sexta-feira, abril 30, 2010

Segunda autografo

meu livro no querido

Colégio Arquidiocesano



Segunda, dia 3 de maio, terei o prazer de voltar ao meu querido Colégio Marista Arquidiocesano, onde tive o prazer e a honra de estudar, para uma noite de autógrafos de meu livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro.

A partir das 20 horas, na Portaria Central do colégio. Para quem não conhece, o Arqui fica em frente à estação Santa Cruz do Metrô.

Será a primeira de muitas realizações de meus grandes amigos Ton Teschima e Chamoun à frente da Associação de Ex-Alunos do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo.

Espero todos vocês por lá.
Os times mais

copeiros do

nosso futebol


Não tem jeito. Quando o assunto é jogo de Copa, três times se destacam no futebol brasileiro: Cruzeiro, Grêmio e São Paulo. Parecem ter sido talhados pelo tempo a disputar esse tipo de competição, na qual a força do mando de campo é fundamental.

Cruzeiro e Grêmio ganharam quatro vezes cada um a Copa do Brasil e também venceram a Libertadores duas vezes. Isso sem contar outras Copas que são importantes, mas não tanto. O São Paulo nunca venceu a Copa do Brasil, mas ganhou a Libertadores três vezes e ganhou três mundiais. O Grêmio venceu um Mundial. Sim, o Mundial de Clubes também é uma Copa, seja na versão atual ou na anterior, de apenas uma partida.

O que faz desses times equipes especiais nas Copas? O que dá a elas esse perfil copeiro? Primeiro, óbvio, o fato de conseguirem montar bons times em várias ocasiões. Segundo, penso eu, o bom aproveitamento do fator casa nas partidas eliminatórias, e um compromisso assumido entre time e torcida que transforma a atmosfera em algo difícil de digerir para o visitante.

A tendência é de que isso se repita nesta temporada. O Grêmio foi ao Maracanã e fez três gols como visitante sobre o Fluminense, que marcou dois. Resultado sensacional para o jogo de volta no Olímpico, embora não seja definitivo. O Cruzeiro enfiou 3 a 1 no Nacional uruguaio no Mineirão, e só fica fora das quartas-de-final se sofrer um apagão em Montevidéu.

O São Paulo, ainda longe de ser brilhante, segue se sustentando na defesa firme. Voltou sem sofrer gols do Peru e decide no Morumbi, onde venceu 14 de 16 confrontos de mata-mata.

É mau negócio encarar esses times copeiros.

Diego e a Turma do Amendoim

O Palmeiras venceu a duras penas o Atlético Goianiense. Segue sendo um time burocrático e previsível sob o comando de Antonio Carlos (que frescura chamar o cara de Zago!), que teve bastante tempo para trabalhar e não conseguiu fazer o time evoluir. Resultado importante, porque o Palmeiras mostrou que retrancado e fora de casa joga um pouco melhor.

A nota negativa do jogo foi a briga de Diego Souza com parte da torcida palmeirense. Digo isso porque estava no estádio trabalhando e posso afirmar: a revolta partiu da chamada Turma do Amendoim, o pessoas das cadeiras numeradas. Esse grito contaminou apenas esse setor e parte da arquibancada que fica ao lado direito dele. Não ecoou pelo estádio. Embora realmente o torcedor palmeirense já esteja cansado as fracas atuações de Diego Souza.

Acho que o atleta errou ao reagir, mas entendo que não é fácil aguentar certo tipo de protesto. Todos nós já erramos na vida. A diferença está em como encaramos e reagimos a esses erros. É preciso reconhecer e seguir em frente. Mas que os dias de Diego Souza parecem contados no Palmeiras, isso é fato. O que pode ser bom para ele e para o clube.

Outro fato a se registrar: nova arbitragem confusa do outrora bom árbitro Leonardo Gaciba e seu trio de árbitros. O gol anulado de Marcão, do Atlético Goianiense, é um trevo de dúvidas. E além do pênalti marcado para o Palmeiras, houve dois outros não marcados. Será que Gaciba ficou na promessa como grande árbitro?

quinta-feira, abril 29, 2010

Resposta ao Dalton


Caro internauta Dalton, é muito fácil respoder seu questionamento. Que, aliás, carece de fundamento da primeira à última linha. Nos dias de jogos do Atlético e do Campeonato Mineiro eu, durante o primeiro semestre, estou comentando jogos do Campeonato Paulista, minha base. O que muda no Brasileiro, pois comentamos jogos de todos os times. Só vou ver os jogos dos outros estados em teipe, pela TV.

O jogo pela TV é bem diferente do jogo do campo. E todos assistem na TV o futebol europeu, inclusive você, que, acredito seja um especialista no assunto.

Inclusive, a frase o Atlético foi apresentado ao Brasil não é minha, é do Diego Tardelli, após o jogo de ontem, que vi no Mineirão. E o técnico do Atlético, seu time, suponho, também considera o time do Santos o melhor do Brasil. E ele também está trabalhando nos horários de jogos do Santos. Como ele pode concluir isso?

Eu assisto pelo menos dez jogos de futebol por semana por trabalho, não por prazer. E de todas as partes e campeonatos do mundo, pela TV, ao vivo e pela Internet.


Enfim, seja menos preconceituoso nas próximas argumentações
Mineirão ofuscou Camp Nou


Fazia tempo que eu não me divertia tanto comentando um jogo de futebol. Eletrizante do início ao fim, bem jogado, na bola, sem violência, com belos lances de lado a lado. Atlético Mineiro e Santos ofuscaram completamente o jogo entre Barcelona e Inter de Milão. Na superquarta do futebol, a Copa do Brasil deixou a Champions League pelo caminho.

O jogo do Mineirão teve atuações excelentes de alguns jogadores. Tardelli, Muriqui e Aranha, pelo Galo. Ganso, Robinho e Felipe, pelo Peixe. Isso sem contar atores coadjuvantes que mandaram bem demais. Os experientes Ricardinho e Júnior, no Atlético. E Zé Eduardo, que entrou bem demais no time santista, na reta final do jogo.

O belo toque de bola atleticano foi o contraponto à velocidade quase insana do time santista. Um jogo lá e cá, em ritmo de final de campeonato.

A polêmica do segundo gol de Tardelli não vale tanta polêmica, porque foi um impedimento muito difícil de ser marcado. Impedimento, é fato, mas que só se confirma na TV e depois de replay e tira-teima. Bandeirinha isento.

A cada dia eu me transformo num fã maior do mata-mata, essa benção que o futebol nos proporciona.

O melhor disso tudo é que o jogo de volta tem tudo para ser tão bom quanto, até melhor. O Santos todo mundo já conhece, mesmo quando atua abaixo da sua média é capaz de fazer dois gols na casa do adversário, mandar bola na trave etc. O Atlético Mineiro versão 2010 foi apresentado ao Brasil em grande estilo ontem. Só os mineiros estavam acompanhando o time, que mostrou ser capaz de jogar em alto nível, com ênfase num toque de bola refinado.

E isso é só o começo, hein! 2010 promete!

quarta-feira, abril 28, 2010

Deu retranca contra Messi


A Inter fez uma das maiores retrancas da história do futebol europeu e se deu bem. Os defensores do resulado a todo custo estão soltando rojões. Só que no jogo de 180 minutos, os 90 primeiros falaram mais alto ontem, somados à injusta expulsão de Tiago Motta.

E o belo gol de Piqué foi, no mínimo, duvidoso, com toda pinta de impedimento.

E Messi? Decisivo não foi nos 180 minutos. Assim como o Barça, que é ótimo, mas em hora que parece que está treinando, toca, toca, toca e nada acontece. Faltou um pouquinho de fogo nos olhos do belo time catalão.

