Que Porto Alegre seja
a capital do futebol e a
da paz amanhã e quinta
Não gosto de futriquinhas e provocações. Acho que a mídia cai muito fácil nessa ou por preguiça de buscar bons assuntos ou por falta dos mesmos. Até entendeo que os dirigentes façam alguma coisa para agitar. Conheço bem o Fernando Carvalho, do Inter, um cara inteligente. Ele sabe que seu time precisa de aditivo na gasolina e por isso está fazendo o que faz. Respeito o Fernando, mas não concordo, acho que o Inter tem bola pra ganhar sem isso.
Como o Corinthians tem bola pra ganhar também em Porto Alegre. Tudo que foge ao jogo me interessa cada vez menos. Em especial esse zumzumzum, esse lado meio site de fofoca do jornalismo, o do "fulano falou isso do seu time, o que você acha?" etc.
Porto Alegre será a capital do futebol brasileiro mais uma vez neste meio de semana. Uma baita cidade. Moderna, tradicional, culturalmente palpitante. Terei o prazer de voltar à cidade para ver, espero, dois grandes jogos de futebol. E é disso que quero falar: bola rolando.
Amanhã o Corinthians tem grande vantagem, até o mais confiante dos colorados sabe disso. Mas 2 a 0 para o mandante é um placar razoavelmente possível nos dias de hoje, em qualquer circunstância. É nisso e no seu time que o Inter deveria se apoiar. Se tivesse o Bolaños poderia surpreender em alguma organização tática diferente. Mas não terá. Nilmar e Kléber voltam, o que dá mais experiência e consistência. O grande desafio do Inter é quebrar a tranquilidade tática do Corinthians. Um time que raramente sofre gols de contra-ataque, se recompõe muito bem, tem um meio-campo consistente e conta com Ronaldo para decidir.
O time paulista precisa tomar cuidado com a boa chegada dos volantes do Inter, que podem surpreender caso a defesa corintiana se preocupe demais com Taison e Nilmar e chame os volantes para socorrê-la. É um jogo de muitas situações possíveis e será um prazer comentá-lo pelo SporTV, com Luiz Carlos Jr., Luciano Calheiros e Carlos Cereto.
Na quinta o segundo tempo do duelo dos copeiros Grêmio e Cruzeiro. O tricolor gaúcho precisa corrigir o grande defeito mostrado recentemente: perde gol demais. Poderia ter definido contra Cruzeiro e contra Sport logo no início, mas desperdiça chances incríveis e depois se complica. Vítor de volta ao gol pode dar mais segurança, embora Grohe esteja jogando bem.
No Cruzeiro, o retorno de Ramires é um reforço e tanto. Vem com ritmo de jogo e dá mais qualidade ainda ao já muito bom meio-campo dos mineiros. É aí que está a chave do jogo e, por isso, ele tem tudo para ser espetacular. Marquinhos Paraná, Ramires e Vágner de um lado. Tcheco e Souza do outro. Muita qualidade.
Vou pra Porto Alegre, tchau! Completarei 4.2 na capital gaúcha, trabalhando, mas com o coração batendo pela mulher e pelos filhos. Tomarei um Boscato cabernet, que provei na Via Veneto, no Menino Deus, e gostei muito.
terça-feira, junho 30, 2009
Meu livro em Santos,
a terra da caridade
e da liberdade
O saudoso radialista Ibrahim Mauá sempre dizia, em seus boletins na Rádio Jovem Pan, que Santos é a terra da caridade e da liberdade (frase que está, em latim, no brasão da cidade). Também diria que é a terra do futebol, não apenas por ter abrigado o Rei Pelé, mas porque ali se respira o jogo de bola.
Tive o prazer de fazer uma noite de autógrafos do livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro em Santos, nesta segunda-feira. Uma honra muito grande foi ter a presença do grande José Macia, o Pepe, lenda do futebol, um sujeito sensacional e, tenho a alegria de dizer, hoje um bom amigo. Pepe está preparando para 2010 mais um livro de seus imperdíveis "causos", sucessor que será do imperdível Bombas de Alegria.
Conheci, também, um espaço maravilhoso de livros, cultura e boa energia, a Realejo Livros, do amigo Zé Luiz. Quem estiver por Santos, passe numa das lojas do Zé, no largo Ana Costa ou no Shopping Miramar. Você também vai virar fã, como eu virei.
a terra da caridade
e da liberdade
O saudoso radialista Ibrahim Mauá sempre dizia, em seus boletins na Rádio Jovem Pan, que Santos é a terra da caridade e da liberdade (frase que está, em latim, no brasão da cidade). Também diria que é a terra do futebol, não apenas por ter abrigado o Rei Pelé, mas porque ali se respira o jogo de bola.
Tive o prazer de fazer uma noite de autógrafos do livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro em Santos, nesta segunda-feira. Uma honra muito grande foi ter a presença do grande José Macia, o Pepe, lenda do futebol, um sujeito sensacional e, tenho a alegria de dizer, hoje um bom amigo. Pepe está preparando para 2010 mais um livro de seus imperdíveis "causos", sucessor que será do imperdível Bombas de Alegria.
A foto é do amigo Leonaldo Santos.
Conheci, também, um espaço maravilhoso de livros, cultura e boa energia, a Realejo Livros, do amigo Zé Luiz. Quem estiver por Santos, passe numa das lojas do Zé, no largo Ana Costa ou no Shopping Miramar. Você também vai virar fã, como eu virei.
domingo, junho 28, 2009
Aguardo os amigos de
Santos nesta segunda,
19hs, na Realejo
http://www.realejolivros.com.br/noticias.php?cat=16
Santos nesta segunda,
19hs, na Realejo
http://www.realejolivros.com.br/noticias.php?cat=16
Flamengo campeão e uma
luz no fim do túnel para o
nosso judiado basquetebol
Uma camisa de time de fuebol de massa, ginásio lotado, grande jogo, pareciam os velhos tempos do basquete brasileiro. Pois está provado que é possível. Ainda há muito a ser feito, claro. Mas brasileiro adora basquete, essa paixão está adormecida e um pouco de organização pode ajudar para que, em alguns anos, o nosso jogo de "bola ao cesto" volte a ser o que sempre foi.
luz no fim do túnel para o
nosso judiado basquetebol
Uma camisa de time de fuebol de massa, ginásio lotado, grande jogo, pareciam os velhos tempos do basquete brasileiro. Pois está provado que é possível. Ainda há muito a ser feito, claro. Mas brasileiro adora basquete, essa paixão está adormecida e um pouco de organização pode ajudar para que, em alguns anos, o nosso jogo de "bola ao cesto" volte a ser o que sempre foi.
sábado, junho 27, 2009
A dança das cadeiras dos professores
Nada de anormal na saída de Luxemburgo do Palmeiras. Porque ele ultimamente anda falando mais do que treinando. E o Palmeiras parece estar querendo mudar de rumos, ser mais independente. O que Luxemburgo falou da saída de Keirrison um funcionário não pode falar sobre uma empresa e a medida parece ter sido necessária e correta.
Luxemburgo no mercado agita meio mundo. Ainda mais com Muricy também dando sopa. Apos a quarta-feira da próxima semana, quando soubermos quem será o campeão da Copa do Brasil, muita coisa pode mudar.
Nada de anormal na saída de Luxemburgo do Palmeiras. Porque ele ultimamente anda falando mais do que treinando. E o Palmeiras parece estar querendo mudar de rumos, ser mais independente. O que Luxemburgo falou da saída de Keirrison um funcionário não pode falar sobre uma empresa e a medida parece ter sido necessária e correta.
Luxemburgo no mercado agita meio mundo. Ainda mais com Muricy também dando sopa. Apos a quarta-feira da próxima semana, quando soubermos quem será o campeão da Copa do Brasil, muita coisa pode mudar.
sexta-feira, junho 26, 2009
Assino o meu livro em
Santos, segunda-feira,
em homenagem ao Lula
Segunda-feira, dia 29, a partir das 19 horas, haverá um evento na Realejo Livros do Shopping Miramar, em Santos. Terei a oportunidade de assinar o livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro e haverá uma homemagem ao grande Luiz Alonso Peres, o Lula, treinador do mítico Santos de Pelé e cia.
Espero vocês por lá.
Racismo, nunca!!!
Até entendo que certas coisas que acontecem em campo devam morrer em campo. E pontuo que tudo deve ser avaliado antes que se condene alguém de antemão. Por isso vamos esperar que tudo seja apurado no caso Maxi e Elicarlos.
Agora, crime é crime, dentro ou fora do campo de futebol. E racismo é crime. Maxi dizer que não conhece a palavra macaco me pareceu demais. Até duvido que ele seja racista. O que houve foi um exagero de momento e ele pisou na bola. Usou uma expressão racista e covarde.
A lei de um País precisa estar acima das leis do futebol.
Só espero que haja hombridade de todas as partes e que tudo se resolva da melhor maneira possível.
A lição que fica para mim é que o futebol não pode ser tratado como um território sem lei ou com um código ético particular. O futebol precisa estar inserido no contexto da Nação e de suas regras.
Até entendo que certas coisas que acontecem em campo devam morrer em campo. E pontuo que tudo deve ser avaliado antes que se condene alguém de antemão. Por isso vamos esperar que tudo seja apurado no caso Maxi e Elicarlos.
Agora, crime é crime, dentro ou fora do campo de futebol. E racismo é crime. Maxi dizer que não conhece a palavra macaco me pareceu demais. Até duvido que ele seja racista. O que houve foi um exagero de momento e ele pisou na bola. Usou uma expressão racista e covarde.
A lei de um País precisa estar acima das leis do futebol.
Só espero que haja hombridade de todas as partes e que tudo se resolva da melhor maneira possível.
A lição que fica para mim é que o futebol não pode ser tratado como um território sem lei ou com um código ético particular. O futebol precisa estar inserido no contexto da Nação e de suas regras.
quinta-feira, junho 25, 2009
Cruzeiro está confiante.
Grêmio ainda acredita
Cheguei a Porto Alegre no início da tarde de quinta-feira. A torcida do Grêmio foi ao Salgado Filho esperar o time, entusiasmada, cantando, passando energia e acreditando na virada.
Saí de Belo Horizonte muito cedo e o cruzeirense que saía para a labuta diária esbanjava confiança, já projetando a final e um provável duelo contra o Barcelona nos Emirados Árabes.
E você, mesmo que não seja gremista ou cruzeirense, atleticano ou colorado, acha que vai passar quem na próxima quinta? Grêmio ou Cruzeiro?
Grêmio ainda acredita
Cheguei a Porto Alegre no início da tarde de quinta-feira. A torcida do Grêmio foi ao Salgado Filho esperar o time, entusiasmada, cantando, passando energia e acreditando na virada.
Saí de Belo Horizonte muito cedo e o cruzeirense que saía para a labuta diária esbanjava confiança, já projetando a final e um provável duelo contra o Barcelona nos Emirados Árabes.
E você, mesmo que não seja gremista ou cruzeirense, atleticano ou colorado, acha que vai passar quem na próxima quinta? Grêmio ou Cruzeiro?
quarta-feira, junho 24, 2009
A BOLA PUNE
Os oportunistas de plantão vão bradar que já sabiam. Dirão que eles tinham afirmado que o time da Espanha não era nada disso, que era muita badalação etc. A velha ladainha dos que analisam apostando. Jogam uma ficha, se der certo, se gabam. Prefiro outros caminhos.
Tem uma frase que os jogadores e ex-jogadores adoram utilizar: a bola pune. É simples, direta e verdadeira. A bola dá e a bola pune na mesma medida.
A bola puniu a Espanha como já puniu outras vezes equipes que foram derrotadas por outras de qualidade inferior. Até mesmo o Brasil, que já apanhou dos Estados Unidos e de Honduras, por exemplo.
