Nesta terça, 15h30, Bate-papo no Uol sobre o meu
livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro
Espero todos vocês, neste link, a partir das 15h30, para falar sobre o livro, ok?
segunda-feira, março 30, 2009
Tira-teima mostra:
eu estava errado
O amigo blogueiro Thiago me alerta que no Globo Esporte de hoje, comandado por outro Tiago, o grande Leifert, o tira-teima mostrou que Fernando Gaúcho estava impedido, 32 centímetros (ou um pé), no lance polêmico de Guarani x Corinthians.
Como não tenho o tira-teima nos jogos do SporTV, vi pela imagem da transmissão e comentei que achei a jogada legal. Vendo de novo pela imagem da transmissão, me parece legal. Como pareceu para muitos outros - corintianos, inclusive.
Mas com o tira-teima não se discute - ele ganha mais, inclusive - e está feita a correção. E parabéns ao bandeirinha Carlos Alberto Funari, que se antecipou ao tira-teima e acertou a marcação.
eu estava errado
O amigo blogueiro Thiago me alerta que no Globo Esporte de hoje, comandado por outro Tiago, o grande Leifert, o tira-teima mostrou que Fernando Gaúcho estava impedido, 32 centímetros (ou um pé), no lance polêmico de Guarani x Corinthians.
Como não tenho o tira-teima nos jogos do SporTV, vi pela imagem da transmissão e comentei que achei a jogada legal. Vendo de novo pela imagem da transmissão, me parece legal. Como pareceu para muitos outros - corintianos, inclusive.
Mas com o tira-teima não se discute - ele ganha mais, inclusive - e está feita a correção. E parabéns ao bandeirinha Carlos Alberto Funari, que se antecipou ao tira-teima e acertou a marcação.
domingo, março 29, 2009
Até a incrível sorte de
Dunga tem seus limites
Poucas vezes se viu, na história, a Seleção Brasileira ser bombardeada como foi pelo Equador. 40 chutes contra o gol brasileiro, um time acuado, se defendendo mal, sem uma jogada, ensaiada, sem padrão, e sendo salvo por um grande goleiro.
Aí entra Júlio Batista, que está jogando muito bem, diga-se, e acerta a trave. Na volta, a bola bate nas costas do goleiro e entra. Mesmo ganhando o Brasil segue sendo sufocado pelo time que está em sétimo nas Eliminatórias. Toma o justíssimo gol de empate aos 43 do segundo tempo e os jogadores brasileiros ainda falam que faltou sorte.
Faltou, sim, futebol. Dunga tem estrela, faz um trabalho razoável na Seleção, bom em resultados, mas até a sua sorte tem limites. Assim como a paciência com Gilberto Silva e Josué, por exemplo, com Hernanes e Ramires gastando a bola. Ou ver o Luisão na zaga com Thiago Silva, Miranda e André Dias sem chance nesse time.
Escrevo com o Chile metendo 3 a 1 no Peru, em Lima, e assumindo o terceiro lugar. O Brasil está em quarto nas Eliminatórias. Dois pontos atrás do Uruguai, contra quem jogará fora de casa, assim como diante da Argentina. E ainda dizem que falta sorte.
Dunga tem seus limites
Poucas vezes se viu, na história, a Seleção Brasileira ser bombardeada como foi pelo Equador. 40 chutes contra o gol brasileiro, um time acuado, se defendendo mal, sem uma jogada, ensaiada, sem padrão, e sendo salvo por um grande goleiro.
Aí entra Júlio Batista, que está jogando muito bem, diga-se, e acerta a trave. Na volta, a bola bate nas costas do goleiro e entra. Mesmo ganhando o Brasil segue sendo sufocado pelo time que está em sétimo nas Eliminatórias. Toma o justíssimo gol de empate aos 43 do segundo tempo e os jogadores brasileiros ainda falam que faltou sorte.
Faltou, sim, futebol. Dunga tem estrela, faz um trabalho razoável na Seleção, bom em resultados, mas até a sua sorte tem limites. Assim como a paciência com Gilberto Silva e Josué, por exemplo, com Hernanes e Ramires gastando a bola. Ou ver o Luisão na zaga com Thiago Silva, Miranda e André Dias sem chance nesse time.
Escrevo com o Chile metendo 3 a 1 no Peru, em Lima, e assumindo o terceiro lugar. O Brasil está em quarto nas Eliminatórias. Dois pontos atrás do Uruguai, contra quem jogará fora de casa, assim como diante da Argentina. E ainda dizem que falta sorte.
Bate-bola com
os blogueiros
Para o Luís Henrique:
Luís Henrique, bom você ter tocado no assunto. Sexta-feira estive com a Ana Paula Oliveira, excelente bandeirinha (ou vc não acha?) e ela me disse o seguinte: "vc foi muito feliz ao falar que foi pênalti no Ronaldo, porque foi. E também foi feliz porque disse que ele deveria, no mínimo, ter tomado cartão amarelo contra a Ponte quando chutou o Deda sem bola." Assim como tem muita gente que acha que não foi pênalti. Opiniões, meu caro.
Não peciso babar ovo para ninguém. O curioso é que algumas pessoas tomam por campanha qualquer coisa. E te digo o seguinte: te desafio a provar que existe alguma ordem pra qualquer pessoa na Globo falar qualquer coisa a favor ou contra o Ronaldo. Não tenho culpa se o banha (como você diz) joga mais que os outros. Ou você discorda?
Abs e volte sempre.
Para o Ricardo:
Prezado Ricardo, eu não ganho um tostão a mais para falar de ninguém. Seu comentário é bastante preconceituoso. Não sei qual a sua área de atuação, mas existem muitas questões e pessoas no Brasil que me enojam. Saúde, política, corrupção, falcatruas dos badalados gênios do mercado financeiro, advogado que passa arma pra bandido em cadeia, falso médico etc. Vc cita palavras que você mesmo afirma que eu não mencionei, portanto, só posso responder sobre o que falei. E isso, sim, é ser parcial: me julgar por palavras que eu não usei.
Imagine a seguinte situação: vc em um hospital tem um cirurgião de rara habilidade, mas não o escala para cirurgias, apenas o coloca para fazer consultas. É simples como água. De que adianta ter o Oscar no time e não fazer uma jogada para que ele arremesse? Ou ter o Giba e não acioná-lo para atacar no vôlei? Esse foi o sentido das palavras que eu usei e entendo que foi bem fácil de entender isso. Inclusive, olhando o jogo as pessoas percebem que o Ronaldo, mesmo ainda fora de forma, tenta ser mais útil para o time do que o time tenta ajudá-lo. Até falta o cara está cobrando para os outros em jogada ensaiada. Inclusive há muitos comentários parecidos sobre o tema feitos por outros colegas.
E afirmar que alguém ganha mais para falar isso ou aquilo é, de novo, extremamente preconceituoso. Trabalho para uma empresa que tem fila de gente querendo anunciar, que não deixa formador de opinião fazer propaganda nem merchandising, não é o caso de empresa que se deixaria levar por coisas tão mesquinhas.
Nunca falei com o Ronaldo na vida, não muda nada no meu cotidiano falar bem ou mal dele, apenas emito um conceito. Gostar ou não desse conceito é um direito seu. Engraçado é que você não fala em imparcialidade quando eu afirmo durante a transmissão que houve um impedimento inexistente marcado contra o Fernando Gaúcho, do Guarani, que resultaria em gol da equipe de Campinas, que foi prejudicada. Ou a imparcialidade é apenas concordar com seu ponto de vista? Abs e volte sempre ao bate-papo. Discordar faz parte, mas está senod um bom debate.
os blogueiros
Para o Luís Henrique:
Luís Henrique, bom você ter tocado no assunto. Sexta-feira estive com a Ana Paula Oliveira, excelente bandeirinha (ou vc não acha?) e ela me disse o seguinte: "vc foi muito feliz ao falar que foi pênalti no Ronaldo, porque foi. E também foi feliz porque disse que ele deveria, no mínimo, ter tomado cartão amarelo contra a Ponte quando chutou o Deda sem bola." Assim como tem muita gente que acha que não foi pênalti. Opiniões, meu caro.
Não peciso babar ovo para ninguém. O curioso é que algumas pessoas tomam por campanha qualquer coisa. E te digo o seguinte: te desafio a provar que existe alguma ordem pra qualquer pessoa na Globo falar qualquer coisa a favor ou contra o Ronaldo. Não tenho culpa se o banha (como você diz) joga mais que os outros. Ou você discorda?
Abs e volte sempre.
Para o Ricardo:
Prezado Ricardo, eu não ganho um tostão a mais para falar de ninguém. Seu comentário é bastante preconceituoso. Não sei qual a sua área de atuação, mas existem muitas questões e pessoas no Brasil que me enojam. Saúde, política, corrupção, falcatruas dos badalados gênios do mercado financeiro, advogado que passa arma pra bandido em cadeia, falso médico etc. Vc cita palavras que você mesmo afirma que eu não mencionei, portanto, só posso responder sobre o que falei. E isso, sim, é ser parcial: me julgar por palavras que eu não usei.
Imagine a seguinte situação: vc em um hospital tem um cirurgião de rara habilidade, mas não o escala para cirurgias, apenas o coloca para fazer consultas. É simples como água. De que adianta ter o Oscar no time e não fazer uma jogada para que ele arremesse? Ou ter o Giba e não acioná-lo para atacar no vôlei? Esse foi o sentido das palavras que eu usei e entendo que foi bem fácil de entender isso. Inclusive, olhando o jogo as pessoas percebem que o Ronaldo, mesmo ainda fora de forma, tenta ser mais útil para o time do que o time tenta ajudá-lo. Até falta o cara está cobrando para os outros em jogada ensaiada. Inclusive há muitos comentários parecidos sobre o tema feitos por outros colegas.
E afirmar que alguém ganha mais para falar isso ou aquilo é, de novo, extremamente preconceituoso. Trabalho para uma empresa que tem fila de gente querendo anunciar, que não deixa formador de opinião fazer propaganda nem merchandising, não é o caso de empresa que se deixaria levar por coisas tão mesquinhas.
Nunca falei com o Ronaldo na vida, não muda nada no meu cotidiano falar bem ou mal dele, apenas emito um conceito. Gostar ou não desse conceito é um direito seu. Engraçado é que você não fala em imparcialidade quando eu afirmo durante a transmissão que houve um impedimento inexistente marcado contra o Fernando Gaúcho, do Guarani, que resultaria em gol da equipe de Campinas, que foi prejudicada. Ou a imparcialidade é apenas concordar com seu ponto de vista? Abs e volte sempre ao bate-papo. Discordar faz parte, mas está senod um bom debate.
sábado, março 28, 2009
100 vezes São Paulo.
Sem contestações
O São Paulo alcançou a centésima vitória sobre o Palmeiras na história do clássico com o 1 a 0 desse sábado. Tecnicamente foi um jogo fraco. O gol de Washington aos 2 minutos de jogo acabou sendo decisivo.
Mas o que se viu no clássico serve para algumas conclusões sobre os dois times.
O São Paulo foi:
-mais competitivo
-mais bem treinado
-teve mais jogadores comprometidos
-melhor taticamente
O Palmeiras foi:
-lento e acomodado até os minutos finais
-atrapalhado pela contusão de Ortigoza
-de novo, vencido em sua defesa pelo alto
-inofensivo fora Cleiton Xavier
Ambos estarão nas semifinais do Paulistão e só devem se encontrar de novo na final, se passarem.
Sem contestações
O São Paulo alcançou a centésima vitória sobre o Palmeiras na história do clássico com o 1 a 0 desse sábado. Tecnicamente foi um jogo fraco. O gol de Washington aos 2 minutos de jogo acabou sendo decisivo.
Mas o que se viu no clássico serve para algumas conclusões sobre os dois times.
O São Paulo foi:
-mais competitivo
-mais bem treinado
-teve mais jogadores comprometidos
-melhor taticamente
O Palmeiras foi:
-lento e acomodado até os minutos finais
-atrapalhado pela contusão de Ortigoza
-de novo, vencido em sua defesa pelo alto
-inofensivo fora Cleiton Xavier
Ambos estarão nas semifinais do Paulistão e só devem se encontrar de novo na final, se passarem.
sexta-feira, março 27, 2009
Momento a gente
erra, a gente corrige
Falei algumas vezes sobre o grande treinador paraguaio Fleitas Solich, treinador com uma tremenda história em vários clubes do mundo, chamado de El Brujo. E afirmei, aqui e na TV, que ele tinha sido campeão europeu com o Real Madri.
Fui alertado pelo amigo internauta Rogério, que pesquisou melhor do que eu, e me puxou a orelha. Solich trabalhou no Real na temporada 1959/60, na qual o time foi campeão europeu. Dirigiu a equipe com saldo de 21 vitórias, 5 empates e quatro derrotas. Mas não foi campeão europeu. O tonto aqui pesquisou mal, e fez associação sem checagem. Portanto, merece todos os puxões de orelha. Miguel Muñoz era o treinador do Real quando o time foi campeão europeu em 1960.
erra, a gente corrige
Falei algumas vezes sobre o grande treinador paraguaio Fleitas Solich, treinador com uma tremenda história em vários clubes do mundo, chamado de El Brujo. E afirmei, aqui e na TV, que ele tinha sido campeão europeu com o Real Madri.
Fui alertado pelo amigo internauta Rogério, que pesquisou melhor do que eu, e me puxou a orelha. Solich trabalhou no Real na temporada 1959/60, na qual o time foi campeão europeu. Dirigiu a equipe com saldo de 21 vitórias, 5 empates e quatro derrotas. Mas não foi campeão europeu. O tonto aqui pesquisou mal, e fez associação sem checagem. Portanto, merece todos os puxões de orelha. Miguel Muñoz era o treinador do Real quando o time foi campeão europeu em 1960.
quarta-feira, março 25, 2009
Para evitar uma tragédia,
finais do Paulistão têm de
ser bem longe da Capital
O futebol paulista é um barril de pólvora cujo pavio já foi aceso. Vive-se a iminência de uma tragédia de proporções jamais vistas. O clima de tensão nos estádios quando acontecem jogos clássicos chega a ser palpável.
