domingo, novembro 30, 2008

QUANDO NEM A IMAGEM
CONSEGUE ESCLARECER

O assunto ainda está aí, pulsando, embora envelhecendo mal. O lance do pênalti - ou não - em cima de Diego Tardelli, no Cruzeiro x Flamengo. Procurei ver todas as imagens disponíveis, várias vezes. Continuo achando que houve pênalti e que não é por isso que se deve condenar, execrar o árbitro e avacalhar o ser humano Carlos Eugênio Simon. O lance é polêmico. Discordo apenas dos amigos e colegas Paulo Soares e Antero Greco que, avaliando as imagens da Espn Brasil (problema algum em citar uma emissora concorrente) concluíram que não foi pênalti porque não houve toque do zagueiro no atacante. Pela minha visão da imagem, o toque está ali, claro, do joelho do Léo no do Tardelli. Acho que foi pênalti porque o Léo vem em deabalada carreira e não consegue frear, por isso toca o Tardelli que, esperto, ficou ali esperando o choque, como faz qualquer atacante nesse tipode jogada.
Em sua coluna no Lance! o excelente repórter André Kfouri fala sobre o tema e também utiliza um tipo de análise parecida com a minha, já que ele entende que a imagem mostra o toque. Não se trata de guerra de imagens, algo do tipo a minha é melhor que a sua etc. Muito menos de julgar por um lance a carreira de um árbitro. Apenas de mais uma polêmica.

quinta-feira, novembro 27, 2008

O BLOG DO NORI PERGUNTA?


Qual foi o maior jogo da história do Campeonato Brasileiro (de 1971 até hoje)?

Para o blog foi a final de 1980, Flamengo 3 x 2 Atlético Mineiro, em 1 de junho de 1980, no Maracanã. Jogaço! Zico no auge, Reinaldo arrebentando mesmo com uma perna só. Espetacular.

terça-feira, novembro 25, 2008

SIMON, FLAMENGO E O PÊNALTI

Deu assunto, como não poderia ser diferente, o pênalti não marcado para o Flamengo contra o Cruzeiro pelo árbitro Carlos Eugênio Simon. O Flamengo quer, via CBF, pedir a saída de Simon do quadro de árbitros apto a trabalhar na próxima Copa. E Simon deu entrevista dizendo que está convicto de que não foi pênalti.
Eu acho que foi pênalti, disse isso no Arena SporTV de hoje. Pênalti de manual. Zagueiro não pode ir daquele jeito na bola dentro da área porque atropela mesmo. Por isso discordo do Simon quando ele afirma estar convicto de que não foi. Também acho que houve um outro pênalti no jogo, a favor do Cruzeiro, em cima do Tiago Ribeiro. Coisa de opinião.
Quanto ao Flamengo pedir o impedimento de Simon na Fifa, não me parece correto. Ele erra como todo juiz erra. E todo time grande já foi muito mais beneficiado do que prejudicado pela arbitragem. O protesto é válido, pedir que não apite jogos do time, idem. Mas a Copa é outras história, parece sentimento de vingança, e com isso não concordo nunca.
SANTA CATARINA: A TRAGÉDIA
ANUNCIADA DE UM PAÍS PODRE



