Imprensa x treinadores
x jogadores x torcedores
Virou moda o embate quase diário entre jornalistas e treinadores, jogadores e torcedores no que se refere à cobertura do dia a dia do futebol no Brasil.
Longe de mim querer fazer um manifesto em defesa da categoria. Não tenho procuração para isso e acho que a categoria erra tanto quanto erram jogadores, treinadores e torcedores. Tem gente boa e ruim de todos os lados.
Ultimamente atribui-se a imprensa alguma parcela dos problemas dos clubes. Jogadores reclamam, muitas vezes com razão, de que declarações foram deturpadas. Mas em outros casos os mesmos falam e depois dizem que não falaram, têm medo da repercussão e para alguns falta caráter para sustentar o que falaram.
Há, também, muita fofoca e notícia mal apurada. Ouve-se apenas uma fonte, não se checa e quem se interessa apenas pela polêmica e não pelo bom Jornalismo, cai nessa.
Hoje a cobertura esportiva mudou muito. Tenho mais de 20 anos de carreira e a situação é muito diferente de quando comecei. Hoje pululam mídias. Rádios, sites, tv aberta, tv fechada. Antigamente havia cinco repórteres num treino, hoje há dezenas.
Os jogadores e treinadores também mudaram. Técnico fala demais, virou estrela de primeira grandeza, dá longas e professorais coletivas. O jogador, a estrela do espetáculo, ou não quer falar ou é protegido por alguns assessores de imprensa que mais atrapalham que assessoram.
A cobertura é massiva, sufocante, irritante até. E os estouros são mais frequentes.
Sobre notícia, uma coisa que aprendi em duas décadas de cobertura: ninguém inventa notícia. Existe notícia boa ou ruim no sentido de ser checada, crível ou não. Notícia de crise, por exemplo, de briguinha interna, vem de dentro do próprio clube. Muitas vezes é mentirosa, mas sai de alguém que quer ver o circo pegar fogo.
O mau jornalista não checa, acredita em apenas uma fonte e publica. Logo em o desmentido. Ainda que seja verdade, começa o pingue-pongue. Falou ou não falou?
O torcedor muitas vezes ouve coisas que ninguém falou. Enxerga inimigos, complôs, desrespeito. Acha que você não gosta do time dele, que persegue o estado dele, que é bairrista.
Um flamenguista e um são-paulino, por exemplo, acharam chacota a proposta que fiz no post anterior sobre a frase "se deixar chegar..." Tanto não queria chacota que coloquei no post isso, amigo rubro-negro. Não procure fantasmas onde eles não existem. Aí, sim, você estará desrespeitando a história do clube que nasceu nas ruas e foi adotado pelo povo.
O que está faltando é bom senso. Há muita tensão no ar. E é preciso autocrítica de todos os lados envolvidos. Menos piadinha, como as que fizeram com Obina, que é um profissional do futebol e não merece ser ironizado. Mais Jornalismo e menos fofoca. E mais respostas e menos bravatas.
sexta-feira, outubro 30, 2009
quinta-feira, outubro 29, 2009
quarta-feira, outubro 28, 2009
Que feio, Agassi!
Notícia decepcionante a de que Andre Agassi, um dos maiores tenistas de todos os tempos, fez uso de doping em sua carreira.
Agassi foi um fenômeno, jogava muito, teve uma recuperação fantástica na carreira, mudou seu estilo de jogo quando já era um veterano e pôde brilhar novamente.
Quando alguém desse nível solta uma bomba (com o perdão do trocadilho) desse tipo, o esporte como um todo fica abalado, a credibilidade é questionada.
Errar é humano, e Agassi com certeza tirou um peso das costas. Mas não se conserta o estrago.
terça-feira, outubro 27, 2009
Os mais e os menos
do Brasileirão 2009
Alguns números interessantes nessa reta final do Brasileiro/09 até a rodada número 31.
Quem ficou mais rodadas na liderança?
Palmeiras -15
Galo - 8
Inter - 7
Vitória - 1
Quem ficou mais rodadas no G-4?
Inter - 29 (erro meu ao ter citado anteriormente o Galo, corrigido por um blogueiro mais atento que eu)
Palmeiras - 26
Galo - 21
São Paulo - 13
Vitória e Goiás - 12
Quem segurou a lanterna por mais rodadas?
Fluminense - 12
Náutico - 5
Sport - 4
Atlético-PR - 3
Quem ficou mais rodadas na Zona de Rebaixamento?
Sport - 24
Fluminense - 22
Náutico - 19
Botafogo - 17
Atlético-PR - 13
do Brasileirão 2009
Alguns números interessantes nessa reta final do Brasileiro/09 até a rodada número 31.
Quem ficou mais rodadas na liderança?
Palmeiras -15
Galo - 8
Inter - 7
Vitória - 1
Quem ficou mais rodadas no G-4?
Inter - 29 (erro meu ao ter citado anteriormente o Galo, corrigido por um blogueiro mais atento que eu)
Palmeiras - 26
Galo - 21
São Paulo - 13
Vitória e Goiás - 12
Quem segurou a lanterna por mais rodadas?
Fluminense - 12
Náutico - 5
Sport - 4
Atlético-PR - 3
Quem ficou mais rodadas na Zona de Rebaixamento?
Sport - 24
Fluminense - 22
Náutico - 19
Botafogo - 17
Atlético-PR - 13
domingo, outubro 25, 2009
Quem é quem na reta
final do Brasileirão 09
Nunca antes na história desse Campeonato Brasileiro de pontos corridos (perdão, presidente, pelo uso de sua introdução favorita) houve tanto equilíbrio na disputa do título. Em termos aritméticos, a lógica aponta que do primeiro ao sétimo colocado todos têm chances de conquistar o título, faltando 7 rodadas para o final.
Faço abaixo uma análise do que vejo em cada um dos sete postulantes para essa reta final de arrepiar. Pela ordem de classificação ao final da rodada 31.
Palmeiras - Teve tudo para, a essa altura do campeonato, já estar festejando a conquista. Mas de todos os postulantes ao título é o que atravessa o pior momento. Quatro jogos sem vitória, três derrotas consecutivas sem fazer um gol. O líder é uma grande incógnita. Tem faltado tudo ao Palmeiras, de futebol a personalidade e alternativas. Ainda tem as melhores possibilidades, mas deixou de inspirar confiança. Faz quatro jogos em casa e três fora. Um desses como mandante é o clássico contra o Corinthians. Dos adversários diretos, enfrenta Goiás e Atlético Mineiro, ambos em casa. Tem Muricy, um especialista em administrar vantagens, mas que ainda não colocou em prática o que fez nos últimos três anos. Não terá Cleiton Xavier, um de seus melhores jogadores, na reta decisiva.
Atlético Mineiro - É o time mais regular do grupo que briga pelo título. Esteve mais rodadas entre os 4 primeiros, arrancou bem, caiu, se recuperou. Faz três jogos em casa e quatro fora. Em casa enfrenta dois advesários diretos, Inter e Flamengo, e pega o Palmeiras fora. Foi o time que mais se qualificou nessa caminhada e entra como uma surpresa no grupo dos favoritos (eu mesmo confesso que não acreditava nas chances de o Galo brigar pelo título, mas ele chegou). Resta saber se haverá a dose de risco que sempre faltou a Celso Roth em momentos decisivos. Diego Tardelli em grande fase, Ricardinho na coordenação e o Mineirão sempre lotado são as armas.