Como é bastante provável que pelos menos três dos quatro grandes cheguem até a semifinal, acho que é preciso que a Federação Paulista pense seriamente em uma medida drástica e marque todos os jogos das fases semifinal e final para o mais longe possível da Capital. São Paulo não tem um estádio como o Maracanã, de fácil acesso e que pertence a todos, é querido por todos, o que certamente esfria alguns ânimos, embora não evite brigas.
Presidente Prudente e São José do Rio Preto parecem as cidades mais indicadas para esse momento. A ausência de comando da Federação Paulista (FPF) chega a ser assustadora. É obrigação da entidade, que tem dinheiro de sobra, melhorar a estrutura dos estádios acima citados, principalmente para torcedores e jornalistas de mídia impressa e internet. E ressarcir os clubes de eventuais prejuízos financeiros, porque a culpa é dela como entidade organizadora.
No clássico Palmeiras e Corinthians, em Prudente, chegou a faltar água para os torcedores. Vi pais e mães desesperados, se empurrando por um copo d´água para seus filhos, sob um calor de 37 graus. Colegas de jornais e sites trabalhavam debaixo de um sol de deserto, encaçapados entre torcedores, sem qualquer condição. A FPF tem de gastar seu dinheiro para dotar esses estádios de boas condições e parar de torrar em festas bregas.
Na Capital é impossível fazer as finais. Nenhum estádio (e isso inclui acessos, saídas, cercania) tem condição de receber esses jogos nas atuais condições de temperatura e pressão. O único que, na parte de dentro, poderia recebê-los é o Morumbi. Mas seus acessos são labirintos, o portão de entrada é um corredor polonês para os ônibus dos times (recentemente muitos foram apedrejados) e a praça em frente literalmente vira de guerra.
Pacaembu e Palestra Itália são projetos antigos, que foram engolidos pelos bairros que os cercam e não oferecem condições mínimas para divisão de torcidas de uma maneira segura e que gere aos visitantes um mínimo de conforto. Assim como a Vila Belmiro.
Some-se a isso a irresponsabilidade de alguns dirigentes e jogadores, que com declarações absurdas alimentam essa fogueira da estupidez humana.
A pitada final foi a decisão absurda de se reduzir a cota de ingressos dos torcedores visitantes, um tiro no pé. Não entendo como a Promotoria Pública de São Paulo teima em brigar com as imagens de TV e afirma que há torcedores comuns entre os vândalos que peitaram a PM em Corinthians x Santos.
E o que dizer da atitude do presidente do Santos e de alguns bacanas que pagam mais de cem reais por um bilhete da área VIP do Pacaembu? Tudo gente fina, empresário bem sucedido. E ficam jogando copos um no outro, ameaçam pessoas que estão apenas trabalhando. Enfim, um show de horrores.
A FPF tem a chave da segurança na mão. Deve levar os jogos para o Interior. Dividir a presença de torcidas nas duas semifinais em cotas de 60% e 40% de acordo com o mando. Aumentar o contingente policial e pagar muito bem por isso às forças públicas de segurança. Melhorar a estrutura dos estádios para quem vai torcer e trabalhar.
Só assim se evitará mortes. Porque aquela dama está circulando nossos estádios em seu cavalo negro, querendo levar gente com ela. Temos o dever de barrar sua entrada.
Solidariedade aos companheiros da CBN
Lamentável o que estão passando os companheiros da rádio CBN, em especial o colega Victor Birner, por causa do que aconteceu no Pacaembu quando jogaram Corinthians e Santos. A equipe da rádio é séria e competente, estava lá apenas trabalhando e vem sendo covardemente acusada de atos que não cometeu. Só falta essa agora. Assim não dá.
finais do Paulistão têm de
ser bem longe da Capital
O futebol paulista é um barril de pólvora cujo pavio já foi aceso. Vive-se a iminência de uma tragédia de proporções jamais vistas. O clima de tensão nos estádios quando acontecem jogos clássicos chega a ser palpável.
Como é bastante provável que pelos menos três dos quatro grandes cheguem até a semifinal, acho que é preciso que a Federação Paulista pense seriamente em uma medida drástica e marque todos os jogos das fases semifinal e final para o mais longe possível da Capital. São Paulo não tem um estádio como o Maracanã, de fácil acesso e que pertence a todos, é querido por todos, o que certamente esfria alguns ânimos, embora não evite brigas.
Presidente Prudente e São José do Rio Preto parecem as cidades mais indicadas para esse momento. A ausência de comando da Federação Paulista (FPF) chega a ser assustadora. É obrigação da entidade, que tem dinheiro de sobra, melhorar a estrutura dos estádios acima citados, principalmente para torcedores e jornalistas de mídia impressa e internet. E ressarcir os clubes de eventuais prejuízos financeiros, porque a culpa é dela como entidade organizadora.
No clássico Palmeiras e Corinthians, em Prudente, chegou a faltar água para os torcedores. Vi pais e mães desesperados, se empurrando por um copo d´água para seus filhos, sob um calor de 37 graus. Colegas de jornais e sites trabalhavam debaixo de um sol de deserto, encaçapados entre torcedores, sem qualquer condição. A FPF tem de gastar seu dinheiro para dotar esses estádios de boas condições e parar de torrar em festas bregas.
Na Capital é impossível fazer as finais. Nenhum estádio (e isso inclui acessos, saídas, cercania) tem condição de receber esses jogos nas atuais condições de temperatura e pressão. O único que, na parte de dentro, poderia recebê-los é o Morumbi. Mas seus acessos são labirintos, o portão de entrada é um corredor polonês para os ônibus dos times (recentemente muitos foram apedrejados) e a praça em frente literalmente vira de guerra.
Pacaembu e Palestra Itália são projetos antigos, que foram engolidos pelos bairros que os cercam e não oferecem condições mínimas para divisão de torcidas de uma maneira segura e que gere aos visitantes um mínimo de conforto. Assim como a Vila Belmiro.
Some-se a isso a irresponsabilidade de alguns dirigentes e jogadores, que com declarações absurdas alimentam essa fogueira da estupidez humana.
A pitada final foi a decisão absurda de se reduzir a cota de ingressos dos torcedores visitantes, um tiro no pé. Não entendo como a Promotoria Pública de São Paulo teima em brigar com as imagens de TV e afirma que há torcedores comuns entre os vândalos que peitaram a PM em Corinthians x Santos.
E o que dizer da atitude do presidente do Santos e de alguns bacanas que pagam mais de cem reais por um bilhete da área VIP do Pacaembu? Tudo gente fina, empresário bem sucedido. E ficam jogando copos um no outro, ameaçam pessoas que estão apenas trabalhando. Enfim, um show de horrores.
A FPF tem a chave da segurança na mão. Deve levar os jogos para o Interior. Dividir a presença de torcidas nas duas semifinais em cotas de 60% e 40% de acordo com o mando. Aumentar o contingente policial e pagar muito bem por isso às forças públicas de segurança. Melhorar a estrutura dos estádios para quem vai torcer e trabalhar.
Só assim se evitará mortes. Porque aquela dama está circulando nossos estádios em seu cavalo negro, querendo levar gente com ela. Temos o dever de barrar sua entrada.
Solidariedade aos companheiros da CBN
Lamentável o que estão passando os companheiros da rádio CBN, em especial o colega Victor Birner, por causa do que aconteceu no Pacaembu quando jogaram Corinthians e Santos. A equipe da rádio é séria e competente, estava lá apenas trabalhando e vem sendo covardemente acusada de atos que não cometeu. Só falta essa agora. Assim não dá.
segunda-feira, março 23, 2009
Alguns detalhes a respeito do
livro Os 11 Maiores Técnicos
Como vocês sabem (e espero não estar enchendo com isso), lancei meu primeiro livro, Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro. Claro que gerou polêmica, o que é bom, alimenta o debate e divulga o livro. Agradeço a citação ao mesmo feita pelo José Trajano, a quem respeito muito, no Pontapé Inicial da Espn Brasil. O Trajano criticou a ausência do grande Elba de Pádua Lima, o Tim. Que é sem dúvida um dos maiores treinadores do Brasil.
Acontece que quando decidi escrever o livro tomei como parâmetro alguns aspectos: conquistas, inovações, impacto no futebol. Tudo a partir de 1958. Por quê? Porque entendo que ali nasceu o futebol brasileiro moderno e maior de idade. Por causa da conquista da Copa do Mundo de 1958 e do início dos campeonatos nacionais, com a Taça Brasil de 1959.
Antes não existiam competições que envolvessem times que não fossem de Rio e São Paulo. Por isso o nosso futebol foi se nacionalizando a partir de 1959. Antes era a eterna (e ainda vigente) briguinha de paulistas contra cariocas.
Alguns lembram que tem técnico que ganhou Copa do Mundo que não está na lista. São dois: Parreira e Aymoré Moreira. Estupendos treinadores. Mas ir a uma Copa depende de política, de várias coisas. Telê não foi campeão mundial com a Seleção, Minelli não foi a uma Copa. E ambos foram espetaculares. Assim como Lula.
Fleitas Solich, fantástico treinador paraguaio, campeão sul-americano em 1953, tricampeão carioca com o Flamengo, campeão europeu com o Real Madrid. Tenho o perfil escrito no computador. Mas os critérios que escolhi entram em campo.
Um dos meus críticos detona a escolha de Brandão, afirmando que só ganhou títulos paulistas. Brandão tem três títulos de âmbito nacional e um valoroso título argentino em 1967.
Uma outra crítica diz que é um absurdo colocar o Muricy e não colocar o Tim, o Fleitas. Pode parecer e respeito todas as opiniões. Mas o cara (Muricy) ganhou três títulos nacionais seguidos com a mesma equipe. É fato histórico. Só Lula do Santos conseguiu mais: cinco títulos de âmbito nacional consecutivos entre 1961 e 1965.
Enfim, são opiniões e critérios. Interessa-me mais que as pessoas leiam o livro para conhecer a história dos perfilados do que para concordar com a minha escolha.
Muitos reclamam que há técnicos "paulistas" demais, embora muitos dos "paulistas" não o sejam de fato.
Mas dentro do critério, explico o seguinte:
- foram disputados 75 títulos de âmbito nacional desde 1959 no Brasil.
- essas competições foram: Robertão/Taça de Prata, Taça Brasil, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Copa dos Campeões e um Torneio dos Campeões da CBD, este vencido pelo Grêmio Maringá, do Paraná.
- o futebol paulista conquistou 31 títulos, ou 49,3%
- em seguida vem o Rio, com 17 títulos, ou 22,6%, e Rio Grande do Sul, com 11 títulos, ou 14,6%.
- se pensarmos somente no Campeonato Brasileiro desde 1971, são 17 títulos de paulistas, 11 de cariocas, 5 de gaúchos, dois de mineiros, dois de paranaenses e um de baianos e pernambucanos (computando 87 para Flamengo e Sport).
- No Brasileirão são 43,58% dos títulos para paulistas e 28,20% para cariocas.
Ou seja, não me parece tão absurdo assim, tampouco bairrismo como colocam alguns, que exista uma maioria de treinadores que tenha trabalhado em times paulistas na lista do livro. E repito: a lista é opinião, não é histórica.
Em tempo: sou paulista de Jaú, o coração é de Bariri, mas meu primeiro ídolo no futebol foi o argentino Fischer, que jogava no Botafogo; o maior jogador que eu vi jogar (Pelé não vale, eu era muito criança), que acompanhei a carreira, chama-se Arthur Antunes Coimbra; o maior jogo que já vi foi Flamengo x Atlético Mineiro em 1980.
livro Os 11 Maiores Técnicos
Como vocês sabem (e espero não estar enchendo com isso), lancei meu primeiro livro, Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro. Claro que gerou polêmica, o que é bom, alimenta o debate e divulga o livro. Agradeço a citação ao mesmo feita pelo José Trajano, a quem respeito muito, no Pontapé Inicial da Espn Brasil. O Trajano criticou a ausência do grande Elba de Pádua Lima, o Tim. Que é sem dúvida um dos maiores treinadores do Brasil.
Acontece que quando decidi escrever o livro tomei como parâmetro alguns aspectos: conquistas, inovações, impacto no futebol. Tudo a partir de 1958. Por quê? Porque entendo que ali nasceu o futebol brasileiro moderno e maior de idade. Por causa da conquista da Copa do Mundo de 1958 e do início dos campeonatos nacionais, com a Taça Brasil de 1959.
Antes não existiam competições que envolvessem times que não fossem de Rio e São Paulo. Por isso o nosso futebol foi se nacionalizando a partir de 1959. Antes era a eterna (e ainda vigente) briguinha de paulistas contra cariocas.
Alguns lembram que tem técnico que ganhou Copa do Mundo que não está na lista. São dois: Parreira e Aymoré Moreira. Estupendos treinadores. Mas ir a uma Copa depende de política, de várias coisas. Telê não foi campeão mundial com a Seleção, Minelli não foi a uma Copa. E ambos foram espetaculares. Assim como Lula.
Fleitas Solich, fantástico treinador paraguaio, campeão sul-americano em 1953, tricampeão carioca com o Flamengo, campeão europeu com o Real Madrid. Tenho o perfil escrito no computador. Mas os critérios que escolhi entram em campo.
Um dos meus críticos detona a escolha de Brandão, afirmando que só ganhou títulos paulistas. Brandão tem três títulos de âmbito nacional e um valoroso título argentino em 1967.
Uma outra crítica diz que é um absurdo colocar o Muricy e não colocar o Tim, o Fleitas. Pode parecer e respeito todas as opiniões. Mas o cara (Muricy) ganhou três títulos nacionais seguidos com a mesma equipe. É fato histórico. Só Lula do Santos conseguiu mais: cinco títulos de âmbito nacional consecutivos entre 1961 e 1965.