Santa e Bela Catarina. Esse era (talvez ainda seja) o slogan turístico desse pequeno, belo e carismático estado brasileiro. De gente simples, acolhedora, guerreira, que construiu um dos melhores exemplos de trabalho e miscigenação deste País. A mistura do sangue e da cultura de brasileiros, açorianos, alemães, italianos e outras raças faz deste chão um pedaço do Brasil que aprendi a admirar em muitas viagens que para lá fiz.
Por isso dói especialmente em mim ler, ver e ouvir as notícias da tragédia anunciada das enchentes em Santa Catarina. Por que em 1983, portanto, há quase 26 anos, o Estado foi vítima de algo parecido, em especial a região de Blumenau e do Vale do Rio Itajaí. O que foi feito desde então? Aquele monte de promessas eleitoreiras e demagógicas. A população que vive em áreas de risco aumentou, já que neste país programas habitacionais são mais uma forma de se roubar o cidadão. O rio Itajaí subiu 11 metros. O que foi feito para domar esse fenômeno da natureza nesse período? Para retirar de áreas de risco a população ribeirinha ou de encostas?
Santa Catarina é dependente de uma estrada horrorosa, a BR-101, que rasga o estado de Norte a Sul. Há séculos os governos se sucedem em promessas de ampliação. Passei por ela, de Floripa a Ciriciúma, há alguns dias. É um pandemônio de engenharia. Há trechos duplicados de um quilômetro em meio a dezenas de quilômetros de pavimentação esburacada, sem sinalização, curvas mal projetadas e a barbárie dos motoristas.
O relevo acidentado da região, que confere belezas ímpares, serviu de abrigo a favelas e construções irregulares para suprir a ausência do Estado como provedor de programas de habitação popular. O morro desce rumo à tragédia anunciada.
Durante os meses de seca o que foi feito, ano a ano, para esperar as chuvas? Desde que me entendo por gente ouço falar das tempestades em Santa Catarina, dos verões chuvosos. Testemunhei alguns. E ano a ano a procissão de promessas. Num Páis abençoado por Deus mas podre pela natureza humana da gente que o governa, estamos vendo o espetáculo do abandono, de famílias e patrimônios destroçados. Melhor seria, em vez de decretar estado de emergência, promover o estado de decência e desinfetar essa nojenta classe política brasileira.
A tristeza e o desespero tomam conta de Santa Catarina às véspera de um verão que poderia ser de alegria, de turistas lotando as praias e serras. Mas será o verão de mais um doloroso recomeço, de limpar a lama e reconstruir a vida. A lama da natureza é possível limpar. A lama do ser humano.....