Internacional - Joga três vezes em casa e quatro fora, mas pega Galo e São Paulo longe do Beira-Rio. Era o favorito de quase todo mundo, mas sempre negou fogo nas muitas oportunidades que teve para assumir a ponta. Tem como grande arma a volta de Giuliano, grande revelação do clube e talento indispensável para uma reta de chegada. Grande desafio, também, para o técnico Mário Sérgio, que nos últimos tempos tem apenas treinado times para não cair e agora tem a possibilidade real de disputar um título. Qual será a postura dele e do time? O elenco é dos melhores.
São Paulo - De todos os times que disputam o título é o único que já provou ser capaz de grandes viradas e superações. A base da conquista de 2008 está mantida e a vitória sobre o Santos foi espetacular. Embora não seja um time brilhante, é de perfil decisivo e talvez seja o único com a capacidade psicológica de, se assumir a liderança, conservá-la sem deixar a mesma escapar. Tem a seu favor o crescimento de produção de jogadores fundamentais na reta de chegada, como Hernanes e Jorge Wagner. Joga quatro vezes em casa e apenas uma contra um adversário realmente direto, o Inter. Termina em casa contra o Sport.
Flamengo - Conseguiu uma grande arrancada e entrou na briga com a vitória sobre o Botafogo (mesmo tendo sido um time muito recuado no segundo tempo, que correu riscos desnecessários). Tem dois acima da média, Adriano e Petkovic, o que não é pouco. Aliás, é muito. Tem um adversário histórico, o oba-oba quase incontrolável dos torcedores e de parte da mídia, que muitas vezes contamina o elenco. Também possui experiência de sobra para lutar contra isso. Joga três vezes em casa e quatro fora. Uma das partidas como visitante será espetacular, contra o Atlético, no Mineirão.
Cruzeiro - É o melhor time do segundo turno e paga um alto preço pela depressão pós-Libertadores. Joga quatro vezes em casa e três fora. Não enfrenta mais nenhum adversário direto, o que pode ser bom e ruim. Bom por ter adversários teoricamente mais fracos. Ruim por não poder mais tirar pontos de quem está à frente dele. Enfrentará ainda três dos times que lutam para não cair: Santo André, Fluminense e Sport.
Goiás - Caiu muito de produção nas últimas rodadas. Parece estar faltando força e capacidade de decisão. A defesa é o ponto fraco do time, a pior dos sete primeiros colocados, com 51 gols sofridos. Tem jogadores experientes e técnicos do meio para a frente, mas dos sete é o que vive talvez a situação menos favorável. Até a Libertadores, que parecia certa, corre riscos. Joga três vezes em casa e quatro fora. Mas enfrenta Palmeiras, Atlético Mineiro, São Paulo e Flamengo. Ou seja, pode tirar pontos de quatro que estão à sua frenete.
final do Brasileirão 09
Nunca antes na história desse Campeonato Brasileiro de pontos corridos (perdão, presidente, pelo uso de sua introdução favorita) houve tanto equilíbrio na disputa do título. Em termos aritméticos, a lógica aponta que do primeiro ao sétimo colocado todos têm chances de conquistar o título, faltando 7 rodadas para o final.
Faço abaixo uma análise do que vejo em cada um dos sete postulantes para essa reta final de arrepiar. Pela ordem de classificação ao final da rodada 31.
Palmeiras - Teve tudo para, a essa altura do campeonato, já estar festejando a conquista. Mas de todos os postulantes ao título é o que atravessa o pior momento. Quatro jogos sem vitória, três derrotas consecutivas sem fazer um gol. O líder é uma grande incógnita. Tem faltado tudo ao Palmeiras, de futebol a personalidade e alternativas. Ainda tem as melhores possibilidades, mas deixou de inspirar confiança. Faz quatro jogos em casa e três fora. Um desses como mandante é o clássico contra o Corinthians. Dos adversários diretos, enfrenta Goiás e Atlético Mineiro, ambos em casa. Tem Muricy, um especialista em administrar vantagens, mas que ainda não colocou em prática o que fez nos últimos três anos. Não terá Cleiton Xavier, um de seus melhores jogadores, na reta decisiva.
Atlético Mineiro - É o time mais regular do grupo que briga pelo título. Esteve mais rodadas entre os 4 primeiros, arrancou bem, caiu, se recuperou. Faz três jogos em casa e quatro fora. Em casa enfrenta dois advesários diretos, Inter e Flamengo, e pega o Palmeiras fora. Foi o time que mais se qualificou nessa caminhada e entra como uma surpresa no grupo dos favoritos (eu mesmo confesso que não acreditava nas chances de o Galo brigar pelo título, mas ele chegou). Resta saber se haverá a dose de risco que sempre faltou a Celso Roth em momentos decisivos. Diego Tardelli em grande fase, Ricardinho na coordenação e o Mineirão sempre lotado são as armas.
Internacional - Joga três vezes em casa e quatro fora, mas pega Galo e São Paulo longe do Beira-Rio. Era o favorito de quase todo mundo, mas sempre negou fogo nas muitas oportunidades que teve para assumir a ponta. Tem como grande arma a volta de Giuliano, grande revelação do clube e talento indispensável para uma reta de chegada. Grande desafio, também, para o técnico Mário Sérgio, que nos últimos tempos tem apenas treinado times para não cair e agora tem a possibilidade real de disputar um título. Qual será a postura dele e do time? O elenco é dos melhores.
São Paulo - De todos os times que disputam o título é o único que já provou ser capaz de grandes viradas e superações. A base da conquista de 2008 está mantida e a vitória sobre o Santos foi espetacular. Embora não seja um time brilhante, é de perfil decisivo e talvez seja o único com a capacidade psicológica de, se assumir a liderança, conservá-la sem deixar a mesma escapar. Tem a seu favor o crescimento de produção de jogadores fundamentais na reta de chegada, como Hernanes e Jorge Wagner. Joga quatro vezes em casa e apenas uma contra um adversário realmente direto, o Inter. Termina em casa contra o Sport.
Flamengo - Conseguiu uma grande arrancada e entrou na briga com a vitória sobre o Botafogo (mesmo tendo sido um time muito recuado no segundo tempo, que correu riscos desnecessários). Tem dois acima da média, Adriano e Petkovic, o que não é pouco. Aliás, é muito. Tem um adversário histórico, o oba-oba quase incontrolável dos torcedores e de parte da mídia, que muitas vezes contamina o elenco. Também possui experiência de sobra para lutar contra isso. Joga três vezes em casa e quatro fora. Uma das partidas como visitante será espetacular, contra o Atlético, no Mineirão.
Cruzeiro - É o melhor time do segundo turno e paga um alto preço pela depressão pós-Libertadores. Joga quatro vezes em casa e três fora. Não enfrenta mais nenhum adversário direto, o que pode ser bom e ruim. Bom por ter adversários teoricamente mais fracos. Ruim por não poder mais tirar pontos de quem está à frente dele. Enfrentará ainda três dos times que lutam para não cair: Santo André, Fluminense e Sport.
Goiás - Caiu muito de produção nas últimas rodadas. Parece estar faltando força e capacidade de decisão. A defesa é o ponto fraco do time, a pior dos sete primeiros colocados, com 51 gols sofridos. Tem jogadores experientes e técnicos do meio para a frente, mas dos sete é o que vive talvez a situação menos favorável. Até a Libertadores, que parecia certa, corre riscos. Joga três vezes em casa e quatro fora. Mas enfrenta Palmeiras, Atlético Mineiro, São Paulo e Flamengo. Ou seja, pode tirar pontos de quatro que estão à sua frenete.
sábado, outubro 24, 2009
quinta-feira, outubro 22, 2009
Liderança palmeirense
não tinha sustentação
Pelo futebol que não vem jogando o Palmeiras sustenta a liderança mais ilusória do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. Não se sustenta em campo.
Pode ser campeão? Pode. Ainda é o que tem as maiores chances, mas anda desfilando uma falta de capacidade alarmante para seus torcedores.
