quinta-feira, julho 30, 2009

Quem é quem nos pontos corridos?


Óbvio que quem manda nessa disputa iniciada em 2003, com a implantação do novo sistema de disputa do Brasileirão, é o São Paulo. Três vezes campeão sob o novo formato, soma 466 pontos, sem contar o jogo de hoje com o Grêmio, e 59,3% de aproveitamento em seis campeonatos e mais 14 rodadas.

Na sequência aparecem Santos, Internacional, Cruzeiro, Goiás, Flamengo, Atlético Paranaense, Palmeiras, Fluminense e Figueirense, fechando os dez melhores.

Outro dado interessante, ainda, lembro, sem contar os pontos dos três jogos que fecham a rodada. O líder provisório Palmeiras tem 31 pontos em 15 jogos, com aproveitamento de 68,9%. Na rodada de número 15 em 2008 o líder era o Grêmio, com 29 pontos e 64,4% de aproveitamento.

Agora algo que deve assustar os torcedores dos times que lutam para não cair. Na décima-quinta rodada de 2008 o lanterna era o Ipatinga, com 28,9% de aproveitamento. Este ano, os mesmos 28,9% de aproveitamento estão coloando o Sport como o primeiro clube na zona da degola. E os lantarnas Náutico e Fluminense têm apenas 24,4% de aproveitamento.

PITACOS DA RODADA

Trabalhei em Palmeiras x Fluminense. O lanterna deu canseira no líder, mas prevaleceu a maior qualidade palmeirense, com Diego Souza e Cleiton Xavier em grande fase. Com Muricy o Palmeiras deve ficar mais forte na bola parada, tanto ofensiva quanto defensiva. Se mantiver a média de aproveitamento e não perder Diego e Cleiton, seguirá sendo candidato ao título.

O Flu tem time para escapar do rebaixamento, mas Conca precisa de melhores companhias.

Dos outros jogos, dá pra dizer que Felipe segue salvando um Corinthians mutante, o Inter precisa conter os ataques de nervos e o Goiás é um time que merece ser observado com muito carinho, como está sendo o Vitória.

Dois jogaços hoje, Flamengo e Galo no Maraca, e São Paulo e Grêmio no Morumbi. É bom esse tal de Campeonato Brasileiro.

segunda-feira, julho 27, 2009



Carinho da torcida faz

Alex pensar em volta

ao futebol brasileiro


Alex na volta a Istambul após pré-temporada na Alemanha




Tranquilidade e sucesso no futebol europeu, vivendo em uma bela cidade, ídolo. Alex, do Fenerbahce, vive o sonho de todo jogador de futebol brasileiro. Mas há algo que pode fazer com que ele deixe de lado a situação confortável na Europa: o carinho recebido pelos torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro em sua recente passagem pelo Brasil.

Nessa entrevista ao Blog do Nori, Alex fala da vida em Istambul, do futebol turco, da chegada de Cristian e André Santos, ex-Corinthians, ao Fenerbahce, e de como um atleta de sucesso que está há muito tempo fora do Brasil vê o País de longe.

BN - A Turquia tem virado um destino frequente para os jogadores de futebol brasileiro. Agora foi a vez de Cristian e André Santos serem contratados pelo seu Fenerbahce. Que futebol eles encontrarão na Turquia?

Alex - Encontrarão um estrutura física fantástica. O Fener possui um estádio maravilhoso e uma torcida fanática que incentiva sempre. Mas vão encontrar um futebol totalmente diferente do brasileiro. Um futebol tecnicamente muito mais pobre que o nosso. Diferenças absurdas em relação ao Brasil. Mas são todos acostumados a receber brasileiros e nos tratam muito bem. Eles têm tudo para fazer o mesmo sucesso que conseguiram no Corinthians.

BN - O futebol turco, pelo menos entre os times grandes, está no mesmo patamar das grandes potências européias ou ainda falta alguma coisa?

Alex - Estrutura física, um estádio lindo, uma torcida maravilhosa, uma paixão absurda por futebol, muito dinheiro, isso eles têm de sobra. Mas falta a cultura de acreditar que pode vencer. O Zico acho que conseguiu mostrar para o grupo que era possível vencer os adversários. Os turcos ainda olham com inferioridade os outros países e adversários, e isso dificulta na hora de jogarmos e vencermos na Europa. O principal é mudar essa cultura e acreditar ser possível.

BN- Você sempre demonstrou interesse em coisas além do mundo do futebol, em ler, em cultura. Istambul parece uma cidade ideal para um atleta com o seu perfil. você já se sente em casa por aí?

Alex - Sinto-me totalmente em casa e adaptado aqui. Como História, Istambul é fantástica. Existe essa mistura do Oriente com Ocidente, essa situação do novo com o antigo. Dos povos que viveram ou passaram por aqui. Isso realmente me encanta. Mas a literatura me faz falta. Sinto falta de pode entrar numa livraria, escolher um bom livro e começar logo a ler. Hoje fico na dependência de amigos meus me mandarem algo do Brasil. Disso sinto muita falta.