segunda-feira, novembro 24, 2008

MURICY, JUVENAL E AS RAZÕES
DA SUPREMACIA SÃO-PAULINA

Só se um desastre de proporções bíblicas se abater sobre o Morumbi o São Paulo deixará de conquistar seu sexto título brasileiro, o terceiro em sequência (fato inédito na história do Campeonato Brasileiro nos moldes atuais, já que o Santos venceu a Taça Brasil de 1961 a 1965).
Isso posto, é hora de analisar os motivos que levam o São Paulo e seu treinador, Muricy Ramalho, a serem os melhores do futebol nacional.
Dentro da minha maneira de ver o futebol, o título de 2008 (claro que se confirmado) será, entre os três, aquele em que Muricy terá a maior parcela dos méritos. Por que era o mais improvável e o mais difícil de ser conquistado. O treinador sempre teve uma forte corrente de críticos entre os chamados cardeais (em última análise, os corneteiros do São Paulo) e uma parcela da torcida tricolor. Em 2008 essas críticas aumentaram muito em virtude dos fracassos do time até a reta final do Brasileiro. Muricy várias vezes disse que se sentia sozinho e quem bancava seu trabalho era o presidente do clube, Juvenal Juvêncio.
O São Paulo começou 2008 vítima da soberba que se abateu sobre o clube. Seus dirigentes passaram a achar que o time era uma casa de recuperação de jogadores e que qualquer caso não era perdido desde que caísse no CCT. Quebraram a cara com um monte de contratações equivocadas. Principalmente os micos Carlos Alberto e Fábio Santos. Some-se a eles nomes como Éder, Éder Luiz, Juninho, Joílson. Adriano foi a grande aposta. Dentro de campo, rendeu bem, embora tenha proporcionado uma série de problemas fora dele, a maioria habilmente contornada ou ocultada pelos dirigentes. Mas não foi decisivo como o São Paulo esperava. Não fez nada na segunda partida semifinal do Paulistão contra o Palmeiras e, embora tenha marcado no jogo em que o Fluminense eliminou o São Paulo da Libertadores, a bola da classificação esteve nos seus pés e ele a perdeu quando faltavam segundos para o fim do jogo, dando a chance para o gol decisivo do Flu. Não se trata de culpar Adriano, mas naquele jogo quem resolveu foi Washington.
Ali Muricy esteve com um pé fora do São Paulo. O projeto de hospital de craques ruins de cabeça dera errado e a culpa, pensavam muitos, era dele. O treinador que sempre pediu contratações mais criteriosas e reclamava do elenco limitado. O momento de maior atrito, segundo informações que obtive de bastidores, ocorreu quando o treinador foi contestado por alguns diretores quanto ao fato de não utlizar os jogadores do badalado centro de formação do clube. Muricy e a comissão técnica tentaram e não viram qualidade suficiente, o que irritou muitos cardeais. Juvenal Juvêncio, um raro caso de dirigente que gosta de futebol e vê futebol, fechou questão com o técnico, embora ele mesmo acreditasse que havia mais talento do que realmente existia na base.
Quando ficou 11 pontos atrás do Grêmio no Brasileiro, o São Paulo jogou a toalha. Mas simultaneamente a este ato simbólico, o time encontrara sua melhor forma. Ou tinha encaixado, como se diz no jargão do boleiro. Sempre criticado por escalar três zagueiros, Muricy aprimorou o forte sistema defensivo do time. Jogadores de fundamental importância que andavam apagados passaram a jogar bem, como Dagoberto, Borges e, principalmente, Jorge Wagner, que é o motor do time. Hernanes, acima da média, correspondeu no momento decisivo. A concorrência passou a fraquejar e a pipocar.
Outro diferencial do São Paulo ficou evidente. O time não é brilhante, longe disso. Mas perde pouco porque tem, individualmente, os melhores zagueiros e um dos melhores goleiros do Brasil. em 2007 o São Paulo perdeu apenas 7 jogos no Brasileiro. Em 2008 foram somente 5 derrotas até agora. Isso dá consistência e confiança ao time e ao treinador. Muricy trabalha como poucos a bola parada e é um treinador que joga para o resultado, não para agradar críticos e torcedores. Observa com precisão cirúrgica as necessidades do futebol atual, tem uma comissão técnica competente e ativa. O presidente do clube é boleirão, sabe a hora de agir nos bastidores, de falar, de calar. O São Paulo está pagando os melhores bichos dessa fase decisiva do campeonato. Dinheiro vivo, pago no vestiário.
Mas reafirmo minha tese de que esse é o título de Muricy mais do que qualquer outro. Talvez o destino esteja compensando a ele o título que a absurda anulação de 11 jogos ajudou a tirar em 2005. Muricy deve se tornar em breve o segundo treinador a conquistar três títulos consecutivos de um Campeonato Brasileiro. O primeiro a fazê-lo por um mesmo time. Anteriormente, o grande Rubens Minelli tinha sido campeão de 1975 a 1977, duas vezes com o Inter e uma com o São Paulo. Minelli é exatamente a grande inspiração de Muricy. Aparecerão muitos pais da criança são-paulina seis vezes campeã do Brasil. Mas a investigação de paternidade apontará para Muricy, sua comissão técnica e Juvenal Juvêncio. Eles pariram um time de jogadores que mostraram comprometimento e não fraquejaram quando o título se ofereceu a eles.

CORNETANDO O BLOGUEIRO

O bom do blog é poder receber todo tipo de mensagem, críticas, correções, elogios. Uma delas me pareceu especialmente interessante. Um blogueiro que não quis se identificar considerou pouco original e fora de propósito a frase que escrevi sobre Gustavo Nery, agora no Inter. Ironicamente, eu afirmei que Nery deveria ter o melhor empresário do mundo. O blogueiro não gostou e aqui está registrado. Mas sem querer desrespeitar o jogador e seu empresário, Gustavo Nery não joga nada há algum tempo e sempre consegue vaga em grandes times. Ou estou exagerando.

INTERNACIONAL FAZ JUS AO NOME

Enquanto alguns, equivocada e soberbamente, desprezam a Copa Sul-americana, lá vai o Inter rumo a mais uma decisão, reforçando seu nome no continente e divulgando-o mundo afora. Em caso de vitória colorada contra o Estudiantes, talves os times brasileiros passem a dar mais valor a esta competição, mesmo com todos os defeitos que ela possa ter.