Já há algum tempo o Palmeiras não jogava futebol de líder. Diria que desde a vitória sobre o Atlético Paranaense, em casa, quando jogou muito menos que o adversário. O último momento de bom futebol palmeirense foi o segundo tempo do jogo com o Santos.
Desde então o time tem sido uma sucessão de erros individuais absurdos que evidenciam a perda do eixo coletivo. Alguns jogadores sumiram. Cleiton Xavier é uma pálida lembrança do organizador eficiente de outrora. Diego Souza parecia um zumbi em campo contra Flamengo e Santo André. Edmílson é o grande erro tático de Muricy, em minha opinião. Ele não pode ser volante, não tem físico e ritmo para isso.
Bola jogada, o título se oferece para vários clubes. Pelo que estão jogando, apenas três mostram qualidades dignas de um campeão: Atlético Mineiro, Flamengo e Cruzeiro. Para Cruzeiro e Flamengo talvez não dê mais tempo. Já para o Galo estão abertas as portas da alegria. O São Paulo está mais parecido com o Palmeiras do que com esses outros três.
E o Palmeiras? A julgar pela amarelada de ontem, está pronto para perder o título mais ganho dos últimos tempos.
não tinha sustentação
Pelo futebol que não vem jogando o Palmeiras sustenta a liderança mais ilusória do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. Não se sustenta em campo.
Pode ser campeão? Pode. Ainda é o que tem as maiores chances, mas anda desfilando uma falta de capacidade alarmante para seus torcedores.
Já há algum tempo o Palmeiras não jogava futebol de líder. Diria que desde a vitória sobre o Atlético Paranaense, em casa, quando jogou muito menos que o adversário. O último momento de bom futebol palmeirense foi o segundo tempo do jogo com o Santos.
Desde então o time tem sido uma sucessão de erros individuais absurdos que evidenciam a perda do eixo coletivo. Alguns jogadores sumiram. Cleiton Xavier é uma pálida lembrança do organizador eficiente de outrora. Diego Souza parecia um zumbi em campo contra Flamengo e Santo André. Edmílson é o grande erro tático de Muricy, em minha opinião. Ele não pode ser volante, não tem físico e ritmo para isso.
Bola jogada, o título se oferece para vários clubes. Pelo que estão jogando, apenas três mostram qualidades dignas de um campeão: Atlético Mineiro, Flamengo e Cruzeiro. Para Cruzeiro e Flamengo talvez não dê mais tempo. Já para o Galo estão abertas as portas da alegria. O São Paulo está mais parecido com o Palmeiras do que com esses outros três.
E o Palmeiras? A julgar pela amarelada de ontem, está pronto para perder o título mais ganho dos últimos tempos.
terça-feira, outubro 20, 2009
Fenômeno também
com as palavras
"Eu sou corintiano, mas sou do esporte. Se o Palmeiras merecer ganhar o campeonato, vai ganhar e para mim tudo bem. Não vou sofrer com o sucesso dos outros. É um sentimento que me proíbo ter".
Ronaldo Fenômeno, perguntado se teria algum prazer se o Corinthians atrapalhasse a vida do Palmeiras
com as palavras
"Eu sou corintiano, mas sou do esporte. Se o Palmeiras merecer ganhar o campeonato, vai ganhar e para mim tudo bem. Não vou sofrer com o sucesso dos outros. É um sentimento que me proíbo ter".
Ronaldo Fenômeno, perguntado se teria algum prazer se o Corinthians atrapalhasse a vida do Palmeiras
domingo, outubro 18, 2009
Vende-se um título brasileiro.
Mas será que tem comprador?
O anúncio está publicado em todos os campos de futebol que recebem os 20 participantes do Campeonato Brasileiro da Série A. A CBF oferece o título nacional de futebol, conquista de prestígio, de um dos torneios mais importantes do mundo. Interessados há vários. O problema é que não tem aparecido um comprador que tenha cacife para bancar a compra.
O Palmeiras parecia que estava pronto para fechar o negócio. Mas não se sabe no mercado se tem fundos suficientes. Pelas três últimas rodadas, deu pinta de blefe, embora ainda tenha crédito. Só que anda gastando mal. Desvalorizou-se sobremaneira nos últimos três pregões e já tem gente querendo vender rapidinho com medo de quebrar a cara.
O São Paulo é reconhecido como um comprador agressivo, que sabe a hora exata de entrar no jogo, de fazer uma oferta irrecusável. Mas esse era o São Paulo até o ano passado. O time desse ano está mais para especulação do que qualquer coisa.
O Internacional era apontado como a grande aposta. Começou adquirindo papéis que davam a pinta de valorizar muito, mas quando mais se espera dele, acaba caindo de cotação.
Vem aí o Atlético Mineiro, que esteve sempre entre os principais jogadores. A cotação oscilou, mas sempre esteve entre as 4 ações mais valorizadas. Resta saber se tem pique para virar uma blue chip, aquele tipo de ação que se considera aposta de retorno garantido.
O Flamengo aparece como uma aposta de alto risco. Andava esquecido, mas sua cotação aumentou consideravelmente. Quem comprar agora ainda compra barato e pode lucrar no final, mas é jogada para quem tem dinheiro a perder de vista.
O Goiás ensaiou o salto duas ou três vezes mas sentiu aquela fisgada e acabou queimando. A Libertadores também parece o que dá para o Esmeraldino. Se der.
Resta deixar um dinheirinho reservado para aplicar no Cruzeiro. Pode ainda render Libertadores.
Isso posto, vamos aos pitacos da rodada, apenas dos dois jogos que assisti.
Impressionante como dois jogadores veteranos, mais para o final da carreira, conseguiram controlar esses dois jogos. Retrato da mediocridade técnica. Aqui medíocre tem o sentido que sempre teve, de mediano, normal.
No sábado, Ricardinho conduziu o Atlético Mineiro jogando a la Verón. Toques rápidos, simples, leitura perfeita de jogo. Some-se a isso a grande fase de Tardelli e a boa organização do time de Celso Roth e bastou para afastar ainda mais o São Paulo do rótulo de bicho-papão.
O São Paulo tem vivido muito mais da fama conquistada em 2006/07/08. A versão 2009 nem de longe lembra as três anteriores. O time é pobre de idéias e tem jogadores que visivelmente estão com a cabeça em outro lugar. O Galo se reforçou na medida certa durante a competição e com isso é hoje um time mais competitivo do que no início. E bastante regular.
No domingo foi a vez de Petkovic destruir o frágil castelo palmeirense. Um golaço, muita inteligência para jogar e um gol olímpico (com ajuda providencial da defesa alviverde). Pet joga muito e tem uma qualidade rara no futebol brasileiro: é inteligente com os pés, com a cabeça e com as palavras. Bastou isso para o Flamengo. Nem precisou de Adriano, que jogou com evidente desconforto físico graças ao problema na canela. O Mengão jogou no erro do Palmeiras. Que erra muito e por isso não inspira confiança, embora ainda seja líder.
O Flamengo ainda tem como realidade plausível a zona de classificação da Libertadores. A arrancada é boa, talvez a melhor de todos os que se situam entre os 6 primeiros. Resta saber se haverá tempo para sustentar tal desempenho.
Mas será que tem comprador?
O anúncio está publicado em todos os campos de futebol que recebem os 20 participantes do Campeonato Brasileiro da Série A. A CBF oferece o título nacional de futebol, conquista de prestígio, de um dos torneios mais importantes do mundo. Interessados há vários. O problema é que não tem aparecido um comprador que tenha cacife para bancar a compra.