Mas de um modo geral Istambul e fantástica e merece ser visitada. Quem tiver a oportunidade de conhecer a Turquia não se arrependerá. Conhecerá um país lindo e riquíssimo em História.
"Queria, mais uma vez, agradecer aos clubes e, principalmente, aos torcedores de Palmeiras e Cruzeiro. Fiquei super emocionado. Eu pensava em ficar mais tempo na Europa, mas depois dessas férias já penso diferente. Se vier algo concreto, analisarei com profundo carinho."

BN - Você recebeu belas homenagens do Palmeiras e do Cruzeiro. Dá saudade, vontade de voltar ao Brasil, ou hoje é impossível?

Alex - Rapaz, me senti privilegiado. Tanto no Palestra, quanto no Mineirão. Queria, mais uma vez, agradecer aos clubes e, principalmente, aos torcedores de Palmeiras e Cruzeiro. Fiquei super emocionado. Eu pensava em ficar mais tempo na Europa, mas depois dessas férias já penso diferente. Se vier algo concreto, analisarei com profundo carinho.

Mudei meus pensamentos em relação a voltar ao futebol brasileiro. É claro que existe um vínculo contratual de mais dois anos, mas antes nem cogitava. Hoje essa ideia já passa pela minha cabeça.

BN - Seu nome é frequentemente lembrado para a Seleção Brasileira. Você ainda acredita numa chance, no sonho de jogar uma Copa? Seu estilo tem lugar no que você vê na Seleção do Dunga?

Alex - Acredito que possuo qualidades para estar no grupo da Seleção. Respeito as escolhas do Dunga, que por sinal faz um belo trabalho. Respeito a qualidade dos jogadores que estão no grupo. Mas nunca desisti. Se tiver a oportunidade vou ajudar com minhas qualidades. Em relação ao meu estilo, não sei se entra naquilo que deseja o treinador, até mesmo por que não conheço seus pensamentos. Nunca trabalhei e nunca conversei com o Dunga.

"Sou nostálgico na minha vida. E no futebol sou muito mais. O tal do futebol "moderno" as vezes não me agrada muito."

BN - Depois de tanto tempo longe do Brasil, como você vê o País? Melhorou? Há boas perspectivas? E o futebol, em relação ao que você vê na Europa?

Alex - Eu vejo o Brasil com vários problemas. Mas qual país não possui problemas? Pouquíssimos nesse mundo. Mas como sou otimista, vejo o Brasil com bons olhos. Lembro-me de um período em que a economia brasileira era um caos. Hoje somos mais estabilizados. Não tínhamos o respeito de ninguém. Hoje nosso País é respeitado e tratado com a importância devida pelos países considerados mais importantes. Os problemas existem, e cabe a cada um de nós ajudar um pouco nosso governo a buscar as melhores soluções. Mas continuo com meu otimismo, sempre esperando crescimento e melhora do nosso País.

O futebol brasileiro é o melhor do mundo. Sou nostálgico na minha vida. E no futebol sou muito mais. O tal do futebol "moderno" as vezes não me agrada muito. Essas perdas de jogadores muito jovens para o futebol europeu enfraquecem um pouco nosso futebol. Muitos ficam "europeus" na forma de atuar.
Gosto de "jogador de bola". O jogador de futebol faz, às vezes, muitas coisas seguindo ordens, e não acho isso bom, apesar de respeitar muito. Prefiro o jogador de bola, o do improviso, o de rua, o do brilho e principalmente o da simplicidade. Isso o futebol brasileiro ainda tem de sobra. A minha nostalgia me faz acreditar que o futebol brasileiro sobrevive por que somos o povo do improviso. E ganhamos muito no futebol em cima dessa qualidade. É só olharmos nossa história. Pode ser utopia minha, mas prefiro o futebol profissional de hoje jogado com a leveza de antes.


Obina merece respeito


Futebol é um meio em que rola muita brincadeira, gozação, piada. Muitas vezes alguns esquecem que ali, jogando bola, está um trabalhador profissional de uma atividade, um ser humano, um pai de família, um filho.

Como em qualquer atividade, há os bons, os ruins. Os mais taletosos, os menos. Os que se dedicam, os que enganam.

Desde que comecei a trabalhar com opinião esportiva, sempre tive como receita procurar o respeito ao profissional e ao ser humano. Brinco, faço piada, mas procuro preservar o cara que está lá dentro do campo trabalhando.

Obina foi ridicularizado algumas vezes. Ninguém merece ser ridicularizado. Nunca achei Obina craque, mas também nunca disse que era uma porcaria. Como todo mundo, ele viveu fases boas e ruins. Teve uma chance de recuperação no Palmeiras, depois de ficar abandonado no Flamengo. Correu atrás, trabalhou e está colhendo os frutos disso.

Piadinhas à parte, Obina é o mais recente personagem a provar que o futebol é a mais prefeita imitação da vida. Por isso, ambos merecem todo o respeito. De minha parte, sempre terão.

BOLA QUE ROLA....

Galo e Verdão puxam a fila do Nacional. Os resultados do final de semana e a configuração da rodada apontam para uma chegada do Palmeiras à liderança, em condições normais de temperatura e pressão. O Galo visitará o Flamengo no Maracanã, e o Palmeiras pega o Fluminense no Palestra, na estréia de Muricy.

Mas o chamado bololô ainda promete muitas emoções. Gosto demais de ver esse time do Vitória jogar. Equipe abusada, rápida, de bom toque. O Inter pega o Barueri em casa e pode se recuperar. São Paulo e Grêmio é um baita jogo.