Agora, canastrão mesmo foi o Mourinho. No dele não passava nem pensamento, e no fim ainda foi tirar onda em campo.

Para os brasileiros, de bom, fica a certeza de que a defesa do time de Dunga na Copa vai ser osso duro de roer. Quase toda ela estava em campo ontem, pela Inter, e a gente viu o que suou o Barça.

terça-feira, abril 27, 2010

O fim de uma era

no vôlei do Brasil


Leio com tristeza a confirmação do fim do projeto do Brasil Vôlei, que nada mais era que a continuação do Banespa, uma das marcas mais tradicionais desse esporte no País.

É uma tristeza bastante nostálgica, pois, modesta e discretamente, eu participei dessa história. Nos meus quase dez anos como jogador de voleibol, passei pouco mais de uma temporada no Banespa. Era ainda o embrião do projeto que se confirmaria ousado e vencedor. Fui para lá em ainda na categoria juvenil, em 1984, levado pelo técnico Waldemar Talarico, com quem tinha trabalhado no Pinheiros.

Até então, o Banespa não era uma grande força do vôlei, estava muito atrás de Paulistano, Pinheiros, Pirelli, Palmeiras e Fonte São Paulo, de Campinas, por exemplo. De 1984 em diante os investimentos foram crescendo, jogadores de nome foram contratados. Chegaram Cebola, depois foram chegando Xandó, muitos outros, e o clube deu início a um espetacular trabalho e peneiras e preparação de juvenis que fez aparecerem jogadores como Marcelo Negrão, Giovane e dezenas de outros craques. Daquele tempo guardo com carinho a lembrança de ótimas amizades e de alguns treinamentos com craques do quilate do Xandó, por exemplo. Uma glória para um fã como eu era, jogador apenas esforçado.

O problema com o atual Brasil Vôlei é uma questão que aflige a modalidade. O voleibol brasileiro é um sucesso internacional, mas se transformou num produto caro, caríssimo. Alguns salários estão próximos do nível do futebol, e o retorno de mídia não se compara. Então, o que acontece? Passa-se a investir mais no topo da pirâmide e a base é deixada de lado.

A história não é de hoje. Lembram do time da Sadia, que mandou no vôlei feminino na década de 90? Não tinha categoria de base. Muitos outros eram assim, projetos de retorno imediato, visando apenas a exposição do nome na mídia e alguma isenção de imposto.

Projetos como o do Rio de Janeiro, que têm como prioridade a revelação de jogadores, como era com o Leite Moça, por exemplo, são cada vez mais raros. É uma realidade que o voleibol precisa estudar, com sua rara capacidade de organização, em se tratando de esporte brasileiro.

domingo, abril 25, 2010

Quem chama o Santos

para a festa, dança!!


Fiz essa brincadeira na transmissão de ontem de Santo André x Santos, pelo SporTV. Foi algo assim: o time do Santos é como aquele cara que você convida para a sua festa e quando percebe ele está dançando com a sua irmã.

O que se viu ontem no Pacaembu foi mais ou menos isso. Enquanto teve coragem e futebol para atacara o Santos, não deixar a molecada se sentir confortável no jogo, o Santo André foi bem. Muito bem, diga-se. Poderia ter virado o jogo ganhando por 2 a 0. Mas não virou.

No começo da segunda etapa, em vez de jogar, o time do ABC recuou e chamou o Santos para a festa. Aí, com André inspirado no lugar de Neymar, e Wesley atuando como meia-atacante, o Peixe atropelou, virou para 3 a 1 em ritmo alucinante. Só foi ter problemas de novo quando o Santo André voltou a atacar e até diminuiu para 3 a 2, tendo chances de empatar.

O que fica do jogo, pelo menos para mim, é que o adversário que quiser ganhar do Santos, o que não é nada fácil, precisa, pelo menos, tentar ser como o Santos. Ousado, veloz, corajoso e atacar muito. Quem enfrentar a nova versão dos Meninos da Vila pensando que a melhor estratégia é a defesa, vai se dar mal. É até bastante provável que o time que decidir encarar de peito aberto, atacando, correndo riscos, também se dê mal.

Mas as chances podem aumentar para quem atuar com ousadia, como fez o Santo André do primeiro tem po. Porque parece claro que de tão ousado, veloz e ofensivo que é esse Santos de Dorival Jr., ele não gosta de enfrentar quem tenta jogar como ele. É algo como aquela velha máxima de que a melhor defesa é o ataque.
Gente nova na

tropa de elite do

futebol paulista


Tem gente nova na elite do futebol paulista. Para 2011, a Série A-1 terá Noroeste de Bauru, São Bernardo e Linense. Falta definir uma vaga, provavelmente do Guaratinguetá.

Parabéns aos times e aos torcedores das cidades de Bauru, Lins e São Bernardo.

sexta-feira, abril 23, 2010

Façam suas apostas

na Libertadores e

na Copa do Brasil


Tudo resolvido, eis que começa o abençoado mata-mata na Libertadores, e o mesmo afunila na Copa do Brasil. Para mim, é o melhor momento do ano. Afinal, quem passa por aqui sabe que fecho questão tal qual um xiita pela causa do mata-mata, do play-off, qualquer que seja o nome.

Na Libertadores, o chaveamento (palavra em moda) parece ter sido generoso com o São Paulo, que escapou do Flamengo e vai encarar o Universitário do Peru. O Rubro-Negro classificou-se na chamada bacia das almas e pega o Corinthians, o melhor da primeira fase. O típico jogo para iniciar ou terminar crises, no qual tudo pode acontecer. De cara, parece que os corintianos sentiram mais o golpe do que os rubro-negros, embora tenham mais time hoje.

O Inter se deu bem, escapou do Cruzeiro e vai enfrentar o Banfield, que se não é molezinha, não chega a ser um Estudiantes, um Vélez.

O Cruzeiro não se deu mal porque o Nacional uruguaio tem mais história que outra coisa.

Sobre Copa do Brasil, já teclei sobre a expecativa enorme gerada pelo duelo Galo x Peixe. O chaveamento (olha ele aí de novo) é favorável ao Palmeiras, que vai recuperando energia mental, e pegara um franco-atirador, o Atlético Goianiense, e, se passar, encara o vencedor do equilibrado duelo Vitória x Vasco.

A bronca ficou no outro lado, que tem Flu x Grêmio e Galo x Peixe. Um Flu sem Conca e Allan precisará ainda mais de Fred e, quem sabe, de Muricy, diante do copeiro Grêmio.

Enfim, chega de enrolação. Parafraseando a amiga Julyana Travaglia, aqui é mata-mata, meu filho!

E vocês? Façam suas apostas!

quinta-feira, abril 22, 2010

Galo e Peixe é o melhor

do menu da Copa do BR


Vem aí um grande jogo, senhoras e senhores. O duelo entre Atlético Mineiro e Santos, ou Galo x Peixe, promete demais nas quartas-de-final da Copa do Brasil.

O Santos dispensa apresentações. É uma autêntica iguaria servida à beira-mar. Prato valorizado, saboroso. Pela velocidade, alguém poderia dizer que é um time fast-food (com o perdão do trocadilho), mas seria um sanduíche requintado.

O Galo está, aos poucos, deixando de ser o trivial mineiro. Devagarinho, como bom time das Gerais, come pelas beiradas e vai chegando, evoluindo a cada semana, tal qual o vinho que precisa respirar para mostrar todo seu aroma.

Nos bancos, dois grandes treinadores. Dorival Júnior representa uma nova geração ousada e muito bem preparada. Wanderley Luxemburgo já não precia provar nada para ninguém, ou, talvez, para aqueles que acham que ele esteja decadente (entre os quais não me incluo).