O que houve ontem com a Fúria? O que muitas vezes acontece. O time mais fraco faz uma aposa alta. Joga por uma bola. Os americanos são atletas extremamente táticos e disciplinados em qualquer modalidade. Fizeram isso ontem. A Espanha foi perfeccionista. Quis polir ao máximo cada jogada. O chamado gol com bola e tudo, mas não na jogada individual, no toque de bola.
Quando os espanhóis erraram, os americanos aproveitaram. Depois se defenderam como se estivessem na Guerra de Secessão. A bola pune.
A Espanha segue sendo um grande time. Mas os americanos já faz tempo que não estão para brincadeira no futebol.
Os oportunistas de plantão vão bradar que já sabiam. Dirão que eles tinham afirmado que o time da Espanha não era nada disso, que era muita badalação etc. A velha ladainha dos que analisam apostando. Jogam uma ficha, se der certo, se gabam. Prefiro outros caminhos.
Tem uma frase que os jogadores e ex-jogadores adoram utilizar: a bola pune. É simples, direta e verdadeira. A bola dá e a bola pune na mesma medida.
A bola puniu a Espanha como já puniu outras vezes equipes que foram derrotadas por outras de qualidade inferior. Até mesmo o Brasil, que já apanhou dos Estados Unidos e de Honduras, por exemplo.
O que houve ontem com a Fúria? O que muitas vezes acontece. O time mais fraco faz uma aposa alta. Joga por uma bola. Os americanos são atletas extremamente táticos e disciplinados em qualquer modalidade. Fizeram isso ontem. A Espanha foi perfeccionista. Quis polir ao máximo cada jogada. O chamado gol com bola e tudo, mas não na jogada individual, no toque de bola.
Quando os espanhóis erraram, os americanos aproveitaram. Depois se defenderam como se estivessem na Guerra de Secessão. A bola pune.
A Espanha segue sendo um grande time. Mas os americanos já faz tempo que não estão para brincadeira no futebol.
A regra do futebol
é tudo, menos clara
Arnaldo Cezar Coelho e outros amigos comentaristas de arbitragem que me perdoem, mas a regra do futebol pode ser tudo, menos clara.
A palavrinha mágica é interpretação. Pegue um lance polêmico, algo banal até: foi falta ou não? É penalti? Ouça três comentaristas de arbitragem. De acordo com o lance, é capaz de os três mostrarem opiniões diferentes.
Pênalti, por sinal, é o que mais gera polêmica. Há diversas opiniões circulando a cada jogo. Sempre que falo em algum comentário que foi pênalti ou não, encontro opiniões divergentes. Tem gente que concorda, gente que discorda.
Há os mais prepotentes, arrogantes, que acham que a opinião deles é a única, inatacável. Dizem assim: "se isso é pênalti, eu não entendo nada de futebol". Ou então afirmam que tudo é bobagem.
Desses quero distância na hora do debate. Gosto da discussão saudável no futebol. Mas infelizmente há certo tipo de debatedor, comentarista profissional ou não, que pensa ter ido ao shopping e comprado a verdade à vista, com exclusividade.
Cada vez mais acho que o sujeito que escolhe ser árbitro de futebol ou é maluco ou então é um estóico. E farei um exercício de humildade antes de criticar fulano ou cicrano. Vide o caso de Djalma Beltrami. Todo mundo achando que ele errou, mas a imagem mostra que Beltrami viu uma falta que pouca gente viu, mas parece falta mesmo. Coisas da vida. Mais respeito com eles.
é tudo, menos clara
Arnaldo Cezar Coelho e outros amigos comentaristas de arbitragem que me perdoem, mas a regra do futebol pode ser tudo, menos clara.
A palavrinha mágica é interpretação. Pegue um lance polêmico, algo banal até: foi falta ou não? É penalti? Ouça três comentaristas de arbitragem. De acordo com o lance, é capaz de os três mostrarem opiniões diferentes.
Pênalti, por sinal, é o que mais gera polêmica. Há diversas opiniões circulando a cada jogo. Sempre que falo em algum comentário que foi pênalti ou não, encontro opiniões divergentes. Tem gente que concorda, gente que discorda.
Há os mais prepotentes, arrogantes, que acham que a opinião deles é a única, inatacável. Dizem assim: "se isso é pênalti, eu não entendo nada de futebol". Ou então afirmam que tudo é bobagem.
Desses quero distância na hora do debate. Gosto da discussão saudável no futebol. Mas infelizmente há certo tipo de debatedor, comentarista profissional ou não, que pensa ter ido ao shopping e comprado a verdade à vista, com exclusividade.
Cada vez mais acho que o sujeito que escolhe ser árbitro de futebol ou é maluco ou então é um estóico. E farei um exercício de humildade antes de criticar fulano ou cicrano. Vide o caso de Djalma Beltrami. Todo mundo achando que ele errou, mas a imagem mostra que Beltrami viu uma falta que pouca gente viu, mas parece falta mesmo. Coisas da vida. Mais respeito com eles.
terça-feira, junho 23, 2009
Olivia Newton-John cantando
The Long and Winding Road
Sublime:
http://www.youtube.com/watch?v=RbDCkuNk8HQ
The Long and Winding Road
Sublime:
http://www.youtube.com/watch?v=RbDCkuNk8HQ
Ainda sobre a arbitragem
de Santos x Atlético-MG
Recebi uma mensagem interessante de um blogueiro identificado como advcustodio, que, é advogado. Reproduzo aqui porque achei que pode ser bastante informativa. E certamente muito polêmica.
NORIEGA, A QUESTÃO DO ERRO DO BELTRAMI É MAIS PROFUNDA DO QUE SE IMAGINA.
Nem vou entrar no mérito se havia ou não impedimento. Nem tampouco do 3º gol do Santos, em que imagens da Espn Brasil e da TV Alterosa, afiliada SBT em Minas Gerais, mostra sim falta.
O fato é que sou advogado e participo de uma lista (Cevleis) que trata especificamente de Direito Desportivo.
Sobre a questão do erro do Beltrami, transcrevo pra ti, opinião técnica do Dr. Marcilio Krieger, um dos papas do Direito Desportivo brasileiro, a saber:
a) os minutos de acréscimo a cada tempo são da estrita atribuição do árbitro, que deve sopejar, para essa concessão, quanto foi gasto em substituições, em atendimento médico, em “jogar-tempo-fora”.
b) A ESTRITA OBSERVÂNCIA DESSE TEMPO É UM DOS ATRIBUTOS DO ÁRBITRO : ele não precisa ( repita, NÃO PRECISA!) esperar o esgotamento desses acréscimos para encerrar o primeiro ou o segundo tempo da partida;
c) A observação necessária é: tempo perdido no primeiro tempo, nele se recupera ( já que o do segundo tempo não pode ser recuperado no primeiro tempo…;
d) Se entender (o critério é unicamente seu) o árbitro pode encerrar a partida ANTES de esgotados os acréscimos, PORÉM JAMAIS ANTES DE ESGOTADO O CHAMADO TEMPO REGULAMENTAR. Claro está que me refiro aos casos normais;
e) PORÉM, APÓS HAVER DADA A PARTIDA POR ENCERRADA, NÃO PODE ELE SOB QUALQUER PRETEXTO REINICIAR A PARTIDA A FIM DE SEREM ESGOTADOS OS MINUTOS FALTANTES…..(veja-se o dito acima letras “b” e “d”).
f) Se o árbitro encerrar a partida antes de esgotados os 45 minutos do segundo tempo, NÃO TEM ELE O PODER DE VOLTAR A REINICIÁ-LA. Deverá relatar os fatos na súmula/relatório que será encaminhado à JD para processamento e julgamento. TENHAMOS CLARO: ENCERRADA A PARTIDA, NÃO PODE SER ELE REINICIADA POR INICIATIVA DO ÁRBITRO. POR CONSEQUÊNCIA, TUDO O QUE ACONTECEU APÓS A PARTIDA SER REINICIADA, NÃO TEM VALIDADE JUS-DESPORTIVA. REFIRO-ME A GOL, CARTÃO AMARELO, CARTÃO VERMELHO.
Estas foram as palavras dele. Ou seja, a expulsão do zagueiro do Santos pode ser cancelada, se pedida pelo Santos. E, fosse dado o resultado final como 3 x 3, o GALO, na justiça desportiva, poderia alegar ERRO DE DIREITO para modificá-lo, apesar de que, no Brasil, nem sempre e lei é regra.
Abraços
de Santos x Atlético-MG
Recebi uma mensagem interessante de um blogueiro identificado como advcustodio, que, é advogado. Reproduzo aqui porque achei que pode ser bastante informativa. E certamente muito polêmica.
NORIEGA, A QUESTÃO DO ERRO DO BELTRAMI É MAIS PROFUNDA DO QUE SE IMAGINA.
Nem vou entrar no mérito se havia ou não impedimento. Nem tampouco do 3º gol do Santos, em que imagens da Espn Brasil e da TV Alterosa, afiliada SBT em Minas Gerais, mostra sim falta.
O fato é que sou advogado e participo de uma lista (Cevleis) que trata especificamente de Direito Desportivo.
Sobre a questão do erro do Beltrami, transcrevo pra ti, opinião técnica do Dr. Marcilio Krieger, um dos papas do Direito Desportivo brasileiro, a saber:
a) os minutos de acréscimo a cada tempo são da estrita atribuição do árbitro, que deve sopejar, para essa concessão, quanto foi gasto em substituições, em atendimento médico, em “jogar-tempo-fora”.
b) A ESTRITA OBSERVÂNCIA DESSE TEMPO É UM DOS ATRIBUTOS DO ÁRBITRO : ele não precisa ( repita, NÃO PRECISA!) esperar o esgotamento desses acréscimos para encerrar o primeiro ou o segundo tempo da partida;
c) A observação necessária é: tempo perdido no primeiro tempo, nele se recupera ( já que o do segundo tempo não pode ser recuperado no primeiro tempo…;
d) Se entender (o critério é unicamente seu) o árbitro pode encerrar a partida ANTES de esgotados os acréscimos, PORÉM JAMAIS ANTES DE ESGOTADO O CHAMADO TEMPO REGULAMENTAR. Claro está que me refiro aos casos normais;
e) PORÉM, APÓS HAVER DADA A PARTIDA POR ENCERRADA, NÃO PODE ELE SOB QUALQUER PRETEXTO REINICIAR A PARTIDA A FIM DE SEREM ESGOTADOS OS MINUTOS FALTANTES…..(veja-se o dito acima letras “b” e “d”).
f) Se o árbitro encerrar a partida antes de esgotados os 45 minutos do segundo tempo, NÃO TEM ELE O PODER DE VOLTAR A REINICIÁ-LA. Deverá relatar os fatos na súmula/relatório que será encaminhado à JD para processamento e julgamento. TENHAMOS CLARO: ENCERRADA A PARTIDA, NÃO PODE SER ELE REINICIADA POR INICIATIVA DO ÁRBITRO. POR CONSEQUÊNCIA, TUDO O QUE ACONTECEU APÓS A PARTIDA SER REINICIADA, NÃO TEM VALIDADE JUS-DESPORTIVA. REFIRO-ME A GOL, CARTÃO AMARELO, CARTÃO VERMELHO.
Estas foram as palavras dele. Ou seja, a expulsão do zagueiro do Santos pode ser cancelada, se pedida pelo Santos. E, fosse dado o resultado final como 3 x 3, o GALO, na justiça desportiva, poderia alegar ERRO DE DIREITO para modificá-lo, apesar de que, no Brasil, nem sempre e lei é regra.