O Palmeiras parecia que estava pronto para fechar o negócio. Mas não se sabe no mercado se tem fundos suficientes. Pelas três últimas rodadas, deu pinta de blefe, embora ainda tenha crédito. Só que anda gastando mal. Desvalorizou-se sobremaneira nos últimos três pregões e já tem gente querendo vender rapidinho com medo de quebrar a cara.
O São Paulo é reconhecido como um comprador agressivo, que sabe a hora exata de entrar no jogo, de fazer uma oferta irrecusável. Mas esse era o São Paulo até o ano passado. O time desse ano está mais para especulação do que qualquer coisa.
O Internacional era apontado como a grande aposta. Começou adquirindo papéis que davam a pinta de valorizar muito, mas quando mais se espera dele, acaba caindo de cotação.
Vem aí o Atlético Mineiro, que esteve sempre entre os principais jogadores. A cotação oscilou, mas sempre esteve entre as 4 ações mais valorizadas. Resta saber se tem pique para virar uma blue chip, aquele tipo de ação que se considera aposta de retorno garantido.
O Flamengo aparece como uma aposta de alto risco. Andava esquecido, mas sua cotação aumentou consideravelmente. Quem comprar agora ainda compra barato e pode lucrar no final, mas é jogada para quem tem dinheiro a perder de vista.
O Goiás ensaiou o salto duas ou três vezes mas sentiu aquela fisgada e acabou queimando. A Libertadores também parece o que dá para o Esmeraldino. Se der.
Resta deixar um dinheirinho reservado para aplicar no Cruzeiro. Pode ainda render Libertadores.
Isso posto, vamos aos pitacos da rodada, apenas dos dois jogos que assisti.
Impressionante como dois jogadores veteranos, mais para o final da carreira, conseguiram controlar esses dois jogos. Retrato da mediocridade técnica. Aqui medíocre tem o sentido que sempre teve, de mediano, normal.
No sábado, Ricardinho conduziu o Atlético Mineiro jogando a la Verón. Toques rápidos, simples, leitura perfeita de jogo. Some-se a isso a grande fase de Tardelli e a boa organização do time de Celso Roth e bastou para afastar ainda mais o São Paulo do rótulo de bicho-papão.
O São Paulo tem vivido muito mais da fama conquistada em 2006/07/08. A versão 2009 nem de longe lembra as três anteriores. O time é pobre de idéias e tem jogadores que visivelmente estão com a cabeça em outro lugar. O Galo se reforçou na medida certa durante a competição e com isso é hoje um time mais competitivo do que no início. E bastante regular.
No domingo foi a vez de Petkovic destruir o frágil castelo palmeirense. Um golaço, muita inteligência para jogar e um gol olímpico (com ajuda providencial da defesa alviverde). Pet joga muito e tem uma qualidade rara no futebol brasileiro: é inteligente com os pés, com a cabeça e com as palavras. Bastou isso para o Flamengo. Nem precisou de Adriano, que jogou com evidente desconforto físico graças ao problema na canela. O Mengão jogou no erro do Palmeiras. Que erra muito e por isso não inspira confiança, embora ainda seja líder.
O Flamengo ainda tem como realidade plausível a zona de classificação da Libertadores. A arrancada é boa, talvez a melhor de todos os que se situam entre os 6 primeiros. Resta saber se haverá tempo para sustentar tal desempenho.
sexta-feira, outubro 16, 2009
Quando o bom teatro
encontra o bom futebol
encontra o bom futebol
A peça Nos Campos de Piratininga é programa obrigatório para quem ama o futebol e quer conhecer a sua história e a da cidade de São Paulo
Torcedores fanáticos existem aos montes. Capazes de gritar horas a fio por seu time, fazer juras de amor eterno em caso de vitória, promessas de ruptura total nas derrotas, cenas de paixões desesperadoras.
Mas será que todos os torcedores, em especial os mais jovens, sabem alguma coisa da história de seus times, porque se tornaram grandes? O palmeirense sabe direitinho porque o time deixou de ser Palestra Itália e virou Palmeiras? O são-paulino reconhece a figura histórica do monsenhor Bastos? E o corintiano tem noção de que seu time nasceu sob a luz de um lampião e literalmente, no meio da rua, como que destinado a ser o time do povo?
Uma belíssima pedida para aprender tudo isso, dar boas risadas e, de quebra, encontrar personagens da história da São Paulo de Piratininga e da megalópole de hoje é o espetáculo "Nos Campos de Piratininga", da Cia. Letras em Cena.
Fui ver a peça nesta quinta-feira, atendendo ao convite da atriz Graça Berman, um dos destaques do afiado elenco, no qual também brilham nomes conhecidos da cena teatral paulistana, como Eduardo Silva, Décio Pinto, Sonia Andrade, Níveo Diegues, Wilma de Souza, e jovens atores talentosos que dão o tempero na medida certa a está - ótima - comédia musical.
Após a apresentação participei de um bate-papo com os atores e espectadores, que teve a participação do Vampeta, grande figura, sempre rindo e fazendo rir.
"Nos Campos de Piratininga" consegue captar na medida exata, sem os exageros da paixão desmedida ou a frieza da análise imparcial, a trajetória do futebol em São Paulo - e no Brasil. Conta como nasceram os grandes clubes da Capital (Portuguesa e Santos também são citados, embora o Peixe seja de outra cidade, mas a linha narrativa aborda o chamado Trio de Ferro), porque cresceram, se agigantaram, se tornaram rivais. Tudo isso contado como se fosse o enredo de uma escola de samba.
Vale a pena conferir o espetáculo que está em cartaz no Teatro João Caetano (Rua Borges Lagoa, 650, Vila Mariana, São Paulo, Capital, Telefone 11-55491744) até 1 de novembro. As sessões acontecem de quinta a domingo.
quinta-feira, outubro 15, 2009
O dia em que Dios
foi salvo pela Bruja
Logo que a equipe do SporTV chegou a Montevidéu para transmitir Uruguai x Argentina, Vicente, nosso simpático e falante motorista, deu a senha do que o jogo representava para ele. "Nem sou fanático por futebol, mas o que interessa é ganhar dos argentinos. Depois vemos o que acontece".
Vicente é apenas mais um dos uruguaios que não engolem as provocações dos argentinos, que adoram chamar a "banda oriental" de mais uma província argentina. Em especial os porteños, vizinhos de mar doce, que conseguem ser mal vistos até pelos próprios argentinos de outras regiões.
Mas havia uma Bruxa a assombrar os sonhos de vingança do amigo Vicente. Ou melhor, uma Bruja. A Brujita Verón, Juan Sebastián, o filho de Juan Román. Os Verón são da alta sociedade futebolística mundial. Família baseada em La Plata, quatro vezes campeã da América.
Foi Verón, o filho, quem conduziu a Argentina a mais uma Copa do Mundo. Sempre que o vejo jogar, parece que escuto a música do Canal 100 ao fundo. Verón é um jogador de futebol que saiu da máquina do tempo. Ele joga com a elegância e o estilo dos anos 60, 70, mas está aí, em plena atividade no século 21.
Como se fosse o dono da bola, Verón impôs seu ritmo, sua cadência em pleno Centenário. Foi graças às diabruras da Bruja com seus toques precisos e leitura perfeita de jogo que Maradona, chamado de Dios pelos argentinos, pode destilar toda sua grossura na vingança contra o alvo preferido - o de sempre - os jornalistas.
Maradona preferiu gritar "chupa!" para o mundou ouvir em vez de reverenciar o futebol de Verón. Num jogo tecnicamente pobre, em foi a Bruja que fez o Uruguai arder na fogueira do Centenário. Toca pra cá, toca pra lá, esfria o jogo, faz a bola girar de um lado para outro. E o Monumento do Futebol Mundial, que cantou a plenos pulmões o hino charrúa, foi ficando calado, calado.
