Timão e Raposaderam o boteO Fluminense bobeou, e
Corinthians e Cruzeiro se aproveitaram. A liderança que parecia folgada e o encaminhamento do título para as Laranjeiras agora se transformaram no que tende a ser uma renhida batalha pela taça.
Como prega o
clichê, futebol é momento, e o de
Corinthians e Cruzeiro é melhor que o do Fluminense.
Comecemos pela tal da final antecipada. A
personalidade corintiana foi determinante. Apenas nos 20 minutos iniciais o
time se mostrou muito recuado, preocupado demais em defender. Depois disso, se instalou no
Engenhão como se estivesse no
Pacaembu e construiu uma vitória maiúscula.
Como
time o
Corinthians se encontrou há algum tempo. Mesmo em derrotas como a sofrida para o
Grêmio, tem um cara, um padrão. Mantém um ritmo durante a maior parte do jogo.
O que não ocorre com o Fluminense, que altera momentos de altos e baixos.
Deco, por exemplo, nitidamente sentiu o ritmo do jogo de ontem, não esteve linear. Mas em seus momentos de alta, é um jogador fundamental para o
Flu. Assim como
Conca e o próprio Washington.
Quem
trafega por este blog é testemunha há tempos de uma opinião que manifesto sobre a defesa do Fluminense. Considero o ponto vulnerável do
time. Não há um grande
zagueiro, alguém que seja um pilar para uma
zaga com dois ou três
beques. São todos parecidos, do mesmo nível. Para uma linha de três, acho que falta alguém com categoria e controle para fazer a sobra.
Mas não se pode tirar da lista de favoritos um
time que conta com meias do quilate de
Conca e
Deco e pode ainda ter Fred, se este falar menos e jogar mais. Talvez
Muricy pense em mudar a base de sua marcação para o meio, com uma dupla de volantes mais pegadores, em detrimento de um trio de
zagueiros reticentes.
E o Cruzeiro? Como joga fácil esse
time.
Montillo foi uma grande sacada para um
time rápido, de base técnica e boa estruturação
tática. Ganhar cinco jogos seguidos nesse mar de equilíbrio que é o
Brasileirão credencia a Raposa para novos e ousados botes.
O
Botafogo parou no Goiás. Mas poderia se dizer que o
time foi apenas o Bota, já que meio
time (Fogo) estava de fora. Cinco desfalques é muita coisa para
qulquer equipe, e a galera do Loco Abreu sentiu isso ontem.
Em Porto Alegre, o Palmeiras jogou um primeiro tempo como há muito não se via, neutralizando o
Grêmio na maior parte do tempo, tocando bem a bola e contando com Marcos Assunção novamente inspirado. O
gol de
Ewerthon aos 2 minutos da etapa final praticamente selou o resultado. Só não o fez porque o
Verdão ainda não tem muita confiança nele próprio e recuou demais. Para sorte de
Felipão, o
Grêmio não teve inspiração compatível com a data de seu aniversário de 107 anos.
O Flamengo
consegiu uma virada de alento sobre o frágil Prudente, em cima da hora. Vale muito pelo resultado que produzirá algum alívio para que
Zico possa trabalhar com alguma calma e tente reorganizar um
time que costuma ser seu maior inimigo. As crises do Flamengo se geram no próprio clube.
Ah, é bom não brincar com o Atlético Paranaense. Já são 31 pontos.
NeymarPor fim, a grande virada do Santos sobre o Dragão goiano foi ofuscada por mais uma do Neymar. Talento esse garoto tem de sobra, o que parece faltar a ele é discernimento e a devida fiscalização da família. Ao que tudo indica e apontam algumas informações de Santos, Neymar é vsito como um saco de dinheiro habilidoso por familiares e empresário.
Rebeldia não tem nada a ver com certas atitudes. Parece estar faltando alguém encostar no Neymar e contar para ele quem foram Zito e Coutinho, que vivem ali bem perto dele. Isso para não falar no Edson Arantes do Nascimento.
Quem sabe o moleque se toque que no universo do futebol ele ainda é café pequeno. E amargo.