmio e Flamengo. O São Paulo não enfrenta mais adversários diretos, o que pode ser uma grande vantagem. Ou nem tanto, já que não poderá mais tirar, ele, pontos dos rivais. Todos os times jogam três vezes em casa e três fora, menos o Flamengo, que joga quatro em casa, sendo uma delas o clássico contra o Botafogo.
Há tempos defendo a seguinte tese, de que o campeonato não se decide nos confrontos diretos, mas sim nas partidas entre os times que estão à frente e os que estão lá atrás. Time do G-4 que perde para equipe que está no G menos 4 ou perto dele vai dançar. Uma tese, apenas.
Da rodada de ontem, entre os líderes, algumas observações. Primeiro, a precisão cirúrgica do São Paulo para aproveitar duas falhas do Botafogo num jogo absolutamente equilibrado, igual. Segundo, concordo com Arnaldo César Coelho e acho que o segundo gol do Botafogo foi mal anulado, porque Wellington Paulista não atrapalhou em nada Rogério Ceni, embora estivesse impedido. Tiremos o Wellington da imagem e a jogada teria o mesmo desfecho. Embora seja um time frio e decisivo, o Tricolor paulista não está jogando grande coisa e vem sendo sucessivamente salvo pelo excelente Hernanes. Não altera a cotação do dólar porque ninguém está jogando muita coisa. Fora o Cruzeiro, que atropelou o Grêmio com belos gols e tem um projeto de craque chamado Guilherme. Se sair bem da prancheta, vai dar o que falar.
O Palmeiras conseguiu algo que não vinha fazendo: ganhar jogando mal. Ponto positivo. O problema do time do Luxa é que tem um saldo de gols baixo em relação aos rivais.
O Grêmio joga um segundo turno fraquinho, fraquinho, e se segura na mística do Olímpico. O Flamengo pulsa graças à tabela favorável e ao bom desempenho ofensivo dos laterais. Mas segue sendo vulnerável no meio-campo.
Enfim, tem tudo para ser no fotochart mesmo.
DIEGO ARMANDO MARADONA
Sou fã do Dieguito jogador por ele ser genial e ter sempre combatido a cartolagem de plantão. Agora, acho que ele está se arriscando muito com essa história de treinador. Penso o seguinte: não basta ter jogado muita bola para exercer qualquer outra função ligada ao futebol. Eu acho que ninguém pode sair da faculdade de jornalismo para apresentar o Jornal Nacional. Tudo na vida tem seu tempo, seu aprendizado. Ou algum conselho de administração daria a presidência de uma multinacional para o melhor aluno da GV? Diego conhece futebol, mas não sei se está pronto para ser técnico. Deveria rodar mais. Já exerceu a função com apenas três vitórias. É polêmico, está doente, racionalidade para administrar crises nunca foi seu forte. Num dia elogia, no outro chama pra briga. Só vejo uma vantagem em relação ao Dunga no Brasil. Maradona fala de futebol sorrindo. Dunga fala com a faca nos dentes.
*Está no dicionário olímpico da Folha Online. FOTOCHART - Método fotográfico usado para definir o vencedor de uma prova de atletismo em que dois ou mais corredores cruzam a linha de chegada praticamente juntos. A primeira utilização da câmera que fazia um “mapeamento” em fotos de uma cena foi em Los Angeles-1932, quando o olho humano não teve capacidade de decidir qual dos americanos, Eddie Tolan ou Ralph Metcalfe, havia vencido os 100 m. Mas um filme fotográfico foi oferecido por uma agência de notícias aos juízes. Muitas horas depois, deu-se o ouro a Tolan. Tanto Tolan quanto Metcalfe bateram o recorde mundial à época: 10s3.
Rodada vai, rodada vem e parece que, como vaticina o amigo Marco Aurélio Souza, repórter dos bons, o Brasileirão de 2008 será decidido no Fotochart, ou seja, nos critérios de desempate. Haja equilíbrio! Como falta um grande time, um esquadrão que se imponha, e não existem grandes craques, os cinco postulantes ao título seguem muito vivos e, literalmente, tudo pode acontecer.