Chicão x Gaciba

Chicão, zagueiro corintiano, fez graves acusações contra o árbitro Leonardo Gaciba. No futebol tem muito blablabla e pouca providência. Fala-se muito. Não sei quem está certo, mas quero saber. O TJD tem que chamar o Chicão. Se ouviu o que disse ter ouvido, o zagueiro precisa bancar e levar a coisa adiante. Se Gaciba não falou, também não pode ficar barato. É preciso dar um basta nesse estado de coisas.

quinta-feira, julho 23, 2009

O sonho do Galo e
o pesadelo do Flu


Galo líder, abrindo vantagem, empurrando o Flu para o abismo. É legítimo o sonho atleticano mineiro e de sua torcida presente e parceira. Como é previsível o desespero da massa fluminense com as consequências da trágica administração que contrata 19 técnicos em 6 anos.

Alheios ao drama tricolor e de olho no Galo, Cinthians e Vitória eletrificaram o Pacaembu. Primeiro tempo alvinegro, segundo rubro-negro. A boa pontaria corintiana fez a diferença.

quarta-feira, julho 22, 2009

Muricy, Luxa e Renato.

Quem se dará melhor?


Claro que a pergunta só o além responderá. Mas há enormes diferenças nas situações em que os três acertaram seus retornos ao futebol. Os dois primeiros após breve ausência, Renato já há um bom tempo estava parado.

Começo por Muricy, que é dos três quem está na crista da onda e se valorizou profissionalmente. Também assumirá o time em melhor condição. Pegará como herança um trabalho que vinha sendo razoavelmente bem feito por Luxemburgo, que Jorginho colheu alguns frutos e deu retoques de ambiente mais respirável e aprimorou. O Palmeiras está no topo da tabela, mostra consistência e equilíbrio. Tem jogadores no meio-campo que o São Paulo não conseguiu oferecer a Muricy, em especial Cleiton Xavier e Diego Souza. Nas demais posições os elencos são parecidos. Embora a defesa alviverde seja, hoje, a melhor do País, com a do Galo, ainda acho os zagueiros tricolores individualmente melhores.

Ao contratar Muricy o Palmeiras mostra força nos bastidores e se vende como time que conseguiu buscar dois dos três melhores treinadores do País na atualidade recentemente - Mano Menezes fecha o trio.

O Santos e Luxemburgo têm uma relação especial. O treinador é sócio do clube e amigo particular do presidente, que é quase que um acionista principal. Marcelo Teixeira é meio banco, administrador, credor, quase tudo no Santos. Luxemburgo terá plenos poderes, como gosta. Será mais que técnico, um gestor do futebol, coisa que não conseguia fazer no Palmeiras. Como time, o Santos tem problemas muito mais urgentes a resolver. O elenco é irregular, falta qualidade em alguns setores. Luxemburgo tem capacidade para corrigir isso, mas precisará de mais que a sua capacidade para levar o Santos até a Libertadores.

Renato volta ao Fluminense muito mais porque parece ser o único que entende a maneira atual de ser do Fluminense. Ou o único que aceita essas coisas que transformaram um grande clube mundial num brinquedo de um torcedor endinheirado. A tarefa é a mais difícil dos três. O elenco é o mais fraco dos três, o clube é o menos estruturado. Renato sempre soube disso e em algumas ocasiões conseguiu tirar leite de pedra. Em outras caiu feito pedra. No fim, ele sempre terá uma rede de futevôlei a sua espera. E o Fluminense, o que terá?

terça-feira, julho 21, 2009



O passado que orgulha

a torcida do Fluminense





Os Dez Mais do Fluminense é mais um belo projeto dos amigos da Maquinária Editora. O livro é pilotado pelo experiente jornalista Roberto Sander e apresenta, assim como nos casos de Palmerias, Corinthians e Flamengo, uma lista de grandes heróis do glorioso Fluminense Football Club. Imperdível para tricolores ou não.

segunda-feira, julho 20, 2009

Corinthians: desmanche
ou não dava para evitar?


André Santos e Cristian não são mais do Corinthians. Ambos jogarão pelo Fenerbahce, da Turquia. A famosa e temida janela de transferências começa a sugar jogadores brasileiros. Parece que Dentinho será o proximo a sair do Timão.

André e Cristian foram fundamentais para o sucesso do Corinthians. O lateral é acima da média, tem potencial ofensivo faz muitos gols. Cristian tem uma capacidade rara de marcação, o que possibilitou ao Corinthians ter apenas um volante dito de contenção. Não vejo no elenco alvinegro peças de reposição à altura. Edu é muito bom, mas não faz a função de Cristian. E vocês, o que acham?

O Corinthians vai desmontar seu time vencedor ou é apenas parte do processo?
Quanto vale um
técnico de futebol?



Não faço parte do grupo de pessoas que tem particular interesse pelo salário alheio. Pouco me importa. Acho que cada um deve viver a sua vida. Mas admito que alguns valores causam estranheza no mundo do futebol. Fala-se em 100, 200, 500 mil reais por mês como se fosse dinheiro de troco, ou de pinga, como se fala no interior.

