Enquanto não houver uma genuína preocupação de treinadores, jogadores e dirigentes com a qualidade do espetáculo, o futebol brasileiro seguirá descendo a ladeira em desabalada carreira.
Mídia e torcedores também têm sua parcela de responsabilidade. Conceitos ultrapassados como "jogo de Libertadores é diferente, é guerra", e torcedores que aplaudem jogadores que dão carrinho na bandeira de escanteio pouco ou nada contribuem.
Hoje o evento esportivo está mais caro, existem estádios melhores mas a qualidade do futebol praticado no Brasil e pelos times do Brasil é assustadoramente ruim.
Alguns resultados ainda mascaram a falta de ideias. O reflexo nos times de cima das grandes equipes é do total abandono porque passaram as categorias de base nas últimas décadas, entregues a oportunistas e empresários.
Perde-se tempo em discussões paralelas tocadas com base em absoluta falta de conhecimento do tema, motivadas por paixões, questões pessoais e até convicções políticas e ideológicas. São cada vez mais raros os casos de pessoas que genuinamente querem debater e melhorar o futebol brasileiro.
Os jogadores estão aprisionados em um conceito de competitividade totalmente míope. Fazem jogos medíocres e saem de campo acreditando que participaram de uma disputa de boa qualidade. Correm muito e de forma equivocada e entram numa espiral de lesões provocadas por desgaste desnecessário originado por treinamento deslocado e desconectado com a realidade do jogo praticado.
São cada vez mais raros os casos de treinadores que conseguem explicar como jogam seus times, quais as propostas de modelo e, principalmente, colocá-las em prática.
No Brasil ainda se valoriza um conceito antiquado. A regra é mais ou menos a seguinte: se fulano jogou futebol, bem ou mal, pouco importa onde e quando, está pronto para trabalhar com futebol em qualquer ramo de atividade, não precisa de estudo, não precisa de formação e capacitação.
Mantras como o chupou laranja com quem, jogou onde e nunca chutou uma bola são repetidos à exaustão por gente que acredita saber todos os truques e todos os segredos, embora jamais tenha colocado em prática.
A direção do futebol no Brasil, que privilegiou o negócio muitas vezes cheio de atalhos estranhos hoje não tem condição alguma de tocar uma reforma ampla, geral e profunda.
O debate intelectual ainda trafega entre uma nostalgia legítima, porém desconectada da realidade, e um certo exagero no pranchetismo juramentado.
Falta boa vontade a todos nós para encarar um debate sério, profundo e que possa a partir de agora dar o pontapé inicial para uma verdadeira reforma que possa recolocar a bola nos pés certos e o futebol brasileiro em um caminho de reconciliação com suas origens, mas fundamentadas em modelos de gestão honestos, sérios e com credibilidade.
Mídia e torcedores também têm sua parcela de responsabilidade. Conceitos ultrapassados como "jogo de Libertadores é diferente, é guerra", e torcedores que aplaudem jogadores que dão carrinho na bandeira de escanteio pouco ou nada contribuem.
Hoje o evento esportivo está mais caro, existem estádios melhores mas a qualidade do futebol praticado no Brasil e pelos times do Brasil é assustadoramente ruim.
Alguns resultados ainda mascaram a falta de ideias. O reflexo nos times de cima das grandes equipes é do total abandono porque passaram as categorias de base nas últimas décadas, entregues a oportunistas e empresários.
Perde-se tempo em discussões paralelas tocadas com base em absoluta falta de conhecimento do tema, motivadas por paixões, questões pessoais e até convicções políticas e ideológicas. São cada vez mais raros os casos de pessoas que genuinamente querem debater e melhorar o futebol brasileiro.
Os jogadores estão aprisionados em um conceito de competitividade totalmente míope. Fazem jogos medíocres e saem de campo acreditando que participaram de uma disputa de boa qualidade. Correm muito e de forma equivocada e entram numa espiral de lesões provocadas por desgaste desnecessário originado por treinamento deslocado e desconectado com a realidade do jogo praticado.
São cada vez mais raros os casos de treinadores que conseguem explicar como jogam seus times, quais as propostas de modelo e, principalmente, colocá-las em prática.
No Brasil ainda se valoriza um conceito antiquado. A regra é mais ou menos a seguinte: se fulano jogou futebol, bem ou mal, pouco importa onde e quando, está pronto para trabalhar com futebol em qualquer ramo de atividade, não precisa de estudo, não precisa de formação e capacitação.
Mantras como o chupou laranja com quem, jogou onde e nunca chutou uma bola são repetidos à exaustão por gente que acredita saber todos os truques e todos os segredos, embora jamais tenha colocado em prática.
A direção do futebol no Brasil, que privilegiou o negócio muitas vezes cheio de atalhos estranhos hoje não tem condição alguma de tocar uma reforma ampla, geral e profunda.
O debate intelectual ainda trafega entre uma nostalgia legítima, porém desconectada da realidade, e um certo exagero no pranchetismo juramentado.
Falta boa vontade a todos nós para encarar um debate sério, profundo e que possa a partir de agora dar o pontapé inicial para uma verdadeira reforma que possa recolocar a bola nos pés certos e o futebol brasileiro em um caminho de reconciliação com suas origens, mas fundamentadas em modelos de gestão honestos, sérios e com credibilidade.