Maradona parecia mais preocupado em olhar para as tribunas e fazer caretas para as câmeras de TV. A toda hora era alertado pelo auxiliar Mancuso ou por um jogador do banco sobre o que acontecia em campo. E o que acontecia quem determinava era Verón.
O torcedor do Cruzeiro já havia provado da poção da Bruja na final da Libertadores. Ele calou o Mineirão no mesmo estilo, ditando o ritmo, como que batendo a mão no peito e dizendo: "vocês querem jogar futebol, é? Tudo bem, mas tem que ser do meu jeito". E foi.
Se alguém ligou a TV ou foi ao Centenário esperando ver Messi, de novo opaco, frio, como se fosse um finlandês naturalizado argentino, viu mesmo foi mais um show de Verón.
Nunca tive problemas ao chamá-lo de craque. O mais recente capítulo, o de número 205 na história do Clássico do Prata, serve de argumento para quem ainda não considerava Verón craque. Não apenas de bola, mas de cabeça. Sua entrevista ao final do jogo foi um lampejo de lucidez em meio às vociferações e impropérios da dupla Maradona-Bilardo. Que atiraram nos repórteres quando 84% dos ouvidos pelo jornal Crítica condenavam o comando da Seleção.
Verón disse que não adiantava empurrar a sujeira para baixo do tapete só por causa da vitória e da classificação. Havia muita coisa errada e só com bastante conversa elas seriam resolvidas.
Ecos da noite em que Dios foi salvo pela Bruja.
foi salvo pela Bruja
Logo que a equipe do SporTV chegou a Montevidéu para transmitir Uruguai x Argentina, Vicente, nosso simpático e falante motorista, deu a senha do que o jogo representava para ele. "Nem sou fanático por futebol, mas o que interessa é ganhar dos argentinos. Depois vemos o que acontece".
Vicente é apenas mais um dos uruguaios que não engolem as provocações dos argentinos, que adoram chamar a "banda oriental" de mais uma província argentina. Em especial os porteños, vizinhos de mar doce, que conseguem ser mal vistos até pelos próprios argentinos de outras regiões.
Mas havia uma Bruxa a assombrar os sonhos de vingança do amigo Vicente. Ou melhor, uma Bruja. A Brujita Verón, Juan Sebastián, o filho de Juan Román. Os Verón são da alta sociedade futebolística mundial. Família baseada em La Plata, quatro vezes campeã da América.
Foi Verón, o filho, quem conduziu a Argentina a mais uma Copa do Mundo. Sempre que o vejo jogar, parece que escuto a música do Canal 100 ao fundo. Verón é um jogador de futebol que saiu da máquina do tempo. Ele joga com a elegância e o estilo dos anos 60, 70, mas está aí, em plena atividade no século 21.
Como se fosse o dono da bola, Verón impôs seu ritmo, sua cadência em pleno Centenário. Foi graças às diabruras da Bruja com seus toques precisos e leitura perfeita de jogo que Maradona, chamado de Dios pelos argentinos, pode destilar toda sua grossura na vingança contra o alvo preferido - o de sempre - os jornalistas.
Maradona preferiu gritar "chupa!" para o mundou ouvir em vez de reverenciar o futebol de Verón. Num jogo tecnicamente pobre, em foi a Bruja que fez o Uruguai arder na fogueira do Centenário. Toca pra cá, toca pra lá, esfria o jogo, faz a bola girar de um lado para outro. E o Monumento do Futebol Mundial, que cantou a plenos pulmões o hino charrúa, foi ficando calado, calado.
Maradona parecia mais preocupado em olhar para as tribunas e fazer caretas para as câmeras de TV. A toda hora era alertado pelo auxiliar Mancuso ou por um jogador do banco sobre o que acontecia em campo. E o que acontecia quem determinava era Verón.
O torcedor do Cruzeiro já havia provado da poção da Bruja na final da Libertadores. Ele calou o Mineirão no mesmo estilo, ditando o ritmo, como que batendo a mão no peito e dizendo: "vocês querem jogar futebol, é? Tudo bem, mas tem que ser do meu jeito". E foi.
Se alguém ligou a TV ou foi ao Centenário esperando ver Messi, de novo opaco, frio, como se fosse um finlandês naturalizado argentino, viu mesmo foi mais um show de Verón.
Nunca tive problemas ao chamá-lo de craque. O mais recente capítulo, o de número 205 na história do Clássico do Prata, serve de argumento para quem ainda não considerava Verón craque. Não apenas de bola, mas de cabeça. Sua entrevista ao final do jogo foi um lampejo de lucidez em meio às vociferações e impropérios da dupla Maradona-Bilardo. Que atiraram nos repórteres quando 84% dos ouvidos pelo jornal Crítica condenavam o comando da Seleção.
Verón disse que não adiantava empurrar a sujeira para baixo do tapete só por causa da vitória e da classificação. Havia muita coisa errada e só com bastante conversa elas seriam resolvidas.
Ecos da noite em que Dios foi salvo pela Bruja.
quarta-feira, outubro 14, 2009
A noite da Bruxinha
A classificação da Argentina para a Copa do Mundo, histórica, com o 1 a 0 após 36 anos sem vitórias no Centenário, tem nome e sobrenome: Juan Sebastián Verón. Apelido: Bruxinha. Gastou a bola, conduziu o jogo com técnica e inteligência. Já tinha feito o mesmo na final da Libertadores. Repetiu a dose em Montevidéu. Esse é craque.
A classificação da Argentina para a Copa do Mundo, histórica, com o 1 a 0 após 36 anos sem vitórias no Centenário, tem nome e sobrenome: Juan Sebastián Verón. Apelido: Bruxinha. Gastou a bola, conduziu o jogo com técnica e inteligência. Já tinha feito o mesmo na final da Libertadores. Repetiu a dose em Montevidéu. Esse é craque.
Montevidéu respira o
superclássico do Prata
Só se fala em Uruguai x Argentina na bela e fria Montevidéu. Do aeroporto aos canais de TV, tudo gira em torno do jogão desta noite, a partir das 19hs. O SporTV 2 mostra, com Jota Júnior, este que vos escreve e Marco Aurélio Souza. Programa imperdível.
A Argentina chegou na noite de terça a Montevidéu, já sentindo a pressão da torcida uruguaia. O mítico Centenário receberá 60 mil pessoas, sendo 57 mil uruguaios.
Maradona deve mandar a campo um 4-4-2, com De Michelis e Schiavi na zaga, Mascherano e Verón de volantes, Gutierrez e Di Maria nas meias e Higuain e Messi no ataque. No papel, um bom time, mas coletivamente não tem funcionado.
O Uruguai terá um trio de zagueiros liderado por Lugano, o combate eficiente de Gargano no meio-campo, mas a grande qualidade da Celeste está no ataque. A dupla Forlán e Luís Suárez é muito boa e está em grande fase.
A diferença pode estar no banco. O maestro Osca Tabarez é rodado, experiente. Para se ter uma idéia, treinou o Ururuguai na Copa América de 1989, no Brasil, quando perdeu uma e ganhou outra da Argentina, onde luzia Maradona com a dez.
No banco Maradona é pálido de idéias e apostará no carisma de Palermo e no ainda apagado - na seleção argentina - futebol de Messi.
Argentinos e uruguaios só estarão juntos em uma coisa esta noite: todos torcerão para o Chile contra o Equador. Se o Chile do argentino Bielsa perder para o Equador e o Uruguai vencer no Centenário, a Argentina estará fora da Copa.