Também não figuro no time daqueles que acham absurdo jogador de futebol ganhar bem. Tenho amigos que fazem a seguinte comparação: um presidente de multinacional não ganha isso, um executivo, um economista, um advogado e por aí vai. Puro preconceito. Jogador de futebol tem que ganhar bem, sim, porque faz parte de uma indústria poderosa, a do entretenimento, e faz girar uma montanha de dinheiro mundo afora.

Da mesma maneira que se cobra um jogador pelo fracasso na Copa do Mundo, deveria ser cobrado o executivo que leva uma empresa à falência, ou o "gênio" da economia que afunda países com suas previsões furadas. Só porque têm esse certo estofo intelectual eles merecem ganhar mais do que o tosco boleiro? Não acho.

O que eu, sim, acho, é que um clube de futebol brasileiro que aceita pagar R$ 500 mil por mês a um técnico de futebol está dando um tiro no próprio pé. E, acreditem, há salários até maiores do que esse. Se fizesse tudo direitinho, pagando um salário desses registrado em carteiro, um clube gastaria R$ 6,65 milhões por ano só com o salário do treinador. Some-se a isso igual valor em impostos, que é o que ouço falar da conta certa do custo de um empregado, seriam mais de R$ 13 milhões por uma temporada apenas para o técnico.

Também pelo que ouço por aí, R$ 15 milhões é o valor médio que um grande clube do futebol brasileiro recebe para estampar a marca de um patrocinador em sua camisa por uma temporada. E falo dos mais populares, em ordem alfabética: Corinthians, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vasco.

Então, me perdoem os nossos dirigentes, mas a conta não fecha nunca. O Cruzeiro faturaria R$ 13 milhões se tivesse vencido a Libertadores. Ou seja, não dá para pagar mais a um técnico do que renderia a um clube brasileiro a maior conquista continental.

O que faz mais sentido? Pagar R$ 500 mil por mês a um treinador ou pagara o fenomenal salário de R$ 100 mil a cinco bons jogadores? Ou mesmo o fantástico salário de R$ 50 mil a dez jogadores de boa capacidade?

Se o maior faturamento de um clube de futebol brasileiro chegou perto dos R$ 150 milhões em 2008, deixar quase 10% disso na mão de uma pessoa não parece lógico. Ainda que quem tecle essas linhas tenha escrito um livro exaltando alguns dos maiores treinadores do futebol brasileiro.

Tudo isso precisa ser pensado e repensado. Claro que bons profissionais merecem bons salários. Mas os treinadores seriam as grandes estrelas? Alguém vai a campo ver o técnico atuar? Algum torcedor compra camisa de técnico, terno de técnico?

Não sei quando, mas em algum momento a ordem acabou sendo invertida e os treinadores passaram a ter mais importância do que a já grande importância que merecem.

Quando leio num jornal que há treinador pedindo R$ 700 mil/mês, só pode ser para não fechar. Ou para fechar o clube que aceita pagar isso e não fatura para tanto.

quinta-feira, julho 16, 2009

Em Bariri até

o cachorro é

bom de bola





Terra de craques. Veja o que o cachorrinho fez no gramado sagrado do Faridão.


E lá vai o Brasileirão


Alguns pitacos, como diz o craque Lédio Carmona, sobre a rodada do Brasileirão.

O que corre o Palmeiras sob o comando de Jorginho é de se fazer pensar. Não que o time deixasse de correr com Luxemburgo. Já corria, já era comprometido. Esse compromisso aumentou. E, claramente, qualquer jogador que entre na vaga que era de Keirrison, se doa mais. O elenco é bom, tem jogadores que podem desequilibrar - atualmente é Diego Souza - e isso com qualquer treinador que assuma.

Excelente a postura de Neymar ao comer as pipocas jogadas pelos torcedores santistas em comemoração ao seu gol. Resposta sagaz, inteligente, sem violência. Pipoqueiro esse time do Santos não é. O problema está na fragilidade técnica de alguns jogadores.

Será que a diretoria do Fluminense já pensa em demitir o interino Eutrópio?

E será que Tite agora terá alguma paz, pelo menos até o Gre-Nal?

Será que algumém apostaria nas belas campanhas de Barueri e Santo André?
A Bruxinha estava solta no Mineirão



Não adianta espernear. A verdade é que o futebol brasileiro, em se tratando de Libertadores, é um grande freguês dos argentinos. Só uma família, a Verón, tem quatro títulos, mais do que qualquer clube brasileiro na competição. Uma lavada.

E foi um representante dos Verón, Juan Sebastían, o nome da final da Libertadores. La Brujita, ou A Bruxinha, numa referência ao apelido do pai, Juan Ramón, joga o fino da bola. É craque. Daqueles que têm o jogo nas mãos, fazem com ele o que quiserem. Verón foi quem determinou como seria jogada a final do Mineirão. Ele ditou o ritmo e os outros jogadores que estiveram em campo aceitaram, reverentes. A partir do momento em que o Cruzeiro deixou que Verón assumisse o controle, seu sonho do tri estava condenado a se transformar no pesadelo do tetra do Estudiantes.

Outro detalhe digno de fazer pensar na freguesia a que somos submetidos pelos argentinos na Libertadores é destacar que o Estudiantes não está na lista dos grandes, dos enormes times argentinos. Em torcida, em importância de conquistas nacionais. Foi apenas 4 vezes campeão nacionais e tem três títulos de segunda divisão.