Grêmio e São Paulo seguem com as melhores possibilidades. O que é muito, mas também não é. Porque têm 61% de aproveitamento, contra 60% de Cruzeiro e Palmeiras, um pontinho de diferença. Nos critérios de desempate o Grêmio sustenta a ponta que segurou em boa parte do torneio porque tem uma vitória a mais que o São Paulo. Mas o Cruzeiro já tem uma vitória a mais que Grêmio e Palmeiras e duas a mais que Flamengo e São Paulo. O número de vitórias é o primeiro critério de desempate.
Matemáticos de plantão não chegam a dar 30% de chances para o maior favorito entre os cinco, o que mostra o equilíbrio.
Pipocam teses para justificar apostas. Muita gente adora chutar e depois que seu chute entra no ângulo corre para o abraço afirmando que acertou. O famoso "como eu tinha dito, time tal foi o campeão". Prefiro tentar a análise dos fatos. O time que vive o melhor momento em resultados é o São Paulo. A equipe que joga o melhor futebol é o Cruzeiro. Grêmio, Flamengo e Palmeiras oscilam feito a Bovespa. Um dia em alta, outro em queda.
O Cruzeiro enfrenta ainda um adversário direto, o Flamengo. O Palmeiras enfrenta dois, Grêmio e Flamengo. O São Paulo não enfrenta mais adversários diretos, o que pode ser uma grande vantagem. Ou nem tanto, já que não poderá mais tirar, ele, pontos dos rivais. Todos os times jogam três vezes em casa e três fora, menos o Flamengo, que joga quatro em casa, sendo uma delas o clássico contra o Botafogo.
Há tempos defendo a seguinte tese, de que o campeonato não se decide nos confrontos diretos, mas sim nas partidas entre os times que estão à frente e os que estão lá atrás. Time do G-4 que perde para equipe que está no G menos 4 ou perto dele vai dançar. Uma tese, apenas.
Da rodada de ontem, entre os líderes, algumas observações. Primeiro, a precisão cirúrgica do São Paulo para aproveitar duas falhas do Botafogo num jogo absolutamente equilibrado, igual. Segundo, concordo com Arnaldo César Coelho e acho que o segundo gol do Botafogo foi mal anulado, porque Wellington Paulista não atrapalhou em nada Rogério Ceni, embora estivesse impedido. Tiremos o Wellington da imagem e a jogada teria o mesmo desfecho. Embora seja um time frio e decisivo, o Tricolor paulista não está jogando grande coisa e vem sendo sucessivamente salvo pelo excelente Hernanes. Não altera a cotação do dólar porque ninguém está jogando muita coisa. Fora o Cruzeiro, que atropelou o Grêmio com belos gols e tem um projeto de craque chamado Guilherme. Se sair bem da prancheta, vai dar o que falar.
O Palmeiras conseguiu algo que não vinha fazendo: ganhar jogando mal. Ponto positivo. O problema do time do Luxa é que tem um saldo de gols baixo em relação aos rivais.
O Grêmio joga um segundo turno fraquinho, fraquinho, e se segura na mística do Olímpico. O Flamengo pulsa graças à tabela favorável e ao bom desempenho ofensivo dos laterais. Mas segue sendo vulnerável no meio-campo.
Enfim, tem tudo para ser no fotochart mesmo.
DIEGO ARMANDO MARADONA
Sou fã do Dieguito jogador por ele ser genial e ter sempre combatido a cartolagem de plantão. Agora, acho que ele está se arriscando muito com essa história de treinador. Penso o seguinte: não basta ter jogado muita bola para exercer qualquer outra função ligada ao futebol. Eu acho que ninguém pode sair da faculdade de jornalismo para apresentar o Jornal Nacional. Tudo na vida tem seu tempo, seu aprendizado. Ou algum conselho de administração daria a presidência de uma multinacional para o melhor aluno da GV? Diego conhece futebol, mas não sei se está pronto para ser técnico. Deveria rodar mais. Já exerceu a função com apenas três vitórias. É polêmico, está doente, racionalidade para administrar crises nunca foi seu forte. Num dia elogia, no outro chama pra briga. Só vejo uma vantagem em relação ao Dunga no Brasil. Maradona fala de futebol sorrindo. Dunga fala com a faca nos dentes.
