Habemus basquete!
Ainda que eu possa estar sendo levado pelo entusiasmo de um jogo espetacular, mas o que o Brasil fez ontem contra os EUA no basquete foi uma viagem no tempo. Desembarcamos em uma época em que o basquete masculino nacional honrava as gerações inesquecíveis de Amaruy, Wlamir, Algodão, Ubiratan e, posteriormente, Oscar, Marcel, Carioquinha, Adílson e tantos outros craques.
Cresci aprendendo a gostar de basquete, embora tenha jogado vôlei por um bom tempo. Não tem nada igual a um jogo de basquete disputado ponto a ponto. A adrenalina vai ao limite, a conclusão é aberta até os centésimos de segundo. São espetáculos inesquecíveis.
Durante um bom tempo o Brasil desrespeitou a tradição de três bronzes olímpicos, dois títulos mundiais e uma série de temporadas entre as quatro nações principais do basquete masculino. Ainda somos, com os EUA, os únicos países a terem disputado todos os Mundiais.
Repito que posso ser traído pelo entusiasmo, mas ontem tive a certeza, eu e muita gente, de que voltamos a ter um bom time de basquete. Como aqueles que eram capazes de lotar inúmeras vezes o Ginásio do Ibirapuera e eram respeitados mundo afora.
O basquete se perdeu numa centrífuga de vaidades e egos. Rachou, bateu no fundo do poço mas parece estar em inevitável caminho de volta.
Para quem gosta de esporte será fantástico termos o vôlei fantástico e o basquete de volta ao seu lugar.
Olho nesse Mundial da Turquia. Oxalá tenhamos outras boas notícias até o final. Por ontem dá até para sonhar com a final.
terça-feira, agosto 31, 2010
domingo, agosto 29, 2010
Brasileirão está aberto
A rodada número 17 do Brasileirão deu pinta de que com o segundo turno virando a esquina o torneio está longe de uma disputa reduzida à dupla Fluminense e Corinthians, embora os números possam apontar algo distinto.
Pela bola que andam jogando, Santos e Inter, que ainda vão se enfrentar pelo turno em curso, podem muito bem encostar e brigar pela taça.
Flu e Corinthians mostraram defeitos que, se não servem para anular suas muitas virtudes, são úteis para que os adversários possam explorá-los adiante e embolar a disputa.
Principalmente para Santos e Inter, talvez para o Botafogo, que não conta com um elenco tão forte e faz do esforço sua maior e louvável arma, contra jogadores mais qualificados de paulistas e gaúchos.
Surpresas acontecem e de repente alguém que está abaixo desses cinco pode, com uma arrancada, se convidar para a festa. Mas seria isso mesmo, uma baita surpresa.
Os ponteiros sofreram muito no domingo. O Corinthians teve erros de arbitragem a seu favor que contribuíram decisivamente para que derrotasse o Vitória no Pacaembu. Segue forte, mas tem oscilações de ritmo que possibilitam que os adversários o ataquem com frequência. Ronaldo jogou pouco, como era previsto, e não há outro atacante de área perigoso de verdade no elenco.
O Flu saiu na frente, tomou a virada, empatou e perdeu a chance de virar pra cima do São Paulo, com Rogério pegando pênalti chutado por Washington.
Segue sendo um time insinuante o das Laranjeiras, mas não tem um goleiro como Ceni e tampouco um sistema de defesa que seja tão eficiente como seu meio-campo ofensivo. Ainda é o time mais forte, só que tem vulnerabilidades. O São Paulo foi, de novo, muito defensivo, mas deixou uma esperança em seu torcedor de dias melhores.
O campeonato entra numa fase decisiva agora, com uma sequência extenuante de jogos, um total de 15 jogos para cada time num período de 50 dias. Acontecerão suspensões e expulsões e os elencos serão testados duramente.
O único visitante a vencer na rodada foi o irregular Palmeiras, que mostrou que com o time completo pode respirar mais tranquilo. O problema é que sem alguns titulares a queda de nível técnico é brutal. O Galo mineiro é um caso de psiquiatra. Já perdeu 11 vezes em 17 jogos e parece caminhar para uma forca em sua própria corda.
Já o Grêmio garimpou um ponto que dá esperanças, mesmo para quem venceu apenas 3 vezes até agora.
O Flamengo deve dar mais trabalho a Silas do que o novo técnico pode imaginar, vacilando como tem vacilado.
Enfim, serão dias intensos, de futebol e disputa acirrada.
Temperados com uma torcida pelo ressurgimento do basquete masculino no Mundial.
A rodada número 17 do Brasileirão deu pinta de que com o segundo turno virando a esquina o torneio está longe de uma disputa reduzida à dupla Fluminense e Corinthians, embora os números possam apontar algo distinto.
Pela bola que andam jogando, Santos e Inter, que ainda vão se enfrentar pelo turno em curso, podem muito bem encostar e brigar pela taça.
Flu e Corinthians mostraram defeitos que, se não servem para anular suas muitas virtudes, são úteis para que os adversários possam explorá-los adiante e embolar a disputa.
Principalmente para Santos e Inter, talvez para o Botafogo, que não conta com um elenco tão forte e faz do esforço sua maior e louvável arma, contra jogadores mais qualificados de paulistas e gaúchos.
Surpresas acontecem e de repente alguém que está abaixo desses cinco pode, com uma arrancada, se convidar para a festa. Mas seria isso mesmo, uma baita surpresa.
Os ponteiros sofreram muito no domingo. O Corinthians teve erros de arbitragem a seu favor que contribuíram decisivamente para que derrotasse o Vitória no Pacaembu. Segue forte, mas tem oscilações de ritmo que possibilitam que os adversários o ataquem com frequência. Ronaldo jogou pouco, como era previsto, e não há outro atacante de área perigoso de verdade no elenco.
O Flu saiu na frente, tomou a virada, empatou e perdeu a chance de virar pra cima do São Paulo, com Rogério pegando pênalti chutado por Washington.
Segue sendo um time insinuante o das Laranjeiras, mas não tem um goleiro como Ceni e tampouco um sistema de defesa que seja tão eficiente como seu meio-campo ofensivo. Ainda é o time mais forte, só que tem vulnerabilidades. O São Paulo foi, de novo, muito defensivo, mas deixou uma esperança em seu torcedor de dias melhores.
O campeonato entra numa fase decisiva agora, com uma sequência extenuante de jogos, um total de 15 jogos para cada time num período de 50 dias. Acontecerão suspensões e expulsões e os elencos serão testados duramente.
O único visitante a vencer na rodada foi o irregular Palmeiras, que mostrou que com o time completo pode respirar mais tranquilo. O problema é que sem alguns titulares a queda de nível técnico é brutal. O Galo mineiro é um caso de psiquiatra. Já perdeu 11 vezes em 17 jogos e parece caminhar para uma forca em sua própria corda.
Já o Grêmio garimpou um ponto que dá esperanças, mesmo para quem venceu apenas 3 vezes até agora.
O Flamengo deve dar mais trabalho a Silas do que o novo técnico pode imaginar, vacilando como tem vacilado.
Enfim, serão dias intensos, de futebol e disputa acirrada.
Temperados com uma torcida pelo ressurgimento do basquete masculino no Mundial.
sexta-feira, agosto 27, 2010
Enquanto isso, no Maraca...
A final do Brasileiro de 1980, entre Flamengo e Atlético Mineiro é, para mim, a maior partida dessa versão do Campeonato Nacional iniciada em 1971. Jogaço, histórico, inesquecível, com Zico e Reinaldo inspiradíssimos.
Até em respeito a essa história, os jogadores dos dois times deveriam ter vergonha do jogo que fizeram ontem no Maracanã, um zero a zero digno da nota estampada no placar.
Incrível a quantidade de erros de passes. É tanta preparação física que os caras correm mais do que precisam e pecam no fundamento básico do jogo, o passe.
A final do Brasileiro de 1980, entre Flamengo e Atlético Mineiro é, para mim, a maior partida dessa versão do Campeonato Nacional iniciada em 1971. Jogaço, histórico, inesquecível, com Zico e Reinaldo inspiradíssimos.
Até em respeito a essa história, os jogadores dos dois times deveriam ter vergonha do jogo que fizeram ontem no Maracanã, um zero a zero digno da nota estampada no placar.
Incrível a quantidade de erros de passes. É tanta preparação física que os caras correm mais do que precisam e pecam no fundamento básico do jogo, o passe.
O (ex-)laterna e o verde
Não é apenas que o até então lanterna do Brasileiro tenha vencido o Palmeiras no dia do seu aniversário de 96 anos. Chama a atenção a facilidade com que o Atlético Goianiense aplicou 3 a 0 no time de Felipão, o que acabou sendo até pouco, em virtude das chances desperdiçadas.
Equilíbrio de forças? Sim, claro. Os times que foram a campo ontem por Palmeiras e Atlético Goianiense, tirando algumas exceções como Marcos, Valdívia, não são lá muito diferentes.
Agora, chamou a atenção o nível de erros do Palmeiras. Todos muito bem aproveitados pelo Dragão goiano, que jogou simples, sabendo que cedo ou tarde o adversário erraria e, sem fazer muita força, os gols aconteceriam.
Foram três de Elias, jogador com boa qualidade técnica, pena que muito irregular. Meia canhoto é coisa rara, e esse rapaz tem potencial para melhorar.
