sexta-feira, janeiro 29, 2010

O que eu acho da

volta de Robinho


Primeiro, como agitação, como notícia: muito legal. Robinho é, pelo menos, um jogador muito bom que ainda tem tempo de ser o craque que já deveria ter sido. E sua volta anima o torcedor, traz carisma, chama gente ao estádio. Isso tudo é positivo.

Mas também penso muitas outras coisas. Falei sobre isso no SporTV News de ontem, com a Duda Strebb. Robinho, na verdade, está pedindo ajuda ao Santos para um projeto pessoal: jogar a Copa de 2010. Nõa está voltando porque quer voltar, porque adora Santos, São Vicente, a Baixada. Retorna porque não teve sucesso - ainda - na Europa e sabe que sua vaga no time titular de Dunga corre perigo se continuar jogando essa bolinha murcha.

Sejamos realistas: nenhum clube brasileiro repatria jogador. É o jogador que se repatria.

Nossos times não têm bala para chegar lá e trazer de volta um cara que está no mercado topo de linha, tipo Espanha, Itália, Inglaterra. Volta quem está em má fase, não se adaptou, brigou com o técnico etc.

Jogador brasileiro quando está arrebentando na Europa não quer nem saber de voltar, dá risada quando se toca no assunto.

Agora, quando tá por baixo, faz juras de amor, promete lealdade eterna. Joga bem, recupera a confiança e se manda pro Primeiro Mundo de novo na primeira oferta.

Por isso que digo que é um caso de ajuda, de socorro. Como todos nós, quando estamos com algum problema, buscamos amigos, familiares. Robinho sabia que no Santos seria acolhido, e o Santos tem interesse em acolher Robinho, sabendo que, trabalhando direito, pode ganhar um belo reforço em campo e um belo reforço nos cofres.

Como dizem os americanos, não tem almoço grátis. Robinho bateu o pé e fez cara feia, não juras de amor, para ser vendido ao Real Madrid. Agora bateu na porta do Santos. Pelo menos é a leitura que eu faço da situação. Se vai dar certo saberemos em breve.

O caso de Ronaldo é diferente. Ronaldo quando veio para o Corinthians estava sem mercado na Europa e muita gente duvidava que voltasse a jogar. Talvez nem ele mesmo sonhe em voltar para a Europa porque já teve o sucesso com que Robinho apenas sonha.

A situação de Adriano é bem parecida com a de Robinho. Complicações, problemas, e o socorro com os amigos do Flamengo e do Rio. A diferença é que Adriano também já fez sucesso na Europa, atingiu outro patamar, acima do de Robinho.

Imaginemos a seguinte situação: algum clube brasileiro chega em Milão e tenta tirar o Júlio César da Inter. Ou o Kaká do Real. Nenhuma chance. Não há time brasileiro que tenha dinheiro para pagar e não há interesse dos dois em sair da Europa agora porque eles estão no auge, venceram, confirmaram expectativas.

Robinho, na verdade, retrocedeu na carreira. Jogava mais de 2002 a 2004 do que joga hoje. Como é jovem, tem tempo para se recuperar e, quem sabe, ser o craque que todos nós esperávamos que já fosse.

Resta saber se ele terá, no futuro, gratidão pelo Santos, pela oportunidade que agora lhe é dada.
Pesquisa online: você

pagaria R$ 1 milhão

por mês para ter o

Robinho por 4 meses?
Rápido e rasteiro: Santos

acertou ao trazer Robinho?


Prometo contabilizar as respostas e mostrar o resultado. Eu acho que a aposta é válida. Se vai dar certo, só Robinho dirá. Meu único porém: é muita grana para apenas 4 meses, se tudo der absolutamente certo e ele não sofrer contusão alguma e nem for expulso.

quinta-feira, janeiro 28, 2010





Que beleza! As melhores seleções




brasileiras de todos os tempos










Qual a sua seleção brasileira preferida? Para os jovens, que não viram o começo das nossas conquistas, essa obra da Contexto é uma oportunidade de conhecer a trajetória da primeira até a de 2002.




Para os mais velhos, é o prazer de saborear as histórias e os bastidores de cada campanha. No livro As melhores seleções brasileiras de todos os tempos, o narrador e apresentador Milton Leite elege as principais representantes das seleções brasileiras de futebol em Copas do Mundo.




Considerando não só as vitórias, mas também a qualidade técnica, o jornalista nos apresenta o retrato de seis equipes marcantes para a história do esporte. O livro começa com o time de 1958 e a equipe bicampeã de 1962. Em seguida, retrata a seleção de 1970, a brilhante e eliminada formação de 1982 e o e tetracampeonato de 1994. Termina com o penta de 2002, equipe campeã depois de um amargo vice em 1998 e uma classificatória conturbada.



“A ideia do livro é reunir histórias e personagens das grandes campanhas nacionais no esporte mais popular do planeta. Mas quando o título começa por “melhor” ou “melhores”, é claro que a obra remete a escolhas, comparações”, explica o autor, que ouviu e entrevistou diversos craques, técnicos e especialistas no assunto. Uma constelação de gênios do futebol como Djalma Santos, Zagallo, Pelé, Tostão, Carlos Alberto Torres, Zico, Falcão, Júnior, Batista, Carlos Alberto Parreira, Bebeto, Mauro Silva, Cafu, Marcos e Ronaldo, concedeu entrevistas exclusivas ao autor.



Das seis seleções retratadas no livro, duas conseguiram unir o futebol bonito, de alta qualidade técnica, à conquista do título. As equipes de 1958 e de 1970 foram campeãs jogando um futebol irrepreensível – tanto que as duas sempre aparecem nas mais variadas enquetes sobre as principais equipes de todos os tempos.