Este duelo começa provavelmente quarta-feira, no Mineirão, e tem tudo para ser o mais atraente de todos os jogos da Copa do Brasil e, também, daqueles que envolverão brasileiros na Libertadores.

Verdão, aos poucos, vai

recuperando a confiança

Ainda falta muito para se cravar o Palmeiras como favorito ao título da Copa do Brasil. Mas a classificação obtida diante do Atlético Paranaense prova que, aos poucos, devagarinho, o Pamleiras vai recuperando a confiança perdida em algum momento de 2009.

Claro que por ter um time superior ao Furacão e pelas circunstâncias do jogo, o Verdão poderia ter resolvido a parada com menos drama e mais facilidade. Acontece que a cautela ainda permeia o trabalho de Antonio Carlos e, também, o comportamento dos jogadores. Embora com Lincoln e Ewerthon e quando Cletion Xavier retornar, o Palmeiras tenha um grupo de pelo menos quatro ou cinco jogadores de bons para muito bons (Pierre e Marcos somados a eles). Nessa conta não entra Diego Souza, que ultimamente apenas tem sido visto em campo.

Contra Atlético Goianiense ou Santa Cruz o Palmeiras tem favoritismo.

Tricolor ainda tenso

e sem personalidade

Boa vitória, classificação em condições confortáveis, mas não é um time tranquilo e confiante esse São Paulo de Ricardo Gomes. Não consegue se impor, submeter o adversário ao seu estilo de jogo. Chega as vezes a permitir que o inimigo jogue como gosta, mesmo no Morumbi, onde sempre dá as cartas.

Acho que está mais para os jogadores a solução desse dilema tricolor. Ricardo Gomes é um treinador sem nada de especial. Em quatro meses de trabalho ainda não se pode afirmar o que ele pretende do time, qual seu estilo, qual sua marca.

Individualmente, porém, o São Paulo conta com atletas que podem superar a falta de personalidade do técnico.

Maior adversário do

Flamengo é ele próprio

Sempre que afirmo isso e alguma opinão, a massa rubro-negra protesta. Mas cada vez mais isso parece claro. O Flamengo teima em correr o risco de sair da pista sozinho. O time é, no mínimo, pau a pau com qualquer outro do Brasil. Mas se dilui em falta de comando administrativo e futebolístico e, também, na falta de compromisso de alguns jogadores como Pet e Adriano, que se consideram sóis em torno dos quais oribitam os outros jogadores-planetas.

Que dizer de um diretor de futebol como esse Braz, que anuncia a demissão do técnico mas não diz para quando. Meu Deus!!!!!

terça-feira, abril 20, 2010

Os lelés da cuca do Fluminense


Não compartilho da idéia de alguns colegas que consideram Cuca um técnico de futebol espetacular. Seu conceito no Rio de Janeiro me parece um pouco exagerado. Cuca é bom técnico, mas não o coloco no primeiro time. Ainda está abaixo da turma em que militam Luxemburgo, Mano, Muricy, Abel Braga, Paulo Autuori, por exemplo. Questão de ponto de vista.

Demitir agora o Alexi Stival (o nome de batismo do treinador) parece coisa de, desculpem, gente lelé da cuca. Se há acúmulo de insatisfações, decepção pela falta de conquistas, então que essa atitude fosse tomada lá atrás, após a decisão da Sul-americana, da semi da Taça Guanabara.

Trocar Cuca por Muricy não é garantia de nada. Muricy é ótimo, mas sozinho não conquista nem torneio de truco. O que falta ao Fluminense é unidade e coerência. Na semana de um jogo em que, atuando em casa, o time pode assegurar a bem encaminhada vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil, decidem trocar de técnico. Isso no espaço entre o treino da manhã e o da tarde.

Muricy pode chegar, levar o Flu a títulos e tudo mais. O futebol permite isso. Assim como, em se tratando de Fluminense, o substituto de Cuca, seja ele quem for, pode durar uma semana no cargo.

segunda-feira, abril 19, 2010

Fogão e Coxa no paraíso


A segunda-feira começa radiante para as nações botafoguense e coxa-branca. Parabéns, Botafogo! Parabéns, Coritiba, campeões carioca e paranaense. Sem contestações, com méritos de sobra e competência indiscutível.

O Fogão mexeu até com a gozação incutida na alma dos cariocas. Começou a semana aturando os flamenguistas preconizando o tetra vice. Terminou celebrando duas vitórias sobre o rival em jogos decisivos na temporada.

Papai Joel mostrou que em se tratando de futebol, é carioca da gema. Se era o Patinho Feio entre os quatro grandes, o Botafogo conseguiu montar uma equipe aguerrida, competitiva e eficiente. A garra platina de Loco Abreu e Herrera contaminou o time. O Flamengo, em contrapartida, parece ter sido contaminado pela depressão futebolística de Adriano.

No Paraná, o Coritiba foi soberano. Apostou na permanência de Ney Franco após o rebaixamento no Brasileiro. Contou com a colaboração comovente de seu torcedor verdadeiro (não os bandidos), que jamais abandonou o time. O Atlético, sabe-se lá porque, mandou Antonio Lopes embora, e viu a festa do rival.

Em comum, Botafogo e Coritiba têm agora o desafio de analisar virtudes e defeitos de seus elencos para os campeonatos nacionais, que são muito mais difíceis que os estaduais.

Santos à prova de zebras

No duelo de ontem, sem desmerecer história e grandeza do clube, o São Paulo era zebra diante do Santos. Muita zebra. Hoje há um oceano de qualidade a separar as duas equipes. O Santos navega em mar aberto, enquanto o São Paulo não encontrou seu porto seguro. Aliás, está muito longe disso. Neymar segue sendo um fenômeno, maduro, em crescimento constante. O Santo André fez por merecer a final, mas precisará fazer muito mais para ganhar um título improvável.

Cruzeiro: inexplicável

Acho o time do Cruzeiro um dos melhores do País. Mas não consigo entender o por que de Adílson escalar os reservas contra o Ipatinga, com uma semana de espaço para o jogo das oitavas pela Libertadores. Vacilo dos bravos. E a derrota por 3 a 1 foi pouco, era para ter sido uma goleada. O resultado da medida: crise até a bola rolar pela América.

Galo come pelas beiradas

Olho no Atlético Mineiro. Luxemburgo sabe muito, não está decadente, como pensam alguns. O time está crescendo aos poucos e pode chegar na Copa do Brasil e no Mineiro.

A vida é um Gre-Nal

No Sul foram quatro meses para que o óbvio se confirmasse: Gre-Nal na decisão. O jogo da vida dos gaúchos, sem prognóstico. No meio disso tudo, jogos importantes pela Copa do Brasil e pela Libertadores. Ah, como é bom uma decisão de campeonato!

domingo, abril 18, 2010

O Brasil inteiro viu

Natália se confirmar

como craque de vôlei


Uma atuação histórica da oposto Natália, do Osasco, na vitória sobre o Rio, na final da Superliga de vôlei. Talentosa todo mundo sabia que ela era. Agora pegar uma decisão de campeonato e botar no colo como ela fez, é para poucos.

Natália, quando tomou o cartão amarelo no terceiro set, amadureceu anos em minutos. Respirou fundo e deve ter pensado com ela mesma: eu posso ganhar esse jogo e vou ganhar esse jogo. Claro que não sozinha, mas sendo determinante, decisiva, como são os grandes craques, que aparecem sempre nos momentos mais difíceis.

Craque nao é quem brilha na terceira rodada, é quem vai lá e mata o jogo no dia da taça.

sexta-feira, abril 16, 2010

Os vexames de

Danilo e Manoel


Sempre é triste falar de algo que não seja o jogo de futebol ou a prática esportiva em si. Mas ontem, após a vitória do Palmeiras sobre o Atlético Paranaense por 1 a 0, a polêmica envolveu os zagueiros Danilo, do Verdão, e Manoel, do Furacão.