E o Palmeiras, perguntam seus aflitos torcedores. Com Kléber, Lincoln, Marcos Assunção, Valdívia em forma, certamente será um time mais regular. Mas está muito longe da turma da frente, o elenco é desequilibrado, carente de lideranças e tem jogadores apenas esforçados em sua maioria.
O Dragão tirou ponto do Inter e ganhou três do Palmeiras. Pode lutar contra o rebaixamento de forma mais animada do que vinha fazendo.
Não é apenas que o até então lanterna do Brasileiro tenha vencido o Palmeiras no dia do seu aniversário de 96 anos. Chama a atenção a facilidade com que o Atlético Goianiense aplicou 3 a 0 no time de Felipão, o que acabou sendo até pouco, em virtude das chances desperdiçadas.
Equilíbrio de forças? Sim, claro. Os times que foram a campo ontem por Palmeiras e Atlético Goianiense, tirando algumas exceções como Marcos, Valdívia, não são lá muito diferentes.
Agora, chamou a atenção o nível de erros do Palmeiras. Todos muito bem aproveitados pelo Dragão goiano, que jogou simples, sabendo que cedo ou tarde o adversário erraria e, sem fazer muita força, os gols aconteceriam.
Foram três de Elias, jogador com boa qualidade técnica, pena que muito irregular. Meia canhoto é coisa rara, e esse rapaz tem potencial para melhorar.
E o Palmeiras, perguntam seus aflitos torcedores. Com Kléber, Lincoln, Marcos Assunção, Valdívia em forma, certamente será um time mais regular. Mas está muito longe da turma da frente, o elenco é desequilibrado, carente de lideranças e tem jogadores apenas esforçados em sua maioria.
O Dragão tirou ponto do Inter e ganhou três do Palmeiras. Pode lutar contra o rebaixamento de forma mais animada do que vinha fazendo.
quinta-feira, agosto 26, 2010
É o Flu contra a rapa?
Mais uma rodada de ouro para o Fluminense. Bela vitória sobre o Goiás, a quinta fora de casa, e viu o Corinthians perder mais uma como visitante, para o raçudo Cruzeiro.
Seria o caso de perguntar se o campeonato já é Fluminense contra a rapa?
O Tricolor das Laranjeiras já abriu cinco pontos e duas vitórias a mais que o vice-líder, além de sete gols a mais de saldo e um gol a mais na artilharia.
Os outros concorrentes estão, no mínimo, a 9 pontos e têm 4 vitórias a menos.
O primeiro turno está indo embora e o Flu joga duas seguidas em casa, contra São Paulo e Palmeiras.
O Corinthians também joga duas seguidas em casa, contra Vitória e Goiás. Em 15 de setembro, já no returno, o Flu recebe o Corinthians no Maracanã. Dependendo do que acontecer até lá, poderá aumentar a vantagem. Ou perdê-la neste jogo.
O que vi ontem foi um Fluminense vencendo por 3 a 0 um jogo complicado. Estava zero a zero até os 20 do segundo tempo, e o Goiás criou boas chances. Mas um time que tem Conca, Deco, Washington e Mariano chega muito e chega com qualidade. Fez três gols em 25 minutos.
Atacar o Flu sabe muito bem. A defesa ainda precisa de reparos, principalmente nas bolas cruzadas, seja pelo alto ou pelo chão. Mas não tem feito a diferença, porque o ataque compensa.
O Corinthians sofreu um gol aos 3 minutos e antes dos 20 poderia ter empatado. Não empatou e depois ficou dando murro em ponta de faca em cima do Cruzeiro, que se defendeu como numa se estivesse numa final de Libertadores.
Se quer encostar no Flu de vez, o Corinthians precisa aprender a ganhar fora de casa e buscar uma alternativa para quando Elias, Bruno César e Jorge Henrique são bem marcados. Certamente essa alternativa não atende pelo nome de Souza.
O Cruzeiro encostou, como encostaram Inter e Santos. Três times capazes de incomodar Corinthians (principalmente) e Fluminense, se esse vacilar. E ainda tem o surpreendente e embalado Botafogo de Joel Santana.
E o São Paulo? Criou mas não definiu contra um Vasco sério e ciente de que somar pontos fora de casa pode dar sustentabilidade ao time. Falta aos homens que dirigem o São Paulo humildade para admitir seus próprios erros e reformular o time.
E o Grêmio? Como explicar tamanha queda de rendimento com tantos bons jogadores no elenco? Renato Gaúcho está colocando seu prestígio de ídolo gremista à prova.
Na rodada desta quinta três times podem avançar jogando em casa e se aproximar da casa dos 25 pontos, Flamengo, Vitória e Palmeiras, no dia de seu aniversário. Os três mandantes ainda são muito irregulares para garantir alguma coisa.
Galo (outro desempenho inexplicável pela qualidade do elenco), Guarani e Atlético Goianiense tentarão atrapalhar.
Mais uma rodada de ouro para o Fluminense. Bela vitória sobre o Goiás, a quinta fora de casa, e viu o Corinthians perder mais uma como visitante, para o raçudo Cruzeiro.
Seria o caso de perguntar se o campeonato já é Fluminense contra a rapa?
O Tricolor das Laranjeiras já abriu cinco pontos e duas vitórias a mais que o vice-líder, além de sete gols a mais de saldo e um gol a mais na artilharia.
Os outros concorrentes estão, no mínimo, a 9 pontos e têm 4 vitórias a menos.
O primeiro turno está indo embora e o Flu joga duas seguidas em casa, contra São Paulo e Palmeiras.
O Corinthians também joga duas seguidas em casa, contra Vitória e Goiás. Em 15 de setembro, já no returno, o Flu recebe o Corinthians no Maracanã. Dependendo do que acontecer até lá, poderá aumentar a vantagem. Ou perdê-la neste jogo.
O que vi ontem foi um Fluminense vencendo por 3 a 0 um jogo complicado. Estava zero a zero até os 20 do segundo tempo, e o Goiás criou boas chances. Mas um time que tem Conca, Deco, Washington e Mariano chega muito e chega com qualidade. Fez três gols em 25 minutos.
Atacar o Flu sabe muito bem. A defesa ainda precisa de reparos, principalmente nas bolas cruzadas, seja pelo alto ou pelo chão. Mas não tem feito a diferença, porque o ataque compensa.
O Corinthians sofreu um gol aos 3 minutos e antes dos 20 poderia ter empatado. Não empatou e depois ficou dando murro em ponta de faca em cima do Cruzeiro, que se defendeu como numa se estivesse numa final de Libertadores.
Se quer encostar no Flu de vez, o Corinthians precisa aprender a ganhar fora de casa e buscar uma alternativa para quando Elias, Bruno César e Jorge Henrique são bem marcados. Certamente essa alternativa não atende pelo nome de Souza.
O Cruzeiro encostou, como encostaram Inter e Santos. Três times capazes de incomodar Corinthians (principalmente) e Fluminense, se esse vacilar. E ainda tem o surpreendente e embalado Botafogo de Joel Santana.
E o São Paulo? Criou mas não definiu contra um Vasco sério e ciente de que somar pontos fora de casa pode dar sustentabilidade ao time. Falta aos homens que dirigem o São Paulo humildade para admitir seus próprios erros e reformular o time.
E o Grêmio? Como explicar tamanha queda de rendimento com tantos bons jogadores no elenco? Renato Gaúcho está colocando seu prestígio de ídolo gremista à prova.
Na rodada desta quinta três times podem avançar jogando em casa e se aproximar da casa dos 25 pontos, Flamengo, Vitória e Palmeiras, no dia de seu aniversário. Os três mandantes ainda são muito irregulares para garantir alguma coisa.
Galo (outro desempenho inexplicável pela qualidade do elenco), Guarani e Atlético Goianiense tentarão atrapalhar.
quarta-feira, agosto 25, 2010
Série B está sensacional
Muita gente, por puro preconceito, não acompanha a Série B do Brasileiro. Não sabe o que está perdendo.
A disputa pelas quatro vagas de acesso está simplesmente sensacional. Do líder Figueirense até o Guaratinguetá, nono colocado, são apenas seis pontos de diferença.
E cada vez mais chega gente de muito peso na disputa.
Bahia, Portuguesa, Náutico e América-MG estão à espreita, ainda irregulares, mas uma vitória representa muito.
Assim como o oscilante São Caetano.
A Ponte Preta faz uma campanha irrepreensível após a Copa do Mundo, com sete vitórias, e tem tudo para incomodar e muito a Figueirense e Coritiba na disputa pela liderança.
Por sinal , olha só que maravilha de jogo está programado para sábado, dia 28, em Floripa: exatamente Figueirense e Coritiba.
A Ponte vai ao Ceará enfrentar o irregular Icasa e pode até assumir a liderança.
Tem gente na Série B jogando muito mais do que alguns times da Série A.
Muita gente, por puro preconceito, não acompanha a Série B do Brasileiro. Não sabe o que está perdendo.
A disputa pelas quatro vagas de acesso está simplesmente sensacional. Do líder Figueirense até o Guaratinguetá, nono colocado, são apenas seis pontos de diferença.
E cada vez mais chega gente de muito peso na disputa.
Bahia, Portuguesa, Náutico e América-MG estão à espreita, ainda irregulares, mas uma vitória representa muito.
Assim como o oscilante São Caetano.