Enfim, são opiniões e critérios. Interessa-me mais que as pessoas leiam o livro para conhecer a história dos perfilados do que para concordar com a minha escolha.
Muitos reclamam que há técnicos "paulistas" demais, embora muitos dos "paulistas" não o sejam de fato.
Mas dentro do critério, explico o seguinte:
- foram disputados 75 títulos de âmbito nacional desde 1959 no Brasil.
- essas competições foram: Robertão/Taça de Prata, Taça Brasil, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Copa dos Campeões e um Torneio dos Campeões da CBD, este vencido pelo Grêmio Maringá, do Paraná.
- o futebol paulista conquistou 31 títulos, ou 49,3%
- em seguida vem o Rio, com 17 títulos, ou 22,6%, e Rio Grande do Sul, com 11 títulos, ou 14,6%.
- se pensarmos somente no Campeonato Brasileiro desde 1971, são 17 títulos de paulistas, 11 de cariocas, 5 de gaúchos, dois de mineiros, dois de paranaenses e um de baianos e pernambucanos (computando 87 para Flamengo e Sport).
- No Brasileirão são 43,58% dos títulos para paulistas e 28,20% para cariocas.
Ou seja, não me parece tão absurdo assim, tampouco bairrismo como colocam alguns, que exista uma maioria de treinadores que tenha trabalhado em times paulistas na lista do livro. E repito: a lista é opinião, não é histórica.
Em tempo: sou paulista de Jaú, o coração é de Bariri, mas meu primeiro ídolo no futebol foi o argentino Fischer, que jogava no Botafogo; o maior jogador que eu vi jogar (Pelé não vale, eu era muito criança), que acompanhei a carreira, chama-se Arthur Antunes Coimbra; o maior jogo que já vi foi Flamengo x Atlético Mineiro em 1980.
domingo, março 22, 2009
A paranóia do
bairrismo em
nosso futebol
Post assinado por Henrique pst, no maravilhoso blog de Lédio Carmona, que tomo a liberdade de aqui reproduzir.
Lendo alguns comentários não pude deixar de observar o seguinte: A paranóia do Bairrismo.
E, confesso, que me deu satisfação em constatar isso. Em posts passados tanto aqui quanto em outros blogs a respeito do Meu Sport Club do Recife li muitos comentários a favor e contra meu amado clube.
Até aí, normal. Só que alguns companheiros leoninos falavam de discriminação com o NE e toda aquela ladainha que todos nós sabemos e que, diga-se de passagem, já encheu a paciência.
Em contrapartida companheiros de outros clubes escreviam que Nordestino é complexado, que o torcedor do sport se faz de coitado e outras baboseiras que poderiam ser deletadas da cabeça de qualquer ser consciente e não faria falta ao intelecto de ninguém. Pois é.
Hoje constato que o complexo de vira-latas é generalizado. Basta que o companheiro leitor do blog leia uma opinião a qual não concorde e que não gostaria de escutar. Gente vamos olhar pra nós mesmos. Brasileiro… é tudo igual. Abraço a todos.
bairrismo em
nosso futebol
Post assinado por Henrique pst, no maravilhoso blog de Lédio Carmona, que tomo a liberdade de aqui reproduzir.
Lendo alguns comentários não pude deixar de observar o seguinte: A paranóia do Bairrismo.
E, confesso, que me deu satisfação em constatar isso. Em posts passados tanto aqui quanto em outros blogs a respeito do Meu Sport Club do Recife li muitos comentários a favor e contra meu amado clube.
Até aí, normal. Só que alguns companheiros leoninos falavam de discriminação com o NE e toda aquela ladainha que todos nós sabemos e que, diga-se de passagem, já encheu a paciência.
Em contrapartida companheiros de outros clubes escreviam que Nordestino é complexado, que o torcedor do sport se faz de coitado e outras baboseiras que poderiam ser deletadas da cabeça de qualquer ser consciente e não faria falta ao intelecto de ninguém. Pois é.
Hoje constato que o complexo de vira-latas é generalizado. Basta que o companheiro leitor do blog leia uma opinião a qual não concorde e que não gostaria de escutar. Gente vamos olhar pra nós mesmos. Brasileiro… é tudo igual. Abraço a todos.
sábado, março 21, 2009
Emoção indescritível:
um livro na prateleira
Compartilho com vocês essa grande emoção que é passar por uma livraria e ver um livro seu na prateleira. Fruto de seu trabalho, de sua dedicação, do apoio de sua família, da mulher, dos filhos, dos amigos.
Progressivamente, Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro chegará às livrarias de todos o País e, espero, a muitas mãos e olhos. Repito: o livro é uma visão pessoal de um comentarista de esportes, no caso futebol. A lista é particular. Cada um tem a sua. Existem dezenas de grandes técnicos na história do futebol brasileiro. O que interessa, no caso, é contar a história de alguns deles e explicar porque são importantes.
Recebi algumas mensagens bacanas e outras de pessoas que não entenderam esse propósito. Uma delas diz que a lista é "paulista demais". Comentários como esse soam meio fora do tempo, de uma época em que havia bairrismo. O futebol é brasileiro, mais do que paulista, carioca, gaúcho. Na lista há técnicos gaúchos, cariocas, paulistas, um mineiro, um húngaro que mudou a nossa maneira de jogar bola. E para mim o maior de todos é alagoano e fez carreira no Rio: Mário Jorge Lobo Zagallo.
A mensagem mais legal de ler foi no espetacular blog do amigo Lédio Carmona . O internauta escreve assim: mas eu não sei quem é o Bela Gutman. Pois espero que ele compre o livro e conheça essa história e a de muitos outros.
quinta-feira, março 19, 2009
Mais um livro legal, agora com
a assinatura do Alex Escobar
Comprarei o meu hoje. O amigo e grande comentarista e apresentador Alex Escobar pôs na praça, com a companhia do colega Marcelo Migueres, o livro 20 Anos da Copa do Brasil. Dia 27 de março haverá um evento em São Paulo, no Museu do Futebol, para lançar o livro em terras paulistanas. Estarei lá prestigiando e darei mais detalhes em breve.
São Paulo com a
cara da América
Há tempos é sabido que o São Paulo tem o time mais competitivo do futebol brasileiro. A vitória sobre o Defensor, no Uruguai, foi uma boa defesa dessa tese.
Bom futebol o time de Muricy só mostrou dos 30 mintuos até o final do primeiro tempo. Mas nem sempre apenas o bom futebol vence jogos, principalmente na Libertadores. O que tem diferenciado o São Paulo dos seus adversários no Brasil é a capacidade de definição. Cavalo não passa encilhado na frente do Tricolor paulista sem ser montado.
Borges é o principal exemplo desse estilo. Pode ter uma chance apenas no jogo, mas geralmente faz, não enrola, é jogador objetivo, sem firulas.
Outro aspecto: o time não tem vergonha de jogar feio, de dar bicão, de se defender até a morte para sustentar um resultado.
Claro que há problemas. Sem André Dias, o zagueiro do time que vive a melhor fase, a defesa perde consistência, mas se vira. A ala direita é a eterna dor de cabeça de Muricy. Jorge Wagner oscila grandes momentos e apagões.
Mas a equipe já encaminhou a classificação em primeiro lugar no grupo.
Esse estilo do São Pauo é muito a cara do Boca, que consegue isso há mais tempo e, em se tratando de Libertadores, tem o dobro de títulos.
Mas a se manter esse ritmo das coisas, o São Paulo parece o único clube do continente capaz de chegar perto do Boca, que é, para mim, o maior time sul-americano.
Cruzeiro segue a trilha
Assim como o São Paulo, o Cruzeiro também encomendou a vaga nas oitavas da Libertadores. Bom time, sem estrelas badaladas, mas com pelo menos um craque: Ramires. Adílson também tem a Libertadores no sangue, assim como o time azul, bicampeão da taça.
E o Cruzeiro está irretocável, como o Sport, na Libertadores e no estadual.
cara da América
Há tempos é sabido que o São Paulo tem o time mais competitivo do futebol brasileiro. A vitória sobre o Defensor, no Uruguai, foi uma boa defesa dessa tese.
Bom futebol o time de Muricy só mostrou dos 30 mintuos até o final do primeiro tempo. Mas nem sempre apenas o bom futebol vence jogos, principalmente na Libertadores. O que tem diferenciado o São Paulo dos seus adversários no Brasil é a capacidade de definição. Cavalo não passa encilhado na frente do Tricolor paulista sem ser montado.
Borges é o principal exemplo desse estilo. Pode ter uma chance apenas no jogo, mas geralmente faz, não enrola, é jogador objetivo, sem firulas.
Outro aspecto: o time não tem vergonha de jogar feio, de dar bicão, de se defender até a morte para sustentar um resultado.
Claro que há problemas. Sem André Dias, o zagueiro do time que vive a melhor fase, a defesa perde consistência, mas se vira. A ala direita é a eterna dor de cabeça de Muricy. Jorge Wagner oscila grandes momentos e apagões.
Mas a equipe já encaminhou a classificação em primeiro lugar no grupo.
Esse estilo do São Pauo é muito a cara do Boca, que consegue isso há mais tempo e, em se tratando de Libertadores, tem o dobro de títulos.
Mas a se manter esse ritmo das coisas, o São Paulo parece o único clube do continente capaz de chegar perto do Boca, que é, para mim, o maior time sul-americano.
Cruzeiro segue a trilha
Assim como o São Paulo, o Cruzeiro também encomendou a vaga nas oitavas da Libertadores. Bom time, sem estrelas badaladas, mas com pelo menos um craque: Ramires. Adílson também tem a Libertadores no sangue, assim como o time azul, bicampeão da taça.
E o Cruzeiro está irretocável, como o Sport, na Libertadores e no estadual.
Resposta para
o historiador
Francisco Avelar
Francisco Avelar, perdoe pela indelicadeza, mas foi você quem começou. Como historiador que você afirma ser, se quiser debater, venha mais bem preparado e seja mais educado.
Antes de mais nada, você está bastante mal informado para alguém que se diz historiador. O pleito partiu do Santos F.C, que é um dos clubes brasileiros que melhor tratam seu passado, sua história e suas glórias. Até por que teve "apenas" o maior time e o maior jogador de todos os tempos. Ou só porque isso aconteceu nos anos 50 e 60 para você não tem valor algum? Tudo que Pelé e cia. fizeram não vale nada? O grande time do Botafogo não vale nada? O Cruzeiro de Dirceu Lopes? Só porque seus títulos não tinham o nome de Campeonato Brasileiro não valem nada?
Portanto, segundo a sua lógica, Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo foram apenas campeões intercontinentais em 62/63, 81, 83 e 92/93? Eu sempre os considerei campeões mundiais. Muito antes da Fifa cair na real depois de ter desconsiderado os títulos intercontinentais como mundiais, eu disse que era um absurdo. Repito, muito antes de a Fifa voltar atrás.
A mesma Fifa que já anulou gol de jogo de Copa do Mundo porque um sheik árabe desceu da tribuna. Mas ao que parece as decisões da Fifa são avaliadas por você de acordo com a conveniência do seu coração de torcedor. O que é legítimo para um torcedor, não para um historiador.
Se o seu conceito de história se resume a lançar camisetas, estamos falando de moda e marketing, não de esportes. Havia vida no futebol brasileiro antes de 1971, e é por isso que acho que o desejo desses clubes é legítimo. Não é porque, pelo jeito, o seu time não está entre os que ganharam títulos naquela época que os outros não têm valor.
o historiador
Francisco Avelar
Francisco Avelar, perdoe pela indelicadeza, mas foi você quem começou. Como historiador que você afirma ser, se quiser debater, venha mais bem preparado e seja mais educado.
Antes de mais nada, você está bastante mal informado para alguém que se diz historiador. O pleito partiu do Santos F.C, que é um dos clubes brasileiros que melhor tratam seu passado, sua história e suas glórias. Até por que teve "apenas" o maior time e o maior jogador de todos os tempos. Ou só porque isso aconteceu nos anos 50 e 60 para você não tem valor algum? Tudo que Pelé e cia. fizeram não vale nada? O grande time do Botafogo não vale nada? O Cruzeiro de Dirceu Lopes? Só porque seus títulos não tinham o nome de Campeonato Brasileiro não valem nada?
Portanto, segundo a sua lógica, Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo foram apenas campeões intercontinentais em 62/63, 81, 83 e 92/93? Eu sempre os considerei campeões mundiais. Muito antes da Fifa cair na real depois de ter desconsiderado os títulos intercontinentais como mundiais, eu disse que era um absurdo. Repito, muito antes de a Fifa voltar atrás.
A mesma Fifa que já anulou gol de jogo de Copa do Mundo porque um sheik árabe desceu da tribuna. Mas ao que parece as decisões da Fifa são avaliadas por você de acordo com a conveniência do seu coração de torcedor. O que é legítimo para um torcedor, não para um historiador.
Se o seu conceito de história se resume a lançar camisetas, estamos falando de moda e marketing, não de esportes. Havia vida no futebol brasileiro antes de 1971, e é por isso que acho que o desejo desses clubes é legítimo. Não é porque, pelo jeito, o seu time não está entre os que ganharam títulos naquela época que os outros não têm valor.
quarta-feira, março 18, 2009
A boa e velha polêmica
em relação aos títulos
Tinha certeza que o post dos títulos do Robertão e da Taça Brasil geraria um bom debate.
Vamos primeiro aos dados históricos. O Robertão foi a origem do atual Campeonato Brasileiro e o nome era uma homenagem a Roberto Gomes Pedrosa, goleiro do São Paulo Futebol Clube e da Seleção Brasileira que também foi presidente da Federação Paulista. Foi uma evolução do Torneio Rio-São Paulo. A partir de 1967 entraram na disputa Inter, Gêmio, Cruzeiro, Atlético e Ferroviário do Paraná. Em 68 vieram os clubes da Bahia e de Pernambuco.