domingo, outubro 26, 2008
O EXORCISMO CORINTIANO
Apaixonado por definição, o torcedor de futebol é capaz de transformar em situações épicas, em viradas incríveis, problemas criados por gente que nada tem a ver com ele. Explico: time grande só cai no Brasil por causa da incompetência de gente que se diz torcedora mas é, na verdade ururpadora. De paixões, de bens, de momentos. Os times caem, as torcidas e as histórias, nunca.
Foi assim com Palmeiras, Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, Sport e outros.
Não poderia ser diferente com o Corinthians. Afundado na lama de uma administração desastrosa, depauperado por parcerias nebulosas, o Corinthians bateu no último centímetro do poço, viveu um carma e soube voltar mais digno, mais limpo, mais honrado.
Graças a profissionais do futebol, o que é o mais bonito dessa história. Os que criaram o desastre e o jogaram nos pés de jogadores pouco capazes de evitá-lo, foram substituídos por gente do ramo, mais séria. Mano Menezes é, para mim (e digo isso faz tempo), a grande revelação entre os treinadores brasileiros. O ex-zagueiro Antonio Carlos se revela um promissor dirigente. Há bons jogadores que chegaram ao time, como os zagueiros William e Chicão, o talentoso Douglas, o elétrico André Santos, o futuro brilhante de Dentinho.
A cartolagem afundou o Corinthians e seus co-irmãos. Os verdadeiros profissionais do futebol os resgataram.
Em meio a isso tudo trafegam os verdadeiros donos do jogo de bola, os torcedores. Que reagem como pais nos momentos de dor e crise. Eles simplesmente colocam seus times no colo e vão à luta, renovam compromissos de amor e fidelidade e redescobrem o maior segredo do futebol: gostar do seu time sem motivo, razão. Gostar, simplesmente. Foi assim com todos os gigantes rebaixados e, claro, teve maior repercussão com o Corinthians, que envolve mais gente, ressona muito mais.
Mais uma aula foi dada. Pena que, dificilmente, a lição terá sido aprendida. Temo que ainda veremos outras situações em que os usurpadores derrubarão tudo. Mas haverá sempre os verdadeiros profissionais do futebol que, com seu autêntico espírito amador, estarão prontos para promover novos exorcismos como o protagonizado pelo Corinthians. Vá de retro, cartolagem!!!!!
Apaixonado por definição, o torcedor de futebol é capaz de transformar em situações épicas, em viradas incríveis, problemas criados por gente que nada tem a ver com ele. Explico: time grande só cai no Brasil por causa da incompetência de gente que se diz torcedora mas é, na verdade ururpadora. De paixões, de bens, de momentos. Os times caem, as torcidas e as histórias, nunca.
Foi assim com Palmeiras, Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, Sport e outros.
Não poderia ser diferente com o Corinthians. Afundado na lama de uma administração desastrosa, depauperado por parcerias nebulosas, o Corinthians bateu no último centímetro do poço, viveu um carma e soube voltar mais digno, mais limpo, mais honrado.
Graças a profissionais do futebol, o que é o mais bonito dessa história. Os que criaram o desastre e o jogaram nos pés de jogadores pouco capazes de evitá-lo, foram substituídos por gente do ramo, mais séria. Mano Menezes é, para mim (e digo isso faz tempo), a grande revelação entre os treinadores brasileiros. O ex-zagueiro Antonio Carlos se revela um promissor dirigente. Há bons jogadores que chegaram ao time, como os zagueiros William e Chicão, o talentoso Douglas, o elétrico André Santos, o futuro brilhante de Dentinho.
A cartolagem afundou o Corinthians e seus co-irmãos. Os verdadeiros profissionais do futebol os resgataram.