Não sou refém de justificativas fáceis, de clichês para explicar derrotas. Não houve clima de oba-oba, de já ganhou, nada disso. Houve um time melhor, o do Estudiantes, que tinha um grande craque, Verón. Assim é o futebol.

quarta-feira, julho 15, 2009

Clima de paz antes da

final e as revelações do

presidente do Cuzeiro

Teclo essas linhas tomando um café no Aeroporto de Confins, em Minas. A cinco metros da minha mesa há outras duas com sete torcedores do Estudiates, todos paramentados, até com bandeiras. Ao lado deles, em outra mesa, alguns cruzeirenses também uniformizados. Paz total, há respeito e ausência e povocações.

Vez ou outra passa um carro e alguém grita "zerô". O aeroporto está movimentadíssimo, repleto de camisas azuis, um mar interrompido por alguns pontos em vermelho e branco. Assim como a cidade vai sendo tomada de azul. Algumas camisas do Galo reforçam os grupos de argentinos.

Cerca de 3 mil torcedores do Estudiantes vieram a BH. E tiveram uma recepção exemplar. Muitos caminharam pela bela e arborizada cidade com suas camisas, cruzaram com atleticanos e cruzeirenses e nada de briga, apenas a boa e velha gozação de sempre, saudável e divertida. Quisera fosse sempre assim.

Apresentei o Arena SporTV. O zagueiro Gustavo e o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, participaram. Pintaram algumas boas revelacões. Segundo o dirigente, a folha salarial do Cruzeiro gira em toro deR$ 3 milhões/mês. O que reforça minha convicção de que pagar R$ 600 mil a um técnico é contrasenso.

Perrella também adiantou que deve renovar o contrato de Gustavo, que está contudido e só voltará a jogar no fim do ano, e que pagará o maior prêmio da história do Cruzeiro em caso de conquista do tri da Libertadores. Esperto, só não quis revelar quanto.
Quanto vale a Libertadores?

Além da glória de conquistar o torneio que tem o nome mais bonito do futebol, de entrar para a história, economicamente, vencer a Libertadores é um grande negócio.

O exemplo do Cruzeiro é excelente.

Em 6 jogos como mandante faturou em renda líquida R$ 4.283.036,21.

Todo o Campeonato Mineiro, todos os 80 jogos, geraram uma arrecadação bruta de $ 6.311.515,00.

A arrecadação total do clube mineiro até agora,na Libertadores foi de cerca de US$ 5 milhões, ou R$ 10 milhões. Se for campeão, sobe pra R$ 13 milhões.

Em sua história Libertadores, ao longo de 11 particpações, o Cruzeiro já levou 1.722.687 pessoas ao Mineirão, média de 33.778.

segunda-feira, julho 13, 2009

A bola está com Minas Gerais


Em matéria de futebol, os mineiros estão com tudo e podem se dar ao luxo de estarem prosa. As Alterosas mandam no jogo de bola brasileiro. O Galo reassumiu a liderança do Brasileirão vencendo seu maior rival, o Cruzeiro, após 12 jogos sem vitória no clássico. Cruzeiro que pôde se dar ao luxo de escalar o time reserva, pois decide a Libertadores em casa, quarta-feira, contra o Estudiantes, com grandes possibilidades de chegar ao tricampeonato.

Na quinta, o Galo defende a liderança contra o atual campeão brasileiro, o São Paulo, num jogo que pode até simbolizar uma momentânea passagem de bastão. Enfim, os mineiros terão uma semana pródiga em grandes espetáculos de futebol. Tudo isso poucos dias depois de Porto Alegre ter recebido provisoriamente o título de capital do futebol brasileiro e sul-americano. Mas os gaúchos não souberam segurar esse status, que agora parece mais à vontade entre os mineiros.

Claro que muita água vai rolar por baixo dessa ponte que ainda está sendo construída que é o Brasileirão. Que dizer, por exemplo, da belíssima campanha do Vitória baiano? Um time pra lá de interessante, rápido, abusado.

Mas aproxima-se o ponto em que 1/3 da competição estará completado e podemos sinalizar algo. Ainda que muita coisa deva mudar. Será que o Palmeiras, que vive momentos de paz e equilíbrio, seguirá com Jorginho ou ainda investirá no sonho de ter Muricy? Santos, Fluminense e Inter, cujos técnicos balançam, podem ter novos comandantes em breve. Sairá alguém para o Exterior, algum craque será repatriado? Enquanto as respostas não chegam, os mineiros agradecem e curtem essa nova etapa da política café com leite no futebol. O domínio ainda é dos paulistas, que levaram as duas mais recentes competições nacionais, mas Minas pode ganhar a América com o Cruzeiro e arrancar para tirar de São Paulo a supremacia nacional.

Triste, mesmo, é ver o momento por que passa o futebol carioca, que tão bem representou o estilo brasileiro de jogar durante décadas. Vasco na Série B, Fluminense e Botafogo na zona de rebaixamento da Série A. Só o Flamengo, em sétimo, se salva. Não existe futebol brasileiro forte sem futebol carioca forte. Falta apenas que os dirigentes do futebol do Rio entendam isso.

domingo, julho 12, 2009

Aos "treineiros de plantão



Profundos conhecedores de futebol ficaram indignados porque eu disse, durante Palmeiras x Náutico, pelo PFC. que o time do Palmeiras do Jorginho é o mesmo do Luxemburgo.