sábado, novembro 22, 2008

EU DORMI, E NÃO VI
BRASIL X PORTUGAL


Não se trata do simples fato de o sono ter vencido a parada. Trata-se de um conceito, de um momento. É cada vez mais comum encontrar pessoas que adoram futebol e não viram um jogo da Seleção Brasileira simplesmente porque não quiseram ver ou tinham um outro compromisso que acharam mais importante. Não faz muito tempo e a Seleção era programa obrigatório para o torcedor de futebol, mesmo jogando de madrugada, contra qualquer adversário.
A questão é muito maior do que o Dunga ser ou não o técnico ideal, isso é café pequeno. A discussão passa pelo que representa hoje a Seleção Brasileira de futebol para o imaginário popular, para o inconsciente coletivo daquela parcela da população que tem esse esporte em alta conta. Não tenho dados científicos, pesquisas, apenas o método empírico da observação e da conversa com pessoas que dão valor considerável ao futebol.
Cada vez mais o gosto pelo esporte mais popular do país está centralizado na disputa entre clubes, nas rivalidades nacionais e regionais, nos duelos entre camisas tradicionais. A Seleção virou um assunto frio, distante, que desperta menos interesse apaixonado do que temas como a eleição presidencial nos Estados Unidos.
Houve um tempo em que se discutia horas a fio quem deveria ser convocado para a Seleção, se um jogador de um time grande do Rio ou de São Paulo. Se os jogadores que atuavam na Europa deveriam ser chamados. A Seleção tinha eco, ressonância, reverberava junto ao povo.
Como de bobo não tem nada, o povo já sacou que a Seleção hoje é um modelo de negócio, bolado para que contratos sejam feitos e renovados com valores maiores a cada ano. O jogador usa a Seleção como trampolim, um carimbo no passaporte para ter seu visto de entrada em um grande clube europeu aceito. É cada vez mais comum ouvir de atletas que o objetivo da vida é jogar na Europa. Deixou de ser um sonho jogar na Seleção. Talvez eles até pensem nisso enquanto cochilam, mas aquele sonho e sono profundo certamente não tem mais as cores verde e amarela como pano de fundo.
O resultado está aí. Estádios vazios em jogos que são pagamento de dívidas políticas e audiências baixas. A Seleção está fora de moda.
Em tempo: vi pela Internet os melhores momentos de Brasil x Portugal. Deve ter sido um bom jogo. Gols bonitos, lances legais. Mas ainda é pouco para fazer com que a Seleção volte a provocar a paixão do torcedor. Estava participando de um curso Master durante a semana em que a Seleção jogou. Identifiquei, em conversas, pelo menos uns cinco caras que não viram o jogo da Seleção, saíram, dormiram, e foram conferir os lances dias depois. O que parecia mais entusiasmado em ver o Brasil, ainda que pela TV, era um costarriquenho que participava do curso. Talvez para alguns povos irmão a Seleção ainda sustente uma aura de magia. Por aqui, a continuar nessa toada, perderá o encanto. E isso não é culpa do Dunga.

quinta-feira, novembro 20, 2008

GOLAÇO DE TRIVELA


Terça-feira tive o prazer de participar, como convidado, da festa de dez anos da revista Trivela. Uma grande honra, dada a qualidade da revista e também dos convidados para um bate-papo sobre futebol. Estavam lá Lédio Carmona, Juca Kfouri, Mauro Cézar Pereira e todo o time da revista, como Ubiratan Leal, Caio Maia, Luciana Zambuzi.
Todo jornalista esportivo tem ou teve o sonho de fazer uma revista no Brasil que tivesse o padrão de qualidade de um El Gráfico, uma Dón Balón, France Football. A molecada atrevida e competente da Trivela chegou lá. São dez anos e um jornalismo de grande qualidade. Golaço! E de Trivela!!!

segunda-feira, novembro 17, 2008




CORINTHIANS VOLTOU.
PELAS LENTES DE
DANIEL AUGUSTO JR.




Vem aí um livro imperdível para os torcedores do Corinthians. Conta a história do retorno do time à Série A do Brasileiro, com textos de corintianos ilustres e as imagens do fotógrafo Daniel Augusto Jr. Daniel é um dos bons parceiros que tive na atividade jornalística. No Jornalismo impresso é fundamental que a dupla de repórter e repórter fotográfico seja sempre entrosada. Daniel é daqueles repórteres fotográficos na melhor definição do termo, tem faro de notícia, trabalha sempre no limite. Fora isso, é da Grande Bariri, o que dispensa comentários.