Como disse o Vicente, nosso motorista aqui em Montevidéu: "o que importa é ganhar da Argentina. Depois a gente vê o que resulta disso". Esse é o espírito entre os uruguaios, numa rivalidade com a qual nós, brasileiros, sequer sonhamos. O buraco entre os platinos é bem mais embaixo.
superclássico do Prata
Só se fala em Uruguai x Argentina na bela e fria Montevidéu. Do aeroporto aos canais de TV, tudo gira em torno do jogão desta noite, a partir das 19hs. O SporTV 2 mostra, com Jota Júnior, este que vos escreve e Marco Aurélio Souza. Programa imperdível.
A Argentina chegou na noite de terça a Montevidéu, já sentindo a pressão da torcida uruguaia. O mítico Centenário receberá 60 mil pessoas, sendo 57 mil uruguaios.
Maradona deve mandar a campo um 4-4-2, com De Michelis e Schiavi na zaga, Mascherano e Verón de volantes, Gutierrez e Di Maria nas meias e Higuain e Messi no ataque. No papel, um bom time, mas coletivamente não tem funcionado.
O Uruguai terá um trio de zagueiros liderado por Lugano, o combate eficiente de Gargano no meio-campo, mas a grande qualidade da Celeste está no ataque. A dupla Forlán e Luís Suárez é muito boa e está em grande fase.
A diferença pode estar no banco. O maestro Osca Tabarez é rodado, experiente. Para se ter uma idéia, treinou o Ururuguai na Copa América de 1989, no Brasil, quando perdeu uma e ganhou outra da Argentina, onde luzia Maradona com a dez.
No banco Maradona é pálido de idéias e apostará no carisma de Palermo e no ainda apagado - na seleção argentina - futebol de Messi.
Argentinos e uruguaios só estarão juntos em uma coisa esta noite: todos torcerão para o Chile contra o Equador. Se o Chile do argentino Bielsa perder para o Equador e o Uruguai vencer no Centenário, a Argentina estará fora da Copa.
Como disse o Vicente, nosso motorista aqui em Montevidéu: "o que importa é ganhar da Argentina. Depois a gente vê o que resulta disso". Esse é o espírito entre os uruguaios, numa rivalidade com a qual nós, brasileiros, sequer sonhamos. O buraco entre os platinos é bem mais embaixo.
terça-feira, outubro 13, 2009
Vai rolar bronca
feia no Palestra
"Com o futebol não se brinca". Com essa frase um importante dirigente do Palmeiras resumiu o sentimento em relação à derrota para o Náutico. Só Muricy está isento, na avaliação ainda meio sonada do dirigente, em plena madrugada de terça-feira. A bronca deve vir pesada para cima dos jogadores pela falta de "atitude" diante do Timbu.
Segundo o dirigente, jogando assim o time corre o risco de perder o Brasileiro. Está acesa a luz amarela no líder para o jogo contra o Flamengo.
feia no Palestra
"Com o futebol não se brinca". Com essa frase um importante dirigente do Palmeiras resumiu o sentimento em relação à derrota para o Náutico. Só Muricy está isento, na avaliação ainda meio sonada do dirigente, em plena madrugada de terça-feira. A bronca deve vir pesada para cima dos jogadores pela falta de "atitude" diante do Timbu.
Segundo o dirigente, jogando assim o time corre o risco de perder o Brasileiro. Está acesa a luz amarela no líder para o jogo contra o Flamengo.
segunda-feira, outubro 12, 2009
Quando o líder vacila,
ninguém se aproveita
O Palmeiras foi atropelado pelo Náutico em Recife. Um estrangeiro que estivesse na bela capital pernambucana e visse o jogo, sem saber nada do Brasileirão, certamente acharia que o líder era o Náutico, e o Palmeiras brigava para não cair.
O Timbu soube explorar muito bem as muitas falhas da zaga palmeirense, em especial pelo setor esquerdo, e a confusão dos volantes na marcação. Carlinhos Bala e Patrick jogaram muito.
Acontece que quando o Palmeiras tropeça, os adversários também tropeçam. Quando perde, perdem. O que só faz valer os pontos que o líder conquistou em jornadas mais inspiradas.
ninguém se aproveita
O Palmeiras foi atropelado pelo Náutico em Recife. Um estrangeiro que estivesse na bela capital pernambucana e visse o jogo, sem saber nada do Brasileirão, certamente acharia que o líder era o Náutico, e o Palmeiras brigava para não cair.
O Timbu soube explorar muito bem as muitas falhas da zaga palmeirense, em especial pelo setor esquerdo, e a confusão dos volantes na marcação. Carlinhos Bala e Patrick jogaram muito.
Acontece que quando o Palmeiras tropeça, os adversários também tropeçam. Quando perde, perdem. O que só faz valer os pontos que o líder conquistou em jornadas mais inspiradas.
Parabéns, nação Coxa!!!!
Cem anos no Alto da Glória. Um século de muita paixão, história, conquistas, uma torcida fanática, vibrante e presente.
É sempre um prazer trabalhar em jogos no Couto Pereira, ver o clube em franca evolução, organizado, com um departamento de marketing atuante.
Ganhei, no dia de Coxa x Inter, a edição especial da revista Placar sobre o centenário do Coritiba, com muitas informações do meu amigo Moraes Eggers, coxa fanático, que não vejo há tempos.
Um abraço para ele e para toda a nação Coxa nesse dia especial.
Cem anos no Alto da Glória. Um século de muita paixão, história, conquistas, uma torcida fanática, vibrante e presente.
É sempre um prazer trabalhar em jogos no Couto Pereira, ver o clube em franca evolução, organizado, com um departamento de marketing atuante.
Ganhei, no dia de Coxa x Inter, a edição especial da revista Placar sobre o centenário do Coritiba, com muitas informações do meu amigo Moraes Eggers, coxa fanático, que não vejo há tempos.
Um abraço para ele e para toda a nação Coxa nesse dia especial.
sábado, outubro 10, 2009
Brasileirão está dando
mole para o Palmeiras
A taça de campeão brasileiro está soltinha para cima do Palmeiras, piscando o olho, dando telefone, e-mail e tudo mais. Fora a competência de melhor campanha do Verdão, todos os adversários estão vacilando.
Vi Flamengo e São Paulo. O Flamengo foi muito melhor, jogou mais, foi organizado. O São Paulo, para mim, fez um de seus jogos mais fracos dos últimos tempos. Apático, sem criatividade, limitado. Só correu um pouco depois que tomou a virada. Fez 1 a 0 num belo gol de Hernanes, com lançamento primoroso de Dagoberto e ficou nisso.
Petkovic e Williams jogaram muito pelo Flamengo, além de Zé Roberto.
Eu não mandaria voltar aquele pênalti - que foi bem marcado - defendido pelo Rogério Ceni, acho que ele pulou apenas no impulso.
No Beira-Rio, vi a parte final de Inter 1 x 1 Furacão. Não tem jeito, o time do Inter parece que não nasceu para decidir nem par ou ímpar. E Antonio Lopes está dando show em Curitiba. Que belo trabalho!!!!
Segunda comento Nátucio x Palmeiras, em Recife, com Jota Júnior, Ivan Andrade e Fabiano Morais.
mole para o Palmeiras
A taça de campeão brasileiro está soltinha para cima do Palmeiras, piscando o olho, dando telefone, e-mail e tudo mais. Fora a competência de melhor campanha do Verdão, todos os adversários estão vacilando.
Vi Flamengo e São Paulo. O Flamengo foi muito melhor, jogou mais, foi organizado. O São Paulo, para mim, fez um de seus jogos mais fracos dos últimos tempos. Apático, sem criatividade, limitado. Só correu um pouco depois que tomou a virada. Fez 1 a 0 num belo gol de Hernanes, com lançamento primoroso de Dagoberto e ficou nisso.