O time que venceu em 1962 era praticamente igual ao de 1958, mas, envelhecido, não teve o mesmo brilhantismo de quatro anos antes, como os próprios integrantes daquele grupo deixam claro no capítulo que trata da conquista no Chile.



No caso das duas últimas conquistas, 1994 e 2002, sofremos de forma igual nas eliminatórias e encontramos realidades distintas durante as Copas. Ambas saíram do Brasil desacreditadas. Uma conseguiu a taça com um futebol pragmático e pouco espetacular e a outra mostrou mais habilidade que o esperado no decorrer da competição. Os méritos delas estão na incrível superação, a união dos grupos dentro de campo e o de somar ao país os cinco títulos mundiais. Feito que nenhum outro país conseguiu até hoje.



No entanto, nem todo grande time consegue vencer, mesmo entrando para a história pela qualidade que apresenta em campo. A seleção de Telê Santana, derrotada na Espanha, tem um capítulo a ela dedicado – o que provavelmente será motivo de polêmica, já que para muitos torcedores e especialistas, time bom é o que vence.




“No capítulo da Copa de 1982 entra em ação a minha memória afetiva, e um carinho particular por aquele grupo, que só aumentou durante a execução do trabalho”, justifica. Uma equipe que saiu do Brasil como grande favorita, fez uma campanha irretocável... até a derrota.



Terão sido essas, de fato, As melhores seleções brasileiras de todos os tempos? Isso cabe ao leitor decidir após conhecer os detalhes das seis campanhas. Afinal, quando se discute futebol, a polêmica sempre entra em jogo.




Milton Leite é jornalista profissional, tendo trabalhado nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. Como narrador esportivo, atuou durante dez anos na ESPN-Brasil e, desde 2005, é contratado do Sportv/TV Globo. Esteve nas Copas do Mundo de 1998 e 2006 e nas Olimpíadas de 2000, 2004 e 2008.






Serviço:




As melhores seleções brasileiras de todos os tempos


Autor: Milton Leite


Formato: 16x23 cm; 224 páginas


Preço: R$ 33,00

terça-feira, janeiro 26, 2010

As idas e vindas

de Joel e Robinho



Dia vai, dia vem e Joel Santana voltou ao futebol, via Botafogo. E ao que tudo indica Robinho está voltando ao Brasil, via Santos.

Dois casos muito diferentes. Acho que o Botafogo acertou em fazer alguma coisa após os 6 a 0 diante do Vasco. Não digo que tinha, obrigatoriamente, que demitir o Estevam Soares, mas que precisava de uma chacoalhada, precisava.

Time grande não pode perder por 6 a 0 no domingo e começar a segunda como se nada tivesse acontecido. Futebol não é escritório, precisa de um certo ingrediente de paixão, senão perde a graça. E quando se fala de paixão, nenhum torcedor engole seis gols na cabeça.

Agora, trazer o Joel é uma boa? Só o tempo e o Joel podem responder. Ao trazer o Joel, acho que o Bota recorre a uma solução que o futebol carioca aprendeu a utilizar. Não se trata de uma mudança de paradigmas, de conceito, de patamares. Chama-se um cara que conhece o clube, o ambiente, a imprensa, que comprovadamente conhece futebol. Mas será o Joel o indicado para dar um novo perfil ao Botafogo? Acho que não.

Vide o caso do Vasco com o Dorival e com o Mancini. Pelo menos sai do marasmo, tenta algo diferente, dá uma mudada. No mais, boa sorte ao Joel, porque ele vai precisar.

E Robinho? Será uma boa para o Santos? Vai pagar o preço do investimento? Estamos falando de R$ 1 milhão por mês para um cara jogar bola. Por seis meses que, na verdade, serão quatro. Porque tem amistoso da Seleção, tem treino da Seleção etc.

Já disse isso no SporTV e repito aqui: Robinho está pedindo socorro ao Santos por um projeto pessoal. Não está voltando porque quer, porque adora o Santos, o cheiro do mar, a Ponta da Praia, José Menino. Ele quer voltar porque está em baixa, parou de jogar bola e acredita que o Santos pode garanti-lo na Copa. Se voltar a jogar bem e fora ao Mundial, volta correndo para a Europa. Todos fazem isso na sua faixa etária e condição técnica.

O que eu questiono é se vale a pena o Santos captar tanta grana para jogar no Robinho por um período tão curto de tempo. Se ele jogar a bola que sabe, valerá, e o Santos poderá ser campeão da Copa do Brasil, por exemplo. Se ele não jogar, vão culpá-lo, podem ter certeza. Não queria estar na pele do presidente do Santos.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Hoje é dia de rezar

pelo Cabañas e pelo

fim da violência

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Primeira mancada

do apito em 2010


Foi crasso o erro de Paulo César de Oliveira e Alberto Poletto no empate por 2 gols entre Barueri e Palmeiras, em Presidente Prudente. Erro grosseiro de verificação de um lance fácil na cobrança de pênalti em que Tadeu, do Barueri, recebe em clara posição de impedimento um toque de Carlos Eduardo. Muito perto do lance, Paulo César, que é ótimo juiz, não poderia errar.

Errou. E Muricy foi ótimo na entrevista ao não chutar o balde, não espernear. Reclamou, mas afirmou que confia na honestidade do juiz e que erros acontecem. Excelente a postura. No geral, Paulo César teve uma arbitragem normal. Acertou aqui, errou ali. Muita gente acha que não marcou um pênalti em Diego Souza, em jogada pelo lado esquerdo do ataque palmeirense. Desse ninguém da comissão técnica palmeirense reclamou. Mas houve outro de Daniel Marques em
Diego, em cruzamento pelo alto. Esse foi.