Em meio a isso tudo trafegam os verdadeiros donos do jogo de bola, os torcedores. Que reagem como pais nos momentos de dor e crise. Eles simplesmente colocam seus times no colo e vão à luta, renovam compromissos de amor e fidelidade e redescobrem o maior segredo do futebol: gostar do seu time sem motivo, razão. Gostar, simplesmente. Foi assim com todos os gigantes rebaixados e, claro, teve maior repercussão com o Corinthians, que envolve mais gente, ressona muito mais.
Mais uma aula foi dada. Pena que, dificilmente, a lição terá sido aprendida. Temo que ainda veremos outras situações em que os usurpadores derrubarão tudo. Mas haverá sempre os verdadeiros profissionais do futebol que, com seu autêntico espírito amador, estarão prontos para promover novos exorcismos como o protagonizado pelo Corinthians. Vá de retro, cartolagem!!!!!
sexta-feira, outubro 24, 2008
CINCO TIMES E UM DESTINO
O grupo dos times que disputa, de fato, o título brasileiro está fechado em cinco: Grêmio, São Paulo, Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras. Dado o equilíbrio técnico e a falta de consistência entre todos eles, a taça está mais perdida que cego em tiroteio, literalmente, não sabe para onde ir.
Faço aqui uma avaliação do que vejo de forte e fraco em cada um dos pretendentes.
Com base no que vou expor aqui, se eu fosse apostar, seria no Cruzeiro.
GRÊMIO
Pontos fortes - O desempenho como mandante é excelente. É no Olímpico que o Grêmio planta a base de tantas rodadas na liderança. Os volantes são bons na saída de bola, outro ponto importante.
Pontos fracos - Fora de casa perdeu força. Sem Tcheco o meio-campo fica óbvio e perde o diferencial. O ataque é bom na força mas fica devendo quando o jogo pede técnica.
SÃO PAULO
Pontos fortes - Os zagueiros. Miranda é ótimo, André Dias muito bom, Rodrigo já fica bem abaixo dos dois mas não é ruim. Zé Luís se vira bem na função. Tem Hernanes e Rogério em ótimas fases.
Pontos fracos - Falta opção de jogo. O time é viciado em bola parada, até porque nisso é muito forte. O meio-campo é pouco criativo e quando enfrenta um time retrancado sofre muito.
CRUZEIRO
Pontos fortes - O meio-campo é muito bom e técnico, com toque de bola e fluência. Tem um jogador que pode desequilibrar, o excelente Guilherme. Joga em casa mais do que todos os outros e contra dois concorrentes diretos: Grêmio e Flamengo.
Pontos fracos - Em momentos decisivos tem falhado, talvez pela inexperiência de alguns jogadores. Quando o jogo requer um pouco mais de pegada e menos técnica, cai de produção. O goleiro Fábio alterna grandes atuações e momentos pouco inspirados.
FLAMENGO
Pontos fortes - Os alas são muito bons, é por onde o time ataca. Léo Moura e Juan são a mola propulsora rubro-negra. A tabela é tão boa como a do Cruzeiro, exceção feita ao jogo contra o time mineiro, em Belo Horizonte.
Pontos fracos - Tem fraquejado em momentos decisivos. A recomposição do time é deficiente, principalmente a cobertura dos alas, que vão simultaneamente ao ataque e deixam avenidas para os adversários.
PALMEIRAS
Pontos fortes - Desempenho em casa é muito bom. A dupla de ataque formada por Alex Mineiro e Kléber é das melhores do País. Marcos, novamente em forma, pode fazer a diferença. A defesa ganhou consistência com a entrada de Martinez.
Pontos fracos - Não consegue ganhar jogando mal, o que denota alguma falta de competitividade. Os reservas para a defesa estão muito abaixo do nível dos titulares. Tem faltado controle emocional a jogadores importantes.
O grupo dos times que disputa, de fato, o título brasileiro está fechado em cinco: Grêmio, São Paulo, Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras. Dado o equilíbrio técnico e a falta de consistência entre todos eles, a taça está mais perdida que cego em tiroteio, literalmente, não sabe para onde ir.
Faço aqui uma avaliação do que vejo de forte e fraco em cada um dos pretendentes.
Com base no que vou expor aqui, se eu fosse apostar, seria no Cruzeiro.