Em 1968, com o nome Taça de Prata, o Robertão substitui a Taça Brasil como o mais importante torneio de futebol do Brasil, inclusive indicando dois participantes para a Taça Libertadores.
A Taça Brasil, disputada entre 1959 e 1968, foi criada pela extinta CBD, antecessora da CBF, como o primeiro torneio de âmbito nacional no futebol brasileiro. O objetivo era apontar o representante brasileiro na recém-criada Libertadores da América. Participavam os campeões estaduais, com o detalhe de que as equipes do Rio e de São Paulo entravam na fase semifinal (em 64 e 68 entraram nas quartas-de-final).
Agora os comentários dos internautas e o que eu penso sobre o tema.
Odeio rankings, ao contrário do meu amigo Marcelo Laguna. Também não gosto das discussões sobre critérios, se tal título vale mais que este. Acho que quem determina a importância do título é o torcedor de cada clube.
Também acho que não se pode analisar o futebol dos anos 50 e 60 sob a ótica do século XXI. Cada época é sua época, ou cada um no seu quadrado. Houve campeonatos nacionais patéticos nos anos 70. Clube passava da Taça de Prata para a Taça de Ouro na mesma edição. Em 1979 clubes se recusaram a participar por causa do regulamento. Isso diminui a importância do título do Inter? Os torneios estaduais já foram classificatórios para o Brasileirão. Houve viradas de mesa absurdas, com times sendo rebaixados e não cumprindo. O Fluminense pulou da Terceira para a primeira. E a Copa João Havelange de 2000 vale mais ou menos que o Robertão? Porque o São Caetano, vice-campeão, jogou duas divisões na mesma temporada.
Enfim, penso eu que o Robertão e a Taça de Prata representavam aquele momento do futebol brasileiro e seus vencedores merecem ser reconhecidos. Cada um tem seu critério. Questão de ponto de vista.
Sobre o livro do Mauro Beting
Que aliás, é excelente. Um anônimo escreve falando sobre o porquê de eu aceitar participar da eleição do livro do Mauro, Os Dez Mais do Palmeiras. Amigo, já participei de eleição de melhores do Corinthians, do Santos, do Grêmio, até da seleção uruguaia. Não poderia dizer não a um amigo da importância do Mauro.
em relação aos títulos
Tinha certeza que o post dos títulos do Robertão e da Taça Brasil geraria um bom debate.
Vamos primeiro aos dados históricos. O Robertão foi a origem do atual Campeonato Brasileiro e o nome era uma homenagem a Roberto Gomes Pedrosa, goleiro do São Paulo Futebol Clube e da Seleção Brasileira que também foi presidente da Federação Paulista. Foi uma evolução do Torneio Rio-São Paulo. A partir de 1967 entraram na disputa Inter, Gêmio, Cruzeiro, Atlético e Ferroviário do Paraná. Em 68 vieram os clubes da Bahia e de Pernambuco.
Em 1968, com o nome Taça de Prata, o Robertão substitui a Taça Brasil como o mais importante torneio de futebol do Brasil, inclusive indicando dois participantes para a Taça Libertadores.
A Taça Brasil, disputada entre 1959 e 1968, foi criada pela extinta CBD, antecessora da CBF, como o primeiro torneio de âmbito nacional no futebol brasileiro. O objetivo era apontar o representante brasileiro na recém-criada Libertadores da América. Participavam os campeões estaduais, com o detalhe de que as equipes do Rio e de São Paulo entravam na fase semifinal (em 64 e 68 entraram nas quartas-de-final).
Agora os comentários dos internautas e o que eu penso sobre o tema.
Odeio rankings, ao contrário do meu amigo Marcelo Laguna. Também não gosto das discussões sobre critérios, se tal título vale mais que este. Acho que quem determina a importância do título é o torcedor de cada clube.
Também acho que não se pode analisar o futebol dos anos 50 e 60 sob a ótica do século XXI. Cada época é sua época, ou cada um no seu quadrado. Houve campeonatos nacionais patéticos nos anos 70. Clube passava da Taça de Prata para a Taça de Ouro na mesma edição. Em 1979 clubes se recusaram a participar por causa do regulamento. Isso diminui a importância do título do Inter? Os torneios estaduais já foram classificatórios para o Brasileirão. Houve viradas de mesa absurdas, com times sendo rebaixados e não cumprindo. O Fluminense pulou da Terceira para a primeira. E a Copa João Havelange de 2000 vale mais ou menos que o Robertão? Porque o São Caetano, vice-campeão, jogou duas divisões na mesma temporada.
Enfim, penso eu que o Robertão e a Taça de Prata representavam aquele momento do futebol brasileiro e seus vencedores merecem ser reconhecidos. Cada um tem seu critério. Questão de ponto de vista.
Sobre o livro do Mauro Beting
Que aliás, é excelente. Um anônimo escreve falando sobre o porquê de eu aceitar participar da eleição do livro do Mauro, Os Dez Mais do Palmeiras. Amigo, já participei de eleição de melhores do Corinthians, do Santos, do Grêmio, até da seleção uruguaia. Não poderia dizer não a um amigo da importância do Mauro.
Seis gigantes do futebol
brasileiro se unem para
reparar uma injustiça
Fluminense, Palmeiras, Botafogo, Santos, Bahia e Cruzeiro estão unidos numa empreitada que visa a reparação de um erro de conceito histórico da CBF. Pelo menos na minha opinião.
Na próxima terça-feira, dia 24 de março, esses seis gigantes do futebol brasileiro vão apresentar, em São Paulo, na sede do Palmeiras, um dossiê chamado Unificação dos Títulos Brasileiros a Partir de 1959.
Em resumo, querem que a CBF reconheça como campeões brasileiros os clubes que, a partir de 1959, conquistaram os torneios que eram chamados de Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão. Para isso, além da pesquisa, convocaram grandes craques do passado para embasar essa tese, tais como Pelé e Tostão, cujas presenças ainda não foram confirmadas.
João Havelange, ex-presidente da extinta CBD (Confederação Brasileira de Desportos) e da Fifa apóia o movimento e considera os clubes como campeões nacionais de fato.
Acho que nada mais justo. Por exemplo, por que não considerar o Bahia campeão brasileiro de 1959 se a equipe foi a primeira a representar o Brasil na Taça Liberadores?
O Robertão e a Taça Brasil foram, de fato, os primeiros campeonatos de caráter nacional do futebol brasileiro. Dentro da realidade de cada época e em muitos casos até mais coerentes que os torneios que tiveram mais de 90 participantes na década de 1970.
Se reconhecidos em seu pleito pela CBF, os clubes modificarão consideravalmente o ranking do futebol brasileiro. Santos e Palmeiras passarão a ser os maiores campeões nacionais, com oito títulos cada um.
A CBF, atualmente, considera como campeões nacionais apenas os times vencedores dos torneios realizados a partir de 1971.
Todos os campeões da Taça Brasil
1959 - Bahia
1960 - Palmeiras
1961 a 1965 - Santos
1966 - Cruzeiro
1967 - Palmeiras
1968 - Botafogo
Todos os campeões do Robertão
1967 - Palmeiras
1968 - Santos
1969 - Palmeiras
1970 - Fluminense
terça-feira, março 17, 2009
Vêm aí dois livros
que vão emocionar
os são-paulinos
A boa fase de lançamentos de livros na área futebolística não pára. Tem muita coisa interessante chegando ao mercado. Nos próximos meses desembarcarão dois livros que têm tudo para emocionar os torcedores do São Paulo Futebol Clube.
O primeiro sairá da pena do excelente repórter André Plihal, da Espn Brasil. É uma biografia do maior ídolo dos são-paulinos (para mim o jogador mais importante da história do clube), o goleiro Rogério Ceni. A obra fará referência ao impressionante período de dedicação do atleta ao clube: 18 anos.
O segundo livro partirá da criatividade de outro espetacular jornalista, Luís Augusto Simon, o Menom, que atualmente empresta seu talento para o jornal Agora S.Paulo. Menon escreverá sobre os grandes jogadores uruguaios que fizeram sucesso no clube e cativaram os torcedores do São Paulo. Essa conexão charrúa será contada por alguém que conhece a história do clube como poucos, caso do Menom.
Portanto, são-paulinos ou não, quem gosta de boa literatura futebolística pode começar a salvar uns trocados.
que vão emocionar
os são-paulinos
A boa fase de lançamentos de livros na área futebolística não pára. Tem muita coisa interessante chegando ao mercado. Nos próximos meses desembarcarão dois livros que têm tudo para emocionar os torcedores do São Paulo Futebol Clube.
O primeiro sairá da pena do excelente repórter André Plihal, da Espn Brasil. É uma biografia do maior ídolo dos são-paulinos (para mim o jogador mais importante da história do clube), o goleiro Rogério Ceni. A obra fará referência ao impressionante período de dedicação do atleta ao clube: 18 anos.
O segundo livro partirá da criatividade de outro espetacular jornalista, Luís Augusto Simon, o Menom, que atualmente empresta seu talento para o jornal Agora S.Paulo. Menon escreverá sobre os grandes jogadores uruguaios que fizeram sucesso no clube e cativaram os torcedores do São Paulo. Essa conexão charrúa será contada por alguém que conhece a história do clube como poucos, caso do Menom.
Portanto, são-paulinos ou não, quem gosta de boa literatura futebolística pode começar a salvar uns trocados.
segunda-feira, março 16, 2009
Zagueiro do Grêmio
está desaparecido
A diretoria do São Caetano confirma o desaparecimento do zagueiro Mário Figueira Fernandes, de 18 anos, negociado recentemente por meio de uma parceria com o Grêmio. O jogador treinava desde o dia 9 de março em seu novo clube. A diretoria do time do ABC foi informada de sua ausência na tarde do último sábado, quando sua presença não foi notada no treino pela manhã, em Porto Alegre.
Qualquer ajuda nesses casos é uma ajuda e deixo aqui a imagem do garoto. Vamos torcer para que nada de ruim tenha acontecido.
O bairrismo está na
cabeça das pessoas
Falei do meu livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro aqui no blog. Espero que os amigos comprem e curtam.
Um leitor anônimo disse que a escolha está muito "paulistada", mas vai ler. Agradeço e acrescento alguns pontos.
Entre os 11 treinadores que escolhi, numa visão pessoal e particular como comentarista, baseada em muitas conversas com outros técnicos, jogadores e jornalistas, estão 3 gaúchos (Brandão, Felipão e Ênio Andrade), um alagoano que fez carreira no Rio (Zagallo), um húngaro que mudou o futebol brasileiro (Bela Gutman), um carioca (Luxemburgo), um mineiro (Telê) e quatro paulistas (Muricy, Vicente Feola, Lula e Rubens Minelli). Um dos quatro paulistas alcançou a glória no Sul. Um gaúcho foi campeão brasileiro com uma equipe do Paraná. Um gaúcho, um paulista e um alagoano foram campeões mundiais.
Enfim, o bairrismo passa mais pela cabeça das pessoas.
cabeça das pessoas
Falei do meu livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro aqui no blog. Espero que os amigos comprem e curtam.
Um leitor anônimo disse que a escolha está muito "paulistada", mas vai ler. Agradeço e acrescento alguns pontos.
Entre os 11 treinadores que escolhi, numa visão pessoal e particular como comentarista, baseada em muitas conversas com outros técnicos, jogadores e jornalistas, estão 3 gaúchos (Brandão, Felipão e Ênio Andrade), um alagoano que fez carreira no Rio (Zagallo), um húngaro que mudou o futebol brasileiro (Bela Gutman), um carioca (Luxemburgo), um mineiro (Telê) e quatro paulistas (Muricy, Vicente Feola, Lula e Rubens Minelli). Um dos quatro paulistas alcançou a glória no Sul. Um gaúcho foi campeão brasileiro com uma equipe do Paraná. Um gaúcho, um paulista e um alagoano foram campeões mundiais.
Enfim, o bairrismo passa mais pela cabeça das pessoas.
Outro golaço do
Mauro Beting
Mauro Beting é dos melhores comentaristas de futebol do Brasil. E um caro amigo de longa data. Nesta segunda-feira ele lança mais um livro, seu terceiro se não erro a conta. Os Dez Mais do Palmeiras faz parte da Coleção Ídolos Imortais, da Maquinária Editora. Vale a pena pintar na Saraiva do Shopping Eldorado, em São Paulo, a partir das 19 horas. Eu estarei lá.
domingo, março 15, 2009
sábado, março 14, 2009
Meu primeiro livro
Foi uma deliciosa aventura e um grande desafio. Finalmente ficou pronto. Já está às vendas em livrarias online do País e chega à prateleiras em 20 de março meu primeiro livro. Chama-se Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro, pela Editora Contexto.
São 11 perfis e 11 entrevistas com personalidades que sustentam uma escolha pessoal feita em análises e entrevistas ao longo de mais de 20 anos de carreira.
Os treinadores são: Oswaldo Brandão, Vicente Feola, Bela Gutman, Zagallo, Lula, Rubens Minelli, Ênio Andrade, Luxemburgo, Telê, Felipão e Muricy.
Os entrevistados são: Leivinha, Djalma Santos, Dino Sani, Luxemburgo, Zito, Muricy Ramalho, Falcão, Alex, Muller, Arce e Rogério Ceni.
Claro que muita gente vai discordar. Alguns, amigos até, já estão cornetando. Mas o que vale é a proposta e também o convite ao debate.
O lançamento será em 27 de abril, às 19 horas, na Livraria Cultura da Avenida Paulista, em São Paulo.
Estão todos convidados.
Mais informações no http://www.editoracontexto.com.br/
O futebol é uma usina
de produzir bobagens
Não dá para aceitar sem um ar de lamentação, no mínimo, o fato de o treinador da Seleção Brasileira de Futebol afirmar que o volante são-paulino Hernanes para ele é meia. Ou é birra ou é a prova de que alguma coisa está fora da ordem.