Vejam, pois, a escalação do Palmeiras contra o Nacional, em Montevidéu:

PALMEIRAS: Marcos; Maurício Ramos, Danilo e Marcão (Obina); Wendel (Souza), Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza e Armero; Willians (Ortigoza) e Keirrison

Enormes diferenças, não? Só dois jogadores da escalação acima não estiveram em campo: Keirrison, que saiu, e Ortigoza, que não podia jogar. Os demais eram exatamente os mesmos. Ou o Luxemburgo nunca tinha escalado o time do Palmeiras como o de ontem, com dois zagueiros, o Wendel de lateral e o Souza de volante? E o Jumar nunca tinha entrado no time?

A diferença, claro, está no astral e na saída do Keirrison, que por absoluta falta de comprometimento, amarrava o time.

Enfim, méritos ao Jorginho, que desanuviou o ambiente palmeirense, também muito ajudado pela saída de Keirrison.

É isso. Abraços

sexta-feira, julho 10, 2009

Quem será o futuro
técnico do Palmeiras?


Com a recusa de Muricy, o Palmeiras, através de seu presidente, assume que poderá tentar Dorival Jr., que está no Vasco. Mas um nome foi assoprado ao alviverde recentemente, por uma pessoa que tem grande influência entre a direção palmeirense. Este nome é o do uruguaio Jorge Fossati, técnico da LDU, do Equador. Pode ganhar força.

quarta-feira, julho 08, 2009

Os trigêmeos de Ronaldo

e o tri que está batendo

à porta dos cruzeirenses


Calma, o blog ainda não enveredou pelo caminho fácil da fofoca e do tal "jornalismo de celebridades". Nem enveredará. Os trigêmeos de Ronaldo são um termo que peguei emprestado do amigo Carlos Cereto, que o utilizou na tansmissão de Corinthians 4 x 2 Fluminense. Rápido como sempre, Ceretinho ouviu Ronaldo dizer que gostava dos três gols que marcou como se fossem três filhos, e sacou do microfone o termo trigêmeos.

Tri é o prefixo que martela a cabeça dos cruzeirenses desde o bom empate conseguido em La Plata. O roteiro está pronto, escrito, os atores decoraram o texto, ensaiaram à exaustão, falta apenas a apresentação, o grand finale, quarta, no Mineirão.

Os trigêmeos de Ronaldo foram uma pequena ode ao futebol que o camisa 9 corintiano apresentou no Pacaembu. O terceiro gol é uma pintura, um compêndio das qualidades de um atacante fora-de-série. Entre outras coisas, é bom ter Ronaldo em forma para mostrar que o futebol é diferente, ajuda a explicar porque é o grande esporte da humanidade. Algo roliço, ainda fora de formal Ronaldo deixa pelo caminho atletas com perfis de Apolo, jovens com dez anos a menos, com o uos consistente da técnica, da habilidade e dos atalhos que aprendeu pela vida. Mas não esqueçamos que Ronaldo também é um atleta acima da média, mesmo fora de forma.

O Cruzeiro moldado por Adílson Batista se aproxima de uma glória que, por enquanto, pertence apenas ao São Paulo no futebol brasileiro: três títulos continentais. Para se ter uma idéia, o Estudiantes, que está longe de ser um dos maiores clubes em tamanho de torcida, estrutura etc. da Argentina pode ter quatro.

O Cruzeiro é um curioso caso de dois mundos aparentemente antagônicos que convivem em harmonia e com sucesso. É um clube com administração familiar, comandado que é, há tempos, pelos irmãos Perrella, bem ao estilo do futebol brasileiro de antigamente. Vende jogadores às pencas. Mas tem uma infra-estrutura sem igual no Brasil, é extremamente organizado fora de campo e já ha algum tempo se comunica com maestria com seus torcedores e com jornalistas do Brasil e do Exterior.

Com respeito e concentração, o Cruzeiro confirmará o tri na quarta-feira.

Com moderação no uso de Ronaldo, e com Ronaldo usando sua vida com moderação, o Corinthians é favoritíssimo à conquista do título brasileiro da temporada.
Cruzeiro na terra dos pinchas


Difícil missão tem o Cruzeiro hoje diante do Estudiantes, em La Plata. Mas longe de ser impossível. É difícil porque o Estudiantes é, historicamente, o melhor mandante da Libertadores. De todos os 179 times que já participaram da competição, o de La Plata é o que tem melhor desempenho jogando em casa.

Em dez participações na Libertadores, o Estudiantes jogou 41 vezes em casa, ganhou 33, ampatou seis e só perdeu dois jogos, para Barcelona do Equador e Olímpia do Paraguai. Nesta edição, foram sete jogos e sete vitórias.

A diferença é que a equipe deixou de jogar no mítico estádio das ruas 1 e 57 de La Plata, acanhado, um caldeirão, e agora atua no Ciudad de La Plata, maior, moderno, e que deixa a torcida mais longe. Mas há uma história impressionante por trás desse time ainda modesto economicamente. Foram quatro finais seguidas de Libertadores entre 1968 e 1971, com três títulos seguidos. O Nacional uruguaio interrompeu a série em 1971. Esta é a quinta final de Libertadores do Estudiantes.