A Ponte Preta faz uma campanha irrepreensível após a Copa do Mundo, com sete vitórias, e tem tudo para incomodar e muito a Figueirense e Coritiba na disputa pela liderança.
Por sinal , olha só que maravilha de jogo está programado para sábado, dia 28, em Floripa: exatamente Figueirense e Coritiba.
A Ponte vai ao Ceará enfrentar o irregular Icasa e pode até assumir a liderança.
Tem gente na Série B jogando muito mais do que alguns times da Série A.
terça-feira, agosto 24, 2010
segunda-feira, agosto 23, 2010
Brilha a bola do Rio
Sou paulista, caipira nascido em Jaú e cidadão baririense. Mas passo longe de bairrismos. Adoro ser brasileiros e percorrer as nossas nuances visitando o País inteiro como comentarista. Curto demais ir ao Rio, por exemplo. E quando se trata de futebol, não pode ser diferente. O jeito brasileiro de jogar bola tem tudo a ver com o Rio.
E não tem nada melhor para o futebol brasileiro do que o fortalecimento da bola que se joga na Cidade Maravilhosa.
Ver o Maracanã lotado com 80 mil pessoas no eletrizante clássico Fluminense x Vasco, a galera do Botafogo enchendo o Engenhão. Tudo isso no rastro do título do Flamengo em 2009 - já que o Rubro-Negro anda vacilante em 2010.
Se o Rio vai bem, o futebol brasileiro anda melhor. A saudável rivalidade regional força paulistas, gaúchos e mineiros, paranaenses etc. e investir, a melhorar, a correr atrás.
Em termos de jogo, de equilíbrio, de disputa e emoção, ninguém chegou perto de Fluminense x Vasco na última rodada.
Se a taça ficará no Rio é cedo para saber. Mas o fato de Botafogo e Vasco estarem de novo fortes, respeitados pelos adversários, e de o Flu puxar a fila valem muito. Se o Flamengo acordar, o Rio pode dar o tom dessa disputa.
Mas antes precisa avisar Corinthians, Santos, Inter, que parecem dispostos a invadir essa praia.
O único reparo que faço é o seguinte: havia 80 mil pessoas no Maracanã e 66 mil pagaram. Como justificar que 14 mil, praticamente a média de público do Brasileirão, entrem sem pagar?
Passeio corintiano
O São Paulo saiu no lucro perdendo só de 3 para o Corinthians. Era para ter sido de 5, 6, não fosse Rogério Ceni. O Timão sobrou, em tarde-noite de gala de Elias e Jorge Henrique. O meio-campo corintiano é muito bom e compensa o fato de Ronaldo ter virado um mico.
Já o São Paulo parece anestesiado pela soberba de alguns de seus dirigentes, aqueles que nunca erram, sempre acertam, mas que desde a saída de Muricy só quebraram a cara. O time de ontem era um arremedo, uma massa disforme, incapaz de dar uma lufada de esperança ao torcedor.
Enquanto isso....
Felipão vai tentado ser técnico, diretor, gerente, um faz-tudo no Palmeiras. Já conseguiu despertar o torcedor. Com o tempo, tendo Valdívia, Lincoln e Kléber, o time tem tudo para dar um salto de qualidade. Talvez insuficiente para disputar o título nacional, mas capaz de brigar pela Sul-americana e projetar um 2011 melhor.
E o Galo de Luxa? Tem jogadores para fazer muito mais do que vem fazendo? O treinador há muito tempo dá apenas explicações e faz promessas de melhora. Precisa falar menos e fazer mais. A massa atleticana não merece ser tão judiada.
E o tabu de Curitiba entre os rubro-negros? Desde 1974 que o Flamengo não ganha do Atlético. Será que Rogério Lourenço terá tempo de comandar todas as novas contratações rubro-negras?
No Sul, o Inter empatou com o frágil Atlético Goianiense, ainda em ressaca da Libertadores. Enquanto isso, o Grêmio segue seu calvário. Outro time que tem elenco para fazer muito mais do que está fazendo.
Alguns grandalhões do futebol brasileiro parecem acreditar na tese de que camisa sustenta tudo e time grande não cai.
Não existe time imune à queda, a Série B ameaça a todos, igualmente.
Sou paulista, caipira nascido em Jaú e cidadão baririense. Mas passo longe de bairrismos. Adoro ser brasileiros e percorrer as nossas nuances visitando o País inteiro como comentarista. Curto demais ir ao Rio, por exemplo. E quando se trata de futebol, não pode ser diferente. O jeito brasileiro de jogar bola tem tudo a ver com o Rio.
E não tem nada melhor para o futebol brasileiro do que o fortalecimento da bola que se joga na Cidade Maravilhosa.
Ver o Maracanã lotado com 80 mil pessoas no eletrizante clássico Fluminense x Vasco, a galera do Botafogo enchendo o Engenhão. Tudo isso no rastro do título do Flamengo em 2009 - já que o Rubro-Negro anda vacilante em 2010.
Se o Rio vai bem, o futebol brasileiro anda melhor. A saudável rivalidade regional força paulistas, gaúchos e mineiros, paranaenses etc. e investir, a melhorar, a correr atrás.
Em termos de jogo, de equilíbrio, de disputa e emoção, ninguém chegou perto de Fluminense x Vasco na última rodada.
Se a taça ficará no Rio é cedo para saber. Mas o fato de Botafogo e Vasco estarem de novo fortes, respeitados pelos adversários, e de o Flu puxar a fila valem muito. Se o Flamengo acordar, o Rio pode dar o tom dessa disputa.
Mas antes precisa avisar Corinthians, Santos, Inter, que parecem dispostos a invadir essa praia.
O único reparo que faço é o seguinte: havia 80 mil pessoas no Maracanã e 66 mil pagaram. Como justificar que 14 mil, praticamente a média de público do Brasileirão, entrem sem pagar?
Passeio corintiano
O São Paulo saiu no lucro perdendo só de 3 para o Corinthians. Era para ter sido de 5, 6, não fosse Rogério Ceni. O Timão sobrou, em tarde-noite de gala de Elias e Jorge Henrique. O meio-campo corintiano é muito bom e compensa o fato de Ronaldo ter virado um mico.
Já o São Paulo parece anestesiado pela soberba de alguns de seus dirigentes, aqueles que nunca erram, sempre acertam, mas que desde a saída de Muricy só quebraram a cara. O time de ontem era um arremedo, uma massa disforme, incapaz de dar uma lufada de esperança ao torcedor.
Enquanto isso....
Felipão vai tentado ser técnico, diretor, gerente, um faz-tudo no Palmeiras. Já conseguiu despertar o torcedor. Com o tempo, tendo Valdívia, Lincoln e Kléber, o time tem tudo para dar um salto de qualidade. Talvez insuficiente para disputar o título nacional, mas capaz de brigar pela Sul-americana e projetar um 2011 melhor.
E o Galo de Luxa? Tem jogadores para fazer muito mais do que vem fazendo? O treinador há muito tempo dá apenas explicações e faz promessas de melhora. Precisa falar menos e fazer mais. A massa atleticana não merece ser tão judiada.
E o tabu de Curitiba entre os rubro-negros? Desde 1974 que o Flamengo não ganha do Atlético. Será que Rogério Lourenço terá tempo de comandar todas as novas contratações rubro-negras?
No Sul, o Inter empatou com o frágil Atlético Goianiense, ainda em ressaca da Libertadores. Enquanto isso, o Grêmio segue seu calvário. Outro time que tem elenco para fazer muito mais do que está fazendo.
Alguns grandalhões do futebol brasileiro parecem acreditar na tese de que camisa sustenta tudo e time grande não cai.
Não existe time imune à queda, a Série B ameaça a todos, igualmente.
domingo, agosto 22, 2010
sexta-feira, agosto 20, 2010
Dica para os palmeirenses
O MemoFut é uma belíssima sacada. Um grupo de estudiosos e apaixonados pelo futebol que promove encontros, palestras, debates, exibições. Uma turma muito bacana, que adora o jogo de bola sem as bobagens típicas do fanatismo e do clubismo recalcado.
Neste sábado, dia 21, a galera do MemoFut fará uma homenagem ao Palmeiras, em virtude do aniversário de 96 anos do clube, no dia 26.
A partir das 9 horas, no Museu do Futebol, no Pacaembu, haverá um bate-papo reunindo o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, do grande João Leiva Campos Filho, o Leivinha, e do meu querido amigo Mauro Beting.
Outras informações pelo site do José Renato Sátiro.
O MemoFut é uma belíssima sacada. Um grupo de estudiosos e apaixonados pelo futebol que promove encontros, palestras, debates, exibições. Uma turma muito bacana, que adora o jogo de bola sem as bobagens típicas do fanatismo e do clubismo recalcado.
Neste sábado, dia 21, a galera do MemoFut fará uma homenagem ao Palmeiras, em virtude do aniversário de 96 anos do clube, no dia 26.
A partir das 9 horas, no Museu do Futebol, no Pacaembu, haverá um bate-papo reunindo o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, do grande João Leiva Campos Filho, o Leivinha, e do meu querido amigo Mauro Beting.
Outras informações pelo site do José Renato Sátiro.
Efeito Felipão
O resultado heróico conseguido pelo Palmeiras ante o Vitória é reflexo de uma das muitas qualidades de Felipão. Não compartilho da tese de alguns que consideram o técnico apenas um grande motivador. Vejo o gaúcho como um bom montador de times e um treinador sempre atualizado com o futebol que se pratica no mundo.