Parece incrível que uma declaração como a do ótimo volante (viu, Dunga?) cruzeirense Ramires de que para chegar à Seleção Braisileira ele teria de sair do País passe praticamente batida e não tenha a devida repercussão na imprensa e no próprio meio futebolístico.
Não se pode confundir criador com criatura numa análise isenta. Infelizmente, muita gente que não morre de amores por Wanderley Luxemburgo transfere esse sentimento para os times que ele dirige. O que não tem cabimento.
Só pode ser bairrismo o fato de o Sport Recife cumprir uma campanha histórica, ter um dos melhores times do Brasil e não conseguir espaço condizente na mídia do Sul Maravilha.
Muricy Ramalho é o melhor treinador do futebol brasileiro em atividade. Mas não precisa ficar dizendo a toda hora que só ele entende de futebol, que só o seu time trabalha etc etc.
Não acho que Celso Roth seja um treinador brilhante. Mas está longe de ser uma porcaria. Taí outro caso de rotulação explícita. Minha única dúvida é saber por que, historicamente, até hoje, seus times sempre começam bem e depois caem de rendimento. Será que os times é que enganavam ou o trabalho do Celso que não se sustenta?
de produzir bobagens
Não dá para aceitar sem um ar de lamentação, no mínimo, o fato de o treinador da Seleção Brasileira de Futebol afirmar que o volante são-paulino Hernanes para ele é meia. Ou é birra ou é a prova de que alguma coisa está fora da ordem.
Parece incrível que uma declaração como a do ótimo volante (viu, Dunga?) cruzeirense Ramires de que para chegar à Seleção Braisileira ele teria de sair do País passe praticamente batida e não tenha a devida repercussão na imprensa e no próprio meio futebolístico.
Não se pode confundir criador com criatura numa análise isenta. Infelizmente, muita gente que não morre de amores por Wanderley Luxemburgo transfere esse sentimento para os times que ele dirige. O que não tem cabimento.
Só pode ser bairrismo o fato de o Sport Recife cumprir uma campanha histórica, ter um dos melhores times do Brasil e não conseguir espaço condizente na mídia do Sul Maravilha.
Muricy Ramalho é o melhor treinador do futebol brasileiro em atividade. Mas não precisa ficar dizendo a toda hora que só ele entende de futebol, que só o seu time trabalha etc etc.
Não acho que Celso Roth seja um treinador brilhante. Mas está longe de ser uma porcaria. Taí outro caso de rotulação explícita. Minha única dúvida é saber por que, historicamente, até hoje, seus times sempre começam bem e depois caem de rendimento. Será que os times é que enganavam ou o trabalho do Celso que não se sustenta?
quinta-feira, março 12, 2009
Ronaldomania:
carência de
ídolos explica
O amigo Lédio Carmona deu a senha: a última partida de Ronaldo no Pacaembu tinha sido em 1993, pelo Cruzeiro. Ronaldo era mais um na batalha pelo sucesso no futebol.
Dezesseis anos depois ele está de volta para suprir uma enorme carência do torcedor brasileiro: a de ídolos.
Ronaldo se fez popstar longe do Brasil. Todos vimos sua transformação de menino magrelo e dentuço em fenômeno de bola e de mídia, mas via satélite. De vez em quando ele passava por aqui com a Seleção Brasileira, mas já era visita.
Tal qual o personagem de Jim Carrey no excelente O Show de Truman, o mundo viu a transformação de Ronaldo em uma espécie de Madonna da bola e também sofreu com seus dramas físicos e pessoais, se chateou com suas mancadas.
Até as décadas de 70 e 80 do século passado os ídolos ainda jogavam por aqui. O torcedor ia ao campo para ver seu time e, também, para ver Zico, Sócrates, Falcão, Ademir, Muller, Renato, Leandro. Recuando um pouco mais no tempo, nos anos 60 e 70, cada time tinha um camisa 10 que chamava gente para o campo.
Ultimamente, no Brasil, os ídolos chegam via satélite, cabo, internet. Os poucos que dão pinta de estourar por aqui vão embora muito rápido. Robinho foi quem mais chegou perto de conseguir a proeza de chamar gente ao estádio independentemente do time do coração.
Ronaldo ainda tem esse toque de midas das arquibancadas. Alivia essa carência do torcedor e da mídia por algum lance genial, uma reportagem de peso, uma grande foto.
É um pouco uma onda de nostalgia essa Ronaldomania, principalmente para quem viveu a era dos grandes craques jogando por aqui. Para a garotaa que está chegando agora ao futebol, é uma oportunidade rara.
carência de
ídolos explica
O amigo Lédio Carmona deu a senha: a última partida de Ronaldo no Pacaembu tinha sido em 1993, pelo Cruzeiro. Ronaldo era mais um na batalha pelo sucesso no futebol.
Dezesseis anos depois ele está de volta para suprir uma enorme carência do torcedor brasileiro: a de ídolos.
Ronaldo se fez popstar longe do Brasil. Todos vimos sua transformação de menino magrelo e dentuço em fenômeno de bola e de mídia, mas via satélite. De vez em quando ele passava por aqui com a Seleção Brasileira, mas já era visita.
Tal qual o personagem de Jim Carrey no excelente O Show de Truman, o mundo viu a transformação de Ronaldo em uma espécie de Madonna da bola e também sofreu com seus dramas físicos e pessoais, se chateou com suas mancadas.
Até as décadas de 70 e 80 do século passado os ídolos ainda jogavam por aqui. O torcedor ia ao campo para ver seu time e, também, para ver Zico, Sócrates, Falcão, Ademir, Muller, Renato, Leandro. Recuando um pouco mais no tempo, nos anos 60 e 70, cada time tinha um camisa 10 que chamava gente para o campo.
Ultimamente, no Brasil, os ídolos chegam via satélite, cabo, internet. Os poucos que dão pinta de estourar por aqui vão embora muito rápido. Robinho foi quem mais chegou perto de conseguir a proeza de chamar gente ao estádio independentemente do time do coração.
Ronaldo ainda tem esse toque de midas das arquibancadas. Alivia essa carência do torcedor e da mídia por algum lance genial, uma reportagem de peso, uma grande foto.
É um pouco uma onda de nostalgia essa Ronaldomania, principalmente para quem viveu a era dos grandes craques jogando por aqui. Para a garotaa que está chegando agora ao futebol, é uma oportunidade rara.
CBF faz escola
no continente
Do blog do amigo
Jorge Gonzalez
http://boliviafutbolclub.blogspot.com
¿El hincha boliviano será más victima de los revendedores o de los dirigentes de la Federación Boliviana de Fútbol? El ingreso más barato costará el 14% del sueldo básico boliviano.
La Federación Boliviana de Fútbol (FBF) decidió elevar la escala de precios para el cotejo que Bolivia jugará frente a la Argentina, por las Eliminatorias Sudamericanas a la Copa Sudáfrica-2010.Con ello, los aficionados que asistan al juego, entrarán a la historia del fútbol boliviano, porque serán los primeros a pagar los ingresos más caros.
El billete más barato, para las curvas norte y sur, costará 80 bolivianos, reflejando un aumento de 33 por ciento. La recta general sufrirá un incremento del 25 por ciento y quien quiera sentarse en el lugar, tendrá que desembolsar 100 bolivianos. Por su lado, los más pudientes, para tener el privilegio de no mojarse en caso de lluvia, en los sectores A, B y C, la llamada Preferencia, tendrán que abonar 350 bolivianos.
En la butaca A se da un incremento de 50 bolivianos (17%) y en las butacas B y C, de 100 bolivianos (40%).Los niños también serán víctimas de la FBF, porque las medias entradas igual subirán de precio: un boleto a curvas pasará a costar 40 bolivianos; para general 50 bolivianos y para preferencia 100 bolivianos, siendo que anteriormente costaban, respectivamente, 30, 40 y 75 bolivianos.
Los inteligentísimos dirigentes de la FBF que decidieron incrementar los precios, explicaron que las selecciones de Argentina y Brasil son oportunidad de mayores recaudaciones, y que “éstas benefician al fútbol boliviano.”
Pregunto: ¿En qué benefician al fútbol boliviano? ¿Dónde están los informes económicos de las tres últimas gestiones de la Federación Boliviana de Fútbol? ¿Cómo se puede saber si realmente fueron benéficas? ¿No les da vergüenza reconocer en público su falta de ética al querer ganar dinero con la fama y trabajo de otras selecciones? Señores dirigentes de FBF, ustedes deberían tener más bien la inteligencia de premiar al sacrificado hincha boliviano bajando los precios y dándole oportunidad de ver a astros internacionales que poquísimas veces visitan nuestro país. Alberto Lozada, gerente de la FBF, intentando justificar lo injustificable dijo que “la talla del rival (Argentina), justifica el aumento y es una manera de resarcir a la Federación, que es la que menos recauda en la región durante las eliminatorias.”
¿Resarcir de qué, señor Lozada? Más bien, la FBF debiera resarcir a la afición por la desorganización y por el pésimo fútbol presentado por la selección nacional, víctima de dirigentes que se eternizan en los cargos. Le pregunto señor Lozada, ¿no es vergonzoso reconocer que el hincha nacional tiene que ir al estadio más para ver a la Argentina que a nuestra propia selección?“Los precios en Bolivia son los más bajos de toda América Latina.”, dice el iluminado Lozada. Y continua, "en otros países las recaudaciones superan fácilmente el millón de dólares; la Selección recauda menos que los clásicos de La Paz y Santa Cruz”, concluye el eterno gerente de la CBF.
Le respondo: Señor Lozada, el producto que se pone a la venta vale exactamente lo que pesa en calidad y utilidad.Por último, la pasión del hincha boliviano por su selección es tanta, que acredito pueda hacer sacrificio para ir al Siles. Pero lo que no se aguanta más es que estos dirigentes no rindan cuentas a nadie respecto de las recaudaciones y de lo que reciben de la Conmebol, derechos de transmisión, publicidad en los estadios, y en los uniformes, etc, etc. El 1º de abril, fecha en que la selección argentina nos visite, será difícil distinguir de quién el hincha boliviano será más victima: de los revendedores o de los dirigentes de la Federación Boliviana de Fútbol.
A los ilustres dirigentes del fútbol boliviano debemos recordarles que el 5 de marzo de 2008 el Gobierno nacional aprobó el decreto 29473, que en su artículo 2, parágrafo I, dispone que "con carácter retroactivo desde el 1 de enero de 2008, el monto determinado para el Salario Mínimo Nacional es de 577,50 bolivianos (quinientos setenta y siete 50/100 bolivianos)”.
O sea, el ingreso más barato para el juego entre Bolivia y Argentina costará el 14% del sueldo mínimo boliviano.Un verdadero absurdo.
no continente
Do blog do amigo
Jorge Gonzalez
http://boliviafutbolclub.blogspot.com
¿El hincha boliviano será más victima de los revendedores o de los dirigentes de la Federación Boliviana de Fútbol? El ingreso más barato costará el 14% del sueldo básico boliviano.
La Federación Boliviana de Fútbol (FBF) decidió elevar la escala de precios para el cotejo que Bolivia jugará frente a la Argentina, por las Eliminatorias Sudamericanas a la Copa Sudáfrica-2010.Con ello, los aficionados que asistan al juego, entrarán a la historia del fútbol boliviano, porque serán los primeros a pagar los ingresos más caros.
El billete más barato, para las curvas norte y sur, costará 80 bolivianos, reflejando un aumento de 33 por ciento. La recta general sufrirá un incremento del 25 por ciento y quien quiera sentarse en el lugar, tendrá que desembolsar 100 bolivianos. Por su lado, los más pudientes, para tener el privilegio de no mojarse en caso de lluvia, en los sectores A, B y C, la llamada Preferencia, tendrán que abonar 350 bolivianos.
En la butaca A se da un incremento de 50 bolivianos (17%) y en las butacas B y C, de 100 bolivianos (40%).Los niños también serán víctimas de la FBF, porque las medias entradas igual subirán de precio: un boleto a curvas pasará a costar 40 bolivianos; para general 50 bolivianos y para preferencia 100 bolivianos, siendo que anteriormente costaban, respectivamente, 30, 40 y 75 bolivianos.
Los inteligentísimos dirigentes de la FBF que decidieron incrementar los precios, explicaron que las selecciones de Argentina y Brasil son oportunidad de mayores recaudaciones, y que “éstas benefician al fútbol boliviano.”
Pregunto: ¿En qué benefician al fútbol boliviano? ¿Dónde están los informes económicos de las tres últimas gestiones de la Federación Boliviana de Fútbol? ¿Cómo se puede saber si realmente fueron benéficas? ¿No les da vergüenza reconocer en público su falta de ética al querer ganar dinero con la fama y trabajo de otras selecciones? Señores dirigentes de FBF, ustedes deberían tener más bien la inteligencia de premiar al sacrificado hincha boliviano bajando los precios y dándole oportunidad de ver a astros internacionales que poquísimas veces visitan nuestro país. Alberto Lozada, gerente de la FBF, intentando justificar lo injustificable dijo que “la talla del rival (Argentina), justifica el aumento y es una manera de resarcir a la Federación, que es la que menos recauda en la región durante las eliminatorias.”
¿Resarcir de qué, señor Lozada? Más bien, la FBF debiera resarcir a la afición por la desorganización y por el pésimo fútbol presentado por la selección nacional, víctima de dirigentes que se eternizan en los cargos. Le pregunto señor Lozada, ¿no es vergonzoso reconocer que el hincha nacional tiene que ir al estadio más para ver a la Argentina que a nuestra propia selección?“Los precios en Bolivia son los más bajos de toda América Latina.”, dice el iluminado Lozada. Y continua, "en otros países las recaudaciones superan fácilmente el millón de dólares; la Selección recauda menos que los clásicos de La Paz y Santa Cruz”, concluye el eterno gerente de la CBF.