O jogo foi apenas razoável. O Palmeiras oscilou como todo time oscila em início de temporada. Mas deixou claro que seu elenco precisa de mais peças no meio-campo e no ataque. É bom, mas em os buracos do ano passado. O Barueri tem boa qualidade entre as equipes intermediárias e contra-atacou com eficiência.

Conversei no aeroporto com um dirigente palmeirense e ele me disse que a idéia é apostar em alguns jogadores do time que disputa a Copa São Paulo. O meia-esquerda Ramos deve, em breve, subir para o time principal.

quinta-feira, janeiro 21, 2010





Vem aí o livro




de Milton Leite












Meu amigo e parceiro Milton Leite lançará em breve seu primeiro livro. A obra chama-se As Melhores Seleções Brasileiras de Todos os Tempos, pela Editora Contexto. O lançamento deve ser no ínicio de fevereiro, em São Paulo. Em breve darei mais detalhes.




Ainda não li, mas de cara já recomendo. Miltão é craque com as palavras, sejam elas faladas ou escritas. Escreve fácil, sem ser metido a intelectual, mas com grande conhecimento e bagagem. Sucesso garantido.
Em meio ao caos, a

rodada do Paulistão


Comentei Corinthians x Bragantino. Bom jogo, disputado. O Braga é uma das poucas boas equipes do interior paulista nesta temporada. O nível está muito fraco.

A atração era Roberto Carlos, que teve estreia discreta. Assim como a volta de Ronaldo. Quem brilhou foi Jorge Henrique. Versátil, esforçado, multi funcional, ele é titular absoluto desse time corintiano. Com Jorge Henrique, Mano Menezes pode alterar a maneira de jogar do time com a bola rolando. O baixinho funciona como meia, atacante, ala. E se vira bem em todas.

Quem precisa se virar logo, logo é Tcheco. Futebol ele tem. O problema é que a Fiel já pegou no pé do ex-gremista. Ele está sem tempo de bola, falta reflexo e reação. Deve melhorar com o tempo.

Não consegui ver todo o jogo do São Paulo. A chuva atrapalhou a vida de todo mundo e por isso nem fui ao Bom Dia São Paulo desta quinta. Mas é evidente que um time com nove reservas teria problemas, mesmo contra o Mirassol, que tem uma equipe modesta. O que o são-paulino não esperava era que fossem tantos problemas, pelos relatos de torcedores no twitter e de jornalistas que respeito e leio - ou ouço.

A transformação do Tricolor paulista deve ser um pouco mais demorada do que imagina seu torcedor. Não se altera o perfil de um trabalho da noite para o dia. E o grupo não foi reforçado à altura, me parece. Foram contratações de regular para boas.

Quem brilha em duas rodadas é a Portuguesa, com bom futebol e seis pontos. É cedo para previsões, mas a Lusa tem time para brigar com os quatro poderosos.

O Santos pegou uma Ponte Preta que é muito superior ao Rio Branco e já teve problemas. Nada grave. Vamos esperar seis rodadas, pouco menos de um terço da fase classificatoria, para podermos desenhar algum tipo de análise mais profunda.


Escrevo do aeroporto. Já, já sigo para Prudente, onde comento Barueri, o time itinerante, contra o Palmeiras. Que é favorito e pelo entrosamento está alguns pontos à frente dos rivais na largada. Resta saber como estará na chegada, que foi seu problema em 2009.

S.O.S Bebeto

O América perdeu para o Vasco, para tristeza do grande Alex Escobar. Será que Bebeto segura o tranco? Espero que Romário seja parceiro e banque o amigo por mais algum tempo. Gostaria de ver como vai se sair o Bebeto na nova função. Agora, sem time ninguém faz milagre.

Gladiador é caso à parte

Kléber fez 3 na goleada do Cruzeiro sobre o Uberlândia. Joga muito. Precisa sossegar o facho e passar um tempo em um clube. Tem potencial para ser ídolo e até de chegar à Seleção.

Fico devendo o Sul hoje, só vi o gol da vitória do Inter sobre o Porto Alegre.

terça-feira, janeiro 19, 2010

Agora é hora de ajudar

o ser humano Jóbson


A notícia é dura e cruel. Dois anos de suspensão para Jóbson, do Botafogo, por doping. Em seu julgamento no Stjd ele admitiu ser usuário de crack.

Não entro no mérito da punição. Se é justa, pesada, branda. Se os clubes que têm atletas pegos em exames antidoping devem ser punidos. Isso dá muito combustível para discussão.

O que me preocupa é essa praga das drogas, que ameaça nossos jovens. Falo por mim, porque na vida nunca traguei um cigarro, nem do de nicotina nem de qualquer outro. Não saio por aí criticando o que os outros fazem, mas me orgulho da minha escolha. Meu corpo é meu santuário e nele não entra droga alguma.

Mas o que interessa não sou eu, mas sim outro caso de doping no esporte. Coisa que está virando rotineira. É preciso separar o doping pelas questões esportivas, do cara -ou "da cara" - que se enche de bombas e hormônios para correr mais rápido, saltar mais longe ou mais alto etc.

Outro estilo é o do atleta que cai na droga pela questão social, pelo deslumbramento e pelo despreparo. Quando percebe, vira dependente, a questão é química. E não falo apenas de atletas, falo de todos os seres humanos, de nossos filhos, amigos.

No futebol existe o impacto de se tratar do esporte mais popular do mundo, de ídolos.

Não acho justo que se cobre de um atleta um comportamento ideal. Atleta não tem que ser exemplo, tem que desempenhar bem sua função. Ninguém pede para ser exemplo de ninguém. Para isso temos pais, amigos verdadeiros, mestres na vida.