Mas que Felipão sabe como incendiar (no bom sentido) um time e uma torcida, isso sabe. Seu jeitão é capaz de convencer as pessoas de que os resultados são possíveis. O que não é pouco para um técnico de futebol.
O palmeirense andava rabugento, corneteiro, de mal com o time. Felipão propôs uma trégua, pediu apoio e prometeu suor. O Pacaembu viu uma festa nas arquibancadas como há um bom tempo não via. O torcedor cantou 90 minutos, esteve ao lado do time, foi parceiro, não foi crítico.
Em campo, mesmo sem seus principais jogadores, o Palmeiras controlou o nervosismo, contou com a colaboração de um Vitória acovardado, e partiu para uma pressão incrível. Foram três gols, bola na trave, chances perdida e uma partida impecável de Marcos Assunção.
Com a saída de Pierre, que luta muito mais contribui pouco para a fluência de jogo, Felipão deu mais dinâmica ao time, com Assunção e Tinga saindo, e Edinho protegendo a zaga.
O Vitória deixou a ousadia em Salvador e viveu apenas de Ramón e suas bolas paradas. Pouco para o vice-campeão da Copa do Brasil. Chamou o Palmeiras para o sufoco e se deu mal.
O fico de Neymar
Taí uma notícia que é boa para quem curte uma bola bem jogada. Neymar fica no Santos. Para os padrões brasileiros, já estava rico e ficará ainda mais. Pode ficar riquíssimo quando for para a Europa daqui a alguns anos.
O melhor disso tudo é que o futebol começa a encontrar maneiras de segurar bons jogadores, de repatriar outros. A economia mais forte, o sucesso de parcerias e a melhora na estrutura de muitos dos grandes times faz com que atletas como Fred resolvam ficar no País, que talentos como Neymar aceitem permancer por algum tempo, e que jogadores de ótimo nível como Deco e Deivid retornem.
Enfim, basta ser mais organizado, menos amador, que o negócio se mostra lucrativo. O Brasileirão, pelo menos para mim, já é o melhor campeonato nacional de futebol do mundo e tem tudo para ficar ainda melhor.
O resultado heróico conseguido pelo Palmeiras ante o Vitória é reflexo de uma das muitas qualidades de Felipão. Não compartilho da tese de alguns que consideram o técnico apenas um grande motivador. Vejo o gaúcho como um bom montador de times e um treinador sempre atualizado com o futebol que se pratica no mundo.
Mas que Felipão sabe como incendiar (no bom sentido) um time e uma torcida, isso sabe. Seu jeitão é capaz de convencer as pessoas de que os resultados são possíveis. O que não é pouco para um técnico de futebol.
O palmeirense andava rabugento, corneteiro, de mal com o time. Felipão propôs uma trégua, pediu apoio e prometeu suor. O Pacaembu viu uma festa nas arquibancadas como há um bom tempo não via. O torcedor cantou 90 minutos, esteve ao lado do time, foi parceiro, não foi crítico.
Em campo, mesmo sem seus principais jogadores, o Palmeiras controlou o nervosismo, contou com a colaboração de um Vitória acovardado, e partiu para uma pressão incrível. Foram três gols, bola na trave, chances perdida e uma partida impecável de Marcos Assunção.
Com a saída de Pierre, que luta muito mais contribui pouco para a fluência de jogo, Felipão deu mais dinâmica ao time, com Assunção e Tinga saindo, e Edinho protegendo a zaga.
O Vitória deixou a ousadia em Salvador e viveu apenas de Ramón e suas bolas paradas. Pouco para o vice-campeão da Copa do Brasil. Chamou o Palmeiras para o sufoco e se deu mal.
O fico de Neymar
Taí uma notícia que é boa para quem curte uma bola bem jogada. Neymar fica no Santos. Para os padrões brasileiros, já estava rico e ficará ainda mais. Pode ficar riquíssimo quando for para a Europa daqui a alguns anos.
O melhor disso tudo é que o futebol começa a encontrar maneiras de segurar bons jogadores, de repatriar outros. A economia mais forte, o sucesso de parcerias e a melhora na estrutura de muitos dos grandes times faz com que atletas como Fred resolvam ficar no País, que talentos como Neymar aceitem permancer por algum tempo, e que jogadores de ótimo nível como Deco e Deivid retornem.
Enfim, basta ser mais organizado, menos amador, que o negócio se mostra lucrativo. O Brasileirão, pelo menos para mim, já é o melhor campeonato nacional de futebol do mundo e tem tudo para ficar ainda melhor.
quinta-feira, agosto 19, 2010
Golaço do Cruzeiro
Por falar em Cruzeiro, leio na revista Placar uma matéria que fala da escola que o clube fez para seus jogadores e funcionários estudarem. Com um gasto de apenas 18 mil reais o Cruzeiro conseguiu algo que vale ouro: proporcionar estudo e educação a seus profissionais e funcionários.
Atitude exemplar, que deveria ser seguida e, até mais, cobrada dos governos. Clubes de futebol têm muitas isenções e facilidades e devolvem pouco para a sociedade. Isso se chama responsabilidade social. Melhor do que ficar emprestando dinheiro para vândalo uniformizado. Muito melhor.
Por falar em Cruzeiro, leio na revista Placar uma matéria que fala da escola que o clube fez para seus jogadores e funcionários estudarem. Com um gasto de apenas 18 mil reais o Cruzeiro conseguiu algo que vale ouro: proporcionar estudo e educação a seus profissionais e funcionários.
Atitude exemplar, que deveria ser seguida e, até mais, cobrada dos governos. Clubes de futebol têm muitas isenções e facilidades e devolvem pouco para a sociedade. Isso se chama responsabilidade social. Melhor do que ficar emprestando dinheiro para vândalo uniformizado. Muito melhor.
Afirmação de Roth e a
consagração de Giuliano
Festa linda da torcida do Inter numa final como costumam ser as finais, dramáticas, brigadas, amarradas.
O nervosismo traiu o Inter na primeira etapa, o time não tocou a bola, tentou correr mais do que precisava. A falha de Bolívar deu a chance do gol de Fabián.
Tensão no Beira-Rio, mas a qualidade do Inter falou mais alto no segundo tempo, além da imprevisibilidade do futebol. Sóbis não estava bem, fora de função, ia sair, mas fez o gol num cruzamento lindo de Kléber. Leandro Damião entrou e fez um golaço.
Mas o toque de classe veio com o gol espetacular de Giuliano, esse craque em formação, em explosão. Estava tudo ali: criatividade, improviso, invenção, técnica e habilidade.
No final, um boboca de um torcedor do Inter que nada tinha que estar fazendo dentro do campo foi provocar os mexicanos do Chivas e deu início àquela lamentável pancadaria.
O Inter deveria identificá-lo pelas imagens da TV e proibir essa mala de ir ao Beira-Rio.
Dois títulos de Libertadores em quatro anos, e o Inter finalmente transformou em futebol o que muita gente já falava há um bom tempo, que o elenco era forte, que era senão o melhor, um dos melhores times.
A reconstrução do clube é exemplar. Do Sul vem a lição para, principalmente, paulistas e cariocas, que deitados em mercados muito mais ricos não conseguem captar recursos ou administrá-los da maneira como o Inter e até mesmo o Grêmio têm feito.
Assim como não se deve esquecer de Cruzeiro e Atlético, com as melhores estruturas de Centro de Treinamento do País.
Prova de que nem sempre ter mais público e dinheiro serve para tratar melhor de ambos.
E finalmente Celso Roth transformou seus muitos bons trabalhos numa grande conquista. Parabéns a ele, que certamente aprendeu com os erros do passado e deve estar aliviado.
consagração de Giuliano
Festa linda da torcida do Inter numa final como costumam ser as finais, dramáticas, brigadas, amarradas.
O nervosismo traiu o Inter na primeira etapa, o time não tocou a bola, tentou correr mais do que precisava. A falha de Bolívar deu a chance do gol de Fabián.
Tensão no Beira-Rio, mas a qualidade do Inter falou mais alto no segundo tempo, além da imprevisibilidade do futebol. Sóbis não estava bem, fora de função, ia sair, mas fez o gol num cruzamento lindo de Kléber. Leandro Damião entrou e fez um golaço.
Mas o toque de classe veio com o gol espetacular de Giuliano, esse craque em formação, em explosão. Estava tudo ali: criatividade, improviso, invenção, técnica e habilidade.
No final, um boboca de um torcedor do Inter que nada tinha que estar fazendo dentro do campo foi provocar os mexicanos do Chivas e deu início àquela lamentável pancadaria.
O Inter deveria identificá-lo pelas imagens da TV e proibir essa mala de ir ao Beira-Rio.
Dois títulos de Libertadores em quatro anos, e o Inter finalmente transformou em futebol o que muita gente já falava há um bom tempo, que o elenco era forte, que era senão o melhor, um dos melhores times.
A reconstrução do clube é exemplar. Do Sul vem a lição para, principalmente, paulistas e cariocas, que deitados em mercados muito mais ricos não conseguem captar recursos ou administrá-los da maneira como o Inter e até mesmo o Grêmio têm feito.
Assim como não se deve esquecer de Cruzeiro e Atlético, com as melhores estruturas de Centro de Treinamento do País.