Vale conferir o livro, que mostra tudo que aconteceu nos batidores, treinos, concentrações, viagens e jogos, desde o Campeonato Paulista, passando pela grande desilusão da Copa do Brasil, e termina em 29/11, no jogo contra o América/RN.

O lançamento srá apenas em dezembro, mas as encomendas já podem ser feitas pelo site do Corinthians.

FRASES QUE AJUDAM A CONTAR
A HISTÓRIA DO BRASILEIRÃO


Quem pouco erra, pouco perde e muito ganha. É a cara do São Paulo de Muricy Ramalho e dos melhores zagueiros do País.

Essa defesa não tem defesa. Nada resume melhor os zagueiros do Palmeiras.

Perguntar não ofende: será que Luxemburgo continua achando normal ajudar escola de samba de torcida uniformizada?

Como pode um peixe vivo viver fora da água fria? É a música do Cruzeiro/2008, que é um peixe fora d´água quando sai de Minas.

Gustavo Nery tem o melhor empresário da história do futebol.

Não se duvida do Grêmio. Para quem ganhou a batalha dos aflitos, dois pontos não são nada.

A Série B do Brasileiro poderia mudar de nome para Série P, de Paulistas.

Esta semana vai ser difício passar pelo blog. Estou cursando um mestrado. Espero voltar com mais freqüência na próxima semana.

quinta-feira, novembro 13, 2008

A VERSÃO OFICIAL SOBRE O QUE
ACONTECE COM A LIBERTADORES
E COM A COPA SUL-AMERICANA

Como sempre, rola muita especulação, muita ilação sobre a possibilidade de o campeão da Copa Sul-Americana de 2008 ter vaga na Libertadores de 2009. Informação segura e de credibilidade poucos têm. Um deles é Telmo Zanini, grande amigo, jornalista dos bons, que sempre está por dentro de regulamentos e desdobramentos.
O que acontece é o seguinte: a Federação Peruana tem um problema na eleição de seu presidente, questão política. Por isso, o atual mandatário foi indicado pelo Ministério dos Esportes. O que a Fifa não aceita. A Fifa deu até o dia 21 para o Peru resolver a situação. Se não houver solução satisfatória para a Fifa, o Peru estará suspenso de todas as competições supervisionadas pela entidade. O sorteio da Libertadores 2009 será no dia 24 e, se a questão não for resolvida, as três vagas para equipes peruanas precisarão ser redistribuídas.
Especula-se (vejam bem, ainda especula-se) sobre as possibilidades de distribuição dessas vagas por parte da Conmebol. Pode ser usado o ranking da entidade, que também pode convidar campeões históricos ou, então, dar uma vaga para o campeão da Sul-Americana.
Isso é o que existe até agora. De concreto a possiblidade de suspensão do Peru, e de possibilidade, o convite para três equipes.

terça-feira, novembro 11, 2008

SELEÇÃO DO CAMPEONATO


Todo fim de ano rola essa pesquisa da CBF para a formação da Seleção do Brasileiro. Já enviei meus votos e faço aqui uma revelação, mas com uma ou outra mudança dadas algumas alterações em desempenho nessa reta final do campeonato.
Também respondo a algumas mensagens dos amigos que sempre dão o prazer da visita.
Sobre o que escrevi a respeito da atuação da diretoria do São Paulo e a do Muricy, são opiniões e todas merecem crédito e respeito. Mas reitero que o Muricy consertou um ano de decisões infelizes dos dirigentes do São Paulo, que contrataram mal e venderam a idéia, que parte da mídia compra, de que fazem tudo certo. O maior acerto, comprovado agora, é a manutenção de Muricy. Que é obra do presidente do clube, porque muita gente na diretoria e no conselho queria a cabeça do treinador. E as cabeças que contrataram tantos jogadores em 2008 que sequem no banco têm ficado? É meu ponto de vista.
Sobre o amigo anônimo que não gostou de eu ter escrito pipocar, é um direito dele, mas acho que a palavra é muito usada no futebol, tem vários sinônimos, como amarelar, e faz parte do cotidiano do esporte, tanto que a boleirada a usa, assim como os torcedores. Mas, como disse, é um direito seu não gostar.
Segue a seleção:

Goleiro: Victor (Grêmio)
Lateral direito: Léo Moura (Flamengo)
Zagueiro 1: André Dias (São Paulo)
Zagueiro 2: Miranda (São Paulo)
Lateral esquerdo: Juan (Flamengo)
Volante 1: Hernanes (São Paulo)
Volante 2: Ramires (Cruzeiro)
Meia 1: Diego Souza (Palmeiras)
Meia 2: Alex (Inter)
Atacante 1: Guilherme (Cruzeiro)
Atacante 2: Kléber Pereira (Santos)
Técnico: Muricy (São Paulo)

segunda-feira, novembro 10, 2008

SÃO PAULO AVANÇA.
PALMEIRAS PIPOCA.
GRÊMIO RESSURGE.
CRUZEIRO ESPREITA.
FLAMENGO SONHA.

FAÇAM SUAS APOSTAS


São Paulo avança. Grande jogo entre Lusa e São Paulo. Fala-se em sorte de campeão. Sorte, sim, naquela bola do Edno na trave. Competência muito mais. O São Paulo joga no erro dos adversários, que erram muito mais do que ele. Ponto, de novo, para Muricy e sua ótima comissão técnica, que consertaram todos os desastres feitos pelos dirigentes marqueteiros do Tricolor em 2008. Adriano, Fábio Santos, Juninho, Joílson, Éder Luís, Éder. Nada disso. Muricy foi buscar um time com o que ele mesmo tinha desde 2007, literalmente, a raspa do tacho. Recuperou Hugo, que os diretores queriam mandar embora. O time se sustenta nos zagueiros, que são individualmente ótimos, e compensam um meio-campo mambembe, onde brilha solitariamente Hernanes. Quando pinta uma chance, Dagoberto e Borges têm sido fatais. Só perde o título se bobear contra Figueirense, Fluminense e Goiás, ainda que corra o risco de perder para o Vasco fora de casa.

Palmeiras pipoca. Nem tanto contra o Grêmio, quando também pipocou, o Palmeiras fraquejou mesmo contra Náutico e Figueirense. Naquele momento o Brasileirão se ofereceu ao Alviverde, que recusou a proposta. Luxemburgo parece mais preocupado em autopromoção do que em fazer o que realmente sabe fazer: treinar um time. As falhas da zaga são gritantes e nunca foram corrigidas. O gol sofrido diante do Grêmio é um xerox do primeiro do Fluminense nos 3 a 0 do Maracanã. O time é forjado nas laterais, e seus laterais sumiram dos jogos decisivos, literalmente se escondem quando o jogo aperta. Principalmente Elder Granja. Isso estoura em Alex Mineiro, que parou de fazer gols. Marcos não confia na zaga reticente e não se conforma com a apatia do time. Fora isso, Luxemburgo, em má fase, aposta em alguns jogadores que entram e não acontece nada, como Lenny, Maicossuel e Evandro. Ao mesmo tempo em que sustenta uma tênue chance de título, até a Libertadores corre perigo.

Grêmio ressurge. O Tricolor gaúcho é, tecnicamente, o time mais fraco entre os cinco postulantes ao título. Mas talvez seja o que saiba tirar mais dessa limitação. Joga fisicamente, faz muitas faltas, explora a bola aérea e marca forte. Teve mais espírito de decisão que o Palmeiras e, mesmo desfigurado, poderia ter vencido o jogo em qualquer momento, e não apenas com o gol meio sem querer. Com apenas dois pontos de diferença para o São Paulo e uma vitória a mais, sendo o time que mais tempo liderou o campeonato, o Grêmio está, sim, muito vivo na briga. Com a volta dos principais jogadores, pode arrancar no final. O problema é a defesa que, mesmo alta, é vulnerável, principalmente contra atacantes técnicos e rápidos.

Cruzeiro espreita. A Raposa está ali, à espreita, de olho, preparando um ataque ao galinheiro. Time que joga o futebol mais agradável do Brasileiro, o Cruzeiro é, também, o que mais venceu, o que prova sua qualidade técnica. Mas falta equilíbrio fora de casa, para buscar alguns pontos preciosos que estão fazendo falta na reta final. Tem um craque em versão Beta, Guilherme, e mais dois jogadores acima da média: Ramires e Vágner. Um vacilo de São Paulo e de Grêmio, dependendo da configuração da tabela no dia, e o time do Adílson Batista pode chegar. Também esbarra numa defesa reticente e nos altos e baixo do goleiro Fábio.