GRÊMIO
Pontos fortes - O desempenho como mandante é excelente. É no Olímpico que o Grêmio planta a base de tantas rodadas na liderança. Os volantes são bons na saída de bola, outro ponto importante.
Pontos fracos - Fora de casa perdeu força. Sem Tcheco o meio-campo fica óbvio e perde o diferencial. O ataque é bom na força mas fica devendo quando o jogo pede técnica.
SÃO PAULO
Pontos fortes - Os zagueiros. Miranda é ótimo, André Dias muito bom, Rodrigo já fica bem abaixo dos dois mas não é ruim. Zé Luís se vira bem na função. Tem Hernanes e Rogério em ótimas fases.
Pontos fracos - Falta opção de jogo. O time é viciado em bola parada, até porque nisso é muito forte. O meio-campo é pouco criativo e quando enfrenta um time retrancado sofre muito.
CRUZEIRO
Pontos fortes - O meio-campo é muito bom e técnico, com toque de bola e fluência. Tem um jogador que pode desequilibrar, o excelente Guilherme. Joga em casa mais do que todos os outros e contra dois concorrentes diretos: Grêmio e Flamengo.
Pontos fracos - Em momentos decisivos tem falhado, talvez pela inexperiência de alguns jogadores. Quando o jogo requer um pouco mais de pegada e menos técnica, cai de produção. O goleiro Fábio alterna grandes atuações e momentos pouco inspirados.
FLAMENGO
Pontos fortes - Os alas são muito bons, é por onde o time ataca. Léo Moura e Juan são a mola propulsora rubro-negra. A tabela é tão boa como a do Cruzeiro, exceção feita ao jogo contra o time mineiro, em Belo Horizonte.
Pontos fracos - Tem fraquejado em momentos decisivos. A recomposição do time é deficiente, principalmente a cobertura dos alas, que vão simultaneamente ao ataque e deixam avenidas para os adversários.
PALMEIRAS
Pontos fortes - Desempenho em casa é muito bom. A dupla de ataque formada por Alex Mineiro e Kléber é das melhores do País. Marcos, novamente em forma, pode fazer a diferença. A defesa ganhou consistência com a entrada de Martinez.
Pontos fracos - Não consegue ganhar jogando mal, o que denota alguma falta de competitividade. Os reservas para a defesa estão muito abaixo do nível dos titulares. Tem faltado controle emocional a jogadores importantes.
quinta-feira, outubro 23, 2008
NÃO PAREM A PARADINHA!!!!!
Eu gosto da paradinha. Acho que é uma das últimas representações da picardia do futebol brasileiro ainda em prática. Mas nos tempos do politicamente correto, dos "táticochatos" que infestam gramados e a mídia esportiva, a paradinha virou um crime.
Pra começar, fiquemos com o que diz a regra e o que dizem os árbitros e comentaristas de arbitragem. Na regra a paradinha é chamada de finta, como qualquer drible, artifício, o ato de superar o adversário fingindo fazer alguma coisa e, de fato, fazendo outra. Se ela, a paradinha, for considerada exagerada, é classificada como atitude antidesportiva. Conversei com alguns árbitros e comentaristas e todos disseram que para ser entendida como tal é preciso que o batedor do pênalti faça algo muito acintoso, como, por exemplo, passar da bola, voltar e cobrar.
Agora, convenhamos, como se chama na regra do futebol o pênalti? Não é penalidade máxima? Pressupõe-se que é a falta mais grave do jogo. Portanto, o pênalti só surge quando houve uma oportunidade evidente de gol, de jogada aguda, por isso, punida com a penalidade máxima. Então, com todo o respeito ao goleiro, o pênalti existe para que surja o gol que a falta impediu que acontecesse. As chances devem ser maiores do time atacante, não de quem vai defender. O que não pode acontecer é pênalti mal marcado. Aí, sim, coitado do goleiro. Mas quando é pênalti que é pênalti mesmo, azar do goleiro, ele que se vire, com ou sem paradinha, ou confie na ruindade do cobrador escalado.