Prova de que nem sempre ter mais público e dinheiro serve para tratar melhor de ambos.
E finalmente Celso Roth transformou seus muitos bons trabalhos numa grande conquista. Parabéns a ele, que certamente aprendeu com os erros do passado e deve estar aliviado.
quarta-feira, agosto 18, 2010
Inter e Neymar
Basta ao Inter ser Inter logo mais, no Beira-Rio, para bisar a conquista da América e se firmar como o grande time brasileiro do momento, justificando seu nome profético.
E o que é ser Inter? Tocar a bola, basear o jogo no meio-campo, em toques curtos e rápidos, pressionar a saída de bola do adversário, alugar o campo de defesa do
Chivas. Enfim, jogar como fez em Guadalajara.
O time mexicano até se vira bem fora de casa porque é de contra-ataque, de jogo esticado, rápido. Mas no quesito meio-campo está anos-luz atrás do Inter.
Devemos assistir esta noite à formatura de Celso Roth como grande técnico. Porque ele sabe montar times, estrutura bem seuas equipes, mas por algum motivo, e não sei dizer qual, não vence. Vencendo hoje ele mesmo deve encontrar essa resposta.
British Neymar
Ouço em algum programa de TV, porque de manhã só ouço alguma coisa randômica, não assisto nada, que um jornalista inglês teria dito que Neymar não iria direto ao Chelsea, faria um estágio num clube pequeno. Não entendi direito o que foi falado no programa, mas é mais uma das baboseiras da arrogância européia.
E o Chelsea é o time novo-rico mais arrogante do mundo. Superavalia a si próprio e ao furebol inglês. A bola que se joga no reino de sua majestade só melhorou graças à chegada de estrangeiros. Vimos na Copa que tirando dois ou três, o futebol inglês nativo não anda grande coisa.
Se a força da grana que ergue e destrói coisas belas tirar Neymar do Santos, ele tem tudo para jogar bem em qualquer parte do mundo. Inclusive no arrogante Chelsea.
Basta ao Inter ser Inter logo mais, no Beira-Rio, para bisar a conquista da América e se firmar como o grande time brasileiro do momento, justificando seu nome profético.
E o que é ser Inter? Tocar a bola, basear o jogo no meio-campo, em toques curtos e rápidos, pressionar a saída de bola do adversário, alugar o campo de defesa do
Chivas. Enfim, jogar como fez em Guadalajara.
O time mexicano até se vira bem fora de casa porque é de contra-ataque, de jogo esticado, rápido. Mas no quesito meio-campo está anos-luz atrás do Inter.
Devemos assistir esta noite à formatura de Celso Roth como grande técnico. Porque ele sabe montar times, estrutura bem seuas equipes, mas por algum motivo, e não sei dizer qual, não vence. Vencendo hoje ele mesmo deve encontrar essa resposta.
British Neymar
Ouço em algum programa de TV, porque de manhã só ouço alguma coisa randômica, não assisto nada, que um jornalista inglês teria dito que Neymar não iria direto ao Chelsea, faria um estágio num clube pequeno. Não entendi direito o que foi falado no programa, mas é mais uma das baboseiras da arrogância européia.
E o Chelsea é o time novo-rico mais arrogante do mundo. Superavalia a si próprio e ao furebol inglês. A bola que se joga no reino de sua majestade só melhorou graças à chegada de estrangeiros. Vimos na Copa que tirando dois ou três, o futebol inglês nativo não anda grande coisa.
Se a força da grana que ergue e destrói coisas belas tirar Neymar do Santos, ele tem tudo para jogar bem em qualquer parte do mundo. Inclusive no arrogante Chelsea.
terça-feira, agosto 17, 2010
Capacitação. Segredo
de sucesso do vôlei
O voleibol brasileiro é referência mundial, líder do ranking da Federação Internacional. Mas nada acontece por acaso. Além do talento, da renovação de sucessivas gerações de atletas, o voleibol trabalha muito forte na capacitação e no aprimoramento dos treinadores.
De hoje até o dia 22 de agosto acontece em Pomerode, Santa Catarina, o Curso Nacional de Treinadores, capitaneado por Ariovaldo Rabello. Conheço o Ari de longa data, treinador de sucesso, competente, com passagens de sucesso por muitos times, como Sadia e Pão de Açúcar . Atualmente é meu parceiro nas animadas peladas de futebol do Clube Paineiras do Morumby.
Como explica o prório Ari: "Às vezes me perguntam o por que do sucesso do voleibol brasileiro. Um dos motivos é a preocupação da Confederação Brasileira em manter a qualidade dos trabalhos dos técnicos, obrigando-os a passar por esses cursoas".
Desde a década de 70 os cursos de capacitação foram instituídos pela CBV. Para se ter uma idéia do nível de exigência, para dirigir uma equipe de voleibol no Brasil até a categoria infanto, um treinador precisa ser professor de educação física com graduação de nível 2. Acima do infanto, apenas com graduação acima de nível 3.
"Isso obriga os treinadores a participarem de todos os cursos e gera um conhecimento multi disciplinar que envolve o treinamento e a direção de equipes. Os cursos são oferecidos e exigidos em todo o território brasileiro".
Mais detalhes podem ser obtidos neste endereço.
de sucesso do vôlei
O voleibol brasileiro é referência mundial, líder do ranking da Federação Internacional. Mas nada acontece por acaso. Além do talento, da renovação de sucessivas gerações de atletas, o voleibol trabalha muito forte na capacitação e no aprimoramento dos treinadores.
De hoje até o dia 22 de agosto acontece em Pomerode, Santa Catarina, o Curso Nacional de Treinadores, capitaneado por Ariovaldo Rabello. Conheço o Ari de longa data, treinador de sucesso, competente, com passagens de sucesso por muitos times, como Sadia e Pão de Açúcar . Atualmente é meu parceiro nas animadas peladas de futebol do Clube Paineiras do Morumby.
Como explica o prório Ari: "Às vezes me perguntam o por que do sucesso do voleibol brasileiro. Um dos motivos é a preocupação da Confederação Brasileira em manter a qualidade dos trabalhos dos técnicos, obrigando-os a passar por esses cursoas".
Desde a década de 70 os cursos de capacitação foram instituídos pela CBV. Para se ter uma idéia do nível de exigência, para dirigir uma equipe de voleibol no Brasil até a categoria infanto, um treinador precisa ser professor de educação física com graduação de nível 2. Acima do infanto, apenas com graduação acima de nível 3.
"Isso obriga os treinadores a participarem de todos os cursos e gera um conhecimento multi disciplinar que envolve o treinamento e a direção de equipes. Os cursos são oferecidos e exigidos em todo o território brasileiro".
Mais detalhes podem ser obtidos neste endereço.
segunda-feira, agosto 16, 2010
Taí um golaço!
80 anos de
Luiz Noriega
Um dia especial para mim, para minha família, para uma geração de torcedores de futebol e esportes. Meu querido pai, Luiz Noriega, completa hoje 80 anos de vida. Mais de 50 dedicados ao jornalismo, boa parte desses 50 ao jornalismo esportivo, principalmente como narrador.
Claro que sou suspeito, mas considero meu velho um paradigma de narração esportiva. Além de um exemplo maravilhoso de pai, de amigo, de companheiro e professor.
Agradeço a Deus por ele poder estar aqui comigo, me aconselhando, vendo os netos crescerem, relembrando lindos momentos e ainda trabalhando, como sempre deve ser.
Deixo duas imagens marcantes para mim, agora muito mais como fã do que como filho. As imagens que tenho de meu pai vou atualizar logo mais, dando um abraço e um beijo no próprio.
Como fã deixo aqui uma foto da Copa de 1962, no Chile, na qual Luiz Noriega, pela equipe da rádio Tupi, entrevista o grande Alfredo Di Stéfano. Na imagem aparecem Walter Abrahão e Milton Camargo.
Na outra foto, meu pai é o segundo da esquerda para a direita. O primeiro é Carlos Eduardo Leite, o Dudu. Também aparecem Orlando Duarte e Edvar Simões, que era o entrevistado de mais uma edição do Esporte Opinião, um dos melhores programas esportivos que a TV Cultura já produziu, que ia ao ar às segundas-feiras à noite.
Valeu, pai! Felicidades!
Do filho e do fã!
sábado, agosto 14, 2010
Um lindo estádio no
México. E por aqui?
México. E por aqui?
Estivemos no México, eu, Milton Leite, Edgar Alencar, Raphael Rezende e Rogério Romera, time do SporTV, para transmitir Chivas x Inter.
Impossível deixar de falar no lindo estádio do Chivas. Ainda cheirando a tinta, chamado de Omnilife, uma das muitas empresas de Jorge Vergara, dono do time, ou também de Arena de Guadalajara ou estádio do Vulcão.
Segundo li na imprensa mexicana, Vergara investiu 170 milhões de dólares no estádio. Não apenas para jogos do Chivas, mas principalmente para receber grandes shows musicais. O México é rota frequente de grandes artistas americanos, além de muitos ídolos pop/rock da cena latino-americana e de muitos ídolos locais, como Luís Miguel, Maná e tantos outros.
Por isso a opção pelo gramado sintético, que é muito mais resistente.
Agora, acho que vocês se perguntam tanto quanto eu, porque no Brasil qualquer obra de estádio, seja do zero ou reforma, custa sempre muito mais do que esses 170 milhões de dólares?