O jogador de futebol brasileiro é um desamparado por definição. Pode estar com a conta no banco recheada, mas, infelizmente, muita gente o vê apenas como uma cifra ambulante, alguém em quem encostar como parasita e sugar tudo que ganha. Parente, falso amigo, procurador, dirigente. Basta ver quantos casos temos de grandes craques que estão aí em situação terrível fincanceira e psicologiamente. Dinheiro é o que menos importa nisso.

Que agora Jóbson tenha ajuda de verdade do Botafogo. Não o jogador que tirou o time do rebaixamento, mas o ser humano que está precisando de amparo e de uma saída para o vício. O Botafogo e todos os clubes brasileiros. Que se dizem sociais e esportivos, mas precisam assumir de vez sua responsabilidade como formadores não apenas de bons jogadores de futebol, mas de bons brasileiros.

Boa sorte, Jóbson.
Palmeiras estaria atrás de

meia no estilo Defederico



Leio no globoesporte.com que o Palmeiras teria oferecido R$ 1,8 milhão pelo meia-esquerda Juan Cuevas, do Gimnasia de La Plata.

Fui ao abeçoado youtube buscar alguns lances dele, por dever de informação. O estilo lembra muito o do Defederico.

Cuevas tem 1m68, 61kg. Canhoto, habilidoso e rápido.

Confiram:

Mudanças no meu Twitter

Agora meu perfil está como twitter.com/norinoriega

Melhor assim.
Ronaldinho Gaúcho



merece ir à Copa?





É o tema do momento no futebol internacional. Já há algum tempo que Ronaldinho Gaúcho vem jogando bem. Mas as últimas atuações voltaram a mostrar o gestual espetacular de seu futebol e reacenderam a dúvida na cabeça das pessoas. Ele deve ou não receber a oportunidade de voltar à Seleção Brasileira e jogar a Copa do Mundo de 2010?



De cara já digo que acho que ele merece uma chance na Seleção. Entrar no clima, no grupo, jogar amistosos. Ir ao Mundial vai depender de ele se encaixar ou não no jeito Dunga de comandar o time. Não se discute mais a qualidade de Ronaldinho, ele não precisa de testes. E Seleção é momento, quem está jogando bem tem que ir.



Mas não deixa de ser um baita pepino para Dunga descascar. Afinal, ele conseguiu os resultados que têm à frente da Seleção sem precisar de Ronaldinho. Em uma análise fria, o craque do Milan não fez falta alguma até agora. É claro que o time tem um jeitão diferente, é na base do contra-ataque, todo mundo que está na frente ajuda a marcar, é uma equipe mais solidária e menos técnica. Mais fatal e menos criativa. Ganha de outro jeito.



Ser treinador de futebol é, sob certo aspecto, ser um gestor de pessoas. É justo que Dunga pense agora nos jogadores que ele convocou no início do trabalho, que sempre estiveram presentes e quebraram seus galhos. Isso chama-se reconhecimento, também com uma pincelada de gratidão e respeito profissional.



Ronaldinho é uma estrela do esporte. Sua ida ao Mundial da África do Sul certamente representará alguns bilhetes vendidos a mais e um glamour extra. Para quem gosta do jogo bem jogado, se ele estiver num período legal, pode proporcionar jogadas memoráveis e, claramente, ser muito útil à Seleção Brasileira. Até decisivo.



Mas no mundo frio das convocações, para que ele seja chamado e levado à África, alguém precisa ficar de fora. Há um consenso de que 95% do grupo de Dunga está fechado. Também existe concordância quase geral de que a lateral esquerda é uma posição com vaga em aberto. O amigo Maurício Fonseca, brilhante repórter de O Globo, disse ontem no Arena SporTV que levaria Ronaldinho na vaga de um lateral-esquerdo.



Eu acho que Ronaldinho, a seguir nessa toada, ameaça a vaga de Robinho, que não anda jogando nada. O jogador do Milan faz tudo que o do Manchester City faz, e melhor. Além disso, joga tranquilamente pela mesma faixa de campo, atacante aberto pela esquerda.



Mas o que pensará Dunga? Robinho foi o principal jogador da Seleção em boa parte da chamada Era Dunga. Na Copa América salvou o time. Em jogos das Eliminatórias também. Seria justo tirá-lo do Mundial após um bom trabalho em três dos quatro anos de ciclo?

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Bola rolando pelo Brasil.

Você, o que está achando?



Fim de férias para a boleirada que rala em campo e a que torce, corneta e agira fora dele. A bola rolou. Pouco ainda para qualquer análise mais profunda em termos de projeções para a temporada. Mas já o suficiente para que aconteçam as primeiras vaias, belos gols, muitos gols, polêmicas. Enfim, ele está de volta, o futebol, e isso é muito bom.

Deixarei algumas impressões do que vi nesse primeiro fim e semana. Por enquanto, ainda mais focalizado no estadual de São Paulo, que é o que está sendo transmitido pelo SporTV e ocupará a maioria das escalas. Na medida do possível, opinarei sobre outros clubes e estados. Menos do que gostaria, mas é o que posso atualmente.

VERDÃO E PEIXE: ÓTIMO COMEÇO

Era até previsível, mas foi confirmado. Enquanto Corinthians e São Paulo concentram esforços de preparação visando a Libertadores, Palmeiras e Santos podem se aproveitar disso no Paulista. Em uma rodada tudo é prematuro, mas mesmo com pouco tempo de treinamento, Verdão e Peixe tiveram belas atuações, ainda que enfrentando adversários muito fracos.