Fora esse "regrês" todo, a paradinha tem aquele ingrediente que faz tanta falta ao futebol datado de hoje. A discussão, a imitação (a molecada adora tentar fazer paradinha nas peladas, assim como os marmanjos boleiros de fim de semana). Só faz quem tem habilidade, enfim, eu acho um grande barato.
O caso do jogo Palmeiras e Argentinos Juniors é emblemático. Diego Souza deu a paradinha, fez o gol, o péssimo árbitro colombiano mandou voltar. O goleiro argentino foi quase até a risca da área, pegou a segunda cobrança e o jogo seguiu. Quem foi beneficiado? O infrator.
Mas os tempos são esses aí, carrancudos. Quem toma um drible enfia o dedo na cara do atacante driblador, diz que é falta de profissionalismo e ameaça com uma botinada. Cinco minutos depois, cumpre a promessa, entra de carrinho por trás sob o argumento de que futebol é coisa séria. Os árbitros colaboram para esse estado de coisas porque adoram demonstrar autoridade quando ouvem reclamações e protestos. Mas fazem que não é com eles quando o couro come em campo.
A paradinha é a resistência, a ruptura. Não me lembro como era na época de Pelé, se mandavam voltar, se reclamavam. Mas sei que Pelé ficou marcado como gênio que foi também pela paradinha. Enquanto tentam nos enfiar goela abaixo legiões de zagueiros, 4-3-1-2, 3-4-2-1 e afins, o jogador que faz a paradinha traz para o profissionalismo um pouco dos campos de várzea, de terra, das brincadeiras de criança, do lado mais lúdico do futebol. Daqui a pouco vão proibir o drible, o chapéu, uma caneta, sob o argumento de que é antidespotivo.
O CRAQUE DO BRASIL É....
Luxemburgo acha que é o Hernanes, do São Paulo. Permito-me discordar. Acho que o Douglas do Corinthians tem todo o arsenal para ser craque mais ainda não é. Craque em atividade no Brasil, para mim, tem nome e clube: Alex, do Inter.
Eu gosto da paradinha. Acho que é uma das últimas representações da picardia do futebol brasileiro ainda em prática. Mas nos tempos do politicamente correto, dos "táticochatos" que infestam gramados e a mídia esportiva, a paradinha virou um crime.
Pra começar, fiquemos com o que diz a regra e o que dizem os árbitros e comentaristas de arbitragem. Na regra a paradinha é chamada de finta, como qualquer drible, artifício, o ato de superar o adversário fingindo fazer alguma coisa e, de fato, fazendo outra. Se ela, a paradinha, for considerada exagerada, é classificada como atitude antidesportiva. Conversei com alguns árbitros e comentaristas e todos disseram que para ser entendida como tal é preciso que o batedor do pênalti faça algo muito acintoso, como, por exemplo, passar da bola, voltar e cobrar.
Agora, convenhamos, como se chama na regra do futebol o pênalti? Não é penalidade máxima? Pressupõe-se que é a falta mais grave do jogo. Portanto, o pênalti só surge quando houve uma oportunidade evidente de gol, de jogada aguda, por isso, punida com a penalidade máxima. Então, com todo o respeito ao goleiro, o pênalti existe para que surja o gol que a falta impediu que acontecesse. As chances devem ser maiores do time atacante, não de quem vai defender. O que não pode acontecer é pênalti mal marcado. Aí, sim, coitado do goleiro. Mas quando é pênalti que é pênalti mesmo, azar do goleiro, ele que se vire, com ou sem paradinha, ou confie na ruindade do cobrador escalado.
Fora esse "regrês" todo, a paradinha tem aquele ingrediente que faz tanta falta ao futebol datado de hoje. A discussão, a imitação (a molecada adora tentar fazer paradinha nas peladas, assim como os marmanjos boleiros de fim de semana). Só faz quem tem habilidade, enfim, eu acho um grande barato.
O caso do jogo Palmeiras e Argentinos Juniors é emblemático. Diego Souza deu a paradinha, fez o gol, o péssimo árbitro colombiano mandou voltar. O goleiro argentino foi quase até a risca da área, pegou a segunda cobrança e o jogo seguiu. Quem foi beneficiado? O infrator.