Começo falando pelo que vi, mostrado no brilhante trabalho de imagens da transmissão do SporTV, coordenada por Estevão Nunes. Manoel deu uma cabeçada em Danilo, que cuspiu no rosto de Manoel em revide.

Cenas lamentavelmente cristalinas, que devem ser usadas pelo TJD para punir duramente ambos.

Houve a pisada de Manoel em Danilo, admitira pelo zagueiro paranaense. Pelos ângulos da transmissão, eu não tive condição de afirmar 100% que houve o pisão. Pessoas que estavam no estádio e viram a transmissão se dividiram entre afirmar que houve a pisada, que não houve e que não podiam afirmar.

Mas a afirmação de Manoel após o jogo deixa tudo esclarecido. Ele diz que realmente pisou porque quis pisar.

Sobre a acusação de crime de injúria qualificada por racismo (artigo 140, parágrafo terceiro do Código Penal) não posso opinar. Não há declarações, é a palavra de uma pessoa, e cabe à Justiça tratar desse fato. Não há espaço para suposições num caso como esse.

E o jogo? Pegado como um bom jogo de mata-mata de Copa do Brasil. O Palmeiras foi melhor na primeira etapa, o Furacão mostrou superioridade na segunda. Faltou força ofensiva ao Verdão para ampliar o marcador quando teve um homem a mais, devido à expulsão (correta) de Paulo Baier. O desfalque do meia certamente atrapalhará a vida do Atlético no jogo de volta, em Curitiba, já que a bola parada é a principal jogada do time.

A tímida evolução palmeirense mostra que, mesmo com tempo para trabalhar, o técnico Antônio Carlos não consegue mudar muita coisa. No final, ao tirar Roberto, o único atacante realmente perigoso do time, deu mostras de que tinha mais medo de sofrer o empate do que coragem para buscar um segundo gol. Que poderia ter saído em pênalti de Raul em Lincoln, não marcado pela arbitragem, ainda no primeiro tempo.

Leandro Niehues tem um time mais bem treinado para o duelo de volta. Que tem tudo para ser um belo jogo. Pena que Danilo e Manoel trataram de dar vexame e podem criar um clima péssimo para essa partida.

Cruzeiro chegou

Suada, sofrida, a vaga do Cruzeiro na Libertadores está assegurada. É menos do que o time pode, porque pelo potencial que tem, era para ser líder. Agora espera a definição da ordem dos segundos colocados. O grupo mostra, ainda, que o Vélez é o grande adversário dos brasileiros.

quinta-feira, abril 15, 2010

Corinthians nunca esteve tão

bem preparado na Libertadores



A classificação antecipada e o provável primeiro lugar entre os 16 classificados para as oitavas-de-final provam que o Corinthians jamais se preparou tão bem para a disputa da Libertadores de América. Não quer dizer que vá ganhar, isso depende de muitos fatores. Mas ninguém poderá dizer que o trabalho de planejamento e preparação da equipe não tenha sido bem feito.

Quando me refiro a boa preparação, não analiso apenas o futebol apresentado. É preciso entender que a Libertadores é um torneio particular. A sequência de jogos não é lógica como a do Brasileirão. Há longos períodos entre uma rodada e outra, longas viagens, variações grandes de temperatura, tipo de gramado e estilo de jogo.

Por isso o Corinthians acertou na preparação. Tinha um elenco de jogadores rápidos e jovens, e deu a eles mais experiência e também uma dose de cadência. Já tinha um grande nome internacional para servir de referência e até mesmo pára-raio em tempos de crise. Trouxe mais um para se juntar a Ronaldo: Roberto Carlos.

Está pronto para ganhar? Ainda não. Por exemplo, dos 15 aos 44 minutos do segundo tempo de ontem, aceitou ser dominado por um time fraquíssimo como o Racing uruguaio. Não pode se dar ao luxo de repetir isso contra uma equipe mais qualificada. A Libertadores cobra caro e no mata-mata não há perdão.

Tem boas chances de ganhar? Sim. Primeiro, porque no desempenho até agora ninguém esteve tão bem em aproveitamento. Segundo, porque os outros brasileiros estão oscilantes. O Cruzeiro mostrou o melhor futebol na vitória sobre o Vélez, mas tem um jogo decisivo hoje contra o Colo Colo. O Flamengo vacilou demais contra os chilenos e corre riscos. O Inter ainda não decolou, assim como o São Paulo. E os grandes adversários são os brasileiros.

Tem coisas a corrigir? Sim. Primeiro, Ronaldo precisa voltar a jogar alguma coisa. Segundo, Jucilei é muito bom jogador, mas emocionalmente precisa do suporte do grupo e de Mano. O garoto sai do ar em alguns momentos decisivos. A defesa precisa melhorar nas bolas cruzadas contra sua área. Essa jogada é a mais comum e a mais treinada entre a maioria dos times da Libertadores.

A Magia do Santos


Encantador, encantado, mágico. Adjetivos não bastamao Santos. 10, 9, agora 8. O Guarani está fraco? Muito fraco. Acontece que existem muitos times fracos como o Guarani por aí e nenhum outro que enfrente essas equipes frágeis consegue essa sequência de goleadas, com jogadas de pura alegria, toque rápido, evolução contagiante.

Atualmente, ver o Santos jogar é fundamental.

quarta-feira, abril 14, 2010

Jogo do Galo é no Mineirão


Alerta-me um atleticano certamente mais atendo do que eu. Corrigido está.
Rodada de quarta-feira

no Brasil e na América


Bons jogos às pencas pela Copa do Brasil e pela Libertadores nesta quarta-feira. Desafios, favoritismos e rivalidades a toda prova.

Vou comentar hoje Portuguesa x Fluminense, 19h30, no Canindé. Tem pinta de jogo muito bom. A Lusa tem uma equipe bem montada, que peca apenas na hora da decisão, vacila quando não pode vacilar. Não fosse isso, estaria nas semifinais do Paulista. Um desafio importante para o Fluminense, que tem mais time, embora não esteja conseguindo sucesso exatamente nos mata-matas, desde a incrível reação de 2009. O jogo passa por Fred, não tenho dúvidas. Ele é o cara que pode decidir a partida.

O Santos vai receber o Guarani, na Vila, com chance de fazer um resultado que transforme a volta, em Campinas, em mero trâmite burocrático. Tem mais time, muito mais. Só precisa manter a concentração e os pés ao nível da terra.

Jogo pra lá de interessante acontecerá em Recife. Sport x Atlético Mineiro, Leão x Galo. Luxemburgo de volta à Ilha do Retiro. O Galo é mais forte, o time pernambucano está se reformulando depois do rebaixamento. Agora, não se brinca com o Sport na Ilha. Se o Atlético deixar o Sport tomar conta do jogo e incendiar a torcida, pode se complicar.

Que dizer de Grêmio x Avaí? Baita jogo. Silas de novo encurralado por essa intransigência dos gremistas em aceitá-lo. O Avaí que Silas arrumou de novo em seu caminho, uma grande rivalidade entre gaúchos e catarinenses. Grêmio é mais forte no papel, agora, na prática deve ter muito trabalho.

O Vasco não pode se dar ao luxo de bobear contra o Corinthians Paranaense. E Goiás x Vitória é, talvez, o duelo mais equilibrado.