Quanto já se gastou em reformas do Maracanã, por exemplo? E vem aí mais uma. Para quê?
Não seria melhor botar abaixo e fazer outro, mais moderno?
Outro detalhe que percebemos em Guadalajara. O estádio não tem frescuras como pisos de mármore. É cimento puro, visual limpo, grandes vãos livres na área interna. Faz reaproveitamento de água e parte dele foi erguida sobre um morro de grama que circunda o campo, para captação e retenção da água da chuva.
As cadeiras são de plástico, há elevadores especiais para deficientes, rede de internet sem fio e os banheiros são limpos e confortáveis, com telas de LCD para que ninguém perca um lance da partida enquanto faz suas necessidades.
Já imaginaram o que aconteceria com umas telas de LCD nos banheiros dos nossos estádios? Se roubam fio de cobre...
Talvez o fato de o estádio e o time terem um dono ajude a evitar que aconteça superfaturamento. Afinal, o cara não vai querer roubar ele mesmo, concordam?
Mas para provar que nós e os irmãos mexicanos temos muitas coisas em comum além da alegria e o amor pelo futebol, o estádio também foi inaugurado inacabado, com acessos precários e obras em andamento. Chegar e sair de lá é complicado como chegar e sair do Engenhão, por exemplo.
sexta-feira, agosto 13, 2010
Glória e fracasso
de eternos rivais
O futebol provoca os instintos mais primitivos quando se trata de rivalidades. Os deuses da bola, então, adoram aprontar algumas armadilhas para atiçar ainda mais as provocações sadias entre os torcedores de clubes de grande rivalidade.
É ou não é um capricho dos destinos do futebol o fato de o Inter ter gastado a bola em Guadalajara, jogado o fino, colocado uma mão e quatro dedos no bi da Libertadores enquanto o Grêmio era eliminado em casa da Sul-americana pelo Goiás? Justo na estreia de Renato Gaúcho como técnico do time do qual é o maior ídolo.
Que dizer da dupla Fla-Flu? Enquanto o Flamengo emenda uma contratação esquisita atrás da outra, o Fluminense coleciona reforços de sucesso e lidera o Brasileirão com um futebol pra lá de convincente.
Em São Paulo, o Quarteto Fantástico está pintado em branco e preto. O Santos já soma dois títulos na temporada que marca o ano do centenário do Corinthians, que por enquanto passou batido. Mas tem ótimas chances no Brasileirão, e vê os rivais São Paulo e Palmeiras em fase de eliminações reais e virtuais, respectivamente.
Em Minas o Galo está numa tremenda enrascada, enquanto o Cruzeiro navega em águas calmas - de rio, claro.
Na Bahia o Vitória tem feito bonito enquanto o Bahia sonha com a volta ao cenário da elite. No Ceará, o Vozão está onde o Tricolor de Aço sonha estar.
Será que tudo isso ainda vai mudar com o passar dos jogos? Há espaço para reviravoltas, ou o ano será mesmo de quem mostrou mais bola até agora?
de eternos rivais
O futebol provoca os instintos mais primitivos quando se trata de rivalidades. Os deuses da bola, então, adoram aprontar algumas armadilhas para atiçar ainda mais as provocações sadias entre os torcedores de clubes de grande rivalidade.
É ou não é um capricho dos destinos do futebol o fato de o Inter ter gastado a bola em Guadalajara, jogado o fino, colocado uma mão e quatro dedos no bi da Libertadores enquanto o Grêmio era eliminado em casa da Sul-americana pelo Goiás? Justo na estreia de Renato Gaúcho como técnico do time do qual é o maior ídolo.
Que dizer da dupla Fla-Flu? Enquanto o Flamengo emenda uma contratação esquisita atrás da outra, o Fluminense coleciona reforços de sucesso e lidera o Brasileirão com um futebol pra lá de convincente.
Em São Paulo, o Quarteto Fantástico está pintado em branco e preto. O Santos já soma dois títulos na temporada que marca o ano do centenário do Corinthians, que por enquanto passou batido. Mas tem ótimas chances no Brasileirão, e vê os rivais São Paulo e Palmeiras em fase de eliminações reais e virtuais, respectivamente.
Em Minas o Galo está numa tremenda enrascada, enquanto o Cruzeiro navega em águas calmas - de rio, claro.
Na Bahia o Vitória tem feito bonito enquanto o Bahia sonha com a volta ao cenário da elite. No Ceará, o Vozão está onde o Tricolor de Aço sonha estar.
Será que tudo isso ainda vai mudar com o passar dos jogos? Há espaço para reviravoltas, ou o ano será mesmo de quem mostrou mais bola até agora?
quarta-feira, agosto 11, 2010
Inter pronto para
a primeira batalha
Guadalajara (México) - Ontem fui com o amigo Milton Leite acompanhar o treino do Inter no belíssimo estádio Omnilife, ou Arena do Vulcão, em Guadalajara.
Fica clara a certeza de que o Inter chega pronto para a decisão contra o Chivas. Percebe-se entre jogadores, dirigentes e comissão técnica o sentimento de que tudo que poderia ser feito o foi, e agora é deixar que o futebol resolva tudo onde deve ser resolvido, dentro de campo.
Campo que é tema de muitas polêmicas. O gramado é sintético, como os brasileiros conhecem muito bem das milhares de quadras de futebol society que existem no País. Este do Chivas é novíssimo, foi implantado há menos de um mês, nos informou um dos administradores do estádio, preocupado em impedir que pisássemos no gramado.
A grama ainda está alta, fofa, macia. A sensação é bem diferente da de jogar em grama sintética já gasta, mais dura, onde o pé praticamente não afunda. Em Guadalajara muitos jogadores do Inter atuarão com chuteiras comuns, de travas, não as de society, mais baixas. O gramado permite, mesmo sintético, que as travas afundem, já que a grama artifical tem a altura de um bom gramado natural.
Há muita borracha preta triturada protegendo o gramado, daquelas que quebram máquinas de lavar e nossas mulheres e mães praguejam quando tiramos nosas chuteiras de peladeiros. Essa borracha tem como objetivo, além de preservar o gramado, torná-lo um pouco mais lento, amortecendo as quedas e a própria velocidade da bola.
Ainda assim, o ritmo do jogo será outro, porque a bola corre mais e, principalmente, pula mais, já que é a bola de futebol oficial, não a bola de society, aquela mais pesada.
Sobre o time do Inter, pelo que vi do treino, Giuliano vai pro jogo. Está voando, teve o melhor aproveitamento do time nas cobranças de bola parada, não estranhou em nada o garmado. Andrezinho já teve alguns problemas. Giuliano também esteve ótimo nas conclusões.
Celso Roth valorizou muito os lances de cruzamento para a área e as finalizações de média e longa distância, acreditando que o gramado pode trair os goleiros.
Choveu forte em Guadalajara nesta madrugada, o que pode deixar o campo liso, rápido, dificultando o domínio de bola. Agora de manhã não chove, mas o tempo segue nublado, embora neste instante, 10 horas da manhã, comece a abrir.
O Chivas vai completo, exceto pelos desfalques de Esparza, que foi operado recentemente, e Medina, que se contundiu no jogo com o Manchester. É time de toque de bola, rápido, que também enfrentará problemas no gramado sintético, onde atuou apenas uma vez.
Vejo o Inter com mais talento indiviudal para resolver a parada ou levar um belo resultado para Porto Alegre.
Nos vemos logo mais na transmissão do SporTV, com Milton Leite, Edgar Alencar, Rogério Romera e Raphael Rezende.
a primeira batalha
Guadalajara (México) - Ontem fui com o amigo Milton Leite acompanhar o treino do Inter no belíssimo estádio Omnilife, ou Arena do Vulcão, em Guadalajara.
Fica clara a certeza de que o Inter chega pronto para a decisão contra o Chivas. Percebe-se entre jogadores, dirigentes e comissão técnica o sentimento de que tudo que poderia ser feito o foi, e agora é deixar que o futebol resolva tudo onde deve ser resolvido, dentro de campo.
Campo que é tema de muitas polêmicas. O gramado é sintético, como os brasileiros conhecem muito bem das milhares de quadras de futebol society que existem no País. Este do Chivas é novíssimo, foi implantado há menos de um mês, nos informou um dos administradores do estádio, preocupado em impedir que pisássemos no gramado.
A grama ainda está alta, fofa, macia. A sensação é bem diferente da de jogar em grama sintética já gasta, mais dura, onde o pé praticamente não afunda. Em Guadalajara muitos jogadores do Inter atuarão com chuteiras comuns, de travas, não as de society, mais baixas. O gramado permite, mesmo sintético, que as travas afundem, já que a grama artifical tem a altura de um bom gramado natural.
Há muita borracha preta triturada protegendo o gramado, daquelas que quebram máquinas de lavar e nossas mulheres e mães praguejam quando tiramos nosas chuteiras de peladeiros. Essa borracha tem como objetivo, além de preservar o gramado, torná-lo um pouco mais lento, amortecendo as quedas e a própria velocidade da bola.
Ainda assim, o ritmo do jogo será outro, porque a bola corre mais e, principalmente, pula mais, já que é a bola de futebol oficial, não a bola de society, aquela mais pesada.