Mas os tempos são esses aí, carrancudos. Quem toma um drible enfia o dedo na cara do atacante driblador, diz que é falta de profissionalismo e ameaça com uma botinada. Cinco minutos depois, cumpre a promessa, entra de carrinho por trás sob o argumento de que futebol é coisa séria. Os árbitros colaboram para esse estado de coisas porque adoram demonstrar autoridade quando ouvem reclamações e protestos. Mas fazem que não é com eles quando o couro come em campo.
A paradinha é a resistência, a ruptura. Não me lembro como era na época de Pelé, se mandavam voltar, se reclamavam. Mas sei que Pelé ficou marcado como gênio que foi também pela paradinha. Enquanto tentam nos enfiar goela abaixo legiões de zagueiros, 4-3-1-2, 3-4-2-1 e afins, o jogador que faz a paradinha traz para o profissionalismo um pouco dos campos de várzea, de terra, das brincadeiras de criança, do lado mais lúdico do futebol. Daqui a pouco vão proibir o drible, o chapéu, uma caneta, sob o argumento de que é antidespotivo.
O CRAQUE DO BRASIL É....
Luxemburgo acha que é o Hernanes, do São Paulo. Permito-me discordar. Acho que o Douglas do Corinthians tem todo o arsenal para ser craque mais ainda não é. Craque em atividade no Brasil, para mim, tem nome e clube: Alex, do Inter.
terça-feira, outubro 21, 2008
QUEM É CRAQUE
NO PLANETA BOLA?
Mais uma de meu amigo Lédio Carmona. No Redação SporTV de hoje, o pai babão de Pequeno Bob cravou que o futebol internacional tem hoje apenas três craques: Cristiano Ronaldo, Kaká e Gerrard. Eu faria uma alteração apenas, escalando Messi na vaga do ótimo Gerrard.
E você, qual é seu trio de craques em atividade hoje no planeta bola?
NO PLANETA BOLA?
Mais uma de meu amigo Lédio Carmona. No Redação SporTV de hoje, o pai babão de Pequeno Bob cravou que o futebol internacional tem hoje apenas três craques: Cristiano Ronaldo, Kaká e Gerrard. Eu faria uma alteração apenas, escalando Messi na vaga do ótimo Gerrard.
E você, qual é seu trio de craques em atividade hoje no planeta bola?
segunda-feira, outubro 20, 2008
TIME É A VERDADEIRA
SELEÇÃO DO TORCEDOR
Eu tinha praticamente certeza do resultado quando propus essa breve enquete aos amigos que me dão a honra das visitas ao blog. Mas confesso que não esperava 100% de opiniões afirmando que preferem o time à Seleção Brasileira. Isso reflete um sentimento que, para mim, sempre foi evidente no torcedor e que traduz a verdadeira noção do futebol. O que faz o sucesso desse esporte é a paixão pelo clube e a rivalidade sadia entre eles. A Seleção Brasileira seria uma espécie de cereja do bolo. Mas atualmente, por economia de idéias, a cereja, como em um doce ruim, tem sido substituída por uma imitação barata feita de chuchu.
Reproduzo aqui algumas das sábias justificativas dos internautas. Elas ajudam a entender porque o público lota estádios em grandes clássicos e não demonstra mais tanto interesse em ver o time de Dunga em ação.
Alexandre Giesbrecht disse...
Precisa responder? :) Se meu time jogasse contra a Seleção, eu torceria por ele. E olha que não faço parte do pessoal que segue a modinha de torcer contra a Seleção.
Robert Alvarez Fernández disse...
Se o Nori me permite, um pouco de sociologia de botequim...O time te identifica, te rotula sendo este o único rótulo que aceitamos de antemão : "Olha lá o palmeirense,o corinthiano,o gremista...". O time te dá passado, tradição....nossa Seleção...amistoso ? Lá no Emirates Stadium, no Dubai, no Qatar uns trocados; nossos "ídolos" jogam no Milan, Bayern, Arsenal, etc e passam um mês no Brasil, se tanto, vivendo nossa realidade.A seleção brasileira me parece aqueles pacotes de café embalados a vácuo que compravamos pra levar pros parentes da Europa devidamente rotulados "FOR EXPORT"; não era para brasileiros, é assim que a CBF vende esse produto..as taxas de ocupação dos estádios dos últimos jogos deste "café embalado a vácuo" é um sinal de que não mais nos identificamos com esses caras, a seleção perdeu seu maior patrimônio, o de representar o brasileiro, nós.P.S. a alegria dos chilenos ontém no jogo contra a Argentina serve como antítese, é um produto menos "valorizado", mas é deles, os representa.
luis augusto simon disse...