Flamengo sonha. A vitória sobre o Botafogo manteve vivas as poucas chances de título do Flamengo. Assim como o Palmeiras, o Rubro-negro pipocou quando o campeonato se abriu todo para ele. Caio Júnior ainda não tem a confiança necessária para ousar em momentos em que é preciso. Fora isso, leva tudo muito na tática, acha que há sempre uma explicação na prancheta, quando muitas vezes falta é compromisso e seriedade. Como todo time de massa, o Flamengo é bipolar. Exagera quando está em boa fase, entra no clima de festa, e vai à depressão quando perde. Mas tem boas possibilidades de chegar à Libertadores e ainda pega o Cruzeiro em confronto direto.

quinta-feira, novembro 06, 2008




TOQUINHO E RIVA JUNTOS,NO
ENCONTROS PARA A HISTÓRIA




Nesta sexta-feira, 7 de novembro, a partir das dez e meia da noite, o SporTV tem um programaço para quem gosta de música, futebol e boas histórias. O programa Encontros Para a História, brilhantemente capitaneado pelos amigos Lúcio de Castro e Victorino Chermont, reuniu o craque da bola Roberto Rivellino e o craque da música Toquinho.

Tive o prazer de participar da gravação do programa, ao lado do Caio Ribeiro e dos apresentadores, e posso assegurar: vale acompanhar. Entre outras coisas, deixo dois aperitivos: Riva fala de suas origens palmeirenses, e Toquinho esmirilha ao violão alguns de seus grandes sucessos e a canção que fez para o Corinthians.

quarta-feira, novembro 05, 2008

A HISTÓRIA E BARACK OBAMA


Uma coisa é a História que aprendemos nos livros, anos, séculos depois de ela ter ocorrido de fato. Outra coisa é ver a História acontecendo ao vivo, online, qualquer que seja o termo atual para isso. Alguns aspectos dessa História sendo feita eu jamais esquecerei. Como o instante em que Antonio Brito anunciou a morte de Tancredo Neves e a colher ficou ali, pousada no prato de sopa, sem saber para onde ir. Ou quando, atônito, me dirigia para a Rádio Bandeirantes, e ouvi a notícia de que um segundo avião se chocara contra as Torres Gêmeas em Nova Iorque. Que dizer da queda do Muro de Berlim, desenhando um novo mundo?
Ontem foi a vez de Barack Obama. Um dos significados desses dois nomes é algo como "raio abençoado". O impacto da eleição de Obama será sentido por centenas de anos, talvez como a chegada de Nelson Mandela ao poder na África do Sul. Basta lembrar que há pouco mais de 40 anos, na nação mais rica do planeta, negros não podiam, sequer, sentar perto de brancos em ônibus, frequentar as mesmas escolas. Isso sem falar em diversas outras atrocidades. Os americanos e sua democracia esquisita têm milhões de defeitos. Mas possuem virtudes que tornam possível, por exemplo, a chegada de Obama ao poder. Assim como a ainda infantil democracia brasileira possibilitou que um torneiro mecânico nordestino chegasse e se reelegesse presidente. Isso prova que o ser humano evolui. Lula pode ser um bom presidente para alguns, ruim para outros. O fato é que ele chegou lá quando tudo conspirava para que isso jamais acontecesse. Vale o mesmo para Obama. Se ele será ou não um bom presidente, saberemos em breve, mas o fato relevante é que ele agora é presidente dos Estados Unidos.
E nossa geração viu tudo isso acontecer. Imagine os americanos que eram crianças nos terríveis primeiros anos da década de 1960 e viam seus pais serem humilhados em pontos de ônibus, trens, escolas, nas ruas? Coloque-se no lugar de um desses americanos que estava ontem no Grant Park, na linda Chicago? Tente imaginar a alegria, o sentimento de alívio, a lembrança dos que sofreram antes dele para que esse dia finalmente chegasse? Dos seus antepassados escravos que lutaram pela independência do país que, depois, negava a seus filhos e netos o simples direito de cidadania.
Fica uma grande lição para o Brasil, País que celebra a miscigenação enquanto empurra pra debaixo do tapete um racismo que enquanto disfarçado ainda é vivo, cruel e presente.
Deixo aqui o vídeo do anúncio da vitória de Obama. A qualidade do texto e a precisão do âncora da NBC são cortantes. Ele é genial ao evitar a síndrome de âncora brasileiro, que teima em falar quando a imagem diz tudo. Em certo momento, ele volta e diz apenas: "ainda estamos aqui, como vocês, assistindo a tudo isso junto de vocês". Repare nos abraços e no choro de americanos de várias raças e, principalmente, nos "afro-americanos", como pedem os dias de hoje. Ali há alívio, esperança, não há traços de ódio ou de vingança. Como cita o comentarista da NBC, que cita "as sombras do nosso passado racista".
Os tempos são bicudos, mas os tempos também são de esperança. Boa sorte, Obama.