Entrosado desde o ano passado, com poucas mudanças, mas duas entradas de jogadores de melhor nível do que havia antes (Léo e Márcio Araújo), o Palmeiras atropelou o frágil Mogi Mirim. Enfrentará agora o Barueri, quinta, em Presidente Prudente. O desafio palmeirense na temporada não é jogar bem, o que já fez em 2009. É provar que pode decidir, que sabe ganhar, o que não fez em 2009. Edinho será apresentado hoje, e fala-se, novamente, em Kléber Gladiador, que pode fechar ainda nesta semana.

O Santos teve em Paulo Henrique Ganso seu maestro. Dá gosto ver esse menino jogar. Parece um Elo Perdido, um meia esquerda como aqueles de antigamente. Cabeça erguida, técnica apurada, visão espacial, habilidade. Neymar foi mais badalado, mas acho Ganso muito superior. Contra o Rio Branco, fraquinho, fraquinho, o menino ainda teve o prazer de jogar ao lado do ídolo e conterrâneo Giovanni.

O Corinthians suou para empatar com o novato Monte Azul. Jogo da TV, a equipe do interior jogando pela primeira vez contra o Timão, enfim, motivos de sobra para os estreantes correrem muito. Correram e joagram bem. O Corinthians ainda está preso pela pré-temporada e sem reforços importantes. Iarley foi bem e provavelmente será um parceiro importante para Ronaldo. Tenho dúvidas quanto ao desempenho de Tcheco. Considero Danilo mais útil e produtivo. Roberto Carlos joga quarta, contra o Bragantino. É na Libertadores que veremos qual a cara desse novo Corinthians.

O São Paulo foi bem no primeiro tempo e sucumbiu no segundo diante de uma Portuguesa corajosa e competente. É um bom time esse da Lusa, olho nele! O Tricolor está, efetivamente, sob nova administração. Ricardo Gomes tenta mudar o sistema de jogo. Mais do que a salada de números que alguns colegas adoram utilizar, gosto de pensar em como o time se movimenta em campo, como evolui. Gomes, claramente, quer um time com mais posse de bola e presença no meio-campo. Um time mais leve. O modelo de Muricy era mais forte e competitivo, baseado na defesa quase intransponível. Gomes prefere um time que até deixe alguns espaços atrás, mas consiga ditar o ritmo no meio. Vai demorar, requer tempo e repetição. E espírito de colaboração, o que parece faltar a Dagoberto.

Do interior parece difícil esperar algo. O Botafogo ganhou fora de casa do Rio Claro, bom resultado. Gostei de alguns momentos de Ponte e Santo André. Acho que com seis rodadas poderemos pintar um quadro do que será o torneio. Mas dificilmente sairá dos quatro grandes e da Portuguesa disputando a taça.

OLHO NO FLUMINENSE!

Se há um time que me chama a atenção para 2010 é o do Fluminense. Pelo que conseguiu em 2009 e pela recuperação do estado de espírito de um time que tinha qualidade mas estava sem alma. Conca, Fred, Júlio César, Maicon, tem gente boa ali, um time ágil, rápido. Assim como em São Paulo, os pequenos do Rio parecem não assustar ninguém, então esperemos os confrontos entre os grandes. Mas há algo nesse Flu que dá pinta de poder encantar.

Agora, que coisa a torcida do América pegando no pé do Bebeto! Peraí, minha gente, é um jogo. Bebeto é treinador novato. Os fanáticos americanos precisam dar um tempinho a ele.

sábado, janeiro 16, 2010

Meu perfil no Twitter é o...



https://twitter.com/MicroblogdoNori

Se tiver outro com meu nome é falso.
Futebol carioca com

a bola cheia em 2010



O Campeonato Carioca tem algumas características que o transformam, para mim, no mais charmoso dos estaduais brasileiros. A fórmula de disputa é muito bem resolvida, ainda que tenha sido inchado demais. Com 12 times seria perfeito.

Rapidamente o torcedor é brindado com um jogo decisivo, nas semifinais e finais de turno, em vez de intermináveis fases classificatórias sem muito sentido. As Taças Guanabara e Rio têm história, tradição, atiçam a rivalidade e fazem uma torcida campeã logo cedo.

Pela geografia do estado e pela característica do futebol no Rio, o estadual é praticamente metropolitano e tem no Maracanã sua catedral ecumênica. E o carioca curte espontaneamente seu estadual, sem certos ares de enfado e arroubos de grandeza que muitas vezes atingem os clubes e os torcedores de São Paulo.

Some-se a essa característica histórica - o DNA do Campeonato Carioca - e temos os quatro grandes em bons momentos. O Flamengo seis vezes campeão brasileiro, com Adriano, Pet e Vágner Love e certamente aquecendo os tamborins para a Libertadores. O Vasco de volta à Séria A do Brasileiro e querendo um título para enterrar esse breve passado de tristeza. O Fluminense e sua épica recuperação no Brasileiro, com um time competitivo e talentos como Fred e Conca. E o Botafogo, lutando digna e bravamente para recuperar seus dias de glória e mostrando compromisso com sua gente.

Para fechar essa combinação está aí o América, um símbolo do futebol carioca dos anos dourados, um fator de união da cidade em torno de um de seus ícones, retornando à primeira divisão e reeditando a dupla Bebeto e Romário.

Vai ser divertido, podem ter certeza.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Um Paulistão para

Santos ou Palmeiras?


Será o Campeonato Paulista que começa neste sábado uma competição a ser disputada com mais possibilidades de conquista por Palmeiras e Santos? Ou São Paulo e Corinthians, mesmo concentrando forças na Libertadores têm times capazes de ganhar os torneios regional e continental? Alguém acredita numa zebra interiorana, ou mesmo na Portuguesa?