Na Libertadores, muitas decisões. O Corinthians no Uruguai tem tudo para confirmar a liderança do grupo. Mas se tropeçar pode até ter abalada sua confiança. Complicado mesmo pode ficar o Flamengo se não mostrar dentro de campo o que realmente é: bem melhor que a Universidad Católica. Ainda mais que a Universidad de Chile está praticamente graduada em primeiro lugar no grupo. Adriano certamente fará falta, ele e sua lista interminável de problemas.

O Inter pega o lanterna Emelec e está literalmente proibido de conseguir algo diferente dos três pontos. É jogo onde é proibido vacilar. Jogo de vaga.

Amanhã falaremos mais de Copa do Brasil e Libertadores.

terça-feira, abril 13, 2010

A cidade de São Paulo

na Copa, o que eu penso


Como principal pólo econômico da América Latina, São Paulo não pode ficar fora da Copa do Mundo de 2014. Pelo que representa para o País, seria ideal para a abertura do Mundial. O Rio, cidade mais conhecida e principal destino turístico brasileiro para o mundo, deve fazer a final. Isso é cristalino, óbvio.

O único estádio de futebol na cidade de São Paulo atualmente em condição de pleitear um jogo de Copa do Mundo é o Morumbi. O normal seria que houvesse consenso entre clubes e todos os setores envolvidos em torno desse estádio.

Construir mais um estádio de futebol em São Paulo não parece fazer sentido. Há quatro estádios com proporções de média para grande: Canindé, Palestra Itália, Pacaembu e Morumbi. Todos precisam de muitas reformas para atenderem às exigências da Fifa, em maior ou menor grau.

O problema maior do Morumbi não está no estádio em si, mas na área externa, que não comporta estacionamentos e área para caminhões de transmissão. Hoje o acesso dos times é precário para os padrões internacionais.

Um investidor potencial em estádios com quem conversei questiona o fato de se investir milhões na reforma do Morumbi sem poder ser parceiro do estádio na hora de conseguir o retorno. Algo como pagar a reforma de um teatro e não ganhar um tostão no futuro. E o investimento para adequar o Morumbi é pesadíssimo.

Num mundo ideal, São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos deveriam utilizar o Morumbi em conjunto, dividindo despesas e lucros, como se o estádio fosse o que praticamente é, um patrimônio do futebol paulista. Mas será que o São Paulo toparia como dono do estádio? E os co-irmãos? Será que vale a pena para o São Paulo investir rios de dinheiro num estádio que servirá aos propósitos da Fifa por um mês, mas que talvez se torne um elefante branco para ele próprio depois da Copa?
Não faz sentido uma entidade como a Federação Paulista de Futebol construir um novo estádio em São Paulo. Pelo menos para mim. A não ser que o estádio possa ser compartilhado por três grandes clubes, que poderiam abrir mão de seus próprios estádios e ganhar dinheiro vendendo os terrenos ou ampliando suas áreas sociais. Isso certamente jamais aconteceria.

O Pacaembu não tem condições de atender às exigências da Fifa, é um estádio tombado. Nem atende aos desejos do Corinthians de explorá-lo mais e melhor economicamente, com camarotes e benfeitorias. Daí o eterno desejo corintiano de fazer um estádio que comporte confortavelmente um número grande de sua enorme massa de torcedores.

O Palmeiras está em vias de iniciar a transformação de seu estádio em uma Arena multi uso. Mas não quer encarecer o projeto, previsto para 45 mil lugares, ampliando-o para um número maior de torcedores. Embora seja o desejo de pessoas com influência política no clube, para pleitear a abertura da Copa. O mandatário atual do clube pensa num estádio menor, mas em condições de receber um jogo da Itália, por exemplo.

A Fifa não fala em dois estádios numa mesma cidade para 2014.

Enfim, uma confusão dos diabos.
A crise do Morumbi na Copa.

Este blog já tinha avisado


Não custa nada lembrar, mas o post que vou reproduzir abaixo já tratava do tema escancarado hoje em matéria de capa do caderno de esportes do Estadão. O Morumbi na Copa está subindo no telhado.

Há diversos interesses envolvidos. Entre eles, talvez, o maior seja a construção de um novo estádio na região metropolitana de São Paulo. O Corinthians aguarda ansioso para, enfim, realizar o sonho de ter seu estádio.

O Palmeiras também teria interesse em utilizar sua Arena na Copa. Um grupo político do clube chamado Fanfulla apresentou o seguinte projeto de ampliação da Arena ao presidente Belluzzo: http://www.fanfulla.com.br/sites/default/files/7-Arena.pdf

Belluzzo, inicialmente, é contra o projeto de ampliação, acreditando que o novo estádio alviverde deva ter, no máximo, 46 mil lugares.

Em breve haverá um protesto de moradores da região do Morumbi, apoiado por influentes conselhreiros de Palmeiras e Corinthians, atacando o projeto da chamada Linha 17 do Metrô paulistano, que prevê um trem elevado passando em frente ao estádio do São Paulo.

O Tricolor perdeu espaço, também, pela grave crise politica interna que atravessa. Continua sem solução o caso que envolve as supostas irregularidades na reeleição de Juvenal Juvêncio. Está sub-júdice, na linguagem jurídica, e a solução passa pela última instância, em Brasília.

Conselheiros da oposição atacam duramente o grupo de Juvenal Juvêncio, afirmando que ele fez alterações estatutárias que isolaram os grupos que não estão do seu lado. Uma das manobras teria sido a seguinte: antigamente, sempre que morriam conselheiros, a regra era que os substitutos fossem um da situação e um da oposição, de acordo com as vagas a serem preenchidas. Atualmente, são empossados apenas conselheiros da situação, o que aumenta o poder de Juvenal no conselho.

Outra crítica: como não se sabe se a reeleição será considerada válida, o clube tem dificuldades para fechar contratos de longo prazo.

Veja o post publicado em 6 de abril:

http://blogdonori.blogspot.com/2010/04/palmeirenses-e-corintianos-unidos.html

segunda-feira, abril 12, 2010








É hoje: Milton Leite
em Porto Alegre





Nesta segunda, 12 de abril, Milton Leite lança seu livro As Maiores Seleções Brasileiras de Todos os Tempos hoje, em Porto Alegre. Os gaúchos amantes das boas letras e do bom futebol têm compromisso marcado a partir das 19 horas, na Livraria Saraiva do Shopping Praia de Belas.


Amanhã: Marcelo Barreto
em São Paulo




E nesta terça-feira, 13 de abril, Marcelo Barreto lança seu livro Os 11 Maiores Camisas 10 do Futebol Brasileiro em São Paulo. Será a partir das 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacinoal. Também será o lançamento do livro Os 11 Maiores Laterais do Futebol Brasileiro, de autoria de Paulo Guilherme, o Guri.


domingo, abril 11, 2010

Santos e Santo André

ampliam as vantagens


Dois belos jogos abriram as semifinais do Paulistão. Um grande clássico no Morumbi, um jogo muito bom em Prudente. Santos e Santo andré ampliaram suas vantagens. Se antes de a bola rolar jogavam por dois empates, agora podem até perder por um gol de diferença.

Vi o clássico pela TV, em Presidente Prudente. No primeiro tempo, uma postura agressiva do Santos, em especial após os 15 minutos. Jogou com inteligência, no campo de defesa do São Paulo, que tinha dificuldade para finalizar. Fez 2 a 0 e poderia ter definido.

Na segunda etapa, o São Paulo se encheu de coragem e, mesmo com um a menos (Marlos expulso no primeiro tempo), foi melhor, empatou e poderia ter virado. Finalizou mais e teve mais chances. Não fez e tomou o terceiro gol numa saída falha de Rogério Ceni.

Neymar fez belo jogo, Arouca idem. Hernanes foi um monstro pelo São Paulo, levou o time à frente na segunda etapa.