Le respondo: Señor Lozada, el producto que se pone a la venta vale exactamente lo que pesa en calidad y utilidad.Por último, la pasión del hincha boliviano por su selección es tanta, que acredito pueda hacer sacrificio para ir al Siles. Pero lo que no se aguanta más es que estos dirigentes no rindan cuentas a nadie respecto de las recaudaciones y de lo que reciben de la Conmebol, derechos de transmisión, publicidad en los estadios, y en los uniformes, etc, etc. El 1º de abril, fecha en que la selección argentina nos visite, será difícil distinguir de quién el hincha boliviano será más victima: de los revendedores o de los dirigentes de la Federación Boliviana de Fútbol.
A los ilustres dirigentes del fútbol boliviano debemos recordarles que el 5 de marzo de 2008 el Gobierno nacional aprobó el decreto 29473, que en su artículo 2, parágrafo I, dispone que "con carácter retroactivo desde el 1 de enero de 2008, el monto determinado para el Salario Mínimo Nacional es de 577,50 bolivianos (quinientos setenta y siete 50/100 bolivianos)”.
O sea, el ingreso más barato para el juego entre Bolivia y Argentina costará el 14% del sueldo mínimo boliviano.Un verdadero absurdo.
terça-feira, março 10, 2009
Em defesa do
companheiro
Mauro Naves
Muita coisa equivocada tem sido dita por aí em virtude de Ronaldo Fenômeno dar entrevistas para o Mauro Naves e para a Globo. Muitas críticas injustas e ataques covardes têm sido feitos ao Mauro, um excelente profissional, um ótimo repórter, que está apenas fazendo seu trabalho.
A coisa é mais simples do que parece. Ronaldo fala pro Mauro e pra Globo por uma questão de preferência dele e apenas isso. Existe uma relação de confiança e o entrevistado tem direito de escolher para quem fala com exclusividade e não em entrevista coletiva. Quando Ronaldo foi ao programa do Milton Neves não se fez a metade do barulho.
companheiro
Mauro Naves
Muita coisa equivocada tem sido dita por aí em virtude de Ronaldo Fenômeno dar entrevistas para o Mauro Naves e para a Globo. Muitas críticas injustas e ataques covardes têm sido feitos ao Mauro, um excelente profissional, um ótimo repórter, que está apenas fazendo seu trabalho.
A coisa é mais simples do que parece. Ronaldo fala pro Mauro e pra Globo por uma questão de preferência dele e apenas isso. Existe uma relação de confiança e o entrevistado tem direito de escolher para quem fala com exclusividade e não em entrevista coletiva. Quando Ronaldo foi ao programa do Milton Neves não se fez a metade do barulho.
segunda-feira, março 09, 2009
Milton Leite e uma
narração fenomenal
A melhor narração do gol de Ronaldo na tv brasileira. Assinada pelo Milton Leite.
narração fenomenal
A melhor narração do gol de Ronaldo na tv brasileira. Assinada pelo Milton Leite.
http://www.youtube.com/watch?v=Il4RXgPfxhA
Bate-papo com
os blogueiros
Vamos a um saudável bate-bola com os amigos que por aqui passam.
João Henrique, acho que o Mauro (um dos melhores comentaristas do mercado) não quis falar de violência, muito pelo contrário. E concordo com ele quanto ao jogo ruim no primeiro tempo.
André Antunes, parabéns pelo momento que você viveu. Eu me permiti reproduzi-lo aqui. Dê um abraço no seu pai.
José Renato, felizmente você tem o controle remoto e, se eu irrito você com meus comentários, é só mudar de canal. Obrigado pela citação ao meu pai, que é craque mesmo. Se quiser criticar, se embase. Eu disse que Ronaldo incendiou o jogo a partir dos 33min, quando acertou a trave e no final do comentário ressalto que ele entrou aos 19min. Sobre o jogo Sport x SP, não comentei esse jogo, apenas disse, acho que no Arena, que os próprios jogadores do São Paulo já não acreditavam mais no título. Pergunte a eles se tiver dúvida.
os blogueiros
Vamos a um saudável bate-bola com os amigos que por aqui passam.
João Henrique, acho que o Mauro (um dos melhores comentaristas do mercado) não quis falar de violência, muito pelo contrário. E concordo com ele quanto ao jogo ruim no primeiro tempo.
André Antunes, parabéns pelo momento que você viveu. Eu me permiti reproduzi-lo aqui. Dê um abraço no seu pai.
José Renato, felizmente você tem o controle remoto e, se eu irrito você com meus comentários, é só mudar de canal. Obrigado pela citação ao meu pai, que é craque mesmo. Se quiser criticar, se embase. Eu disse que Ronaldo incendiou o jogo a partir dos 33min, quando acertou a trave e no final do comentário ressalto que ele entrou aos 19min. Sobre o jogo Sport x SP, não comentei esse jogo, apenas disse, acho que no Arena, que os próprios jogadores do São Paulo já não acreditavam mais no título. Pergunte a eles se tiver dúvida.
Ah, se todos pensassem assim...
Reproduzo o comentário enviado pelo leitor André Antunes. Sintetiza o que todos deveriam pensar do futebol e mostra que ainda há esperança de dias melhores.
Sou São Paulino roxo desde criançinha. Meu pai, no auge dos seus 68 anos é ainda mais São Paulino do que eu, e ontem, assistindo ao jogo juntos, fomos surpreendidos ao gritar, inconscientemente, "gol" quando o Ronaldo empatou a partida. Confesso que deixei cair algumas lagrimas de emoção e quando olho para meu pai, vi que ele também estava chorando. Acho que quem realmente gosta de futebol viveu ontem um momento mágico, emocionante, que só o esporte pode causar. Meu pai ainda disse que antigamente o futebol era assim, os grandes craques sempre foram admirados pela torcida rival. Vida longa no futebol Ronaldo!!
André Antunes
São Paulo
Reproduzo o comentário enviado pelo leitor André Antunes. Sintetiza o que todos deveriam pensar do futebol e mostra que ainda há esperança de dias melhores.
Sou São Paulino roxo desde criançinha. Meu pai, no auge dos seus 68 anos é ainda mais São Paulino do que eu, e ontem, assistindo ao jogo juntos, fomos surpreendidos ao gritar, inconscientemente, "gol" quando o Ronaldo empatou a partida. Confesso que deixei cair algumas lagrimas de emoção e quando olho para meu pai, vi que ele também estava chorando. Acho que quem realmente gosta de futebol viveu ontem um momento mágico, emocionante, que só o esporte pode causar. Meu pai ainda disse que antigamente o futebol era assim, os grandes craques sempre foram admirados pela torcida rival. Vida longa no futebol Ronaldo!!
André Antunes
São Paulo
domingo, março 08, 2009
Ronaldo brilha no
final do bom clássico
de um tempo só
Meu grande amigo e companheiro de transmissões Milton Leite foi extremamente feliz na definição e esteve extremamente inspirado na narração do gol de Ronaldo Fenômeno no empate dentre Palmeiras e Corinthians. Milton disse que nem o mais criativo dos roteiristas teria imaginado um gol no úlitimo minuto de jogo, evitando a derrota para o maior rival num grande clássico. E se você não ouviu a narração do Milton no PFC, não perca o videoteipe no SporTV. A narração é espetacular.
Ronaldo roubou a cena, claro. Mostrou dos 19 aos 47 minutos que é diferenciado, em especial se levarmos em consideração o nível atual do futebol brasileiro. Ele não precisa estar em forma para fazer mais do que Souza, Diego e Jorge Henrique se a bola chegar até ele.
O duelo de R9 com K9 foi vencido por Ronaldo, mas Keirrison, mesmo pouco acionado, não fez feio. Seu passe de puxada para o gol de Diego Souza foi de quem conhece. A diferença foi que ele não fez o gol na oportunidade que teve, e Ronaldo guardou o dele, além de ter acertado a trave.
O primero tempo do clássico foi ruim. Teve um lance em que eu acho que houve pênalti de Fabinho em Diego Souza, e também a falta de pulso do árbitro Abade que deveria ter expulsado Marcão.
Na segunda etapa, o jogo, enfim, começou. Chicão deu uma cotovelada criminosa em Sandro Silva e também deveria ter sido expulso. O Palmeiras fez 1 a 0 e poderia ter definido o jogo enquanto o Corinthians e Felipe sentiram o golpe da falha do goleiro corintiano, que ainda fez boas defesas.
Depois, com a saída de Diego Souza, que jogou bem, o Palmeiras recuou e foi pressionado com a expulsão do fraco Fabinho Capixaba. Aí foi a vez de Bruno, que também falhou no gol, mas minutos antes havia praticado grande intervenção (homenagem aos grandes narradores do passado).
Individualmente, os destaques que vi no jogo foram Ronaldo e Chicão pelo Corinthians, e Diego Souza e Sandro Silva pelo Palmeiras. Douglas e Escudero foram muito mal pelo Corinthians, e Capixaba e Marcão ficaram devendo pelo Palmeiras.
Como time o Palmeiras segue melhor que o Corinthians.
Valeu pelo segundo tempo e pelo clima amistoso e de confraternização da abafada Presiente Prudente. E para quem gosta de futebol, valeu pelo Ronaldo como atração.
final do bom clássico
de um tempo só
Meu grande amigo e companheiro de transmissões Milton Leite foi extremamente feliz na definição e esteve extremamente inspirado na narração do gol de Ronaldo Fenômeno no empate dentre Palmeiras e Corinthians. Milton disse que nem o mais criativo dos roteiristas teria imaginado um gol no úlitimo minuto de jogo, evitando a derrota para o maior rival num grande clássico. E se você não ouviu a narração do Milton no PFC, não perca o videoteipe no SporTV. A narração é espetacular.
Ronaldo roubou a cena, claro. Mostrou dos 19 aos 47 minutos que é diferenciado, em especial se levarmos em consideração o nível atual do futebol brasileiro. Ele não precisa estar em forma para fazer mais do que Souza, Diego e Jorge Henrique se a bola chegar até ele.
O duelo de R9 com K9 foi vencido por Ronaldo, mas Keirrison, mesmo pouco acionado, não fez feio. Seu passe de puxada para o gol de Diego Souza foi de quem conhece. A diferença foi que ele não fez o gol na oportunidade que teve, e Ronaldo guardou o dele, além de ter acertado a trave.
O primero tempo do clássico foi ruim. Teve um lance em que eu acho que houve pênalti de Fabinho em Diego Souza, e também a falta de pulso do árbitro Abade que deveria ter expulsado Marcão.
Na segunda etapa, o jogo, enfim, começou. Chicão deu uma cotovelada criminosa em Sandro Silva e também deveria ter sido expulso. O Palmeiras fez 1 a 0 e poderia ter definido o jogo enquanto o Corinthians e Felipe sentiram o golpe da falha do goleiro corintiano, que ainda fez boas defesas.
Depois, com a saída de Diego Souza, que jogou bem, o Palmeiras recuou e foi pressionado com a expulsão do fraco Fabinho Capixaba. Aí foi a vez de Bruno, que também falhou no gol, mas minutos antes havia praticado grande intervenção (homenagem aos grandes narradores do passado).
Individualmente, os destaques que vi no jogo foram Ronaldo e Chicão pelo Corinthians, e Diego Souza e Sandro Silva pelo Palmeiras. Douglas e Escudero foram muito mal pelo Corinthians, e Capixaba e Marcão ficaram devendo pelo Palmeiras.
Como time o Palmeiras segue melhor que o Corinthians.
Valeu pelo segundo tempo e pelo clima amistoso e de confraternização da abafada Presiente Prudente. E para quem gosta de futebol, valeu pelo Ronaldo como atração.
sábado, março 07, 2009
O futuro enfrenta
o passado no duelo
de K9 contra R9
Keirrison e Ronaldo devem protagonizar, talvez apenas no segundo tempo, quando o atacante corintiano provavelmente estará em campo, o duelo do futuro contra o passado dos goleadores.
Keirrison é a promessa no vigor da juventude, dos sonhos que ainda estão por se realizar.
Ronaldo simboliza um passado de glórias, de tudo com que Keirrison ainda sonha. O centroavante palmeirense tem a velocidade e o preparo físico que Ronaldo busca recuperar, enquanto ele, Keirrison, precisa de tempo ainda para aprender os atalhos por onde o goleador agora corintiano trafega com normalidade.
Em algum ponto do clássico deste domingo passado e futuro vão se cruzar em Presidente Prudente, sob um sol de quase 40 graus. Resta saber apenas o que acontecerá primeiro: se o passado de Ronaldo respaldará sua recuperação, ou o presente promissor de Keirrison resultará num futuro que o faça seguir os passos do ídolo.
o passado no duelo
de K9 contra R9
Keirrison e Ronaldo devem protagonizar, talvez apenas no segundo tempo, quando o atacante corintiano provavelmente estará em campo, o duelo do futuro contra o passado dos goleadores.
Keirrison é a promessa no vigor da juventude, dos sonhos que ainda estão por se realizar.
Ronaldo simboliza um passado de glórias, de tudo com que Keirrison ainda sonha. O centroavante palmeirense tem a velocidade e o preparo físico que Ronaldo busca recuperar, enquanto ele, Keirrison, precisa de tempo ainda para aprender os atalhos por onde o goleador agora corintiano trafega com normalidade.
Em algum ponto do clássico deste domingo passado e futuro vão se cruzar em Presidente Prudente, sob um sol de quase 40 graus. Resta saber apenas o que acontecerá primeiro: se o passado de Ronaldo respaldará sua recuperação, ou o presente promissor de Keirrison resultará num futuro que o faça seguir os passos do ídolo.
Clima de paz em
Prudente para o
Superclássico
Cheguei esta tarde a Presidente Prudente para transmissão de amanhã do Superclássico paulista entre Palmeiras e Corinthians. Amanhã, além do jogo no PFC, toda nossa equipe, com Milton Leite, Alê Oliveira e Edgar Alencar, estará mostrando o clima do jogo no Tá Na Área e repercutindo o resultado no Troca de Passes.