Até a bola rolar tudo é teoria e teorizar é molezinha. Analisar é mais complicado e criar frases de efeito para disfarçar polêmicas é, infelizmente, o que anda fazendo a maioria. Prefiro trilhar o caminho da análise.

Esse caminho aponta, de maneira lógica, para uma condição mais favorável a Palmeiras e Santos no estadual dos bandeirantes. O Palmeiras tem a base de 2009 e poucos reforços - Léo e Edinho muito bons. É o time com satisfação a dar a sua torcida e a si próprio. Terá, também, a Copa do Brasil pela frente.

O Santos está em fase de reformas. Tem um treinador excelente e um grupo renovado. A principal característica de Dorival Jr. é a de montar boas equipes, estruturas de jogo convincentes, mesmo sem ter grandes talentos. Também para o Peixe há o desafio da Copa do Brasil. Mas aí o buraco é bem mais embaixo para todos, porque estão no páreo Galo, Vasco, Flu, Bota, Avaí, Goiás, Coxa, Atlético e muita gente.

Corinthians e São Paulo usarão o Campeonato Paulista como aquecimento, mas se bobearem com eles, chegam para levar. Não se trata de desprezo, mas de adequação ao calendário. O Paulistão tem times e datas demais. Fosse o estadual um torneio mais coerente com sua realidade, com 16 times, e todos o disputariam com a mesma dedicação.

Quanto aos demais participantes, infelizmente, a expectativa não é positiva. Talvez sejam a Lusa e a Ponte Preta candidatas a entrar na disputa pelo título, porque têm bons técnico e elencos de boa qualidade. No interior em geral a situação é mais complicada. A realidade hoje é a seguinte: a grande maioria dos times está nas mãos de empresários, que utilizam camisas tradicionais para "engordar" seu produto, visando o segundo semestre, as Séries A e B do Brasileiro. Colocam um veterano aqui e outro ali para dar um verniz, mas é tudo visando negócio.

O FIM DA NOVELA LOVE

Vágner Love foi para o Flamengo, finalmente. Demorou a sair do Palmeiras. Deveria ter saído quando foi vítima da agressão covarde. Era o momento certo, porque não se pode aceitar algo como aquilo.

Bola jogada, a história é outra. Love é bom jogador. Talvez mais do que bom, muito bom. Mas não é do nível de um Adriano, de um Fred. Ronaldo é de outro planeta. Love está longe disso. Voltou ao Brasil para um projeto pessoal. Não voltou para jogar no Palmeiras. Seu retorno seria para qualquer clube em que pudesse colocar em prática sua idéia fixa: jogar a Copa do Mundo.

Peguemos como exemplo de comparação o caso de Fred, que talvez tenha retornado pelo mesmo motivo. Acontece que Fred demonstrou com o tempo que estava a fim de voltar a jogar bem futebol, tendo consciência de que assim poderia voltar a uma disputa de vaga na Seleção. Love atropelou as coisas, entrou na disputa - ou melhor, colocou em sua cabeça que estava na disputa - antes de jogar bola. O que sabe fazer, mas não fez no Palmeiras.

Se não alterar a ordem das coisas, mesmo estando onde sempre quis estar, dificilmente Vágner Love reencontrará seu futebol e dará certo no Flamengo. Se, primeiro, entender que para ir à Copa é preciso, antes, jogar bom futebol, o Flamengo ganhará um ótimo parceiro para Adriano.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Até aqui o Corinthians

faz 100% no ano 100



Falar da importância de uma data como o centenário do Corinthians, um dos maiores times do Brasil e, consequentemente, do mundo, é chover no molhado (mesmo com um verão desses e o perdão do trocadilho). Todo mundo sabe, até os rivais, o peso que tem o Corinthians.

Mas o centenário, as tais efemérides, de vez em quando acabam complicando a vida dos clubes. Vide o caso do Coritiba. A pressão se transforma de tal maneira, aquele papo fadado e enfadonho de que é obrigação ganhar algo no centésimo ano, terminam por transformar clube, torcida e jogadores numa enorme pilha de nervos. Foi assim também com o Galo mineiro.

O que o Corinthians poderia fazer está sendo feito. E bem feito, diga-se. Barulho no marketing, dinheiro entrando nos cofres e perspectiva de muito mais, e uma série de contratações muito boas. Já era um bom time e agora, no papel, está ainda mais forte.

A badalação em cima de Roberto Carlos se justifica. Grande jogador. Muito longe de ser um Ronaldo, a anos-luz disso, mas importante, forte tecnicamente, e uma atração a mais. Afinal, o que é o futebol que não entretenimento, diversão? Se a promessa do espetáculo tem Ronaldo e Roberto Carlos, a vontade de ir a campo do torcedor só pode aumentar.

"O Corinthians jamais chegou tão forte a uma Libertadores. É o grande favorito. Mas vai precisar saber lidar com a pressão"

Tecnicamente acho que as melhores contratações do Corinthians foram Danilo, Iarley e Ralf. Danilo é um grande jogador no aspecto tático, executa várias funções e não tem problemas em fazer sacrifícios individuais em nome do time. Vejo esse jogador como, provavelmente, um suporte para que Roberto Carlos possa atuar mais livre pelo lado esquerdo, sem tanta responsabilidade na marcação (seu ponto fraco). Danilo pode ser meia, volante pela esquerda, ala. Tem potencial para atuar até como fazia André Santos em 2009.

Iarley é outro baita jogador. Técnico, malandro no bom sentido, inteligente. É daqueles caras que entendem o jogo, sabem fazer a leitura do que acontece em campo. Pode ser tanto um bom companheiro para Ronaldo como um meia-atacante de boa chegada. Sabe sair da área e atrair a marcação e, mesmo pequenino, consegue jogar bem de costas para zagueiros grandalhões.