terça-feira, novembro 04, 2008

OLHO NELE: TIAGO LEIFERT.


Um dos grandes baratos da atividade jornalística é tentar identificar e, por vezes, conseguir, gente que está mostrando muito talento, capacidade e consegue seu espaço trabalhando sério, sem atropelar ou passar rasteira em ninguém. Falei há alguns posts do amigo e comentarista Lédio Carmona. Agora falo, felizmente, de outro amigo, o repórter Tiago Leifert, que tal qual um foguete passou da estréia no SporTV para o merecido espaço na Tv Globo.
Tiago tem a rara qualidade do raciocínio rápido, fundamental num bom repórter, e alia a isso outra virtude: não tem medo de perguntar.
Fora isso, tem um bom humor espetacular, é bom imitador e está sempre antenado nas coisas que rolam pelo mundo. Como foi apresentador nos tempos de TV Vanguarda, tem aquela ginga de âncora, que o faz sair com categoria até das situações mais cabeludas. Olho nele, que esse vai longe.
De quebra, uma pitada do blog da figura: http://leifert.blogspot.com
do

segunda-feira, novembro 03, 2008

DOMINGÃO PARA PROVAR:
ESPORTE É ESPETACULAR


Que negócio maluco - e espetacular - que é o esporte. O domingão foi sensacional, daqueles que as pessoas lembrarão por muito tempo. Tipo aquele lance de contar uma história qualquer e citar que foi no domingo em que o Massa perdeu o título na última curva e que o Brasileirão embolou de vez na reta final.
Não sou exatamente um fã de automobilismo, embora já tenha participado da cobertura de muitos GPs. Agora, a corrida de ontem não seria imaginada nem por uma mistura de Walt Disney com Steven Spielberg, com pitadas de Monteiro Lobato. Foi de parar o País em frente à TV - e boa parte do mundo.
A frustração do resultado final pode ser, parcialmente, compensada pela consolidação de Felipe Massa como piloto capaz de capturar a atenção do público brasileiro. Talvez não seja uma Fórmula 1 polarizada entre Hamilton e Massa, porque Vettel e Alonso são muito bons. Mas que haverá bons motivos para acompanhar as corridas e torcer de verdade, isso sim.
Para finalizar o domingo, uma grande rodada do Campeonato Brasileiro. Daquelas que soltam faísca. Jogaço entre Santos e Palmeiras na Vila Belmiro. A vitória deixa o time palmeirense vivo na competição. Logo depois do clássico, o São Paulo mostrou autoridade na vitória incontestável sobre o Internacional e assumiu a liderança pela primeira vez. Cedo para dizer, mas dá pinta de que São Paulo e Palmeiras vão brigar pela taça. Tudo porque conseguiram vencer fora de casa, coisa rada nesse campeonato. O Grêmio segue fraquejando na hora decisiva, assim como o Flamengo. O Cruzeiro fora de casa não consegue o que São Paulo e Palmeiras já fizeram.
Mas há tanto equilíbrio que tudo pode mudar na próxima semana. Mas a decisão do título passa por dois jogos: Portuguesa x São Paulo e Palmeiras x Grêmio.