Sobre o time do Inter, pelo que vi do treino, Giuliano vai pro jogo. Está voando, teve o melhor aproveitamento do time nas cobranças de bola parada, não estranhou em nada o garmado. Andrezinho já teve alguns problemas. Giuliano também esteve ótimo nas conclusões.
Celso Roth valorizou muito os lances de cruzamento para a área e as finalizações de média e longa distância, acreditando que o gramado pode trair os goleiros.
Choveu forte em Guadalajara nesta madrugada, o que pode deixar o campo liso, rápido, dificultando o domínio de bola. Agora de manhã não chove, mas o tempo segue nublado, embora neste instante, 10 horas da manhã, comece a abrir.
O Chivas vai completo, exceto pelos desfalques de Esparza, que foi operado recentemente, e Medina, que se contundiu no jogo com o Manchester. É time de toque de bola, rápido, que também enfrentará problemas no gramado sintético, onde atuou apenas uma vez.
Vejo o Inter com mais talento indiviudal para resolver a parada ou levar um belo resultado para Porto Alegre.
Nos vemos logo mais na transmissão do SporTV, com Milton Leite, Edgar Alencar, Rogério Romera e Raphael Rezende.
segunda-feira, agosto 09, 2010
sexta-feira, agosto 06, 2010
Trampolim Colorado
Mais do que comemorar a terceira final de Libertadores de sua história e o fato de ser o primeiro time brasileiro a disputar dois Mundiais de Clubes da Fifa neste novo formato, o Internacional festeja seu estabelecimento como instituição de padrão que está à altura de seu nome. O Inter é um time do mundo, definitivamente.
Pelo jeito que as coisas andam no futebol brasileiro, o Colorado dos Pampas é o clube que mais se aproxima do patamar atingido pelo rival que eliminou ontem na semifinal da Libertadores, o São Paulo. Está deixando o Cruzeiro um pouco para trás nessa equação que soma conquistas, presenças constantes em competições internacionais e estrutura fora de campo.
Os outros bicampeões de Libertadores que o Brasil tem, Santos e Grêmio, também ensaiaram essa situação. O Grêmio ao quase tocar o céu com as mãos em 1995 (no que seria o bi mundial) e 2007 (no quase tri da Libertadores), e o Santos em 2003 e, quem sabe agora, com a nova geração de Meninos da Vila.
A diferença do Inter é que como clube ele cresceu demais a partir de 2003, e só por isso pôde montar times fortes e chegar a duas finais de Libertadores num período de 4 anos.
Desta vez, a classificação foi conquistada no Beira-Rio, dada a superioridade mostrada sobre o São Paulo. Mesmo no jogo do Morumbi, quando foi muito mais pressionado, o Inter fez muito mais do que o Tricolor paulsita havia feito em Porto Alegre.
Hoje o Colorado tem mais time, mais opções, um elenco mais equilibrado, motivado e bem treinado que o São Paulo.
Contra o Chivas enfrentará um adversário de toque de bola, boa técnica, entusiasmado e perigoso. Mas tem tudo para bisar a conquista continental e encaminhar uma disputa de Mundial de Clubes que projetaria uma final contra a Inter de Milão.
Tinga fará falta, mas pode perfeitamente ser substituído por jogadores como Andrézinho e, principalmente, Giuliano, numa eventual formação mais ofensiva.
O São Paulo junta os cacos de um momento especialmente complicado. Talvez até mais fora do que dentro de campo. Embriagados pelo sucesso recente, alguns de seus dirigentes acreditaram que a engrenagem tricolor sempre funcionária bem, independente de quem estivesse no comando.
Ainda hoje há gente no São Paulo que teima em não reconhecer a capacidade de Muricy Ramalho. A escolha de Ricardo Gomes para sucedê-lo foi pensada com o firme propósito de mostrar que até um treinador de currículo modesto poderia ser campeão com o São Paulo.
O que graças à falta de equilíbrio do elenco - carente em muitas posições e excedente em outras - o treinador não pôde fazer.
Ainda assim é um time com boa base, capaz de se recuperar. Mas precisa de reforços, de opções para a a lateral direita e para a armação no meio-campo. Resta saber a quem os cardeais são-paulinos entregarão a tarefa de tocar uma necessária reformulação.
Mais do que comemorar a terceira final de Libertadores de sua história e o fato de ser o primeiro time brasileiro a disputar dois Mundiais de Clubes da Fifa neste novo formato, o Internacional festeja seu estabelecimento como instituição de padrão que está à altura de seu nome. O Inter é um time do mundo, definitivamente.
Pelo jeito que as coisas andam no futebol brasileiro, o Colorado dos Pampas é o clube que mais se aproxima do patamar atingido pelo rival que eliminou ontem na semifinal da Libertadores, o São Paulo. Está deixando o Cruzeiro um pouco para trás nessa equação que soma conquistas, presenças constantes em competições internacionais e estrutura fora de campo.
Os outros bicampeões de Libertadores que o Brasil tem, Santos e Grêmio, também ensaiaram essa situação. O Grêmio ao quase tocar o céu com as mãos em 1995 (no que seria o bi mundial) e 2007 (no quase tri da Libertadores), e o Santos em 2003 e, quem sabe agora, com a nova geração de Meninos da Vila.
A diferença do Inter é que como clube ele cresceu demais a partir de 2003, e só por isso pôde montar times fortes e chegar a duas finais de Libertadores num período de 4 anos.
Desta vez, a classificação foi conquistada no Beira-Rio, dada a superioridade mostrada sobre o São Paulo. Mesmo no jogo do Morumbi, quando foi muito mais pressionado, o Inter fez muito mais do que o Tricolor paulsita havia feito em Porto Alegre.
Hoje o Colorado tem mais time, mais opções, um elenco mais equilibrado, motivado e bem treinado que o São Paulo.
Contra o Chivas enfrentará um adversário de toque de bola, boa técnica, entusiasmado e perigoso. Mas tem tudo para bisar a conquista continental e encaminhar uma disputa de Mundial de Clubes que projetaria uma final contra a Inter de Milão.
Tinga fará falta, mas pode perfeitamente ser substituído por jogadores como Andrézinho e, principalmente, Giuliano, numa eventual formação mais ofensiva.
O São Paulo junta os cacos de um momento especialmente complicado. Talvez até mais fora do que dentro de campo. Embriagados pelo sucesso recente, alguns de seus dirigentes acreditaram que a engrenagem tricolor sempre funcionária bem, independente de quem estivesse no comando.
Ainda hoje há gente no São Paulo que teima em não reconhecer a capacidade de Muricy Ramalho. A escolha de Ricardo Gomes para sucedê-lo foi pensada com o firme propósito de mostrar que até um treinador de currículo modesto poderia ser campeão com o São Paulo.
O que graças à falta de equilíbrio do elenco - carente em muitas posições e excedente em outras - o treinador não pôde fazer.
Ainda assim é um time com boa base, capaz de se recuperar. Mas precisa de reforços, de opções para a a lateral direita e para a armação no meio-campo. Resta saber a quem os cardeais são-paulinos entregarão a tarefa de tocar uma necessária reformulação.
quinta-feira, agosto 05, 2010
A segunda década
de ouro do Santos
A brilhante conquista da Copa do Brasil pelo Santos confirma a segunda década de ouro do time da Vila Belmiro.
A nova geração de garotos bons de bola revelada no litoral paulista confirma o ressurgimento proclamado pela turma de Diego e Robinho em 2002.
Desde então, o clube conquistou três títulos de âmbito nacional (os brasileiros de 2002 e 2004 e a Copa do Brasil), três títulos estaduais (2006, 2007 e 2010).
Esse desempenho só fica atrás, na história santista, do período entre 1957 e 1969, quando havia um extraterrestre de nome Édson Arantes do Nascimento no comando da maior geração de craques que este planeta já viu.
É por isso que os santistas devem comemorar, e muito, sua nona conquista nacional. Sim, eu sou daqueles que alguns chamam de antiquados, ultrapassados, mas para mim quem ganhou a Taça Brasil, o Robertão, foi campeão nacional, sim, senhor, não importa a nomenclatura.
Mais que isso, os santistas devem comemorar porque seu time versão 2010 mostrou que é possível sair da mesmice e ser campeão sem um caminhão de cautelas, uma legião de zagueiros e um exército de brucutus.
É possível pensar e executar o futebol de maneira diferente, arejada, ofensiva e nem por isso menos vencedora e competitiva.
Parabéns, ainda, ao Vitória, que jogou com garra, fé, e também é uma equipe que busca o gol, que ataca, que corre riscos. Só não teve a felicidade de contar com talentos à altura do time santista.
de ouro do Santos
A brilhante conquista da Copa do Brasil pelo Santos confirma a segunda década de ouro do time da Vila Belmiro.
A nova geração de garotos bons de bola revelada no litoral paulista confirma o ressurgimento proclamado pela turma de Diego e Robinho em 2002.
Desde então, o clube conquistou três títulos de âmbito nacional (os brasileiros de 2002 e 2004 e a Copa do Brasil), três títulos estaduais (2006, 2007 e 2010).
Esse desempenho só fica atrás, na história santista, do período entre 1957 e 1969, quando havia um extraterrestre de nome Édson Arantes do Nascimento no comando da maior geração de craques que este planeta já viu.