Petkovic e Williams jogaram muito pelo Flamengo, além de Zé Roberto.
Eu não mandaria voltar aquele pênalti - que foi bem marcado - defendido pelo Rogério Ceni, acho que ele pulou apenas no impulso.
No Beira-Rio, vi a parte final de Inter 1 x 1 Furacão. Não tem jeito, o time do Inter parece que não nasceu para decidir nem par ou ímpar. E Antonio Lopes está dando show em Curitiba. Que belo trabalho!!!!
Segunda comento Nátucio x Palmeiras, em Recife, com Jota Júnior, Ivan Andrade e Fabiano Morais.
sexta-feira, outubro 09, 2009
Lá vem o Governo
tungar a gente mais
uma vez, agora no IR
Outra vergonha. Agora o Governo Federal resolveu adiar parte da restituição do Imposto de Renda para 2010. Quem paga os absurdos de impostos que já pagamos e conta com a restituição, que já é pequena e injusta, ainda tem que engolir mais essa.
A armadilha do Governo está muito bem explicada no Blog do Noblat .
Em resumo, é mais ou menos isso: para não deixar de fazer os repasses aos estados e municípios, o Governo tira do dinheiro do Imposto de Renta e adia a devolução. Por que? Porque tem eleição aí e é hora de encher os cofres de governadores e prefeitos aliados e fazer girar a máquina eleitoral, essa sanguessuga sem ideologia, que nos afunda ano a ano.
O Governo é gastão, empregador, estatizante e quem paga a conta sou eu, você, que, tontos, nos preocupamos com nossa consciência e procuramos pagar impostos e contas em dia.
tungar a gente mais
uma vez, agora no IR
Outra vergonha. Agora o Governo Federal resolveu adiar parte da restituição do Imposto de Renda para 2010. Quem paga os absurdos de impostos que já pagamos e conta com a restituição, que já é pequena e injusta, ainda tem que engolir mais essa.
A armadilha do Governo está muito bem explicada no Blog do Noblat .
Em resumo, é mais ou menos isso: para não deixar de fazer os repasses aos estados e municípios, o Governo tira do dinheiro do Imposto de Renta e adia a devolução. Por que? Porque tem eleição aí e é hora de encher os cofres de governadores e prefeitos aliados e fazer girar a máquina eleitoral, essa sanguessuga sem ideologia, que nos afunda ano a ano.
O Governo é gastão, empregador, estatizante e quem paga a conta sou eu, você, que, tontos, nos preocupamos com nossa consciência e procuramos pagar impostos e contas em dia.
quinta-feira, outubro 08, 2009
A viagem corintiana
entre o inferno e o
céu na Copa do Brasil
céu na Copa do Brasil
Mais um belo livro do amigo Daniel Augusto Jr., fotógrafo de olhar aguçado e jornalístico e de alma baririense. Daniel tem se especializado em contar a história de conquistas de times de futebol, mais especificamente as do Corinthians.
Nessa nova obra ele retrata a vida alvinegra entre a derrota para o Sport, na final da Copa do Brasil de 2008, e o sucesso na decisão de 2009, contra o Inter.
quarta-feira, outubro 07, 2009
Dunga tem a Seleção
sob controle absoluto
Pode-se contestar alguma coisa do trabalho de Dunga na Seleção Brasileira, afinal, contestar não é proibido. Mas me parece incontestável que o treinador tem controle total sobre a Seleção e sobre os jogadores que convoca.
O atleta sabe como deve se comportar, qual sua postura e que existem regras claras. Percebe-se isso claramente no discurso dos jogadores, na resposta de cada um a cada pergunta. Todos sabem que a Seleção de Dunga está acima dos interesses individuais.
Esse é o grande legado de Dunga. Pode ganhar a Copa ou não, mas nesses três anos e pouco a Seleção voltou a ser um objetivo dos jogadores e deixou de ficar em segundo plano. Muito diferente do que aconteceu em 2006, quando a Seleção se transformou em passatempo de jogadores que acreditavam ser estrelas de brilho superior ao da camisa amarela.
sob controle absoluto
Pode-se contestar alguma coisa do trabalho de Dunga na Seleção Brasileira, afinal, contestar não é proibido. Mas me parece incontestável que o treinador tem controle total sobre a Seleção e sobre os jogadores que convoca.
O atleta sabe como deve se comportar, qual sua postura e que existem regras claras. Percebe-se isso claramente no discurso dos jogadores, na resposta de cada um a cada pergunta. Todos sabem que a Seleção de Dunga está acima dos interesses individuais.
Esse é o grande legado de Dunga. Pode ganhar a Copa ou não, mas nesses três anos e pouco a Seleção voltou a ser um objetivo dos jogadores e deixou de ficar em segundo plano. Muito diferente do que aconteceu em 2006, quando a Seleção se transformou em passatempo de jogadores que acreditavam ser estrelas de brilho superior ao da camisa amarela.
terça-feira, outubro 06, 2009
O que esperar
de Mário Sérgio
no Internacional?
Sai Tite e entra Mário Ségio no Inter. Novidade para ambas as realidades envolvidas. Mário Sérgio há tempos não pega um time de ponta. Tem sido mais utilizado para tetar salvar times do rebaixamento. Faz contratos curtos, como fez com o Inter.
O Inter é hoje uma potência do futebol brasileiro, rico, poderoso, bem administrado. Surpreende a declaração do Fernando Carvalho, a quem admiro muito, quando diz que Mário Sérgio vai colocar ordem na casa. Faz supor que havia algo fora de ordem. Se já era sabido, faltou comando para resolver? Apenas de Tite ou também da direção?
A culpa seria apenas do técnico, ou de alguns jogadores que têm sumido nos jogos decisivos? Taison caiu demais. E D'Alessandro, então? Deixar Magrão sair agora foi uma boa medida? Giuliano faz muita falta, isso é evidente. Sandro fará ainda mais estando na Seleção?
O Inter tem dois jogos seguidos em casa, contra Náutico e Atlético Paranaense. O Furacão está em grande fase. O Náutico perdeu um jogo incrível para o São Paulo.
Ultimamente tenho gostado mais do Mário Sérgio comentarista do que do treinador. Conhece muito de futebol, mas há tempos não faz um grande trabalho. O jogador foi superior ao comentarista e ao técnico.
O tempo dirá se o Inter acertou na escolha.
de Mário Sérgio
no Internacional?
Sai Tite e entra Mário Ségio no Inter. Novidade para ambas as realidades envolvidas. Mário Sérgio há tempos não pega um time de ponta. Tem sido mais utilizado para tetar salvar times do rebaixamento. Faz contratos curtos, como fez com o Inter.
O Inter é hoje uma potência do futebol brasileiro, rico, poderoso, bem administrado. Surpreende a declaração do Fernando Carvalho, a quem admiro muito, quando diz que Mário Sérgio vai colocar ordem na casa. Faz supor que havia algo fora de ordem. Se já era sabido, faltou comando para resolver? Apenas de Tite ou também da direção?
A culpa seria apenas do técnico, ou de alguns jogadores que têm sumido nos jogos decisivos? Taison caiu demais. E D'Alessandro, então? Deixar Magrão sair agora foi uma boa medida? Giuliano faz muita falta, isso é evidente. Sandro fará ainda mais estando na Seleção?
O Inter tem dois jogos seguidos em casa, contra Náutico e Atlético Paranaense. O Furacão está em grande fase. O Náutico perdeu um jogo incrível para o São Paulo.
Ultimamente tenho gostado mais do Mário Sérgio comentarista do que do treinador. Conhece muito de futebol, mas há tempos não faz um grande trabalho. O jogador foi superior ao comentarista e ao técnico.