O clima na cidade é de festa e confraternização. Palmeirenses e corintianos andam juntos pelas ruas, se cruzam, compartilham fileiras no avião que os traz de São Paulo. Ah, se fosse sempre assim....
Talvez o ambiente interiorano de camaradagem e tranquilidade seja o que falta ao futebol. Longe dos marginais que se infiltram em torcidas organizadas, o torcedor verdadeiro se espalha pela cidade, celebrando a rivalidade sadia, o simples fato dois adversários históricos estarem prestes a entrar em campo para mais um jogo.
Ah, se fosse sempre assim....
Prudente para o
Superclássico
Cheguei esta tarde a Presidente Prudente para transmissão de amanhã do Superclássico paulista entre Palmeiras e Corinthians. Amanhã, além do jogo no PFC, toda nossa equipe, com Milton Leite, Alê Oliveira e Edgar Alencar, estará mostrando o clima do jogo no Tá Na Área e repercutindo o resultado no Troca de Passes.
O clima na cidade é de festa e confraternização. Palmeirenses e corintianos andam juntos pelas ruas, se cruzam, compartilham fileiras no avião que os traz de São Paulo. Ah, se fosse sempre assim....
Talvez o ambiente interiorano de camaradagem e tranquilidade seja o que falta ao futebol. Longe dos marginais que se infiltram em torcidas organizadas, o torcedor verdadeiro se espalha pela cidade, celebrando a rivalidade sadia, o simples fato dois adversários históricos estarem prestes a entrar em campo para mais um jogo.
Ah, se fosse sempre assim....
sexta-feira, março 06, 2009
AGRADECIMENTO
Concorrência não é guerra. Por isso faço questão de agradecer aqui a manifestação de solidariedade prestada pelo José Trajano, da Espn Brasil, sobre o caso dos vídeos ilegais postados por aí e replicados por programas de gosto duvidoso.
Trabalhar em empresas diferentes e concorrentes não faz de ninguém inimigo. E essa manifestação tem muito mais peso que eventuais críticas de pessoas de estatura e moral diminutas.
Concorrência não é guerra. Por isso faço questão de agradecer aqui a manifestação de solidariedade prestada pelo José Trajano, da Espn Brasil, sobre o caso dos vídeos ilegais postados por aí e replicados por programas de gosto duvidoso.
Trabalhar em empresas diferentes e concorrentes não faz de ninguém inimigo. E essa manifestação tem muito mais peso que eventuais críticas de pessoas de estatura e moral diminutas.
Tricolor vence com
base em eficiência e
usando a inteligência
Não é fácil voltar de Itumbiara a São Paulo. Por isso, até que o sono me vencesse, só consegui ver uma parte do primeiro tempo de América de Cáli x São Paulo. O suficiente para observar que o Tricolor paulista segue sendo um time confiável e inteligente. Faz da eficiência sua maior arma. Não encanta, tem raros momentos de brilho, mas dificilmente perde, o que ratifica a competitividade da equipe.
Para mim, o grande segredo do São Paulo como time, e isso se deve ao treinador Muricy Ramalho, é saber seus limites e explorá-los ao máximo. O São Paulo não tenta jogar como um Porsche sabendo que tem um motor 1.6 eficiente e econômico. Não se deve esperar desse time um jogo técnico, veloz, cheio de toques e evoluções precisas. É uma equipe fria, calculista. Tem poucas armas mas as utiliza de maneira mortal.
Por que consegue isso, certamente será a pergunta? Penso eu que é porque tem muitos atletas que são inteligentes para jogar futebol, entendem o jogo como um todo. Chama-se de inteligência espacial a capacidade de perceber o mundo visual de forma precisa. Boa parte dos jogadores que hoje atuam pelo São Paulo tem essa capacidade. Pode faltar técnica, habilidade, mas há inteligência para perceber como o jogo se desenvolve e responder às orientações do técnico. Óbvio que há grandes jogadores, como Miranda, Rogério, Hernanes, e jogadores muito bons como Jorge Wagner e Washington. Mas todos têm em comum essa capacidade de entender o processo do esporte que praticam.
Basta ver em campo alguns jogadores que são a antítese da inteligência espacial, como Octacílio Neto e Fabinho Capixaba, por exemplo, para saber do que escrevo.
Muricy sabe disso e conhece as limitações de seus jogadores. Espreme essa laranja ao máximo. Pode não ser garantia de conquistas, em algum momento a evidente falta de qualidade técnica de alguns jogadores pode cobrar seu preço. Mas a competitividade e a eficiência estarão lá, intactas.
base em eficiência e
usando a inteligência
Não é fácil voltar de Itumbiara a São Paulo. Por isso, até que o sono me vencesse, só consegui ver uma parte do primeiro tempo de América de Cáli x São Paulo. O suficiente para observar que o Tricolor paulista segue sendo um time confiável e inteligente. Faz da eficiência sua maior arma. Não encanta, tem raros momentos de brilho, mas dificilmente perde, o que ratifica a competitividade da equipe.
Para mim, o grande segredo do São Paulo como time, e isso se deve ao treinador Muricy Ramalho, é saber seus limites e explorá-los ao máximo. O São Paulo não tenta jogar como um Porsche sabendo que tem um motor 1.6 eficiente e econômico. Não se deve esperar desse time um jogo técnico, veloz, cheio de toques e evoluções precisas. É uma equipe fria, calculista. Tem poucas armas mas as utiliza de maneira mortal.
Por que consegue isso, certamente será a pergunta? Penso eu que é porque tem muitos atletas que são inteligentes para jogar futebol, entendem o jogo como um todo. Chama-se de inteligência espacial a capacidade de perceber o mundo visual de forma precisa. Boa parte dos jogadores que hoje atuam pelo São Paulo tem essa capacidade. Pode faltar técnica, habilidade, mas há inteligência para perceber como o jogo se desenvolve e responder às orientações do técnico. Óbvio que há grandes jogadores, como Miranda, Rogério, Hernanes, e jogadores muito bons como Jorge Wagner e Washington. Mas todos têm em comum essa capacidade de entender o processo do esporte que praticam.
Basta ver em campo alguns jogadores que são a antítese da inteligência espacial, como Octacílio Neto e Fabinho Capixaba, por exemplo, para saber do que escrevo.
Muricy sabe disso e conhece as limitações de seus jogadores. Espreme essa laranja ao máximo. Pode não ser garantia de conquistas, em algum momento a evidente falta de qualidade técnica de alguns jogadores pode cobrar seu preço. Mas a competitividade e a eficiência estarão lá, intactas.
quinta-feira, março 05, 2009
Fenomenais, por
enquanto, apenas o
Sport e o Cruzeiro
Ronaldo voltou. Ótimo para ele, bom para o futebol, mas ainda é uma pálida lembrança do que foi e, também, uma tênue esperança de que possa voltar a ser. Também seria um absurdo alguém imaginar que ele arrebentaria com o jogo 13 meses depois de ter atuado pela última vez.
No entanto, o raciocínio rápido e o posicionamento diferenciado continuam intactos. Houve um lance no segundo tempo em que Ronaldo se colocou perfeitamente ao lado de Douglas, que não passou a bola, para lamento não apenas dos corintianos, mas dos futebolistas de todo o mundo.
Cenas do próximo capítulo ficam para domingo, em Presidente Prudente, no superclássico paulista, Palmeiras x Corinthians.
Agora, fenomenais mesmo em 2009 são o Sport e o Cruzeiro. O Leão da Ilha é o melhor brasileiro na Liberadores, cumpre uma campanha sensacional na temporada e atingiu um nível de competitividade altíssimo. Os horizontes são amplos para o time de Nelsinho Batista.
Idem para o ótimo Cruzeiro de Adílson Batista e do excelente Ramires. Um time leve, insinuante, mas também equilibrado e competitivo. Resta saber como o clube administrará o fator Kléber, que mais parece caso de consultório psiquiátrico.
enquanto, apenas o
Sport e o Cruzeiro
Ronaldo voltou. Ótimo para ele, bom para o futebol, mas ainda é uma pálida lembrança do que foi e, também, uma tênue esperança de que possa voltar a ser. Também seria um absurdo alguém imaginar que ele arrebentaria com o jogo 13 meses depois de ter atuado pela última vez.
No entanto, o raciocínio rápido e o posicionamento diferenciado continuam intactos. Houve um lance no segundo tempo em que Ronaldo se colocou perfeitamente ao lado de Douglas, que não passou a bola, para lamento não apenas dos corintianos, mas dos futebolistas de todo o mundo.
Cenas do próximo capítulo ficam para domingo, em Presidente Prudente, no superclássico paulista, Palmeiras x Corinthians.
Agora, fenomenais mesmo em 2009 são o Sport e o Cruzeiro. O Leão da Ilha é o melhor brasileiro na Liberadores, cumpre uma campanha sensacional na temporada e atingiu um nível de competitividade altíssimo. Os horizontes são amplos para o time de Nelsinho Batista.
Idem para o ótimo Cruzeiro de Adílson Batista e do excelente Ramires. Um time leve, insinuante, mas também equilibrado e competitivo. Resta saber como o clube administrará o fator Kléber, que mais parece caso de consultório psiquiátrico.
quarta-feira, março 04, 2009
MARKETING FENOMENAL
Itumbiara ganhou de presente uma divulgação que jamais teve em sua história. A estreia de Ronaldo Fenômeno no Corinthians projetou a cidade mundo afora e agitou a economia local. Um dos restaurantes da cidade mostrou a tradicional criatividade brasileira para explorar o incr'vel potencial de marketing do jogador.
terça-feira, março 03, 2009
O FENÔMENO EM ITUMBIARA
Ronaldo Fenômeno deve começar no banco e entrar no segundo tempo do Corinthians contra o Itumbiara. Uma decisão acertada de Mano Menezes. Ronaldo precisa de bola, tem que jogar logo, até para que deixe de ser assunto como celebridade e passe a virar notícia como atleta.
Conversamos rapidamente com o Mano, eu e Milton Leite. O treinador corintiano estava leve, esbanjando bom humor. Disse que mandou os juvenis chegarem junto em Ronaldo nos treinos para que ele sinta o tranco de um jogo e vá voltando aos poucos ao mundo real de botinudos que infestam os gramados. Será que a saída do dirigente Antonio Carlos teria deixado o ambiente mais leve no Corinthians, insinuo eu, algo maldoso?
Ronaldo voou a Uberlândia ao lado de Octacílio Neto. Em que pese o fato de chamar a atenção de todos por ser o que é, um ídolo mundial, ele se comporta como um jogador a mais no elenco alvinegro. Para os setoristas de baladas e bisbilhoteiros da vida alheia de plantão, Ronaldo tomou Coca Zero e comeu o mesmo sanduíche oferecido a todos os passageiros. Ouviu pagode e rock em seu IPhone e distribuiu autógrafos aos comissários e passageiros. Para frustração das centenas de torcedores que foram ao aeroporto, Ronaldo e a delegação do Corinthians saíram do avião para um ônibus estrategicamente posicionado ao lado da pista e seguiram direto para Itumbiara.
O Fenômeno é um Fórmula 1 em meio a um exército de Fórmulas 3 que são a maioria do futebol atual. É um F-1 de projeto antigo, que bateu várias vezes , mas ainda sim um F-1. Sua técnica está em um patamar superior, afinal, trata-se de um dos maiores de todos os tempos. Resta saber até onde pode render o motor deste bólido.
Ronaldo Fenômeno deve começar no banco e entrar no segundo tempo do Corinthians contra o Itumbiara. Uma decisão acertada de Mano Menezes. Ronaldo precisa de bola, tem que jogar logo, até para que deixe de ser assunto como celebridade e passe a virar notícia como atleta.
Conversamos rapidamente com o Mano, eu e Milton Leite. O treinador corintiano estava leve, esbanjando bom humor. Disse que mandou os juvenis chegarem junto em Ronaldo nos treinos para que ele sinta o tranco de um jogo e vá voltando aos poucos ao mundo real de botinudos que infestam os gramados. Será que a saída do dirigente Antonio Carlos teria deixado o ambiente mais leve no Corinthians, insinuo eu, algo maldoso?
Ronaldo voou a Uberlândia ao lado de Octacílio Neto. Em que pese o fato de chamar a atenção de todos por ser o que é, um ídolo mundial, ele se comporta como um jogador a mais no elenco alvinegro. Para os setoristas de baladas e bisbilhoteiros da vida alheia de plantão, Ronaldo tomou Coca Zero e comeu o mesmo sanduíche oferecido a todos os passageiros. Ouviu pagode e rock em seu IPhone e distribuiu autógrafos aos comissários e passageiros. Para frustração das centenas de torcedores que foram ao aeroporto, Ronaldo e a delegação do Corinthians saíram do avião para um ônibus estrategicamente posicionado ao lado da pista e seguiram direto para Itumbiara.
O Fenômeno é um Fórmula 1 em meio a um exército de Fórmulas 3 que são a maioria do futebol atual. É um F-1 de projeto antigo, que bateu várias vezes , mas ainda sim um F-1. Sua técnica está em um patamar superior, afinal, trata-se de um dos maiores de todos os tempos. Resta saber até onde pode render o motor deste bólido.
Palmeiras jogará o
semestre em quatro
jogos na Libertadores
Não vi a derrota do Palmeiras para o Colo Colo. Estava ao lado dos amigos Milton Leite, Alê Oliveira, Mauro Naves e de toda a equipe da Globo e do SporTV rumo a Itumbiara, Goiás, onde hoje transmitiremos Corinthians x Itumbiara.
Só dá para falar do resultado: desastroso. O Palmeiras jogará o semestre em quatro partidas que lhe restam na Libertadores. Precisará vencer duas fora de casa para seguir sonhando. Parece difícil para um time que sofreu seis gols em dois jogos pela competição. Não é impossível.
