Colorado na raça.Mengão na traveHaja, coração! Os jogos de quinta-feira pela Libertadores foram
espetáculos maravilhosos de futebol, entrega, emoção e suspense. Abençoado seja o meu querido mata-mata, uma vez mais.
O
Inter conseguiu uma classificação sensacional, com um
gol do talentoso garoto
Giuliano que já era para ter saído antes, tal o volume do jogo colorado em
Quilmes. O
time gaúcho fez uma grande partida diante de um adversário excelente, que marca forte e joga de maneira eficiente. No final, a equipe do
Estudiantes não suportou o ritmo pesado do jogo e das frequentes decisões e, cansado, deu espaço para o
Inter jogar - e bem.
Em Santiago, o Flamengo também fez um grande jogo e acabou sendo punido pelo jogo ruim do
Maracanã, a falta de equilíbrio pesou. Adriano deu uma aula de posicionamento e toques de primeira, jogando com técnica refinada. Todo o
time esteve ligado, pilhado, jogando uma final de Copa do Mundo.
Acontece que a
Universidad de Chile tem uma grande equipe, que joga e deixa jogar, apresentando como único defeito a fragilidade de marcação de seus volantes à frente da zaga. No mais, um
time técnico, habilidoso, com um
Montillo genial, que fez o grande
gol da Libertadores até agora, uma pintura.
O único senão da
atuação rubro-negra, em que pese a eliminação, pode ser uma falha muito bem apontada pelo sempre excelente
Lédio Carmona em seu comentário no
SporTV. Williams é quem deveria ter sido substituído por Rogério, já que tinha cartão amarelo e, pelo
jeitão do jogo, não seria absurdo supor que tomaria o segundo (ainda que bastante discutível, já que atingiu o atleta chileno sem intenção, por puro acaso).
Mas o Flamengo provou que quando há compromisso de seus jogadores é um
time fortíssimo, candidato a tudo que disputar.
Como
Inter e São Paulo, que farão uma semifinal de arrepiar, reunindo as equipes brasileiras mais vencedoras em âmbito
internacional nesta década. Duelo sem favoritos, que por culpa do calendário será adiado em um mês quando seria
ótimo se fosse já na quarta-feira, com os
times pulsando em ritmo acelerado. O jogo pelo
Brasileirão nem de aperitivo servirá. Fica mesmo para 28 de
julho.
E agora, dona Conmebol?O que fazer com as cenas de
selvageria do Santa Laura, em Santiago? Jogadores sendo alvejados por toda sorte de
objetos vindos das
arquibancadas. Juan foi atingido em cheio,
Angelim também. Haverá interdição do estádio? Isso acontece sempre em jogos na Colômbia, no Chile, em toda parte. E nada muda.
E em
Quilmes, onde o
goleiro reserva
Lauro, do
Inter, agrediu
covardemente De
Sábato e saiu correndo, para ser encurralado depois por
Orion e tomar uns sopapos. E De
Sábato, que
covardemente deu uma cabeçada em
Abondanzieri pelas costas? E quem agrediu
Alecssandro em pleno banco de reservas? Algum integrante da delegação
colocarada foi
pisoteado em plena entrada do túnel (não deu para ver pelas imagens).
Lauro e De
Sábato serão punidos como devem ser?
A
Conmebol fará algo? Não se sabe, já que a entidade está mais preocupada em evitar uma final entre brasileiros e encobrir o fato de que nosso futebol sobra, nada de braçada no continente nos dias de hoje. Ou então a sul-americana pensa apenas na grande arrecadação de impostos que é a Libertadores, onde o cartão amarelo serve apenas para encher os cofres e não traz benefício disciplinar algum.