Nos lances de cartão amarelo e na expulsão de Marlos a arbitragem acertou. Durante o jogo houve algumas dúvidas quanto ao critério utilizado, nada grave, no entanto.

O que fica do jogo? Concentrado, mantendo o nível de atuação, o Santos tem mais time, é melhor. O São Paulo precisou se superar para empatar o jogo e, mesmo assim, num vacilo, perdeu. Pode vencer na Vila, claro, mas por 2 gols já é muito mais complicado. Precisará jogar ainda melhor do que fez no segundo tempo, e contar com alguns momentos de salto alto do Santos.

Prudente e Santo André fizeram um belo jogo, movimentado, aberto. O time do ABC é mais forte, mais completo, mostrou isso no segundo tempo, com os meias Branquinho e Bruno César participando mais. Mesmo assim, foi uma defesa monumental de Júlio César que garantiu o resultado para o Santo André, no último segundo.
Rumo a Prudente, depois

de ver um jogaço de vôlei


Dia de retornar a Prudente, para comentar Grêmio e Santo André, pelas semifinais do Paulistão. Deve dar bom jogo, assim como o San-São deve ser espetacular. Terei as sempre agradáveis companhias de Milton Leite, nosso guru, Ivan Andrade, em grande fase, e do maestro Idival Marcusso.

Ontem vi um tremendo jogo de voleibol. Rio 3 x 2 São Caetano. Admito que fiquei tentado a torcedor pelo São Caetano porque o Mauro Grasso é meu amigo, dos meus tempos de vôlei, jogava no Paulistano no tempo em que eu jogava por lá. Agora, que jogo!

Bernardinho é genial na questão tática, no casamento das redes, tem o adversário na ponta da língua, é impressionante, sabe cada movimento.

Fora isso, tinha muita craque de bola em quadra. Fofão, Sheila, Mari, Joycinha, Fabiana, Fabi, Dani Lins. Essa menina Suellen, líbero do São Caetano, é craque, tem um toque espetacular, é muita habilidade. A meio Juciely, do São Caetano, é outra fera, muito boa jogadora.

A transmissão dos amigos Sérgio Maurício, Marco Freitas (melhor comentarista de vôlei da TV brasileira), Janaína Xavier e Bruna Gosling foi impecável. Show, também, fora de quadra.

sexta-feira, abril 09, 2010

Flamengo não deveria ter jogado



O resultado foi ruim, mas não definitivo para o Flamengo. Mas quero falar de algo que transcende o resultado. De maneira alguma o jogo contra a Universidad de Chile poderia ter sido realizado na quinta-feira. Não se trata de justificativa para algo futebolístico, mas em relação ao que aconteceu no Rio de Janeiro.

Seria possível comparar com uma eventual marcação de jogo para Santiago na semana do terremoto que abalou o Chile.

O Rio vive uma situação de emergência, está psicologicamente abalado por uma tragédia. Acho que o jogo poderia ser remarcado. Claro que há o lado do time chileno, seu deslocamento, seus compromissos.

Não que o Flamengo possa usar algo como desculpa. Quem toma um gol como aquele de empate não pode reclamar de nada. O que pode reclamar o flamenguista é de o time mas leve, mais técnico, ter sido obrigado a jogar num pântano, já que o Maracanã estava impraticável horas antes e foi erguido numa área alagável. Ou seja, o gramado demora mais mesmo para ficar normal em casos de chuva extrema.

Agora o Rubro-Negro em dois jogos decisivos para fazer, nos quais precisa obrigatoriamente vencer. Até a classificação, que parecia certa, agora corre risco.

quinta-feira, abril 08, 2010

Pra não dizer que não

falei dos espinhos...



Corinthians e Palmeiras eliminados na primeira fase do Paulistão pagaram mico. Apenas em dimensões diferentes.

O Corinthians por um ponto, mas pelo que investiu, pelo que custa e, ainda mais, como maior campeão paulista e no ano de seu centenário, não poderia se dar ao luxo de ficar de fora.

O Palmeiras por 11 pontos, maltratou seus torcedores com uma série de decisões atrapalhadas de seus dirigentes e a falta de personalidade dos seus jogadores.

A Lusa, que se vive hoje um momento ruim, mas merece respeito por ser também grande na sua história, bateu na trave - de novo - e foi, pelo menos digna.

Talvez o Corinthians tenha pagado o preço por uma certa demora ao definir o time e também por achar que com os reservas daria conta do recado. Em alguns jogos não deu nem com os titulares.

O Palmeiras certamente pagou o preço por decidir trocar de técnico quando o mais indicado seria trocar vários jogadores e montar um novo time.

Restam aos maiores rivais paulistas lutas distintas no semestre. O Corinthians em boa condição na Libertadores. O Palmeiras uma incógnita na Copa do Brasil.

E a Lusa correndo por fora com uma tremenda pedreira pela frente, o bom time do Fluminense.
Quem é quem na

semifinal paulista


Quatro jogos, o bom e velho mata-mata que eu adoro, um clássico histórico de um lado, uma surpresa e um emergente do outro. Tem pra todo gosto na hora da decisão no Campeonato Paulista. Abaixo, uma análise dos quatro postulantes ao título.

SANTOS - É o grande favorito, o melhor time, o que joga mais bonito. Tem as vantagens do regulamento até a final, se chegar até ela. O PONTO FORTE é o talento dos atacantes e dos meias. Neymar, Robinho e André podem ser decisivos. Paulo Ganso é genial, e Marquinhos tem jogado o que nunca jogou na carreira. Some-se a isso um volante técnico e em grande fase, Arouca, para mostrar as armas do Peixe.

O PONTO FRACO é a defesa. Principalmente nas bolas cruzadas sobre a área. Edu Dracena é muito bom zagueiro, Durval tem jogado bem, mas quando tem uma bola voando sobre a área de Felipe - que não sai do gol com grande propriedade - o Santos mostra um ponto vulnerável.

SÃO PAULO - Classificou-se em quarto lugar, mesmo sem jogar um grande futebol, mas tem alguns grandes jogadores e vem de um momento recente de grandes vitórias. É time de chegada. Vejo como PONTO FORTE do time a média técnica, muito boa. Não há jogador fraco tecnicamente. Tem em Washington um centroavante decisivo, de referência e dois jogadores muito acima da média para suas posições: Hernanes e Rogério.

O PONTO FRACO é a indefinição tática, que faz com que a capacidade de alguns jogadores não possa ser explorada ao máximo.

SANTO ANDRÉ - A grande surpresa do campeonato. De rebaixado para a Série B em 2009 a segundo time da fase de classificação do Paulista em 2010. Depois do Santos, foi o time que jogou o melhor futebol nessa etapa.

O PONTO FORTE é o toque de bola em velocidade do meio-campo. Gil é um ótimo volante que sai pro jogo, Branquinho e Bruno César são meias autênticos e de muito boa qualidade. PONTO FRACO: alguma hesitação na cobertura dos laterais e uma dupla de zaga que tem dificuldades no jogo pelo chão, embora seja eficiente pelo alto.

GRÊMIO PRUDENTE - A mudança de nome e de cidade deu ao time uma torcida mais presente, coisa que não havia nos tempos de Barueri. É um time de boa técnica e que não sabe o que é perder com o novo nome. O PONTO FORTE se mostra com a capacidade ofensiva do meio-campo e do ataque, setores formados por bons jogadores. Marcos Assunção e Wesley se destacam no meio, e Tadeu e Flavinho formam uma boa dupla de frete.

O PONTO FRACO é a dupla de zaga, que mesmo sem ser ruim, oscila muito durante o jogo, sem manter a regularidade.