O meu time é a seleção, nori.
Andrea disse...
É como dizem por aí : meu "time do coração"... Nunca ouvi dizerem "minha seleção do coração" ... rsAbraços !!!
cafemate disse...
Não sou da modinha também que torce contra a Seleção. Mas há muito tempo que ela não me chama mais a atenção.Meu time sim, participo dele como posso, sendo sócio, indo ao estádio, apoiando. Meu time está aqui. Enquanto a seleção estiver com a cabeça apenas na Europa e suas estrelas coroadas que não têm jogado NADA, vai continuar sendo isso: nada além de mais um jogo de futebol quando o Brasil entra em campo.
SELEÇÃO DO TORCEDOR
Eu tinha praticamente certeza do resultado quando propus essa breve enquete aos amigos que me dão a honra das visitas ao blog. Mas confesso que não esperava 100% de opiniões afirmando que preferem o time à Seleção Brasileira. Isso reflete um sentimento que, para mim, sempre foi evidente no torcedor e que traduz a verdadeira noção do futebol. O que faz o sucesso desse esporte é a paixão pelo clube e a rivalidade sadia entre eles. A Seleção Brasileira seria uma espécie de cereja do bolo. Mas atualmente, por economia de idéias, a cereja, como em um doce ruim, tem sido substituída por uma imitação barata feita de chuchu.
Reproduzo aqui algumas das sábias justificativas dos internautas. Elas ajudam a entender porque o público lota estádios em grandes clássicos e não demonstra mais tanto interesse em ver o time de Dunga em ação.
Alexandre Giesbrecht disse...
Precisa responder? :) Se meu time jogasse contra a Seleção, eu torceria por ele. E olha que não faço parte do pessoal que segue a modinha de torcer contra a Seleção.
Robert Alvarez Fernández disse...
Se o Nori me permite, um pouco de sociologia de botequim...O time te identifica, te rotula sendo este o único rótulo que aceitamos de antemão : "Olha lá o palmeirense,o corinthiano,o gremista...". O time te dá passado, tradição....nossa Seleção...amistoso ? Lá no Emirates Stadium, no Dubai, no Qatar uns trocados; nossos "ídolos" jogam no Milan, Bayern, Arsenal, etc e passam um mês no Brasil, se tanto, vivendo nossa realidade.A seleção brasileira me parece aqueles pacotes de café embalados a vácuo que compravamos pra levar pros parentes da Europa devidamente rotulados "FOR EXPORT"; não era para brasileiros, é assim que a CBF vende esse produto..as taxas de ocupação dos estádios dos últimos jogos deste "café embalado a vácuo" é um sinal de que não mais nos identificamos com esses caras, a seleção perdeu seu maior patrimônio, o de representar o brasileiro, nós.P.S. a alegria dos chilenos ontém no jogo contra a Argentina serve como antítese, é um produto menos "valorizado", mas é deles, os representa.
luis augusto simon disse...
O meu time é a seleção, nori.
Andrea disse...
É como dizem por aí : meu "time do coração"... Nunca ouvi dizerem "minha seleção do coração" ... rsAbraços !!!
cafemate disse...
Não sou da modinha também que torce contra a Seleção. Mas há muito tempo que ela não me chama mais a atenção.Meu time sim, participo dele como posso, sendo sócio, indo ao estádio, apoiando. Meu time está aqui. Enquanto a seleção estiver com a cabeça apenas na Europa e suas estrelas coroadas que não têm jogado NADA, vai continuar sendo isso: nada além de mais um jogo de futebol quando o Brasil entra em campo.
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