O tempo dirá se o Inter acertou na escolha.
segunda-feira, outubro 05, 2009
O mais importante era
ganhar outra Olimpíada
Brilhante texto do Clóvis Rossi sobre a posição do Brasil no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano. Vale a pela ler aqui.
É ótimo ter os Jogos no Rio em 2016 e a Copa em 2014, mas só seremos um País de primeira classe quando vencermos essa outra Olimpíada, a da dignidade. O resto, inclusive a ilusão do pré-sal (uai, antes não era o etanol a nossa salvação?) é fanfarronice política.
ganhar outra Olimpíada
Brilhante texto do Clóvis Rossi sobre a posição do Brasil no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano. Vale a pela ler aqui.
É ótimo ter os Jogos no Rio em 2016 e a Copa em 2014, mas só seremos um País de primeira classe quando vencermos essa outra Olimpíada, a da dignidade. O resto, inclusive a ilusão do pré-sal (uai, antes não era o etanol a nossa salvação?) é fanfarronice política.
domingo, outubro 04, 2009
sexta-feira, outubro 02, 2009
Olimpíada no Rio e Copa no Brasil.
Agora cabe a nós fiscalizar tudo isso
Deu Rio na Olimpíada de 2016. Já tinha dado Brasil na Copa de 2014. Sinal dos tempos, que, diria Bob Dylan, estão mudando mesmo. O eixo econômico do mundo está se virando para o Brasil, para os tais Brics.
O Rio merece, os cariocas merecem. É a grande oportunidade de renascimento e reconstrução da mais bela e mais famosa cidade do Brasil, do nosso cartão postal, da capital eterna dos brasileiros.
O Rio pode fazer uma bela Olimpíada, porque é uma cidade que nasceu para o mundo, com o mais belo cenário do planeta.
O Pan deixou um legado triste, de superfaturamento e faltou aproveitar as obras para melhorar a cidade para quem fica, o seu morador.
Agora cabe a todos os brasileiros, em especial os cariocas, fiscalizar tudo que será feito para os Jogos de 2016.
Que, finalmente, limpem a maravilhosa Lagoa Rodrigo de Freitas e a inigualável Baía de Guanabara. Que, enfim, ofereçam um metrô decente para o batalhador povo do Rio de Janeiro.
Que acabem com as milícias e com os exércitos do tráfico.
O Rio não merece que seja apenas mais um Eco-92 ou Pan de 2007, com 15 dias de fantasia e a volta à dura realidade na segunda-feira posterior aos eventos.
E que, finalmente, o esporte brasileiro decole. Que se aproveita e Olimpíada para se fazer uma base educacional para o esporte de formação, que possa tirar crianças das ruas e oferecer um caminho para elas.
Nenhuma cidade brasileira e latino-americana merecia mais do que o Rio. É a hora de os políticos brasileiros e cariocas fazerem a sua parte. O povo do Rio já fez.
Agora cabe a nós fiscalizar tudo isso
Deu Rio na Olimpíada de 2016. Já tinha dado Brasil na Copa de 2014. Sinal dos tempos, que, diria Bob Dylan, estão mudando mesmo. O eixo econômico do mundo está se virando para o Brasil, para os tais Brics.
O Rio merece, os cariocas merecem. É a grande oportunidade de renascimento e reconstrução da mais bela e mais famosa cidade do Brasil, do nosso cartão postal, da capital eterna dos brasileiros.
O Rio pode fazer uma bela Olimpíada, porque é uma cidade que nasceu para o mundo, com o mais belo cenário do planeta.
O Pan deixou um legado triste, de superfaturamento e faltou aproveitar as obras para melhorar a cidade para quem fica, o seu morador.
Agora cabe a todos os brasileiros, em especial os cariocas, fiscalizar tudo que será feito para os Jogos de 2016.
Que, finalmente, limpem a maravilhosa Lagoa Rodrigo de Freitas e a inigualável Baía de Guanabara. Que, enfim, ofereçam um metrô decente para o batalhador povo do Rio de Janeiro.
Que acabem com as milícias e com os exércitos do tráfico.
O Rio não merece que seja apenas mais um Eco-92 ou Pan de 2007, com 15 dias de fantasia e a volta à dura realidade na segunda-feira posterior aos eventos.
E que, finalmente, o esporte brasileiro decole. Que se aproveita e Olimpíada para se fazer uma base educacional para o esporte de formação, que possa tirar crianças das ruas e oferecer um caminho para elas.
Nenhuma cidade brasileira e latino-americana merecia mais do que o Rio. É a hora de os políticos brasileiros e cariocas fazerem a sua parte. O povo do Rio já fez.
quinta-feira, outubro 01, 2009
O São Paulo venceu a
sua Batalha dos Aflitos
Antes de tudo, talvez nada venha a se comparar à Batalha dos Aflitos original, um dos grandes jogos da história do futebol. Mas há certas coisas que parecem acontecer somento no campo do Náutico. O São Paulo viveu sua noite de Batalha dos Aflitos e saiu vencedor quando tudo apontava para uma derrota.
Começou mal, disperso, assistindo ao Náutico correr e jogar. Foi salvo por Bosco, que pegou um pênalti que houve, mas ainda assim sofeu um gol na falha da defesa. Só foi chutar contra o gol adversário por volta de meia hora de jogo.
No segundo tempo chegou a estar com dois jogadores a menos, mas, por incrível que possa parecer, aí sim foi mais perigoso, fez valer a maior qualidade técnica de seus jogadores e, talvez, pela situação em que se viu, com água no pescoço, jogou com o coração.
Como espetáculo foi, com o perdão do trocadilho, espetacular.
Como futebol, prevaleceu o fato de que do lado paulista havia atletas melhores tecnica e fisicamente. Jogaram para manter vivas as esperanças de título e o fizeram.
O Náutico mostrou que precisará de muito mais para escapar do rebaixamento. Sem contar a bravura do adversário, um time que perde um jogo como o de ontem, saindo na frente e jogando contra 9 boa parte do tempo, é porque não pode reivindicar nada mais do que lutar contra o rebaixamento.
Já o São Paulo mostrou, mais uma vez, que não se pode duvidar dele em hipótese alguma.
sua Batalha dos Aflitos
Antes de tudo, talvez nada venha a se comparar à Batalha dos Aflitos original, um dos grandes jogos da história do futebol. Mas há certas coisas que parecem acontecer somento no campo do Náutico. O São Paulo viveu sua noite de Batalha dos Aflitos e saiu vencedor quando tudo apontava para uma derrota.
Começou mal, disperso, assistindo ao Náutico correr e jogar. Foi salvo por Bosco, que pegou um pênalti que houve, mas ainda assim sofeu um gol na falha da defesa. Só foi chutar contra o gol adversário por volta de meia hora de jogo.
No segundo tempo chegou a estar com dois jogadores a menos, mas, por incrível que possa parecer, aí sim foi mais perigoso, fez valer a maior qualidade técnica de seus jogadores e, talvez, pela situação em que se viu, com água no pescoço, jogou com o coração.
Como espetáculo foi, com o perdão do trocadilho, espetacular.
Como futebol, prevaleceu o fato de que do lado paulista havia atletas melhores tecnica e fisicamente. Jogaram para manter vivas as esperanças de título e o fizeram.
O Náutico mostrou que precisará de muito mais para escapar do rebaixamento. Sem contar a bravura do adversário, um time que perde um jogo como o de ontem, saindo na frente e jogando contra 9 boa parte do tempo, é porque não pode reivindicar nada mais do que lutar contra o rebaixamento.
Já o São Paulo mostrou, mais uma vez, que não se pode duvidar dele em hipótese alguma.
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