É o franco atirador das semifinais, já está no lucro e jogará praticamente sem pressão


LAMENTÁVEL A DIVISÃO DE INGRESSOS

Só tenho que lamentar a decisão de destinar apenas 5% de ingressos aos torcedores visitantes nas semifinais do Paulistão. As pessoas civilizadas que querem ir ao estádio estão perdendo cada vez mais espaço para os bandos ditos organizados, que são os maiores beneficiados por essa medida. Assim a civilização sofre derrotas sucessivas. Quem quer apenas torcer não pode ir ao estádio, quem vai pra brigar nas ruas ainda ganha escolta policial.

quarta-feira, abril 07, 2010

Messi, Prudente,

é a bola que rola



Não vi ao vivo - azar o meu - mas revi dezenas de vezes mais um show de Messi, o grande craque do momento no futebol mundial. São espetáculos consecutivos de genialidade, improviso artístico e categoria.

Só posso dar risada de alguns colegas que tentam buscar explicações táticas e de posicionamento para os shows de Messi. Meu Deus! Aquilo é futebol em estado bruto, talento, criatividade, não me venham com tatiquês, por favor!

E o que teria a ver o Prudente com esse post? Nada e tudo. Nada porque Messi pertence a um outro patamar futebolístico. Tudo porque Prudente e São Caetano é o jogo que o SporTV mostra hoje para todo o Brasil, a partir das 21h50 (era o jogo do Flamengo, mas a tragédia no Rio mudou a tabela).

É curioso ver um time que ainda é visita na própria cidade estar cativando os torcedores locais. Não se vê clima de final, mas é possível encontrar carros de som pela cidade chamando a galera para o estádio. A imprensa local só fala nisso e muitas pessoas que encontram nossa equipe pela rua falam com orgulho do Grêmio, remetendo a times do passado como Prudentina e Corinthians.

É assim que a bola rola e fascina. Um dia com Messi, outro com um time modesto do interior do Brasil. A magia do futebol.

Uma explicação sobre
bastidores e informações

É incrível como algumas pessoas simplesmente levam o clubismo ao extremo. Publiquei uma nota aqui de bastidores, com informações, sobre algo que envolve Palmeiras, Corinthians e São Paulo, em especial o estádio do Morumbi. Aguardem as notícias para ver do que se trata.

Pouco me importa quem está certo ou errado, se é que alguém está certo ou errado. Também não dou a mínima para o clube que alguém torce. É um fato do dia-a-dia do futebol. Da rixa entre rivais, do descalabro de obras e da disputa pela mamata de buscar dinheiro público em vésperas de Copa do Mundo. Todos os clubes querem isso. Aliás, o futebol nem deveria precisar de dinheiro público, já que move uma quantidade absurda de dinheiro.

O curioso é que uma nota dessas, até simples, faz com que desperte em alguns o instinto do conspiracionismo, a mania de perseguição, de campanhas ocultas.

O que penso sobre o tema Copa e estádios? Dinheiro público apenas para obras de infra-estrutura que o País possa usufruir depois de terminada a competiçã0. Estádios, hotéis e coisas assim, só com a iniciativa privada. Se os estádios forem públicos, como Mineirão e Maracanã, licitação e acompanhamento feroz dos gastos.

Especificamente sobre o Morumbi? Obviamente é o melhor estádio paulista, o único que pode receber a Copa hoje. Mas tem muitos defeitos que precisam ser corrigidos, é um projeto ultrapassado se for pensado para um Mundial. Mas serve e bem ao seu dono, que deveria pensar muito nisso, em como o clube vai usar o estádio e servir o seu torcedor, e não em projetos para uso por apenas um mês. Acontece que problemas políticos internos do São Paulo estão interferindo no andamento do processo.

terça-feira, abril 06, 2010

Palmeirenses e corintianos

unidos contra o Morumbi


O lado mais visível da briga política que se esconde atrás das obras para a Copa do Mundo é o caso do Morumbi, em São Paulo. Que o estádio precisa de muitas obras para se adequar ao padrão Fifa, isso é sabido. O que não se fala abertamente é do interesse de muita gente em fazer outro estádio na Capital paulista.

Pode ser um estádio totalmente novo, administrado pela Federação Paulista. Há o caso da Arena do Palmeiras, por exemplo. Uma corrente política do clube trabalha pela ampliação do projeto. A idéia é alterar a capacidade da Arena de 45 mil para mais de 50 mil pessoas, com o intuito de tirar a abertura da Copa do rival tricolor. Tem a simpatia de dirigentes do outro rival histórico, o Corinthians.

Nos próximos dias terá início uma campanha na internet, unindo torcedores e dirigentes de Palmeiras e Corinthians, protestando contra o provável uso de dinheiro público nas obras de adequação do Morumbi para a Copa. É esperar para ver.

Como a eleição do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, está sub-júdice por causa de dúvidas quanto ao estatuto do clube, há dificuldade em assinar contratos para as obras do estádio. A pergunta que os interessados fazem é o que acontece se a eleição for considerada ilegal? Os debates no Conselho Deliberativo do São Paulo estão quentes, e há setores da oposição que acham que estão sendo anulados pela situação.
Uma enchente de incompetência

ameaça a Copa do Mundo de 2014



Paralisado pela expectativa da eleição presidencial, o Brasil a cada dia vai caminhando rumo ao sério risco de pagar um mico histórico na realização das duas maiores competições esportivas mundiais, a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Faltam três anos para a Copa das Confederações de 2013, o grande teste para a Copa de 2014, e não há um tijolo sendo colocado em uma obra que tenha como objetivo melhorar alguma coisa para o Mundial de futebol. Enquanto isso, os brasileiros se acotovelam em aeroportos que parecem rodoviárias dos anos 70, se perdem em rodovias inauguradas às pressas e mal sinalizadas e, tragédia nojenta e recorrente, morrem soterrados em deslizamentos pelas chuvas e enchentes de todo ano. Nada mudou.

A irritante mania dos políticos brasileiros de deixarem tudo para o próximo governante e acusarem os antecessores de nada terem feito segue viva, firme e forte. O governo federal atual não quer gastar com nada que possa ser inaugurado pela oposição, se este vencer o pleito presidencial. O mesmo vale para as esferas estaduais.

De novo, o Brasil perde uma chance de ouro para crescer de forma consistente. A economia dá uma arrancada e é obrigada a frear no sinal vermelho da falta de infra-estrutura. A Copa e a Olimpíada podem ser motores da realização de obras fundamentais para o País. Estradas, aeroportos e ferrovias melhores ajudariam no escoamento da produção e favoreceriam a circulação de turistas pelo Brasil.

Para se ter uma idéia de o quanto isso é serio, a África do Sul deixará de receber milhares de turistas na Copa por não ter um sistema hoteleiro eficiente e nem um sistema de transportes que se aproxime do padrão europeu. E os europeus são os grandes consumidores do futebol. Acostumados que estão com a facilidade de deslocamento proporcionada pelo espetacular sistema ferroviário e seu continente, estranham sempre que não contam com essa facilidade.

Mas no Brasil os dirigentes do futebol e os políticos preferem brigar por fatias generosas de dinheiro público que podem brotar dos orçamentos visando a Copa do Mundo.

segunda-feira, abril 05, 2010

Estaduais começam para valer



Não compartilho de todas as idéias de meu amigo e guru Lédio Carmona, que já perdeu o encanto com os campeonatos estaduais. Acho que esse tipo de competição tem sua utilidade e seu lugar no mercado do futebol atual, embora precise de reposicionamento estratégico, o chamado choque de realidade. Estadual com 16, 20 clubes é utopia, é tiro no pé.

Mas a reta de chegada promete rodadas animadas de Norte a Sul do Páis, num bom aperitivo dos torneios nacionais do segundo semestre.