Abraços
segunda-feira, junho 22, 2009
Dois grandes jogos
para comentar na
semana agitada
A escala do SporTV me mandará para Belo Horizonte na quarta-feira, onde terei o prazer e a honra de comentar o primeiro jogo das semifinais da Libertadores entre Cruzeiro e Grêmio. Jogaço entre os dois times mais copeiros do País. São 4 Copas do Brasil e 2 Libertadores para cada, além de títulos da Recopa (cada um tem uma conquista) e duas Supercopas por parte do Cruzeiro.
O destino do futebol coloca frente a frente Adílson Batista, capitão do Grêmio campeão da Libertadores em 95, e Paulo Autuori, técnico do Cruzeiro campeão da Libertadores em 97. Agora eles estão em lados trocados.
Na quinta estarei em Porto Alegre para comentar Inter x LDU, primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-americana. Outro grande confronto. O Inter precisando provar que sofreu apenas um abalo com as últimas derrotas, e a LDU que vem reforçada para o confronto: repatriou o volante paraguaio Enrique Vera, que estava no América do México, e trouxe o argentino Cláudio Graf para a vaga de outro argentino, Manso, que foi para o Pachuca. Outro reforço é o equatoriano Christian Lara, campeão nacional com a LDU em 2007, que volta ao time.
Nos dois jogos terei a honra de trabalhar ao lado do colega Luiz Carlos Jr. Um dos repórteres em BH será o colega Josino Ribeiro, o outro será de Porto Alegre, mas o nome ainda não está definido.
para comentar na
semana agitada
A escala do SporTV me mandará para Belo Horizonte na quarta-feira, onde terei o prazer e a honra de comentar o primeiro jogo das semifinais da Libertadores entre Cruzeiro e Grêmio. Jogaço entre os dois times mais copeiros do País. São 4 Copas do Brasil e 2 Libertadores para cada, além de títulos da Recopa (cada um tem uma conquista) e duas Supercopas por parte do Cruzeiro.
O destino do futebol coloca frente a frente Adílson Batista, capitão do Grêmio campeão da Libertadores em 95, e Paulo Autuori, técnico do Cruzeiro campeão da Libertadores em 97. Agora eles estão em lados trocados.
Na quinta estarei em Porto Alegre para comentar Inter x LDU, primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-americana. Outro grande confronto. O Inter precisando provar que sofreu apenas um abalo com as últimas derrotas, e a LDU que vem reforçada para o confronto: repatriou o volante paraguaio Enrique Vera, que estava no América do México, e trouxe o argentino Cláudio Graf para a vaga de outro argentino, Manso, que foi para o Pachuca. Outro reforço é o equatoriano Christian Lara, campeão nacional com a LDU em 2007, que volta ao time.
Nos dois jogos terei a honra de trabalhar ao lado do colega Luiz Carlos Jr. Um dos repórteres em BH será o colega Josino Ribeiro, o outro será de Porto Alegre, mas o nome ainda não está definido.
O grito foi ouvido
no Pacaembu e já
ecoa na internet
www.voltamuricy.com.br
Um blogueiro são-paulino me pediu para publicar esse link aqui no site. Sempre atendo esses pedidos, de qualquer torcedor, de qualquer time, desde que seja educado e não ofenda ninguém.
Parece que a demissão do Muricy agradou apenas alguns cardeais do Morumbi.
no Pacaembu e já
ecoa na internet
www.voltamuricy.com.br
Um blogueiro são-paulino me pediu para publicar esse link aqui no site. Sempre atendo esses pedidos, de qualquer torcedor, de qualquer time, desde que seja educado e não ofenda ninguém.
Parece que a demissão do Muricy agradou apenas alguns cardeais do Morumbi.
Se não fosse a arbitragem,
a rodada teria sido ótima
De novo os árbitros ruins atrapalharam a rodada. Resta saber porque um cara como o Djalma Beltrami ainda apita jogos do Brasileirão na Série A. Não se trata de azar quando a coisa se repete tantas vezes assim. Toda hora tem encrenca num jogo apitado por ele. Então, o problema só pode ser ele.
Detalhe: não se tire o mérito do bom jogo feito pelo Atlético Mineiro, que foi mais equilibrado que o Santos. Mas por mais que se veja o lance do gol anulado da equipe santista, não se observa irregularidade. Sem contar o termina, não termina do jogo. Patético. O Santos precisa arrumar a defesa de novo, enquanto o Galo vem provando que Celso Roth continua trabalhando bem e que Diego Tardelli também sabe jogar sem ter o Leão no banco. Golaço do Evandro.
Em Curitiba a mancada foi do auxiliar Guilherme Camillo, que anulou um gol legal de Obina para o Palmeiras contra o Atlético Paranaense. O segundo tempo palmeirense foi bom, de raça, mostrando que a equipe reagiu rápido à eliminação na Libertadores. O Furacão com Waldemar Lemos também progrediu.
Foi uma bela rodada, pena que os erros da arbitragem ganhem espaço quando não deveriam recebê-lo, isso se não acontecessem.
Trabalhei no clássico entre Corinthians e São Paulo. Bom primeiro tempo do Tricolor, mas não fez gol. Cristian marcou 1 a 0 e no segundo tempo o Timão mandou no jogo e se deu ao luxo até de brincar. Se joga sério o tempo todo teria feito mais.
Seguro, equilibrado e consistente, o Corinthians é um time pronto. O São Paulo desmoronou, mas mostrou que mesmo em crise, tem jogadores suficientes para buscar uma recuperação. Resta saber se o clima político permitirá.
E o Inter, o que aconteceu com o time do Tite? E o Flamengo, o que houve com o time do Cuca?
E o Barueri, que pôs fim a uma sequência de 27 jogos e 9 meses sem derrota do Cruzeiro?
E o Pedrão, que á artilheiro do Brasileirão?
a rodada teria sido ótima
De novo os árbitros ruins atrapalharam a rodada. Resta saber porque um cara como o Djalma Beltrami ainda apita jogos do Brasileirão na Série A. Não se trata de azar quando a coisa se repete tantas vezes assim. Toda hora tem encrenca num jogo apitado por ele. Então, o problema só pode ser ele.
Detalhe: não se tire o mérito do bom jogo feito pelo Atlético Mineiro, que foi mais equilibrado que o Santos. Mas por mais que se veja o lance do gol anulado da equipe santista, não se observa irregularidade. Sem contar o termina, não termina do jogo. Patético. O Santos precisa arrumar a defesa de novo, enquanto o Galo vem provando que Celso Roth continua trabalhando bem e que Diego Tardelli também sabe jogar sem ter o Leão no banco. Golaço do Evandro.
Em Curitiba a mancada foi do auxiliar Guilherme Camillo, que anulou um gol legal de Obina para o Palmeiras contra o Atlético Paranaense. O segundo tempo palmeirense foi bom, de raça, mostrando que a equipe reagiu rápido à eliminação na Libertadores. O Furacão com Waldemar Lemos também progrediu.
Foi uma bela rodada, pena que os erros da arbitragem ganhem espaço quando não deveriam recebê-lo, isso se não acontecessem.
Trabalhei no clássico entre Corinthians e São Paulo. Bom primeiro tempo do Tricolor, mas não fez gol. Cristian marcou 1 a 0 e no segundo tempo o Timão mandou no jogo e se deu ao luxo até de brincar. Se joga sério o tempo todo teria feito mais.
Seguro, equilibrado e consistente, o Corinthians é um time pronto. O São Paulo desmoronou, mas mostrou que mesmo em crise, tem jogadores suficientes para buscar uma recuperação. Resta saber se o clima político permitirá.
E o Inter, o que aconteceu com o time do Tite? E o Flamengo, o que houve com o time do Cuca?
E o Barueri, que pôs fim a uma sequência de 27 jogos e 9 meses sem derrota do Cruzeiro?
E o Pedrão, que á artilheiro do Brasileirão?
Deu gosto ver a Seleção
Tudo bem que Brasil x Itália é clássico e sempre motiva, mas fazia tempo que eu não via pessoas, espontaneamente, vibrando com um gol da Seleção Brasileira assistindo um jogo pela TV. Vi no domingo e acho que é um ponto positivo para o trabalho do Dunga.
De novo a arma mortal do contra-ataque. Imagine você que lê esse post que esteja jogando de zagueiro contra uma cavalaria formada por Kaká, Robinho, Maicon e Luís Fabiano em alta velocidade. Deve ser muito complicado.
Pode não ser a oitava maravilha, mas que a Seleção tem melhorado a cada jogo e consegue capturar a atenção dos torcedores, isso é fato.
Que venha a Fúria!
Tudo bem que Brasil x Itália é clássico e sempre motiva, mas fazia tempo que eu não via pessoas, espontaneamente, vibrando com um gol da Seleção Brasileira assistindo um jogo pela TV. Vi no domingo e acho que é um ponto positivo para o trabalho do Dunga.
De novo a arma mortal do contra-ataque. Imagine você que lê esse post que esteja jogando de zagueiro contra uma cavalaria formada por Kaká, Robinho, Maicon e Luís Fabiano em alta velocidade. Deve ser muito complicado.
Pode não ser a oitava maravilha, mas que a Seleção tem melhorado a cada jogo e consegue capturar a atenção dos torcedores, isso é fato.
Que venha a Fúria!
sábado, junho 20, 2009
Ricardo Gomes, Muricy,
Luxemburgo, Mano,
Adílson, Autuori, Tite...
Muricy - E lá se foi Muricy do São Paulo. Mesmo com três títulos brasileiros nas costas. Em três anos e meio deve ter perdido pouco mais de 20 jogos, se perdeu. Tem aproveitamento próximo de 64%.
Tendo a achar que o São Paulo errou, mas isso só o tempo dirá. Acho até que foi melhor para Muricy sair do que para o São Paulo demiti-lo. É, na minha opinião, o melhor treinador brasileiro na atualidade. Mas a paciência, que sempre foi exaltada como grande virtude dos dirigentes do São Paulo, parece ter acabado. O clube vive um momento poítico conturbado, com reforma de estádio para Copa, perda de receitas com a eliminação da Libertadores etc.
Não é à toa que o São Paulo é o principal time brasileiro, com 6 títulos do Brasileirão e 3 da Libertadores. É realmente diferente, não se discute. Mas os últimos comportamentos de seus dirigentes têm sido algo, digamos, antigos, no pior sentido da palavra. Foram alguns deles que potencializaram a pressão sobre o time na Libertadores, ao chamar de Paulistinha o estadual de São Paulo e ao dizer que o time já havia ganho muitos brasileiros. Ora, desde quando título é desprezível, seja ele qual for?
É mais fácil mandar um técnico embora do que reformular um elenco. Ouvi certa vez do mestre Telê Santana que um clube não pode nunca ficar refém de elencos campeões. Ele pensava que a cada dois anos deveria haver uma boa mexida no time, para que os jogadores não se acomodassem e o clube nâo ficasse à mercê dos mesmos.
Há um grupo de jogadores no São Paulo que pensa jogar mais do que joga. A diretoria também acha que contratou um monte de craques consagrados. Como achava que poderia recuperar Carlos Alberto, Fábio Santos etc. O São Paulo precisa vender jogadores jovens para equilibrar o caixa. De bate-pronto, me parece que no futuro Muricy terá mais motivos para sorrir do que o São Paulo. Mas há um ponto que mostra a diferença do São Paulo em relação aos outros. Em 2005 foi campeão com Leão e com Paulo Autuori. De 2006 em diante com Muricy. Compare-se com o Palmeiras, por exemplo, que em 33 anos só teve dois técnicos campeões de títulos importantes e percebe-se que há discrepâncias no trabalho.