O adversário do Cruzeito terá os retornos do zagueiro Cellay e do maestro Verón. Fica um time mais encorpado, claro. Os pinchas (apelido que remete a algo como cutucar, alfinetar e tem um paralelo no mundo real em Carlos Bilardo, que nos tempos de jogador do Estudiantes, entrava em campo com um alfinete para "pinchar" os adversários).

Mesmo assim, confio no Cruzeiro nos 180 minutos. A equipe atingiu um alto grau de competitividade e profissionalismo. Tem Kléber numa fase luminosa e mostrou que não se incomoda com a pressão externa, como fez diante de São Paulo e Grêmio. É isso mesmo, o Cruzeiro eliminou dois dos maiores bichos-papões como mandantes da Libertadores e do futebol brasileiro em seus domínios. Liquidou com o São Paulo e neutralizou o Grêmio. Claro que também pode fazer isso em La Plata.

Na volta haverá um Mineirão em festa, pronto para festejar o sonho do tri, na quarta final continental da equipe.

Tudo é teoria antes de a bola rolar. Mas vejo nesse time do Cruzeiro, enter muitas outras qualidades, uma calma tipicamente do imaginário mineiro. A equipe nunca deixa subir a temperatura acima do limite e controla suas possibilidades. Tudo passa por evitar uma derrota contundente em La Plata. Se vier a vitória, o que não é impossível, a festa será cruzeirense no final, tenho certeza.

terça-feira, julho 07, 2009

O tempo passa....



E nos leva muito rápido nessa viagem da qual somos passageiros no planetinha bonito em que vivemos. Pois hoje retornava de Porto Alegre, depois de um agradabilíssimo bate-papo com os alunos do curso Kick-Off Futebol, da Perestroika e do amigo Nando Gross, e encontrei no avião o grande João Leite, goleiro histórico do Galo mineiro e um dos ídolos de infância e adolescência.

O João segue sendo a figura simples e simpática dos tempos de atleta e paramos para um breve bate-papo. Seu filho Helton é goleiro do Grêmio. "Agora estou sentindo aquele nervosismo todo outra vez, só que do outro lado", disse o sorridente João Leite, referindo-se ao novo papel, de pai de atleta profissional.

Sempre curto muito encontrar craques de tempos recentes ou nem tanto do futebol. O que me chama a atenção é como os que jogaram até os anos 80 sempre são muito mais acessíveis e simpáticos do que aqueles que pararam a partir dos anos 90, mais desconfiados, arredios e, em alguns casos, marrentos mesmo.

segunda-feira, julho 06, 2009

Papo sobre
jornalismo em
Porto Alegre


Hoje, segunda, estarei novamente em Porto Alegre para participar do curso de Jornalismo Esportivo promovido pelo companheiro Nando Gross, da Rádio Gaúcha.

Será uma honra estar ao lado de grandes nomes da crônica esportiva e do futebol que estão na lista de palestrantes. Espero poder contribuir com alguma coisa de meus 22 anos de carreira num bate-papo com os futuros colegas de profissão.
Ave, Federer!


Torci muito pela vitória do Federer em Wimbledon. Foi uma vitória do tênis. Nada contra o Roddick, embora ele seja meio bobão, dentro daquele padrão do esportista vitorioso americano, robotizado, mecanizado, foco, mentalização etc.

Federer é uma enciclopédia do tênis, um compêndio do esporte. Se a humanidade sucumbir e deixar uma mídia voando pelo espaço com exemplos do que fez de melhor na arte, no esporte, no conhecimento, o tópico tênis será ilustrado pelo suíço.

Se Pete Sampras disse que o homem é um ícone, como discordar? Fora isso, Federer representa o cavalheirismo que sempre esteve associado ao tênis. Não o cavalheirismo de fachada, a elegância pretensa, essa bobagem que alguns têm de acharem que é chique jogar tênis. Federer é um esportista, coisa meio fora de moda nesse mundo de competitividade exacerbada, de ganhar a qualquer custo.

Também é a prova de que não é preciso parecer um robocop para ter sucesso no esporte. Fisicamente, Federer é comum. Alto, forte, elegante, mas nada que lembre o Rambo, como o Nadal, ou o texano movido a cereais vitaminados que é o Roddick.

Enfim, Ave, Federer!!! Vida longa ao imperador das quadras.

sexta-feira, julho 03, 2009

Muricy: novidades só
na próxima semana


É de boa fonte a informação. Muricy Ramalho não deve decidir nas próximas horas e com atropelos seu destino. A bem da verdade, nem pensou nisso ainda. Tem falado pouco sobre o tema. A tensão do dia a dia do futebol, as situações de bastidores que não veem à tona fizeram com que o treinador até agradecesse a possibilidade de um descanso.

Mas na próxima semana que, aliás, começa no domingo, aí sim ele vai pensar no futuro profissional. Com cautela, para não cair na armadilha. Ele sabe que serão cinco meses "no pau" como se diz na gíria do futebol.
Não há alçapão que

pare um bom time







Vira e mexe ouvimos, no esporte, a história dos alçapões, dos estádios em que a pressão da torcida é tamanha que o time da casa se transfigura e se projeta imbatível.