Como não ficar tentado a acompanhar as semifinais da Taça Rio, por exemplo? Flamengo x Vasco e Fluminense x Botafogo. Só jogão. A rivalidade histórica em campo e no meio de tudo isso jogos importantes e decisivos pela Libertadores (Fla) e Copa do Brasil (Vasco e Flu). Óbvio que antes disso tudo, e aí concordo com o Lédio, perde-se muito tempo com rodadas e mais rodadas.

Mas essas rodadas muitas vezes inúteis ainda aprontam algumas surpresas em São Paulo. Como o Santo André, classificado e que só perde o segundo lugar -e as consequentes vantagens - se o Prudente tirar uma desvantagem de 15 gols de saldo. E há surpresa maior que esse Prudente, que parece um time adotado pelo Programa de Proteção às Testemunhas. Mudou de nome, de casa, de cidade, mas tem tudo para se classificar. Resta a São Paulo, Corinthians e Portuguesa uma luta desigual pela última vaga.

Desigual porque a tendência aponta para o Tricolor, que enfrenta o Santo André em Piracicaba, beneficiado (sem pedir, é lógico, apenas cumpre a tabela do adversário), pela absurda questão do mando de campo do Pauistão. Quem paga mais leva um jogo para sua cidade. Ridículo.

Enquanto isso, o Santos espera seu adversário, que deve ser o São Paulo, aí sim um duelo para colocar a prova a maturidade dessa molecada boa de bola da Vila Belmiro.

No Sul, o eterno Gre-Nal pode ser atrapalhado por algum intruso, num torneio que representa o inchaço que se combate nesse tipo de disputa. O mesmo vale dizer do Paraná, onde o Coritiba e o Atlético estão em outro patamar enquanto o Paraná segue sem rumo.

Enquanto a Copa do Brasil e a Libertadores não pegam no breu e o Brasileirão e a Copa não começam, sem dúvida teremos bons aperitivos.

sexta-feira, abril 02, 2010

Olha o Santa Cruz aí, gente!


Talvez a vitória do Santa Cruz sobre o Botafogo pela Copa do Brasil seja como um amor de verão, uma aventura de momento. Ninguém sabe até onde esse time pode ir. Mas, com todo o respeito que merece a dor dos botafoguenses, o resultado obtido pelo time pernambucano tem enorme significado. Fez com que o noticiário se lembrasse do Santa, os torcedores dos outros times recordassem que, mesmo combalido, maltratado, judiado, o time da torcida Cobra Coral está aí, segue vivo n o coração de sua gente.

Aprendi a admirar o futebol de Pernambuco ouvindo histórias que meu querido pai, Luiz Noriega, conta de sua passagem pela rádio Tamandaré, nos anos 50. Meu pai sempre simpatizou com o Santa, um time de enorme apelo popular, embora tenha narrado jogos dos três grandes pernambucanos, entre outras funções que exerceu em Recife.

Em 2002 ou 2003, já não me lembro bem, tive a oportunidade de comentar, ao lado do amigo João Guilherme, um clássico entre Santa Cruz e Sport, no Mundão do Arruda. Mais de 50 mil pessoas nas arquibancadas, e jogo terminado em 1 a 1, pela Série B do Campeonato Brasileiro da Série B. Inesquecível.

Que essa vitória heróica do Santa inspire sua gente, seus dirigentes de bem, para que iniciem uma revolução no clube e o catapultem da Série D para a Série A do Brasileiro. O futebol pernambucano é muito forte, Recife é uma cidade muito importante, perfeitamente capaz de colocar seus três times na principal divisão do futebol brasileiro.
Os times do povo brigam

pela ponta na Libertadores



São muito boas as possibilidades de que Corinthians ou Flamengo terminem a primeira fase da Libertadores como os melhores de seus grupos e disputem, ponto a ponto, a condição de principal campanha dessa etapa inicial.

O que isso representa na prática? O melhor time entre os 16 que passam para as oitavas-de-final tem a vantagem de jogar sempre em casa no mata-mata, até o jogo decisivo.

O Corinthians chegou a dez pontos, pode ainda fazer 16. O Flamengo pode chegar a 15 e precisaria de um tropeço do Corinthians, claro que mantendo 100% de aproveitamento no returno, para gozar desse benefício.

O colombiano Once Caldas pode alcançar 14 pontos e dependeria de tropeços do Flamengo e do Corinthians para liderar seu grupo, que é o do São Paulo, e ser o melhor da primeira fase. O Tricolor paulista só pode chegar a 13 pontos. O Internacional, que tem 8 pontos e pode chegar a 14, também sonha com a liderança da etapa. O Cruzeiro alcança, no máximo, 13 pontos.

Lembro que na segunda fase, os times mexicanos do San Luis e do Chivas entram direto na fase de oitavas-de-final, ocupando as posições de números 13 e 14.

Comentei a vitória do Corinthians sobre o Cerro Porteño pelo SporTV. O time paulista viveu bons e maus momentos no jogo. Tanto poderia ter vencido por 3 a 0 com tomado o empate. É verdade que o gol do Cerro foi ilegal, pois Zeballos estava impedido quando ajeitou de cabeça para Julio dos Santos marcar.

O Corinthians precisa corrigir essas oscilações de ritmo, organizar a defesa nas bolas pelo alto (erra demais) e - como? - tratar de dar alguma condição física a Ronaldo. Não é em todo jogo que a bola vai sobrar livre para ele empurrar para o gol.

quinta-feira, abril 01, 2010

São Paulo ainda

não despertou


Cruzeiro e Inter acordaram e encaminharam suas classificações na Libertadores. Aliás, que bela dupla de ataque formam Thiago Ribeiro e Kléber Gladiador! O Inter espantou a crise que ameaçava Fossatti e pode se reunir em torno da figura do treinador, que ontem chegou a emocionar em seu desabafo, comemorando ajoelhado um dos gols.

Quando toca a bola em velocidade, jogando no campo do inimigo, o Cruzeiro é um baita time. Ainda falta alguma consistência, a zaga muitas vezes entra em parafuso. Mas é dos times que dão gosto de ver jogar.

O Inter tem elenco para fazer muito mais do que fez até agora. A pacificação interna pode ser o primeiro passo. Se deixarem o Fossatti trabalhar mais um pouco, com calma, poderemos ver suas idéias de maneira mais clara.

Quem ainda não despertou em 2010 é o São Paulo. O time segue apagado, sonolento, sem lampejos. Acho que vai se classificar, mesmo que o Once Caldas cumpra sua parte e vença o fraquíssimo Nacional paraguaio.

O problema é bola, e os torcedores do São Paulo querem mais. Pedem mais. Rola uma campanha on Twitter sob o título de Fora, Ricardo Gomes. Óbvio que como treinador ele ainda não mostrou muita coisa no São Paulo. Mas que jogador já mostrou, tirando o Washington, nesta temporada?

E as contratações que foram feitas com alarde, como os Paraíba, Carlinhos e Marcelinho? Xandão, André Luís?

Vamos esperar um pouco mais, há jogadores que podem mudar isso, há talento no São Paulo, mas que o time não motiva ninguém a vê-lo jogar, isso é fato.

Palmeiras e Corinthians

O Palmeiras poderia ter goleado o Paysandu se tivesse mais calma e se o juiz marcasse dois pênaltis que não marcou. O melhor para os palmeirenses foi ver a torcida, de novo, apoiando o time. Isso será fundamental no momento de transição por que passa a equipe. Uma transição que será lenta e algo demorada.

O Corinthians enfrenta um Cerro Poreño em frangalhos e tem tudo para confirmar a liderança da chave e projetar uma classificação entre os primeiros, talvez como líder da fase inicial. Vantagem preciosa na sequência da Libertadores, por decidir em casa nos mata-matas.