Ricardo Gomes - Entende de futebol, é elegante, educado, enfim, tem o perfil que o São Paulo afirma gostar. Como técnico no Brasil ainda não teve sucesso. Vai precisar de tempo. Será que o São Paulo vai dar esse tempo? Será que o São Paulo vai ter coragem de enquadrar ou se livrar de jogadores que pouco acrescentam e reclamam muito?
Mano Menezes - Vive um grande momento. Seu time é forte, encorpado, organizado, consciente. Mano é inteligente, articulado, sabe falar o que pensa e, quase sempre, na hora certa. O Corinthians perdeu uma Copa do Brasil que estava ganha em 2008. Não deu o devido respeito a um time como o Sport e achou que o resultado do Morumbi era suficiente. Mas o Corinthians também acreditou no trabalho de Mano Menezes. O resultado apareceu. Os dirigentes do Corinthians agiram como sempre fizeram os tricolores.
Luxemburgo - Não acho que esteja decadente, como alguns afirmam. Ainda é um baita técnico. Tem falado mais em coisas extra-campo, está menos boleiro, e isso o atrapalha. Sempre se mete em polêmicas desnecessárias. A atual diretoria do Palmeiras o banca como talvez jamais tenha bancado outro técnico recentemente. O time é bom para o padrão atual. Luxemburgo precisa ser mais técnico e menos polemista, executivo do futebol, pensador contemporâneo.
Adílson Batista - Lembro como se fosse hoje o dia em que Felipão, durante um treino do Palmeiras, lá por 98, 99, disse que Adílson Batista daria um bom técnico. Felipão sabia o que falava. O Cruzeiro está forte, valorizado, em viés de alta. Se passar pelo Grêmio e tiver Ramires
numa final de Libertadores, é provável que seja tri. Adílson armou um time coletivamente muito bom, equilibrado.
Autuori - Grande treinador, sujeito calmo, educado, inteligente. Sempre foi meio preterido do ambiente da boleirada porque não é boleiro. Pensa o futebol. Dá uma arejada no Grêmio, que muitas vezes parece tomado pelo estigma da briga, da peleja, e se esquece que em sua história já teve muitos times técnicos, espetaculares. Esse equilíbrio trazido por Autuori é a grande arma gremista. Se passar pelo Cruzeiro também é muito provável que seja tri sul-americano.
Tite - Outro bom técnico, que arma times competitivos. Mas acho que paira sobre ele uma ameaça: se perder a Copa do Brasil, com Muricy desempregado, sei não.....
Luxemburgo, Mano,
Adílson, Autuori, Tite...
Muricy - E lá se foi Muricy do São Paulo. Mesmo com três títulos brasileiros nas costas. Em três anos e meio deve ter perdido pouco mais de 20 jogos, se perdeu. Tem aproveitamento próximo de 64%.
Tendo a achar que o São Paulo errou, mas isso só o tempo dirá. Acho até que foi melhor para Muricy sair do que para o São Paulo demiti-lo. É, na minha opinião, o melhor treinador brasileiro na atualidade. Mas a paciência, que sempre foi exaltada como grande virtude dos dirigentes do São Paulo, parece ter acabado. O clube vive um momento poítico conturbado, com reforma de estádio para Copa, perda de receitas com a eliminação da Libertadores etc.
Não é à toa que o São Paulo é o principal time brasileiro, com 6 títulos do Brasileirão e 3 da Libertadores. É realmente diferente, não se discute. Mas os últimos comportamentos de seus dirigentes têm sido algo, digamos, antigos, no pior sentido da palavra. Foram alguns deles que potencializaram a pressão sobre o time na Libertadores, ao chamar de Paulistinha o estadual de São Paulo e ao dizer que o time já havia ganho muitos brasileiros. Ora, desde quando título é desprezível, seja ele qual for?
É mais fácil mandar um técnico embora do que reformular um elenco. Ouvi certa vez do mestre Telê Santana que um clube não pode nunca ficar refém de elencos campeões. Ele pensava que a cada dois anos deveria haver uma boa mexida no time, para que os jogadores não se acomodassem e o clube nâo ficasse à mercê dos mesmos.
Há um grupo de jogadores no São Paulo que pensa jogar mais do que joga. A diretoria também acha que contratou um monte de craques consagrados. Como achava que poderia recuperar Carlos Alberto, Fábio Santos etc. O São Paulo precisa vender jogadores jovens para equilibrar o caixa. De bate-pronto, me parece que no futuro Muricy terá mais motivos para sorrir do que o São Paulo. Mas há um ponto que mostra a diferença do São Paulo em relação aos outros. Em 2005 foi campeão com Leão e com Paulo Autuori. De 2006 em diante com Muricy. Compare-se com o Palmeiras, por exemplo, que em 33 anos só teve dois técnicos campeões de títulos importantes e percebe-se que há discrepâncias no trabalho.
Ricardo Gomes - Entende de futebol, é elegante, educado, enfim, tem o perfil que o São Paulo afirma gostar. Como técnico no Brasil ainda não teve sucesso. Vai precisar de tempo. Será que o São Paulo vai dar esse tempo? Será que o São Paulo vai ter coragem de enquadrar ou se livrar de jogadores que pouco acrescentam e reclamam muito?
Mano Menezes - Vive um grande momento. Seu time é forte, encorpado, organizado, consciente. Mano é inteligente, articulado, sabe falar o que pensa e, quase sempre, na hora certa. O Corinthians perdeu uma Copa do Brasil que estava ganha em 2008. Não deu o devido respeito a um time como o Sport e achou que o resultado do Morumbi era suficiente. Mas o Corinthians também acreditou no trabalho de Mano Menezes. O resultado apareceu. Os dirigentes do Corinthians agiram como sempre fizeram os tricolores.
Luxemburgo - Não acho que esteja decadente, como alguns afirmam. Ainda é um baita técnico. Tem falado mais em coisas extra-campo, está menos boleiro, e isso o atrapalha. Sempre se mete em polêmicas desnecessárias. A atual diretoria do Palmeiras o banca como talvez jamais tenha bancado outro técnico recentemente. O time é bom para o padrão atual. Luxemburgo precisa ser mais técnico e menos polemista, executivo do futebol, pensador contemporâneo.
Adílson Batista - Lembro como se fosse hoje o dia em que Felipão, durante um treino do Palmeiras, lá por 98, 99, disse que Adílson Batista daria um bom técnico. Felipão sabia o que falava. O Cruzeiro está forte, valorizado, em viés de alta. Se passar pelo Grêmio e tiver Ramires
numa final de Libertadores, é provável que seja tri. Adílson armou um time coletivamente muito bom, equilibrado.
Autuori - Grande treinador, sujeito calmo, educado, inteligente. Sempre foi meio preterido do ambiente da boleirada porque não é boleiro. Pensa o futebol. Dá uma arejada no Grêmio, que muitas vezes parece tomado pelo estigma da briga, da peleja, e se esquece que em sua história já teve muitos times técnicos, espetaculares. Esse equilíbrio trazido por Autuori é a grande arma gremista. Se passar pelo Cruzeiro também é muito provável que seja tri sul-americano.
Tite - Outro bom técnico, que arma times competitivos. Mas acho que paira sobre ele uma ameaça: se perder a Copa do Brasil, com Muricy desempregado, sei não.....
Gol de Ronaldo contra o Inter visto
sob um novo ângulo mostra que a
bola chutada por Elias estava parada
Recebi esse vídeo de um blogueiro chamado Das Undergound. Foi feito por algum torcedor que estava quase atrás do gol defendido por Lauro no Pacaembu. Por este ângulo, mesmo a filmagem sendo amadora e sem muita qualidade, a bola chutada por Elias já parece estar parada, o que validaria o gol.
Tomei um monte de porradas por ter dito que era preciosismo não anular o gol. Pouco importa se estou certo ou errado. Ouvi um ex-árbitro de fama internacional que afirmou que o gol deveria ser anulado. Ouvi de um importante dirigente do Inter que a anulação ou não do gol não era o principal protesto que ele tinha contra a arbitragem. Conclusões cada um tem a sua. Deixo o link do vídeo. Só peço desculpas pelos palavrões que vazam, porque não são meus.
http://www.youtube.com/watch?v=2LvU0jxircA
sob um novo ângulo mostra que a
bola chutada por Elias estava parada
Recebi esse vídeo de um blogueiro chamado Das Undergound. Foi feito por algum torcedor que estava quase atrás do gol defendido por Lauro no Pacaembu. Por este ângulo, mesmo a filmagem sendo amadora e sem muita qualidade, a bola chutada por Elias já parece estar parada, o que validaria o gol.
Tomei um monte de porradas por ter dito que era preciosismo não anular o gol. Pouco importa se estou certo ou errado. Ouvi um ex-árbitro de fama internacional que afirmou que o gol deveria ser anulado. Ouvi de um importante dirigente do Inter que a anulação ou não do gol não era o principal protesto que ele tinha contra a arbitragem. Conclusões cada um tem a sua. Deixo o link do vídeo. Só peço desculpas pelos palavrões que vazam, porque não são meus.
http://www.youtube.com/watch?v=2LvU0jxircA
sexta-feira, junho 19, 2009
Cruzeiro x Grêmio.
Vem aí mais um
tricampeão
Só deu pra escrever agora sobre a grande vitória do Cruzeiro sobre o São Paulo. Incontestável, categórica. Bem ao estilo do time, que fez fama mundo afora pelo futebol bem jogado. Marquinhos Paraná e Vágner foram os destaques, mas Kléber também jogou muito. Aliás, o time todo. O São Paulo não teve chance alguma.
Grêmio e Cruzeiro são os times mais copeiros do Brasil - além do São Paulo. 4 Copas do Brasil e duas Libertadores para cada. Quem passar - e serão duelos eletrizantes- tem tudo para dar mais um tricampeão sul-americano ao futebol brasileiro.
Porto Alegre será a capital do futebol brasileiro e sul-americano entre 1e 2 de julho. Inter x Corinthians e Grêmio x Cruzeiro. Quem viver, verá.
Vem aí mais um
tricampeão
Só deu pra escrever agora sobre a grande vitória do Cruzeiro sobre o São Paulo. Incontestável, categórica. Bem ao estilo do time, que fez fama mundo afora pelo futebol bem jogado. Marquinhos Paraná e Vágner foram os destaques, mas Kléber também jogou muito. Aliás, o time todo. O São Paulo não teve chance alguma.
Grêmio e Cruzeiro são os times mais copeiros do Brasil - além do São Paulo. 4 Copas do Brasil e duas Libertadores para cada. Quem passar - e serão duelos eletrizantes- tem tudo para dar mais um tricampeão sul-americano ao futebol brasileiro.
Porto Alegre será a capital do futebol brasileiro e sul-americano entre 1e 2 de julho. Inter x Corinthians e Grêmio x Cruzeiro. Quem viver, verá.
quinta-feira, junho 18, 2009
Voz da experiência
diz: o segundo gol do
Corinthians foi ilegal
O lance gerou polêmica e precisamos sempre correr atrás do que é certo. Se erramos, corrigimos. Eu disse na transmissão do SporTV que achei que seria preciosismo anular o gol de Ronaldo porque não pude ver se a bola estava parada ou não quando Elias fez o passa.
Fui ouvir o amigo José Roberto Wright, comentarista de arbitragem da Globo/SporTV e um sujeito pra lá de boa praça.
Leiam o que o Wright disse:
"Se o juiz apitou, parou o lance. O jogador pode rapidamente parar a bola e bater. Ele apitou. A bola não estava parada quando o Elias passou e nesse caso há uma irregularidade".