A final da Copa do Brasil e a semifinal da Libertadores de 2009 foram a prova de que, se o time é bom, não há alçapão que resista.



Porto Alegre se vestiu de gala para ser a capital do futebol brasileiro. Bela cidade, respirando futebol, cultura e o gelado ar polar que vem de mais ao Sul. As torcidas do Inter e do Grêmio anunciaram o inferno para Corinthians e Cruzeiro. Muito mais em tom de bravata, porque o gaúcho verdadeiro é hospitaleiro, recebe bem e, como qualquer outro torcedor, quer apenas bom futebol. Houve barulho, pressão, quase tudo civilizado, diga-se, e uma conquista de título incontestável por parte do Corinthians e uma classificação idem por parte do Cruzeiro.



Inter e Grêmio, hoje eliminados, já festejaram muitas vitórias em "alçapões" alheios. Libertadores, Copa do Brasil, por exemplo. Porque tinham, naquele momento, times melhores que os donos dos caldeirões. Times com Falcão, Sóbis, Tinga, entre outros, caso do Colorado; e o Grêmio de Felipão, De León, também entre outros.



O único reparo que deve ser feito ao festival do futebol em Porto Alegre diz respeito a duas ocorrências no Olímpico: o maltrato ao torcedor do Grêmio que ficou para fora do estádio já com a bola rolando, sofreu empurra-empurra e coice de cavalo; e algumas manifestações deploráveis de torcedores contra Elicarlos do Cruzeiro, em citação covarde ao ocorrido com Maxi López.



De resto, fica a certeza de que não há barulho, torcida ou pressão que resista ao bom futebol.



CRUZEIRO É O BRASIL NA LIBERTADORES





Merecidamente, pois foi consistente, equilibrado e talentoso. Kléber está jogando muita bola. O Estudiantes é um adversário de respeito, mas aposto minhas fichas no tri do Cruzeiro, que representará, se vier, o segundo tri de um brasileiro na Libertdaores.

quinta-feira, julho 02, 2009

Corinthians fecha ciclo

de retorno espetacular


Talvez nem o mais otimista dos corintianos desenvolvesse um roteiro tão espetacular como o que o time interpretou entre o calvário do rebaixamento em 2007 e a terceira conquista da Copa do Brasil, na última quarta-feira, aqui em Porto Alegre.

O time caótico, dividido e despreparado de dezembro de 2007 se transformou numa equipe coesa, consistente, bem treinada e confiante em sua capacidade em julho de 2009.

O trabalho de reconstrução teve um grande condutor: Mano Menezes. O treinador gaúcho deu ao Corinthians uma nova cara, baseada numa consistência defensiva. Os zagueiros Chicão e William (que mano trouxe do Grêmio) e o lateral Alessandro são ótimos defensores. Aos poucos Mano foi moldando o time, corrigindo os defeitos do meio-campo, aprimorando o ataque. Em 2008 a eliminação precoce no Campeonato Paulista serviu mais para observações do que para contestações. Na Copa do Brasil a equipe foi até a final e perdeu para o Sport.

A Série B foi um passeio que deu corpo e confiança ao time. A defesa, que já era forte, ganhou proteção de luxo com Cristian. Elias, revelação do Paulistão de 2008 com a Ponte Preta, demorou para se encaixar no esquema como segundo volante e homem de chegada como elemento surpresa na frente. Mas quando encaixou foi fundamental.

André Santos pela esquerda sempre foi um atacante perigoso nas ultrapassagens. Jorge Henrique, taticamente o jogador mais importante das finais contra o Inter, ofereceu uma gama impressionante de variações de jogo. A chegada de Ronaldo foi o enfeite final, o toque diferenciado para a conquista do Paulistão 2009, de forma invicta, para mostrar que o Corinthians não estava para brincadeira.

A Copa do Brasil provou que, como canta o torcedor alvinegro, "o Coringão voltou". O time é, atualmente, o mais equilibrado taticamente do futebol nacional. Ataca e defende com a mesma competência. Tem um meio-campo que atende a todas as necessidades do jogo moderno. Cristian e Elias marcam forte e sabem sair para o jogo. Douglas, embora inconstante, é um meia armador, essa espécie quase em extinção. Jorge Henrique ajuda demais na recomposição.

Mantida a base e o sistema de trabalho, com alguns reforços, o Corinthians tem tudo para chegar à Libertadores de 2010 como nunca chegou em suas sete participações anteriores: forte, confiante e qualificado para buscar a realização de seu maior sonho.
Corinthians incontestável

Não há o que contestar na terceira conquista da Copa do Brasil pelo Corinthians. O time foi muito superior ao Internacional em 180 minutos e esbanjou superioridade no primeiro tempo do jogo do Beira Rio.

Taticamente o Corinthians é mais forte, consistente, encorpado.

Dessa vez Ronaldo, novamente fora de forma, não precisou ser decisivo. O time foi.

Pelo adiantado da hora, escrevo mais sobre o jogo depois.

quarta-feira, julho 01, 2009

42!!!!!!!!!


Isabel, Clara e Rafael, meus maiores presentes. Hoje e sempre!!!!