Ralf é o menos conhecido dos três. Mas tem tudo que um bom volante moderno precisa ter. Bom passe, movimentação e sentido de cobertura. Recompõe muito bem. Acho mais provável que seja ele e não Marcelo Mattos o jogador que pode dar a proteção à defesa e organizar a saída de jogo.

Enfim, Mano Menezes é um grande técnico e sabe o que fazer, já deve ter na cabeça seu time.

Resta ao torcedor ter a paixão de sempre e uma boa dose de paciência se algo der errado no caminho. Principalmente porque o Corinthians jamais chegou tão forte a uma Libertadores. É o grande favorito. Mas vai precisar saber lidar com a pressão.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

2014 está aí e risco

de fiasco é grande


Faltam 4 anos para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Na nota de corte faltam 3, por causa da Copa das Confederações em 2013. No ritmo atual das obras e das providências - muitas - necessárias para o evento, o País corre o risco de pagar um grande mico. Ou então o povo, sempre ele, vai, de novo, pagar uma conta gigantesca para que tudo seja realizado voando. E há muita coisa a ser realizada.

Começo pelo óbvio, os estádios. Não temos um sequer em condições de receber os jogos. Será possível construir estádios em 3 anos, bons estádios, com toda a gama de infra-estrutura que eles requerem? Reformar alguns ainda acredito, mas criar do zero um estádio com área de estacionamento, acessos via transporte público, prédios de apoio, tudo isso em 3 anos, será feito?

A dúvida aumenta porque 2010 é ano de eleição presidencial e ninguém, nessa nojenta política brasileira, vai querer preparar terreno para o adversário desfilar. Talvez as coisas só comecem a acontecer em 2011.

Um dos exemplos de como a situação é séria é a cidade de Curitiba. Uma das mais avançadas do País. Tem uma vasta rede hoteleira e um estádio que é, seguramente, o que mais se aproxima de estar em condições de receber a Copa, a Arena da Baixada. Agora, o acesso à cidade a partir do aeroporto em São José dos Pinhais é caótico em horários de pico. A avenida que faz a ligação já não suporta o fluxo de veículos durante boa parte do dia. Metrô? Não tem. Mesmo com o avançadíssimo sistema de transporte público, Curitiba precisará de muitas obras.

Que dizer, então, de Rio e São Paulo cidades que ostentam alguns dos exemplos mais gritantes do caos urbano brasileiro? Como abrir melhorar o acesso ao Maracanã? Será que os torcedores irão até o jogo de trem, que pára na porta do estádio? Haverá boas ligações com o metrô? Não cometerão a insanidade de acabar com a pista de atletismo e o parque Júlio Delamare, espero.

Em São Paulo, o metrô chegará às portas ou às proximidades do Morumbi? E o estádio terá as muitas reformas que precisa receber?

Falar em aeroportos parece até ridículo. Os nossos são do arco da velha, ultrapassados, mal projetados, obsoletos. Se mal suportam um feriado prolongado, como receberão legiões de turistas europeus e asiáticos? Se eu fosse argentino optaria por vir de carro, mas até lá a BR-101 estará decente? Aproveitar o Nordeste e suas maravilhosas praias deve ser o sonho de muito turista boleiro. Mas se alguém aqui já precisou, por exemplo, ir de uma capital a outra do Nordeste de avião sabe como é difícil, como faltam horários e opções.

Tenho um exemplo em mente: Inglaterra em Natal e Alemanha em Salvador. Classificados, jogarão em Fortaleza, num período de dois dias. Como fazer sair de Natal e Salvador e chegar a Fortaleza, digamos, dez mil ingleses e uns 8 mil alemães?

Paremos para pensar. Mas depois disso as autoridades precisam agir. E cabe a nós cobrar como tudo isso será feito, qual legado nos restará e qual o preço.

segunda-feira, janeiro 11, 2010







Cidadão baririense.




Com muito orgulho








Dia 8 de janeiro tive a honra de receber o título de cidadão baririense. Foi uma bela cerimôna na Câmara Municipal de Bariri, casa presidida pelo meu querido avô Dr. Armando Galizia em 1965. Emocionante entrar naquele salão e pensar no seu Armando, com quem convivi tão pouco mas que mesmo assim me marcou profundamente.




Nasci em Jaú, mas sempre fui baririense de coração. Agora recebi essa grande homenagem e me tornei cidadão de fato da Milionária do Vale do Tietê. Agradeço ao vereador Sidnei de Fanti, que encaminhou o projeto, e aos demais vereadores que aprovaram por unanimidade, e também ao amigo Paulinho Camilo e ao pessoal da Rádio Cultura de Bariri, que lugaram por isso.




Fiquei muito feliz ao ver tantos rostos conhecidos na cerimônia de outora, amigos de infância, adolescência, gente das famílias De Maria e Leone e os mais próximos das família Galizia e Marcos, capitaneados pela minha querida avó, Olinda Marcos Galizia. Isabel, Rafa e Clara também se sentem um pouco baririenses agora.




Doutor Fauze Farah também estava lá, uma grande honra vê-lo ali, depois de ele com seu conhecimento médico (e a família com muita reza) ter propiciado meu segundo nascimento, este em Bariri (essa história é pessoal demais para ser contada aqui).




Gosto de Bariri de graça. A cidade me deu muito mais do que eu posso fazer e faço sinceramente quando falo dela sempre que estou entre amigos ou viajando a trabalho.




Agora estou trabalhando no aprendizado do hino, cuja letra reproduzo abaixo.




Muito obrigado, Bariri!!!