Wright ainda acrescentou: "É preciso ver o procedimento do árbitro. O Heber Roberto Lopes costuma apontar quando marca a falta. Naquela ele não apontou, e dá a impressão de que deixou a jogada seguir. Mas ouvindo a captação do áudio sem a narração, é possível escutar o apito"
Isso posto, erro meu e retificação. Na primeira oportunidade que estiver no ar pelo SporTV, hoje mesmo no Tá na Área, farei a devida correção.
diz: o segundo gol do
Corinthians foi ilegal
O lance gerou polêmica e precisamos sempre correr atrás do que é certo. Se erramos, corrigimos. Eu disse na transmissão do SporTV que achei que seria preciosismo anular o gol de Ronaldo porque não pude ver se a bola estava parada ou não quando Elias fez o passa.
Fui ouvir o amigo José Roberto Wright, comentarista de arbitragem da Globo/SporTV e um sujeito pra lá de boa praça.
Leiam o que o Wright disse:
"Se o juiz apitou, parou o lance. O jogador pode rapidamente parar a bola e bater. Ele apitou. A bola não estava parada quando o Elias passou e nesse caso há uma irregularidade".
Wright ainda acrescentou: "É preciso ver o procedimento do árbitro. O Heber Roberto Lopes costuma apontar quando marca a falta. Naquela ele não apontou, e dá a impressão de que deixou a jogada seguir. Mas ouvindo a captação do áudio sem a narração, é possível escutar o apito"
Isso posto, erro meu e retificação. Na primeira oportunidade que estiver no ar pelo SporTV, hoje mesmo no Tá na Área, farei a devida correção.
Troca de passes
com os blogueiros
Vocês falam, eu respondo, ok? Identificados os que postaram pelos nomes nos posts.
Lasagna, a vantagem corintiana é grande, mas não acabou.
Ozeias, eu apenas acho que o árbitro deixou a jogada seguir e que a bola não rolou de forma escandalosa. Escandaloso foi o pênalti do Fábio Costa no Tinga em 2005, esse sim imoral. A jogada de ontem só foi percebida e reclamada depois de a TV mostrar.Se tivéssemos uma imagem do outro lado do campo, pegando de frente o Elias, poderíamos ver se a bola estava parada ou não. Nada a ver com ser o Ronaldo ou outro. Porque eu achei que foi pênalti do Marcelo Oliveira no Alecssandro e isso você não considera imoral?
André, não é só porque eu achei que foi pênalti que foi. É só minha opinião. A sua é diferente, ok?
Basuru, eu errei feio nessa do Álvaro e corrigi durante a transmissão. Simplesmente tinha me esquecido. Valeu pelo pito.
Armando, valeu pela visita. Também achei pênalti no Alecsandro, falei isso na transmissão do SporTV. Mas é inegável que o Corinthians foi mais competente na primeira parte da final.
com os blogueiros
Vocês falam, eu respondo, ok? Identificados os que postaram pelos nomes nos posts.
Lasagna, a vantagem corintiana é grande, mas não acabou.
Ozeias, eu apenas acho que o árbitro deixou a jogada seguir e que a bola não rolou de forma escandalosa. Escandaloso foi o pênalti do Fábio Costa no Tinga em 2005, esse sim imoral. A jogada de ontem só foi percebida e reclamada depois de a TV mostrar.Se tivéssemos uma imagem do outro lado do campo, pegando de frente o Elias, poderíamos ver se a bola estava parada ou não. Nada a ver com ser o Ronaldo ou outro. Porque eu achei que foi pênalti do Marcelo Oliveira no Alecssandro e isso você não considera imoral?
André, não é só porque eu achei que foi pênalti que foi. É só minha opinião. A sua é diferente, ok?
Basuru, eu errei feio nessa do Álvaro e corrigi durante a transmissão. Simplesmente tinha me esquecido. Valeu pelo pito.
Armando, valeu pela visita. Também achei pênalti no Alecsandro, falei isso na transmissão do SporTV. Mas é inegável que o Corinthians foi mais competente na primeira parte da final.
Será que para o STF
parteiras podem ser
consideradas médicas?
O STF derrubou a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo. Sob o duvidoso argumento de que isso fere a constituição e a própria liberdade de imprensa, segundo o ministro Gilmar Mendes.
Há argumentos a favor e contra. Também há muito mais em jogo do que o simples exercício livre do Jornalismo.
Sou a favor da exigência do diploma e, também, de uma reforma profunda no ensino e no que se chama de Faculdade de Jornalismo. Porque entendo que o diploma valoriza e preserva uma profissão da ação de aventureiros. E bem fiscalizado funciona como filtro, melhora, prepara, condiciona um profissional.
Conheço ótimos jornalistas que não estudaram Jornalismo. Assim como alguns patéticos que tampouco estudaram. Assim como há profissionais de quinta categoria diplomados e outros brilhantes. Em todas as áreas.
Acontece que para alguns empresários de comunicação a derrubada do diploma tem questões, digamos, mesquinhas. Trabalhei em um grande jornal antes de ser formado. Era estudante e fui registrado como auxiliar administrativo. Trabalhava como jornalista. É uma artimanha de algumas empresas para pagar menos, não conceder benefícios, evitar horas extras, adicionais etc. Também facilita a contratação de filhos e parentes de amigos, de apadrinhados e indicados politicamente. Prática comum.
Ajuda inescrupulosos a colocar modeletes com as quais pretendem namorar como apresentadoras de jornalísticos de TV. O que produz pérolas inenarráveis e agressões vis ao vernáculo.
Cabem algumas reflexões. Por exemplo, é preciso um médico obstetra para trazer uma criança ao mundo? Gerações vieram pelas mãos de competentes parteiras. Seria o caso de hospitais contratarem parteiras para as vagas dos obstetras? Elas não fazem o mesmo trabalho e, certamente, mais barato? Eu preferiria um ostetra qualificado.
Os mais antigos conhecem a expressão rábula. Uma de suas primeiras atribuições refere-se aos estudiosos das leis que atuavam nessa área, a do Direito. Era o profissional que, sem ser bacharel em direito, exercia a função de advogado. Em alguns casos certamente melhor que um advogado formado. Evaristo de Morais, criminalista destacado no Basil, era rábula até os 45 anos, quando se formou em Direito. Entre os anos 60 e 70 a obrigatoriedade do diploma de bacharel em direito para o exercício da advocacia virou lei. Será que o STF hoje permitiria a volta dos rábulas? Porque é prefeitamente possível se debruçar sobre livros de Direito e ser um especialista na matéria. Seria recomendável sem a experiência acadêmica?
Há um lado técnico no exercício do Jornalismo. Há a questão ética, histórica, de formatos de mídia. Não basta saber escrever. Porque escritor é uma coisa, jornalista, repórter, editor é outra bem diferente. As Faculdades, em regra, ensinam isso mal e porcamente. Como as faculdades de Direito, que se reproduzem como ratos, despejam milhares de bacharéis sem condições nas ruas. Idem para os formandos em Medicina. Que dizer de Administração? Quantos MBAs estrelados não afundam companhias centenárias com gestões medíocres? Enquanto empresários brilhantes tocam companhias magníficas sem jamais ter estudado Administração ou Economia.
A exigência do diploma para o exercício do Jornalismo é dos tempos da ditadura militar, o que certamente influenciou o julgamento de Mendes. Sob o argumento da liberdade de expressão se permitirá uma enxurrada de carteiradas pelo País. Porque muita gente só quer a carteira de jornalista para entrar de graça em shows, estádios, furar filas e exibir certo prestígio.
Peruas que fazem colunas sociais e cobram por notinhas que geram suposto status. Esse tipo de gente acaba sendo favorecida.
Faltou debate, discussão. Falta qualidade para formar. Falta argumento para decidir. O tempo dirá quem tem razão. No tempo que você gastou para ler esse texto, certamente muitos pedidos de registro precário de jornalista foram pedidos por gente que não faz idéia do que seja notícia, lide, suíte, manchete, ouvir o outro lado.
Infelizmente, cada vez mais se confunde Jornalismo com Entretenimento. O STF ajudou essa turma.
parteiras podem ser
consideradas médicas?
O STF derrubou a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo. Sob o duvidoso argumento de que isso fere a constituição e a própria liberdade de imprensa, segundo o ministro Gilmar Mendes.
Há argumentos a favor e contra. Também há muito mais em jogo do que o simples exercício livre do Jornalismo.
Sou a favor da exigência do diploma e, também, de uma reforma profunda no ensino e no que se chama de Faculdade de Jornalismo. Porque entendo que o diploma valoriza e preserva uma profissão da ação de aventureiros. E bem fiscalizado funciona como filtro, melhora, prepara, condiciona um profissional.
Conheço ótimos jornalistas que não estudaram Jornalismo. Assim como alguns patéticos que tampouco estudaram. Assim como há profissionais de quinta categoria diplomados e outros brilhantes. Em todas as áreas.
Acontece que para alguns empresários de comunicação a derrubada do diploma tem questões, digamos, mesquinhas. Trabalhei em um grande jornal antes de ser formado. Era estudante e fui registrado como auxiliar administrativo. Trabalhava como jornalista. É uma artimanha de algumas empresas para pagar menos, não conceder benefícios, evitar horas extras, adicionais etc. Também facilita a contratação de filhos e parentes de amigos, de apadrinhados e indicados politicamente. Prática comum.
Ajuda inescrupulosos a colocar modeletes com as quais pretendem namorar como apresentadoras de jornalísticos de TV. O que produz pérolas inenarráveis e agressões vis ao vernáculo.
Cabem algumas reflexões. Por exemplo, é preciso um médico obstetra para trazer uma criança ao mundo? Gerações vieram pelas mãos de competentes parteiras. Seria o caso de hospitais contratarem parteiras para as vagas dos obstetras? Elas não fazem o mesmo trabalho e, certamente, mais barato? Eu preferiria um ostetra qualificado.
Os mais antigos conhecem a expressão rábula. Uma de suas primeiras atribuições refere-se aos estudiosos das leis que atuavam nessa área, a do Direito. Era o profissional que, sem ser bacharel em direito, exercia a função de advogado. Em alguns casos certamente melhor que um advogado formado. Evaristo de Morais, criminalista destacado no Basil, era rábula até os 45 anos, quando se formou em Direito. Entre os anos 60 e 70 a obrigatoriedade do diploma de bacharel em direito para o exercício da advocacia virou lei. Será que o STF hoje permitiria a volta dos rábulas? Porque é prefeitamente possível se debruçar sobre livros de Direito e ser um especialista na matéria. Seria recomendável sem a experiência acadêmica?
Há um lado técnico no exercício do Jornalismo. Há a questão ética, histórica, de formatos de mídia. Não basta saber escrever. Porque escritor é uma coisa, jornalista, repórter, editor é outra bem diferente. As Faculdades, em regra, ensinam isso mal e porcamente. Como as faculdades de Direito, que se reproduzem como ratos, despejam milhares de bacharéis sem condições nas ruas. Idem para os formandos em Medicina. Que dizer de Administração? Quantos MBAs estrelados não afundam companhias centenárias com gestões medíocres? Enquanto empresários brilhantes tocam companhias magníficas sem jamais ter estudado Administração ou Economia.
A exigência do diploma para o exercício do Jornalismo é dos tempos da ditadura militar, o que certamente influenciou o julgamento de Mendes. Sob o argumento da liberdade de expressão se permitirá uma enxurrada de carteiradas pelo País. Porque muita gente só quer a carteira de jornalista para entrar de graça em shows, estádios, furar filas e exibir certo prestígio.
Peruas que fazem colunas sociais e cobram por notinhas que geram suposto status. Esse tipo de gente acaba sendo favorecida.
Faltou debate, discussão. Falta qualidade para formar. Falta argumento para decidir. O tempo dirá quem tem razão. No tempo que você gastou para ler esse texto, certamente muitos pedidos de registro precário de jornalista foram pedidos por gente que não faz idéia do que seja notícia, lide, suíte, manchete, ouvir o outro lado.