É por isso que os santistas devem comemorar, e muito, sua nona conquista nacional. Sim, eu sou daqueles que alguns chamam de antiquados, ultrapassados, mas para mim quem ganhou a Taça Brasil, o Robertão, foi campeão nacional, sim, senhor, não importa a nomenclatura.
Mais que isso, os santistas devem comemorar porque seu time versão 2010 mostrou que é possível sair da mesmice e ser campeão sem um caminhão de cautelas, uma legião de zagueiros e um exército de brucutus.
É possível pensar e executar o futebol de maneira diferente, arejada, ofensiva e nem por isso menos vencedora e competitiva.
Parabéns, ainda, ao Vitória, que jogou com garra, fé, e também é uma equipe que busca o gol, que ataca, que corre riscos. Só não teve a felicidade de contar com talentos à altura do time santista.
quarta-feira, agosto 04, 2010
A semifinal que
virou uma final
O São Paulo x Inter desta quinta-feira vale muito mais do que a presença na final da Libertadores. Por uma dessas muitas aberrações que acontecem no futebol sul-americano e graças à quase eterna falta de capacidade decisiva do futebol chileno, o Chivas Guadalajara está na final da Libertadores.
Como é um time, digamos, convidado, mas que está ali apenas por interesses comerciais, a equipe mexicana não pode alcançar o Mundial de Clubes via continente sul-americano. Ao qual, lembremos, ela não pertence, embora jogue a Copa Libertadores da América - do Sul. Assim como um dia o Japão jogou a Copa América de seleções.
Então, quem passar de São Paulo e Inter estará em Abu Dabi, nova pátria do Mundial de Clubes da Fifa, mesmo que perca a decisão para o Chivas.
Vale muito dinheiro e pode valer a possibilidade de conquistar um título mundial sem precisar ter sido campeão continental.
E, se não estou equivocado e se as coisas na dona Conmebol não mudaram, a final da Libertadores será no Brasil, porque o último jogo, necessariamente, tem que ser em território sul-americano.
Isso deve dar uma vitamina a mais para tricolores e colorados no jogão de amanhã.
O Inter chega mais consistente, mais firme como equipe. O São Paulo sabe que está devendo e depende da individualidade de seus jogadores.
Veremos.
Amanhã falo sobre o campeão da Copa do Brasil de 2010.
virou uma final
O São Paulo x Inter desta quinta-feira vale muito mais do que a presença na final da Libertadores. Por uma dessas muitas aberrações que acontecem no futebol sul-americano e graças à quase eterna falta de capacidade decisiva do futebol chileno, o Chivas Guadalajara está na final da Libertadores.
Como é um time, digamos, convidado, mas que está ali apenas por interesses comerciais, a equipe mexicana não pode alcançar o Mundial de Clubes via continente sul-americano. Ao qual, lembremos, ela não pertence, embora jogue a Copa Libertadores da América - do Sul. Assim como um dia o Japão jogou a Copa América de seleções.
Então, quem passar de São Paulo e Inter estará em Abu Dabi, nova pátria do Mundial de Clubes da Fifa, mesmo que perca a decisão para o Chivas.
Vale muito dinheiro e pode valer a possibilidade de conquistar um título mundial sem precisar ter sido campeão continental.
E, se não estou equivocado e se as coisas na dona Conmebol não mudaram, a final da Libertadores será no Brasil, porque o último jogo, necessariamente, tem que ser em território sul-americano.
Isso deve dar uma vitamina a mais para tricolores e colorados no jogão de amanhã.
O Inter chega mais consistente, mais firme como equipe. O São Paulo sabe que está devendo e depende da individualidade de seus jogadores.
Veremos.
Amanhã falo sobre o campeão da Copa do Brasil de 2010.
segunda-feira, agosto 02, 2010
O jogo que ofuscou
os grandes clássicos
Surpreendente esse Grêmio Prudente x Santos. Quem achava que seria o mico da rodada recheada de clássicos quebrou a cara.
Foi um jogaço, emocionante, bem disputado, e com um final digno de um Gana x Uruguai na Copa, com dois pênaltis perdidos em menos de dez minutos, bolas na trave e belas defesas. Isso tudo com o time reserva do Santos, hein!
Dos superclássicos regionais pouco vi.
Apenas o Palmeiras x Corinthians, pela TV, antes de a bola rolar em Presidente Prudente. Corinthians começou melhor, Palmeiras equilibrou e terminou superior. Paulo César de Oliveira, de novo, foi protagonista de reclamações. Acho que ele não deu um pênalti para cada lado e foi traído pelo bandeira que validou o gol ilegal de Jorge Henrique.
O Gre-Nal até que merecia gols, pelo que vi dos melhores momentos. Mas é pouco para falar mais profundamento do jogo. Sei que o Inter deve brigar pelo título, e o Grêmio tem time para dar uma reviravolta.
Assim como vi um Atlético encarando bem o Cruzeiro, mas perdendo muitas chances quando dominou. Depois que as coisas se equilibraram, de novo tendo como base os melhores momentos, o Cruzeiro fez um gol espetacular com Welington Paulista, e provocou grandes preocupações no rival e em Luxemburgo, que não consegue decolar.
No Maracanã, os melhores momentos mostraram uma atuação antológica do goleiro vascaíno Fernando Prass, dessas que devem ser emolduradas. Coisa de cinema.
os grandes clássicos
Surpreendente esse Grêmio Prudente x Santos. Quem achava que seria o mico da rodada recheada de clássicos quebrou a cara.
Foi um jogaço, emocionante, bem disputado, e com um final digno de um Gana x Uruguai na Copa, com dois pênaltis perdidos em menos de dez minutos, bolas na trave e belas defesas. Isso tudo com o time reserva do Santos, hein!
Dos superclássicos regionais pouco vi.
Apenas o Palmeiras x Corinthians, pela TV, antes de a bola rolar em Presidente Prudente. Corinthians começou melhor, Palmeiras equilibrou e terminou superior. Paulo César de Oliveira, de novo, foi protagonista de reclamações. Acho que ele não deu um pênalti para cada lado e foi traído pelo bandeira que validou o gol ilegal de Jorge Henrique.
O Gre-Nal até que merecia gols, pelo que vi dos melhores momentos. Mas é pouco para falar mais profundamento do jogo. Sei que o Inter deve brigar pelo título, e o Grêmio tem time para dar uma reviravolta.
Assim como vi um Atlético encarando bem o Cruzeiro, mas perdendo muitas chances quando dominou. Depois que as coisas se equilibraram, de novo tendo como base os melhores momentos, o Cruzeiro fez um gol espetacular com Welington Paulista, e provocou grandes preocupações no rival e em Luxemburgo, que não consegue decolar.
No Maracanã, os melhores momentos mostraram uma atuação antológica do goleiro vascaíno Fernando Prass, dessas que devem ser emolduradas. Coisa de cinema.
domingo, agosto 01, 2010
Flu mostra sua força
Vi a convincente vitória do Fluminense sobre o Atlético Paranaense por 3 a 1 aqui de Presidente Prudente, na transmissão do SporTV, Luiz Carlos Jr., Lédio Carmona, Bruno Côrtes e Janaína Xavier.
Os adversários devem olhar com muita atenção para esse time do Flu. É fortíssimo candidato ao título. Tem muita gente boa para Muricy trabalhar. Conca, por exemplo, é um sonho antigo do treinador. Meia canhoto com a visão de jogo desse argentino é coisa rara. Tendo à sua disposição atacantes como Fred e Washington, que podem, sim, jogar juntos, fica ainda melhor para Conca.
Alan , Marquinho, Carlinhos, o próprio Belletti, enfim, o Flu tem um belo elenco que pode dar samba.
A meu ver apenas o trio de zagueiros ainda está um pouco abaixo da média do time. A bola passa com perigo perto do gol tricolor muitas vezes nos jogos, os cruzamentos sempre levam perigo. Mas defesa é o forte de Muricy, ele certamente trabalhará isso.
A nação tricolor carioca comprou essa idéia, tem ido em peso aos jogos, empurra o time.
Esses fatores somados fortalecem qualquer equipe.
Não vai ser fácil para ninguém trombar com o Fluminense pelo caminho.
Vi a convincente vitória do Fluminense sobre o Atlético Paranaense por 3 a 1 aqui de Presidente Prudente, na transmissão do SporTV, Luiz Carlos Jr., Lédio Carmona, Bruno Côrtes e Janaína Xavier.
Os adversários devem olhar com muita atenção para esse time do Flu. É fortíssimo candidato ao título. Tem muita gente boa para Muricy trabalhar. Conca, por exemplo, é um sonho antigo do treinador. Meia canhoto com a visão de jogo desse argentino é coisa rara. Tendo à sua disposição atacantes como Fred e Washington, que podem, sim, jogar juntos, fica ainda melhor para Conca.
Alan , Marquinho, Carlinhos, o próprio Belletti, enfim, o Flu tem um belo elenco que pode dar samba.
A meu ver apenas o trio de zagueiros ainda está um pouco abaixo da média do time. A bola passa com perigo perto do gol tricolor muitas vezes nos jogos, os cruzamentos sempre levam perigo. Mas defesa é o forte de Muricy, ele certamente trabalhará isso.
A nação tricolor carioca comprou essa idéia, tem ido em peso aos jogos, empurra o time.
Esses fatores somados fortalecem qualquer equipe.
Não vai ser fácil para ninguém trombar com o Fluminense pelo caminho.
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