HINO DE BARIRI



Letra e música: maestro Buzunga



Do Planalto Paulista se alteia


Qual sonho, soberba visão
É Bariri e teu nome campeia
Nos quadrantes de toda nação
Muitos séculos dormiste no bojo
Dos anais da nação que te fez
Foste pérola guardada num estojo
Hoje surges, mostrando tua voz


Refrão


Bariri, Bariri
Tu ostentas a esperança mais viril
És bandeira do progresso
Parabéns paulistinha do Brasil!
Foste fada, por um povo sonhada
O Estado calou, te esqueceu
João Leme na meta traçada
Levantou-te, em teus braços, te ergueu
Vês agora um povo tão vibrante
Que rendendo homenagens a ti
Pela glória e força pujante
Parabéns, Parabéns Bariri!


Refrão


Bariri, Bariri
Tu ostentas a esperança mais viril
És bandeira do progresso
Parabéns paulistinha do Brasil!

quarta-feira, janeiro 06, 2010




Vi Avatar


E gostei!!




Fui ver o fenômeno de bilheteria Avatar, a nova aventura do James Cameron. Cinemão, como dizem os críticos, entretenimento puro. Mas também um bom filme, sem dúvidas.


A criação de um mundo imaginário chamado Pandora, habitado pela raça humanóido Na´vi é impactante. Você realmente sente-se transportado para um outro planeta. Vi uma cópia em 3D e os efeitos são ótimos.


Como não poderia deixar de ser, Avatar é um romance, mas recheado de uma pirotecnia tecnológica jamais vista que ceramente mudará a história do cinema de entretenimento.


Mas há boas mensagens no filme. Pelo menos eu e minha mulher vimos dessa maneira. Avatar é um manifesto humanista e ecológico. Ataca abertamente a bestialidade do exército americano (e de qualquer exército em guerra) e a estupidez da guerra do Iraque, no fundo a busca por petróleo, no filme representado por um mineral inventado e cujo nome esqueci.


Fala abertamente da relação do homem com a natureza e é um grito em nome das florestas. Também homenageia os povos "ditos" selvagens e seu conhecimento instintivo das forças planetárias de Pandora, que nada mais é do que talvez tenha sido a Terra antes de ser "invadida" pelos seres humanos chamados modernos.


Vale a pena.



A incrível história que uniu


o rugby a Nelson Mandela




Se você quer ler um livro inspirador mas, como eu, passa longe de coisas que simplesmente remetam a auto-ajuda, me reservo o direito de dar uma dica.


"Conquistando o Inimigo" é daqueles livros que você pega e não larga mais. O autor, o jornalista inglês John Carlin, conta uma fantástica história real que parece inspirada em alguma lenda. Mas tudo de fato aconteceu, com o toque mágico de um dos maiore seres humanos a terem habitado esse planeta: Nelson Mandela. E, principalmente, como Mandela soube usar toda sua genialidade política para fazer com que através de um esporte de brancos e para brancos, o rugby, a mensagem da unidade tocasse o coração de 43 milhões de sul-africanos.


Também é uma prova da força do esporte, de como ele pode ser utilizado e manipulado, para o bem e para o mal, como elemento catalisador de violentas emoções e, não raro, de violências.


Enfim, um grande livro, diria que obrigatório e inesquecível.

terça-feira, janeiro 05, 2010

Correção


Como bem lembra o amigo Robert Fernandez, a anta aqui errou na conta. Faz 40 anos do tri este ano.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Corinthians mostra que

não está para brincadeira



A apresentação de Roberto Carlos marcou o pontapé inicial do centésimo ano da fantástica história do Sport Clube Corinthians Paulista. Mais do que isso, mostra que as pessoas que administram o Corinthians atualmente não estão para brincadeiras no que se refere a montar um grande time e a fazer muito barulho - e dinheiro - com esta marca poderosa.

Se vai ganhar são outros tantos de discussão. Futebol é um jogo, depende de sorte, azar, caráter em campo e milhões de fatores. E não se combina nada com o adversário. Quando falo se vai ganhar refiro-me exclusivamente à Libertadores, o sonho de dez entre dez corintianos.

Isso porque a concorrência é pesada. Os cinco brasileiros são os maiores favoritos ao título. E dos cinco o único que ainda não venceu a competição continental é o Corinthians. Na teoria, saiu na frente. Tem um time tão forte como os outros quatro, mas dois jogadores que podem fazer a diferença: Ronaldo e Roberto Carlos.

Time por time, os cinco brasileiros que lutarão pela glória sul-americana se equivalem. Por gosto pessoal de ver jogando, acho que o Cruzeiro e o Flamengo terminaram 2009 muito bem. O Internacional decepcionou, mas ainda teve tempo de se inscrever para a Libertadores graças ao bom começo de temporada. O São Paulo é um frequentador habitual da Copa, sabe todos os atalhos, joga a Libertadores como se fosse o Campeonato Paulista de tão acostumado.

Mas os holofotes estarão todos voltados para o Corinthians. O que é bom e ruim para o clube. Bom porque vai brotar dinheiro nos cofres. Ruim porque será o inimigo a ser batido e sobrará pressão vinda das arquibancadas, que hoje mais do que nunca mandam no Corinthians.

Alguns passos atrás estão outros grandes clubes brasileiros que não tiveram competência para chegar à Libertadores, mas têm peso para fazer uma grande Copa do Brasil. Grêmio, Palmeiras, Atlético Mineiro, Santos, Botafogo, Fluminense e Vasco saltam na frente como candidatos ao título nacional mais importante do primeiro semestre de 2010. Somando-se a eles Coritiba e Atlético Paranaense e uma força emergente como o Avaí, dá para imaginar - sem contar as zebras de sempre - o que teremos.

Enfim, seja bem vindo futebol em 2010. Ano de Copa e de 30 anos da conquista da Copa de 70.