Infelizmente, cada vez mais se confunde Jornalismo com Entretenimento. O STF ajudou essa turma.
quarta-feira, junho 17, 2009
Corinthians constrói
uma grande vantagem
Jogaço no Pacaembu. Corinthians superior como equipe, acelerando o jogo, marcando forte. Jorge Henrique, Felipe e Elias foram os melhores do Corinthians. Ronaldo definiu com a frieza de sempre.
Inter não jogou mal, mas esteve um nível abaixo do Corintihians, exceção feita a Taison, que joga muito, é craque em estado bruto. Perdeu grande chance, mas tem potencial enorme.
Taticamente, Elias e Jorge Henrique foram fundamentais. Se fosse colocar em números, diria que Corinthians tem 80% de chances, contra 20% do Inter. Mas os 20% do Inter, pela qualidade do time e pelos prováveis retornos de Nilmar e D'Alessandro, tornam a tarefa, que é muito difícil, factível.
uma grande vantagem
Jogaço no Pacaembu. Corinthians superior como equipe, acelerando o jogo, marcando forte. Jorge Henrique, Felipe e Elias foram os melhores do Corinthians. Ronaldo definiu com a frieza de sempre.
Inter não jogou mal, mas esteve um nível abaixo do Corintihians, exceção feita a Taison, que joga muito, é craque em estado bruto. Perdeu grande chance, mas tem potencial enorme.
Taticamente, Elias e Jorge Henrique foram fundamentais. Se fosse colocar em números, diria que Corinthians tem 80% de chances, contra 20% do Inter. Mas os 20% do Inter, pela qualidade do time e pelos prováveis retornos de Nilmar e D'Alessandro, tornam a tarefa, que é muito difícil, factível.
Palmeiras melhorou,
mas não o suficiente
Não chega a ser trágica a eliminação do Palmeiras na Libertadores. O time fez um bom jogo contra o Nacional, jogou melhor, criou mais, perdeu duas chances claras com Obina, mas no conjunto da participação na Libertadores não fez o suficiente para seguir.
A irregularidade cobrou seu preço. Somando-se as atuações do 1 a 1 de ida e do 0 a 0 na volta, o futebol ruim do empate no Palestra Itália, em especial diante de um adversário tecnicamente muito fraco.
Na verdade, o Palmeiras até fez hora extra nessa Libertadores, graças a algumas atuações inspiradas de Diego Souza, Cleiton Xavier e Marcos. Mas o conjunto não se mostrou capaz de superar a irregularidade e levar o time adiante.
Sobre a arbitragem, acho apenas que houve dois pênaltis claros, um para o Palmeiras, outro para o Nacional, ambos não marcados. E que faltou tempo de acréscimos ao final do jogo.
Mas há potencial no Palmeiras para fazer um bom Brasileirão, principalmente com o retorno ao time de Edmílson e de uma padronização tática no 4-4-2. Em forma, Mozart deve ser uma das apostas de Luxemburgo no meio-campo.
mas não o suficiente
Não chega a ser trágica a eliminação do Palmeiras na Libertadores. O time fez um bom jogo contra o Nacional, jogou melhor, criou mais, perdeu duas chances claras com Obina, mas no conjunto da participação na Libertadores não fez o suficiente para seguir.
A irregularidade cobrou seu preço. Somando-se as atuações do 1 a 1 de ida e do 0 a 0 na volta, o futebol ruim do empate no Palestra Itália, em especial diante de um adversário tecnicamente muito fraco.
Na verdade, o Palmeiras até fez hora extra nessa Libertadores, graças a algumas atuações inspiradas de Diego Souza, Cleiton Xavier e Marcos. Mas o conjunto não se mostrou capaz de superar a irregularidade e levar o time adiante.
Sobre a arbitragem, acho apenas que houve dois pênaltis claros, um para o Palmeiras, outro para o Nacional, ambos não marcados. E que faltou tempo de acréscimos ao final do jogo.
Mas há potencial no Palmeiras para fazer um bom Brasileirão, principalmente com o retorno ao time de Edmílson e de uma padronização tática no 4-4-2. Em forma, Mozart deve ser uma das apostas de Luxemburgo no meio-campo.
terça-feira, junho 16, 2009
O Flamengo precisa
respeitar sua história
Quando se fala que o Flamengo é uma nação, não há exagero. São milhões de apaixonados que mantêm uma relação única com o time. Nunca vi até hoje um time de tradição lotar o estádio de uma equipe adversária fora de casa, em outro Estado, a não ser o Flamengo. Foi num Portuguesa x Flamengo, ano passado. Impressionante!
Sem contar a história de um time que foi adotado pelo povo porque, entre outras coisas, treinava na rua, literalmente, em seus primórdios, e construiu uma história de identificação com as massas que tem poucos paralelos.
O que estão fazendo com o Flamengo atualmente não existe. É crime, é pecado. Quem é Adriano perto do time que já teve Zagallo, Evaristo, Moacir, Dida, Zico, Júnior, entre outros? Com todo respeito a seus problemas particulares, que devem ser muitos, Adriano é apenas mais um jogador do Flamengo, como qualquer outro, não está acima da instituição. O problema é que as pessoas que comandam atualmente essa instituição parecem subestimar o tamanho da mesma.
De nada adianta discursos inflamados, recheados de retórica demagógica. De que vale prestigiar Cuca se Adriano parece fazer o que quer, quando quer? Atolado em dívidas e enrascado em dirigentes que jogam para a torcida mas não por ela, o Flamengo consegue a proeza de sair do paraíso ao inferno em dez, quinze dias.
Adriano pode ser muito útil ao Flamengo, desde que seja tratado como um profissional de futebol. Grande jogador, claro, mas um profissional a mais na história do clube. O que fizeram com o Cuca foi demais, desmoralizante. Desautorizado um dia e entregue aos leões no saguão do aeroporto em outro.
Enquanto acreditar em passe de mágica, em jogada de mestre, em marketing de oportunidade, esse Flamengo não estará à altura dos flamenguistas. Tratar o Flamengo com a devida randeza é muito mais que fazer promessas mirabolantes, bravatas exaltadas e depois contratar o Pet para amortizar dívidas?
Falta aos dirigentes recentes e atuais do Flamengo, acho eu, um pouco de sangue legitimamente rubro-negro nas veias, um sabor de geral, de arquibancadas, aquele compromisso selado com amor e fé. Cada vez mais eu acho que é no rubro-negro legítimo, não no travestido de cartola, que está a solução para que o time volte a ser o que sempre foi: um dos maiores do mundo.
respeitar sua história
Quando se fala que o Flamengo é uma nação, não há exagero. São milhões de apaixonados que mantêm uma relação única com o time. Nunca vi até hoje um time de tradição lotar o estádio de uma equipe adversária fora de casa, em outro Estado, a não ser o Flamengo. Foi num Portuguesa x Flamengo, ano passado. Impressionante!
Sem contar a história de um time que foi adotado pelo povo porque, entre outras coisas, treinava na rua, literalmente, em seus primórdios, e construiu uma história de identificação com as massas que tem poucos paralelos.
O que estão fazendo com o Flamengo atualmente não existe. É crime, é pecado. Quem é Adriano perto do time que já teve Zagallo, Evaristo, Moacir, Dida, Zico, Júnior, entre outros? Com todo respeito a seus problemas particulares, que devem ser muitos, Adriano é apenas mais um jogador do Flamengo, como qualquer outro, não está acima da instituição. O problema é que as pessoas que comandam atualmente essa instituição parecem subestimar o tamanho da mesma.
De nada adianta discursos inflamados, recheados de retórica demagógica. De que vale prestigiar Cuca se Adriano parece fazer o que quer, quando quer? Atolado em dívidas e enrascado em dirigentes que jogam para a torcida mas não por ela, o Flamengo consegue a proeza de sair do paraíso ao inferno em dez, quinze dias.
Adriano pode ser muito útil ao Flamengo, desde que seja tratado como um profissional de futebol. Grande jogador, claro, mas um profissional a mais na história do clube. O que fizeram com o Cuca foi demais, desmoralizante. Desautorizado um dia e entregue aos leões no saguão do aeroporto em outro.
Enquanto acreditar em passe de mágica, em jogada de mestre, em marketing de oportunidade, esse Flamengo não estará à altura dos flamenguistas. Tratar o Flamengo com a devida randeza é muito mais que fazer promessas mirabolantes, bravatas exaltadas e depois contratar o Pet para amortizar dívidas?
Falta aos dirigentes recentes e atuais do Flamengo, acho eu, um pouco de sangue legitimamente rubro-negro nas veias, um sabor de geral, de arquibancadas, aquele compromisso selado com amor e fé. Cada vez mais eu acho que é no rubro-negro legítimo, não no travestido de cartola, que está a solução para que o time volte a ser o que sempre foi: um dos maiores do mundo.
segunda-feira, junho 15, 2009
Brasil 4 x 3 Egito, e
eu acho o seguinte:
1 - Gilberto Silva e Kléber não podem continuar como titulares, não faz sentido.
2 - Robinho achou que estava se exibindo, cheio de toques, de frescura, e não jogou nada.
3 - Ninguém jogou nada.
4 - O Brasil fez 3 a 1 e achou que estava resolvido. Faltou combinar com o Egito.
5 - Se recuar o Elano para a vaga do Gilberto Silva, colocar o Ramires e o André Santos já melhora bem o time.
6 - Ficou claro que, fisicamente, o Egito atropelou no segundo tempo.
7 - Como diz o Marcelo Barreto, não tem mais bobo no futebol.
8 - O pênalti foi muito bem marcado e o juiz teve peito.
9 - Zidan, o nove do Egito, lembra muito o francês Trezeguet, até fisicamente.
10 - Dunga é um dos caras mais sortudos do planeta.
eu acho o seguinte:
1 - Gilberto Silva e Kléber não podem continuar como titulares, não faz sentido.
2 - Robinho achou que estava se exibindo, cheio de toques, de frescura, e não jogou nada.
3 - Ninguém jogou nada.
4 - O Brasil fez 3 a 1 e achou que estava resolvido. Faltou combinar com o Egito.
5 - Se recuar o Elano para a vaga do Gilberto Silva, colocar o Ramires e o André Santos já melhora bem o time.
6 - Ficou claro que, fisicamente, o Egito atropelou no segundo tempo.
7 - Como diz o Marcelo Barreto, não tem mais bobo no futebol.
8 - O pênalti foi muito bem marcado e o juiz teve peito.
9 - Zidan, o nove do Egito, lembra muito o francês Trezeguet, até fisicamente.
10 - Dunga é um dos caras mais sortudos do planeta.
Brasileirão esquenta o clima
para as decisões nas Copas
A rodada do Brasileirão esquentou o clima na parte gelada do Brasil e projeta um meio de semana eletrizante com a primeira final da Copa do Brasil e os jogos decisivos da Libertadores.
Segue abaixo alguns pontos de vista sobre o campeonato e certos jogos.
Galo líder - Nada de novo no retrospecto de Celso Roth, competente e arrancadas e incógnita em retas de chegada. O Galo chegou lá com méritos e já provoca certa euforia - justificada - em seus torcedores. Os mesmos que viam o apocalipse após o Campeonato Mineiro e agora querem posar de sabichões. Roth sabe que o time não é tão ruim como parecia, mas que ainda tem pontos fracos e precisa de um elenco mais forte.
Flamengo massacrado - Estranha, muito estranha a derrota do Flamengo. Que não é supertime, mas parecia atordoado, entregue, e errou demais diante do raçudo Coritiba. Aguardemos a semana que pode ser quente na Gávea.