A Libertadores não admite tropeços, tampouco é um torneio dado a arroubos estéticos. É competição pura, entrega, inteligência e aproveitamento. Há tempos analiso o Palmeiras e aponto a fragilidade do sistema defensivo, não apenas da defesa. É o ponto a ser corrigido.
semestre em quatro
jogos na Libertadores
Não vi a derrota do Palmeiras para o Colo Colo. Estava ao lado dos amigos Milton Leite, Alê Oliveira, Mauro Naves e de toda a equipe da Globo e do SporTV rumo a Itumbiara, Goiás, onde hoje transmitiremos Corinthians x Itumbiara.
Só dá para falar do resultado: desastroso. O Palmeiras jogará o semestre em quatro partidas que lhe restam na Libertadores. Precisará vencer duas fora de casa para seguir sonhando. Parece difícil para um time que sofreu seis gols em dois jogos pela competição. Não é impossível.
A Libertadores não admite tropeços, tampouco é um torneio dado a arroubos estéticos. É competição pura, entrega, inteligência e aproveitamento. Há tempos analiso o Palmeiras e aponto a fragilidade do sistema defensivo, não apenas da defesa. É o ponto a ser corrigido.
Da série perguntar não ofende
O presidente Lula quer que as empresas aéreas brasileiras comprem aviões da Embraer. Mas por que ele não deu o exemplo antes e, em vez de comprar da Airbus européia o Aerolula, não foi até a Embraer buscar seu meio de transporte aéreo?
Já ouvi muitas teses a respeito. Uma de que o avião não teria autonomia suficiente. Já li, também, que a Embraer resolveria esse problema com uma versão especial.
Também já ouvi de gente ligada ao negócio da aviação que os impostos altíssimos para as empresas brasileiras dificultam a compra de aviões da Embraer. A novata Azul está comprando. A Trip idem.
Parece fácil falar de sopetão e jogar para a torcida (leia-se eleitores de 2010). Explicação ainda ficou faltando.
O presidente Lula quer que as empresas aéreas brasileiras comprem aviões da Embraer. Mas por que ele não deu o exemplo antes e, em vez de comprar da Airbus européia o Aerolula, não foi até a Embraer buscar seu meio de transporte aéreo?
Já ouvi muitas teses a respeito. Uma de que o avião não teria autonomia suficiente. Já li, também, que a Embraer resolveria esse problema com uma versão especial.
Também já ouvi de gente ligada ao negócio da aviação que os impostos altíssimos para as empresas brasileiras dificultam a compra de aviões da Embraer. A novata Azul está comprando. A Trip idem.
Parece fácil falar de sopetão e jogar para a torcida (leia-se eleitores de 2010). Explicação ainda ficou faltando.
segunda-feira, março 02, 2009
ESTRELA SOLIDÁRIA
DO FOGÃO E DO NEY
De solitária no Maracanã ontem, na final da Taça Guanabara, só mesmo a estrela a bater no peito dos botafoguenses. Porque os 75 mil nas arquibancadas renovaram o compromisso de fé e a grandeza desse time, muitas vezes esquecida por causa de equívocos históricos e alguns dirigentes destemperados.
A vitória foi inapelável, clássica. Resultado de um time reformulado meio que a toque de caixa. Também resultado do trabalho de um treinador de fala mansa e trabalho sério. Ney Franco não goza do prestígio natural que é conferido a alguns técnicos pelo simples fatos de os mesmos terem sido boleiros conhecidos, terem uma carreira de destaque como jogadores.
Seu trabalho é mais consistente que o do Cuca, por exemplo. Mas Cuca foi incensado à categoria de maior revelação entre os técnicos de futebol do Brasil por boa parte dos meus colegas que militam no Rio de Janeiro. Acho Cuca bom, mas vejo Ney Franco muito mais revelação do que ele. E também muito mais confirmação.
Ney Franco trabalha, estuda, começou por baixo, foi trilhando caminhos pouco comuns ao estereótipo do boleiro brasileiro ou, no caso, do treineiro: aquele que acha que só porque jogou bola está pronto para exercer qualquer função no futebol, além da de jogador.
Além de consolidar o sucesso profissional de Ney Franco, a vitória do Botafogo apresentou um time solidário, brigador, sem grandes estrelas, mas digno e competitivo. Vista em campo por 75 mil pessoas, a vitória também mostra o acerto do sistema de disputa do Estadual do Rio de Janeiro. E renova o compromisso daqueles que, como eu, adoram uma final de campeonato, o clima, a emoção, a energia de um estádio cheio em uma partida decisiva.
PARASITAS
São seres que estabelecem relação de benefício unilateral com organismos de diferentes espécies (apenas um tem vantagem com a relação).
Esta é uma das muitas definições para a praga que grassa em nossa sociedade. Seja na política, no esporte, na televisão, no dito humor escrachado e, também, no ambiente de trabalho, na família.
Sou do tempo em que fazer humor nesse País era coisa de gente como Chico Anísio, por exemplo. Sou do tempo em que se trabalhava para conseguir alguma coisa sem precisar derrubar alguém, sem precisar usar a imagem de outras pessoas, de forma ilegal, para conseguir uns cliques ou meio ponto de audiência fácil.
Felizmente, meu neurônios são exigentes e ainda têm atividade natural, não se deixam levar por produções que apelam para a exloração da imagem ou da miséria das pessoas.
Aceito qualquer tipo de crítica ao meu trabalho desde que ela seja feita no âmbito profissional e enquanto estou trabalhando, no ar.
Não faço parte do time de oportunistas que dá plantão em casa noturna para tirar foto de jogador, que bajula dirigente, puxa o saco de jogador, que é repórter um dia e assessor de imprensa de entrevistado meia hora depois. Ou que grita como independente em determinado microfone e posa de gatinho manso em outro, de alcance maior.
Felizmente faço parte de um time profissional de pessoas que se divertem estando juntas, têm prazer no que fazem e dão boas risadas. Isso talvez incomode certas pessoas até mesmo mais perto do que possamos supor.
Já fui chamado de torcedor de todos os times. É um reflexo do pensamento raso da maioria que infesta o futebol. Se você fala bem do time dele, presta. Se fala do adversário, torce para outro time. Lamentável.
Lembro de um e-mail que recebi de um torcedor do Corinthians, em 2005, citando um comentário que fiz sobre o Tevez. Eu havia dito que quem não considerava o Tevez bom de bola só poderia ser duas coisas: ou não gostava de futebol ou não gostava de argentino. O cara só faltou me chamar de gênio, coisa que eu jamai serei. Meses depois, critiquei o comportamento dos dirigentes do Corinthians e do time na campanha do rebaixamento em 2007. O mesmo torcedor me chamou de parcial, de são-paulino, santista, palmeirense. Cobri o título mundial do Inter no Japão, o que bastou para alguns gremistas me associarem ao Colorado. Gremistas que também se manifestaram no blog quando eu falei do trabalho do time no ano passado, escreveram que eu era um dos poucos que não era bairrista etc. Ou seja, tudo ao sabor do vento, da paixão.
Falei bem da Arena da Baixada e um torcedor do Coxa disse que sou atleticano. Elogiei o Cruzeiro e um atleticano mineiro ficou revoltado.
Enfim, quem gosta de futebol, quer apenas ver um bom jogo, bons jogadores. O torcedor decente, normal, sabe que um dia se ganha, outro se perde e a vida continua. O que sofre de patologias vê inimigos em toda parte, complôs etc. Opinião cada um tem a sua. Meu trabalho é falar sobre esporte em geral, na maior parte do tempo sobre futebol. As pessoas têm o direito de achar o que quiserem sobre este trabalho quando ele é trabalho. E ponho minhas mãos no fogo pelo meu. Pode-se achar fraco, ruim, patético, mas é honesto, sério e comprometido com apenas uma coisa: a emissora que me paga.
O que faço fora do ar, o que penso fora do ar só diz interesse a mim, Não sou comentarista da vida alheia.
Infelizmente, tem gente que por falta de capacidade de criar piadas ou bons programas, vive como parasita dos outros. Que surrupia imagens e tira conclusões sobre pessoas mesmo elas não aparecendo ou, pior, escreve coisas que a imagem surrupiada mostra que a pessoa não falou. Para esses talvez só exista um caminho: a lei. Mesmo em baixa, num País que teima em maltratá-la, ainda acredito na Justiça e nas pessoas de bem. Porque quem precisa se retratar são os parasitas.
DO FOGÃO E DO NEY
De solitária no Maracanã ontem, na final da Taça Guanabara, só mesmo a estrela a bater no peito dos botafoguenses. Porque os 75 mil nas arquibancadas renovaram o compromisso de fé e a grandeza desse time, muitas vezes esquecida por causa de equívocos históricos e alguns dirigentes destemperados.
A vitória foi inapelável, clássica. Resultado de um time reformulado meio que a toque de caixa. Também resultado do trabalho de um treinador de fala mansa e trabalho sério. Ney Franco não goza do prestígio natural que é conferido a alguns técnicos pelo simples fatos de os mesmos terem sido boleiros conhecidos, terem uma carreira de destaque como jogadores.
Seu trabalho é mais consistente que o do Cuca, por exemplo. Mas Cuca foi incensado à categoria de maior revelação entre os técnicos de futebol do Brasil por boa parte dos meus colegas que militam no Rio de Janeiro. Acho Cuca bom, mas vejo Ney Franco muito mais revelação do que ele. E também muito mais confirmação.
Ney Franco trabalha, estuda, começou por baixo, foi trilhando caminhos pouco comuns ao estereótipo do boleiro brasileiro ou, no caso, do treineiro: aquele que acha que só porque jogou bola está pronto para exercer qualquer função no futebol, além da de jogador.
Além de consolidar o sucesso profissional de Ney Franco, a vitória do Botafogo apresentou um time solidário, brigador, sem grandes estrelas, mas digno e competitivo. Vista em campo por 75 mil pessoas, a vitória também mostra o acerto do sistema de disputa do Estadual do Rio de Janeiro. E renova o compromisso daqueles que, como eu, adoram uma final de campeonato, o clima, a emoção, a energia de um estádio cheio em uma partida decisiva.
PARASITAS
São seres que estabelecem relação de benefício unilateral com organismos de diferentes espécies (apenas um tem vantagem com a relação).
Esta é uma das muitas definições para a praga que grassa em nossa sociedade. Seja na política, no esporte, na televisão, no dito humor escrachado e, também, no ambiente de trabalho, na família.
Sou do tempo em que fazer humor nesse País era coisa de gente como Chico Anísio, por exemplo. Sou do tempo em que se trabalhava para conseguir alguma coisa sem precisar derrubar alguém, sem precisar usar a imagem de outras pessoas, de forma ilegal, para conseguir uns cliques ou meio ponto de audiência fácil.
Felizmente, meu neurônios são exigentes e ainda têm atividade natural, não se deixam levar por produções que apelam para a exloração da imagem ou da miséria das pessoas.
Aceito qualquer tipo de crítica ao meu trabalho desde que ela seja feita no âmbito profissional e enquanto estou trabalhando, no ar.
Não faço parte do time de oportunistas que dá plantão em casa noturna para tirar foto de jogador, que bajula dirigente, puxa o saco de jogador, que é repórter um dia e assessor de imprensa de entrevistado meia hora depois. Ou que grita como independente em determinado microfone e posa de gatinho manso em outro, de alcance maior.
Felizmente faço parte de um time profissional de pessoas que se divertem estando juntas, têm prazer no que fazem e dão boas risadas. Isso talvez incomode certas pessoas até mesmo mais perto do que possamos supor.
Já fui chamado de torcedor de todos os times. É um reflexo do pensamento raso da maioria que infesta o futebol. Se você fala bem do time dele, presta. Se fala do adversário, torce para outro time. Lamentável.
Lembro de um e-mail que recebi de um torcedor do Corinthians, em 2005, citando um comentário que fiz sobre o Tevez. Eu havia dito que quem não considerava o Tevez bom de bola só poderia ser duas coisas: ou não gostava de futebol ou não gostava de argentino. O cara só faltou me chamar de gênio, coisa que eu jamai serei. Meses depois, critiquei o comportamento dos dirigentes do Corinthians e do time na campanha do rebaixamento em 2007. O mesmo torcedor me chamou de parcial, de são-paulino, santista, palmeirense. Cobri o título mundial do Inter no Japão, o que bastou para alguns gremistas me associarem ao Colorado. Gremistas que também se manifestaram no blog quando eu falei do trabalho do time no ano passado, escreveram que eu era um dos poucos que não era bairrista etc. Ou seja, tudo ao sabor do vento, da paixão.
Falei bem da Arena da Baixada e um torcedor do Coxa disse que sou atleticano. Elogiei o Cruzeiro e um atleticano mineiro ficou revoltado.
Enfim, quem gosta de futebol, quer apenas ver um bom jogo, bons jogadores. O torcedor decente, normal, sabe que um dia se ganha, outro se perde e a vida continua. O que sofre de patologias vê inimigos em toda parte, complôs etc. Opinião cada um tem a sua. Meu trabalho é falar sobre esporte em geral, na maior parte do tempo sobre futebol. As pessoas têm o direito de achar o que quiserem sobre este trabalho quando ele é trabalho. E ponho minhas mãos no fogo pelo meu. Pode-se achar fraco, ruim, patético, mas é honesto, sério e comprometido com apenas uma coisa: a emissora que me paga.
O que faço fora do ar, o que penso fora do ar só diz interesse a mim, Não sou comentarista da vida alheia.
Infelizmente, tem gente que por falta de capacidade de criar piadas ou bons programas, vive como parasita dos outros. Que surrupia imagens e tira conclusões sobre pessoas mesmo elas não aparecendo ou, pior, escreve coisas que a imagem surrupiada mostra que a pessoa não falou. Para esses talvez só exista um caminho: a lei. Mesmo em baixa, num País que teima em maltratá-la, ainda acredito na Justiça e nas pessoas de bem. Porque quem precisa se retratar são os parasitas.
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