São Paulo x Santo André - Tricolor segue abaixo da média, confuso, sendo salvo pelo Borges. Alguns jogadores estão em péssima fase, como Hernanes e Washington. A liderança de Rogério Ceni faz falta. Precisa melhorar muito para passar pelo Cruzeiro. A confiança da torcida reside no aspecto de a equipe ser mais competitiva na Libertadores. O Santo André é carne de pescoço.
Palmeiras x Cruzeiro - O Palmeiras foi bem melhor, usou o jogo como preparação para a Libertadores, enquanto o Cruzeiro deu de ombros e foi de time quase reserva. Pagou caro pelo desentrosamento, mas também pelo erro do trio de arbitragem, que validou um gol que não foi, o do palmeirense Marcão. O Palmeiras testou o esquema de saída rápida para o contragolpe que deve utilizar em Montevidéu. O Cruzeiro preocupa, por não vencer fora de casa. Mas será outro time com Kléber, a defesa titular, Vágner, Fabrício e cia. diante do São Paulo.
Goiás x Corinthians e Inter x Vitória - Felipe jogou - e muito - enquanto o Corintians e os corintianos estavam com a mente ligada no jogo de quarta-feira contra o Inter, que foi de reservas contra o Vitória e quase se deu mal. Eles só pensam naquilo: Copa do Brasil.
Botafogo x Santos - Retrato em branco e preto de um Botafogo muito superior, ante um Santos que parecia anestesiado.
para as decisões nas Copas
A rodada do Brasileirão esquentou o clima na parte gelada do Brasil e projeta um meio de semana eletrizante com a primeira final da Copa do Brasil e os jogos decisivos da Libertadores.
Segue abaixo alguns pontos de vista sobre o campeonato e certos jogos.
Galo líder - Nada de novo no retrospecto de Celso Roth, competente e arrancadas e incógnita em retas de chegada. O Galo chegou lá com méritos e já provoca certa euforia - justificada - em seus torcedores. Os mesmos que viam o apocalipse após o Campeonato Mineiro e agora querem posar de sabichões. Roth sabe que o time não é tão ruim como parecia, mas que ainda tem pontos fracos e precisa de um elenco mais forte.
Flamengo massacrado - Estranha, muito estranha a derrota do Flamengo. Que não é supertime, mas parecia atordoado, entregue, e errou demais diante do raçudo Coritiba. Aguardemos a semana que pode ser quente na Gávea.
São Paulo x Santo André - Tricolor segue abaixo da média, confuso, sendo salvo pelo Borges. Alguns jogadores estão em péssima fase, como Hernanes e Washington. A liderança de Rogério Ceni faz falta. Precisa melhorar muito para passar pelo Cruzeiro. A confiança da torcida reside no aspecto de a equipe ser mais competitiva na Libertadores. O Santo André é carne de pescoço.
Palmeiras x Cruzeiro - O Palmeiras foi bem melhor, usou o jogo como preparação para a Libertadores, enquanto o Cruzeiro deu de ombros e foi de time quase reserva. Pagou caro pelo desentrosamento, mas também pelo erro do trio de arbitragem, que validou um gol que não foi, o do palmeirense Marcão. O Palmeiras testou o esquema de saída rápida para o contragolpe que deve utilizar em Montevidéu. O Cruzeiro preocupa, por não vencer fora de casa. Mas será outro time com Kléber, a defesa titular, Vágner, Fabrício e cia. diante do São Paulo.
Goiás x Corinthians e Inter x Vitória - Felipe jogou - e muito - enquanto o Corintians e os corintianos estavam com a mente ligada no jogo de quarta-feira contra o Inter, que foi de reservas contra o Vitória e quase se deu mal. Eles só pensam naquilo: Copa do Brasil.
Botafogo x Santos - Retrato em branco e preto de um Botafogo muito superior, ante um Santos que parecia anestesiado.
sábado, junho 13, 2009
Seleção ou o seu time?
O que você escolherá?
As disputas simultâneas da Copa das Confederações e do Brasileirão oferecem uma boa oportunidade para testar a preferência do torcedor brasileiro atualmente. Deixo aqui essa pergunta. Nesses dias em que se misturam as competições, com a Seleção na África do Sul, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores pegando fogo, o que você prefere?
O que você escolherá?
As disputas simultâneas da Copa das Confederações e do Brasileirão oferecem uma boa oportunidade para testar a preferência do torcedor brasileiro atualmente. Deixo aqui essa pergunta. Nesses dias em que se misturam as competições, com a Seleção na África do Sul, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores pegando fogo, o que você prefere?
quinta-feira, junho 11, 2009
Dunga merece ir a sua
quarta Copa do Mundo
Goste-se ou não do estilo, da fluência, a verdade é que Dunga deu uma cara à Seleção Brasileira. Uma cara mais de Dunga e menos de Brasil. É um time marcador e que se revela mortal nos contra-ataques. Se defende bem, os jogadores de frente ajudam no primeiro combate.
Está longe de ser criativo. O meio-campo ainda é um dos mais fracos tecnicamente que o Brasil já teve. E, méritos a Dunga, Felipe Mello tem se revelado uma surpresa pra lá de agradável. Se não tem um grande armador, ou talvez não convoque um por não achar que ele exista (eu acho que o Alex, do Fenerbahce merece uma chance), Dunga está certo em optar pelo contra-ataque. Imagine você uma defesa que enfrenta Robinho, Nilmar e Kaká correndo pra dentro dela?
Enfim, o Brasil está na Copa, como sempre se soube que estaria. E Dunga merece ser o treinador brasileiro na Copa. Mesmo que dê vexame na Copa das Confederações, se houve um mínimo de coerência, ele deve ser mantido, com virtudes e defeitos, até a segunda escala na África do Sul, e participar de sua quarta Copa, a primeira como técnico.
Mas será ele bancado pela CBF se, por exemplo, o Brasil parar na primeira fase da Copa das Confederações? Leão não foi. Caiu por telefone em 2001.
Viva Chile!!!!!
Que beleza a campanha do Chile nas Eliminatórias. O time só deixa de carimbar passaporte para 2010 se ocorrer uma catástrofe. Pega a Venezuela em casa e o Brasil fora, na próxima rodada. Pode até dormir líder, já que a tendência é vencer a Venezuela e o Brasil perder da Argentina não é absurdo algum.
Aliás, a Argentina de Maradona balança feio. Como também não é absurdo algum o Brasil ganhar em Buenos Aires, o fantasma da repescagem assombra os vizinhos do Sul. Enquanto isso, um técnico de verdade, e muito bom, como o argentino Marcelo Bielsa, recupera seu prestígio comandando o modesto futebol chileno em uma campanha histórica.
quarta Copa do Mundo
Goste-se ou não do estilo, da fluência, a verdade é que Dunga deu uma cara à Seleção Brasileira. Uma cara mais de Dunga e menos de Brasil. É um time marcador e que se revela mortal nos contra-ataques. Se defende bem, os jogadores de frente ajudam no primeiro combate.
Está longe de ser criativo. O meio-campo ainda é um dos mais fracos tecnicamente que o Brasil já teve. E, méritos a Dunga, Felipe Mello tem se revelado uma surpresa pra lá de agradável. Se não tem um grande armador, ou talvez não convoque um por não achar que ele exista (eu acho que o Alex, do Fenerbahce merece uma chance), Dunga está certo em optar pelo contra-ataque. Imagine você uma defesa que enfrenta Robinho, Nilmar e Kaká correndo pra dentro dela?
Enfim, o Brasil está na Copa, como sempre se soube que estaria. E Dunga merece ser o treinador brasileiro na Copa. Mesmo que dê vexame na Copa das Confederações, se houve um mínimo de coerência, ele deve ser mantido, com virtudes e defeitos, até a segunda escala na África do Sul, e participar de sua quarta Copa, a primeira como técnico.
Mas será ele bancado pela CBF se, por exemplo, o Brasil parar na primeira fase da Copa das Confederações? Leão não foi. Caiu por telefone em 2001.
Viva Chile!!!!!
Que beleza a campanha do Chile nas Eliminatórias. O time só deixa de carimbar passaporte para 2010 se ocorrer uma catástrofe. Pega a Venezuela em casa e o Brasil fora, na próxima rodada. Pode até dormir líder, já que a tendência é vencer a Venezuela e o Brasil perder da Argentina não é absurdo algum.
Aliás, a Argentina de Maradona balança feio. Como também não é absurdo algum o Brasil ganhar em Buenos Aires, o fantasma da repescagem assombra os vizinhos do Sul. Enquanto isso, um técnico de verdade, e muito bom, como o argentino Marcelo Bielsa, recupera seu prestígio comandando o modesto futebol chileno em uma campanha histórica.
terça-feira, junho 09, 2009
Depois o Kléber (Cruzeiro)
diz que está sendo perseguido
O link abaixo tem imagens que mostram o pisão do atacante Kléber, do Cruzeiro, no pé do goleiro Lauro, do Inter, no polêmico clássico de domingo. Certo estava o amigo Luiz Carlos Jr. no Tá Na Área, que já tinha notado.
Um empurrão e um pisão e a reação de Lauro com o chute. Não havia santos na jogada. Um provocou, o outro revidou, ambos foram expulsos. Nessa Antônio Hora Filho e seus auxiliares acertaram.
Depois o Kléber fala em perseguição. Apresentei um Arena SporTV que teve o atacante como convidado. Calmo, falando sem medo de todos os temas. O problema é que dentro de campo ele se transforma para pior. Se tiver controle, conseguirá uma carreira brilhante.
http://www.superesportes.com.br/ed_esportes/003/template_esportes_003_126323.shtml
diz que está sendo perseguido
O link abaixo tem imagens que mostram o pisão do atacante Kléber, do Cruzeiro, no pé do goleiro Lauro, do Inter, no polêmico clássico de domingo. Certo estava o amigo Luiz Carlos Jr. no Tá Na Área, que já tinha notado.
Um empurrão e um pisão e a reação de Lauro com o chute. Não havia santos na jogada. Um provocou, o outro revidou, ambos foram expulsos. Nessa Antônio Hora Filho e seus auxiliares acertaram.
Depois o Kléber fala em perseguição. Apresentei um Arena SporTV que teve o atacante como convidado. Calmo, falando sem medo de todos os temas. O problema é que dentro de campo ele se transforma para pior. Se tiver controle, conseguirá uma carreira brilhante.
http://www.superesportes.com.br/ed_esportes/003/template_esportes_003_126323.shtml
segunda-feira, junho 08, 2009
O fator Celso Roth
Fala-se do Inter, com justiça. Do Cruzeiro, idem. Espera-se muito do São Paulo, Luxemburgo é citado como fator que desequilibra. Credita-se a Ronaldo, justamente, o poder de decidir a favor do Corinthians. Mas o que chama mais a atenção neste início de Brasileirão é o de Celso Roth à frente do Atlético Mineiro. Sim, porque o Inter é confirmação do que se esperava.
Porque o Galo nunca trafegou por qualquer lista de favoritismo antes de o campeonato começar. Pelo contrário, havia um velado temor de que a equipe lutasse para não cair. Mas Celso Roth assumiu e arrumou um time que lhe foi entregue como uma pequena amostra do caos.
Está invicto, com 73% de aproveitamento, logo atrás do Inter. Quatro pontos à frente do rival Cruzeiro, quatro pontos à frente do Corinthians, cinco à frente do São Paulo. O Galo tem o segundo melhor ataque do campeonato, com 11 gols, ao lado do Goiás.
Números nem sempre contam a verdade no futebol. Servem para todo tipo de argumento, mas não contam fielmente a história do jogo. Fui espinafrado por um cruzeirense chamado Carlos, morador de Brasília, que mandou uma mensagem me detonando pelos comentários de Cruzeiro x Inter. Fico mais tranquilo porque o mestre Bob Faria e sua calma inspiradora concordou comigo na maior parte do tempo.
Embora tenha finalizado 17 vezes contra 4 do Inter, a Raposa não teve as chances claras do Colorado. Mas o Carlos tem o direito de protestar, o blog é livre desde que o protesto seja educado, como foi o dele, embora com alguns argumentos ridículos.
No caso de Roth e do Galo, os números só comprovam o que já se sabe: o treinador é competente, saber montar times, organizá-los e posicioná-los. Seu grande desafio não é a largada, mas a chegada. Falta a Roth alguma coisa, porque no final seus times acabam fraquejando por uma razão ou outra. Isso é a história da sua carreira. De novo ele começa uma temporada dando pinta de que mudará essa trajetória. Em dezembro saberemos. Porque um título de campeão brasileiro pode fazer com que ele finalmente desabroche como grande técnico.
Fala-se do Inter, com justiça. Do Cruzeiro, idem. Espera-se muito do São Paulo, Luxemburgo é citado como fator que desequilibra. Credita-se a Ronaldo, justamente, o poder de decidir a favor do Corinthians. Mas o que chama mais a atenção neste início de Brasileirão é o de Celso Roth à frente do Atlético Mineiro. Sim, porque o Inter é confirmação do que se esperava.
Porque o Galo nunca trafegou por qualquer lista de favoritismo antes de o campeonato começar. Pelo contrário, havia um velado temor de que a equipe lutasse para não cair. Mas Celso Roth assumiu e arrumou um time que lhe foi entregue como uma pequena amostra do caos.
Está invicto, com 73% de aproveitamento, logo atrás do Inter. Quatro pontos à frente do rival Cruzeiro, quatro pontos à frente do Corinthians, cinco à frente do São Paulo. O Galo tem o segundo melhor ataque do campeonato, com 11 gols, ao lado do Goiás.
Números nem sempre contam a verdade no futebol. Servem para todo tipo de argumento, mas não contam fielmente a história do jogo. Fui espinafrado por um cruzeirense chamado Carlos, morador de Brasília, que mandou uma mensagem me detonando pelos comentários de Cruzeiro x Inter. Fico mais tranquilo porque o mestre Bob Faria e sua calma inspiradora concordou comigo na maior parte do tempo.
Embora tenha finalizado 17 vezes contra 4 do Inter, a Raposa não teve as chances claras do Colorado. Mas o Carlos tem o direito de protestar, o blog é livre desde que o protesto seja educado, como foi o dele, embora com alguns argumentos ridículos.
No caso de Roth e do Galo, os números só comprovam o que já se sabe: o treinador é competente, saber montar times, organizá-los e posicioná-los. Seu grande desafio não é a largada, mas a chegada. Falta a Roth alguma coisa, porque no final seus times acabam fraquejando por uma razão ou outra. Isso é a história da sua carreira. De novo ele começa uma temporada dando pinta de que mudará essa trajetória. Em dezembro saberemos. Porque um título de campeão brasileiro pode fazer com que ele finalmente desabroche como grande técnico.
domingo, junho 07, 2009
É dura a vida de juiz de futebol
Esperava mais de Cruzeiro e Inter. Não foi um grande jogo, pelo menos o que poderia ter sido. Pena que tenha se falado, eu e o companheiro Bob Faria, inclusive, mais de arbitragem. A do sergipano Antonio Hora Filho não foi das melhores. Confuso nos critérios, também foi atrapalhado pelos jogadores, que percceberam sua reticência, e tentaram apitar o jogo.
A expulsão do goleiro do Inter é cristalina, justíssima. A de Kléber, do Cruzeiro, é polêmica. Ele mesmo confessou ter empurrado Marcelo Cordeiro, mas era para expulsão? Eu até concordei com as duas exclusões, por entender que colocaria ordem na casa. Piorou tudo.
Recebemos a informação de que uma imagem que não foi possível mostrar na transmissão, por questões técnicas, mostrava Wellington Paulista impedido no gol do Cruzeiro. Coisa de tira-teima, que absolve o juiz. Errar um lance de impedimento, uma expulsão, faz parte. O problema é tocar um jogo inteiro com critérios sem definição, marcando falta aqui e não marcando ali em lances parecidos.
A jogada mais clara de expulsão foi a do Bolívar no Magrão, mas só rolou amarelo. Enfim, é dura a vida de juiz. É bom esse time do Inter. O do Cruzeiro ainda precisa ser mais equilibrado. Aquela bola que o Marcos pegou contra o Vitória estava dentro do gol. E Celso Roth, mais uma vez, larga bem. O futebol do Paraná pede socorro.
Foi-se mais um domingo.
Esperava mais de Cruzeiro e Inter. Não foi um grande jogo, pelo menos o que poderia ter sido. Pena que tenha se falado, eu e o companheiro Bob Faria, inclusive, mais de arbitragem. A do sergipano Antonio Hora Filho não foi das melhores. Confuso nos critérios, também foi atrapalhado pelos jogadores, que percceberam sua reticência, e tentaram apitar o jogo.
A expulsão do goleiro do Inter é cristalina, justíssima. A de Kléber, do Cruzeiro, é polêmica. Ele mesmo confessou ter empurrado Marcelo Cordeiro, mas era para expulsão? Eu até concordei com as duas exclusões, por entender que colocaria ordem na casa. Piorou tudo.
Recebemos a informação de que uma imagem que não foi possível mostrar na transmissão, por questões técnicas, mostrava Wellington Paulista impedido no gol do Cruzeiro. Coisa de tira-teima, que absolve o juiz. Errar um lance de impedimento, uma expulsão, faz parte. O problema é tocar um jogo inteiro com critérios sem definição, marcando falta aqui e não marcando ali em lances parecidos.
A jogada mais clara de expulsão foi a do Bolívar no Magrão, mas só rolou amarelo. Enfim, é dura a vida de juiz. É bom esse time do Inter. O do Cruzeiro ainda precisa ser mais equilibrado. Aquela bola que o Marcos pegou contra o Vitória estava dentro do gol. E Celso Roth, mais uma vez, larga bem. O futebol do Paraná pede socorro.
Foi-se mais um domingo.
A Dunga o que é de Dunga
Antes de mais nada, continuo achando que Dunga não deveria ter sido chamado para ser o técnico da Seleção. Mas esse é um velho vício brasileiro, deixar a meritocracia, a experiência, o resultado, a carreira construída de lado, para apostar - literalmente - em certas situações. Como sempre digo, não se pode dar o comando de um jato comercial para um piloto recém-saído do aeroclube.
Isso posto, é preciso reconhecer os méritos de Dunga no comando da Seleção onde eles existem. Os resultados das Eliminatórias são cristalinos. A Seleção Brasileira tem 18 gols de saldo, um luxo se comparada aos grandes rivais do continente.
Mas vejo o seguinte para acrescentar à lista de acertos de Dunga:
- essa Seleção é uma calmaria, sem escândalos, sem problemas internos, sem picuinhas.
- o discurso é uniforme e os jogadores compraram a idéia de Dunga.
- goste-se ou não das escolhas de Dunga, há uma coerência e essa coerência é compartilhada pelos jogadores.
- Dunga não joga, jamais, a conta na mesa dos jogadores. Isso aumenta a confiança que eles têm no treinador.
- ótima a entrevista de Dunga sobre o Uruguai e a pancadaria. Enaltece o bom trabalho dos jogadores e praticamente anula, em termos de mídia, os pontos fracos do Brasil. Nessa foi inteligente.
O Brasil vai de novo a um Mundial, o que todos já sabiam. A essa altura do campeonato, mesmo que tenha sido uma invenção, Dunga merece ir à Copa. Seu desempenho à frente do mais importante time do futebol mundial abre espaço para uma reflexão. Será que os treinadores são assim tão importantes como alguns pensam ser?
Antes de mais nada, continuo achando que Dunga não deveria ter sido chamado para ser o técnico da Seleção. Mas esse é um velho vício brasileiro, deixar a meritocracia, a experiência, o resultado, a carreira construída de lado, para apostar - literalmente - em certas situações. Como sempre digo, não se pode dar o comando de um jato comercial para um piloto recém-saído do aeroclube.
Isso posto, é preciso reconhecer os méritos de Dunga no comando da Seleção onde eles existem. Os resultados das Eliminatórias são cristalinos. A Seleção Brasileira tem 18 gols de saldo, um luxo se comparada aos grandes rivais do continente.
Mas vejo o seguinte para acrescentar à lista de acertos de Dunga:
- essa Seleção é uma calmaria, sem escândalos, sem problemas internos, sem picuinhas.
- o discurso é uniforme e os jogadores compraram a idéia de Dunga.
- goste-se ou não das escolhas de Dunga, há uma coerência e essa coerência é compartilhada pelos jogadores.
- Dunga não joga, jamais, a conta na mesa dos jogadores. Isso aumenta a confiança que eles têm no treinador.
- ótima a entrevista de Dunga sobre o Uruguai e a pancadaria. Enaltece o bom trabalho dos jogadores e praticamente anula, em termos de mídia, os pontos fracos do Brasil. Nessa foi inteligente.
O Brasil vai de novo a um Mundial, o que todos já sabiam. A essa altura do campeonato, mesmo que tenha sido uma invenção, Dunga merece ir à Copa. Seu desempenho à frente do mais importante time do futebol mundial abre espaço para uma reflexão. Será que os treinadores são assim tão importantes como alguns pensam ser?
sexta-feira, junho 05, 2009
Torcida única é empurrar a
sujeira pra baixo do tapete
O promotor público paulista Paulo Castilho é uma pessoa de bem, com as melhores intenções, sério e dedicado. Mas discordo de sua tese de que com torcida única nos estádios acabará a violência. É querer empurrar a sujeira pra baixo do tapete. É a derrota do cidadão civilizado e o privilégio à barbárie, aos vândalos, aos bandidos fantasiados de torcedores.
Se formos seguir a lógica do promotor, então passaremos a ficar todos trancados em casa, não sairemos mais às ruas para passear, conviver, ir a um restaurante, já que vivemos em um País, no meu caso, numa cidade em especial, violentíssima, que é São Paulo.
O problema do Ministério Público no caso das torcidas organizadas é, não sei por que motivo, dar crédito às mesmas. Castilho insiste, em suas entrevistas, que não são apenas os organizados que brigam, que há torcedores comuns nas confusões. Os fatos teimam em contrariar o bem intencionado promotor.
O direito de ir e vir é sagrado. Se o torcedor não quiser ir ao estádio porque tem medo, não confia na polícia e não acredita mais nas instituições, está perfeito. Agora o Estado não tem o direito de impedir que ele vá ao estádio simplesmente porque esse mesmo Estado é incapaz de dar a ele as garantias a esse sagrado direito de ir e vir. Isso para mim é ponto pacífico.
A Argentina tentou a medida da torcida única e alguns jornalistas citam isso como exemplo. Mas omitem o fato de que a violência e as mortes continuam, entre torcedores do mesmo time. Pode um ser humano ser morto a pauladas só porque torce para um time diferente de outros seres humanos?
O que esperam as autoridades brasileiras para intervir? E o silêncio oportunista da CBF? Será por que uma torcida organizada elege um deputado estadual, um deputado federal?
Felizmente há o propósito honesto do próprio promotor Castilho de alterar a lei, de punir, de trancar na cadeia esses animais. Só não compartilho da tese de que eles mereçam ser ouvidos. Nada contra quem quer formar torcida. Tenho amigos que fazem ou fizeram parte de uniformizadas. Nunca brigaram ou mataram ninguém e hoje, na maioria, estão afastados. Só não merece crédito o criminoso que usa a torcida como disfarce.
E porque os clubes silenciam? Porque permitem que as torcidas vendam camisas e ganhem dinheiro utilizando a marca e o escudo dos clubes sem pagar um tostão de royalties? A que interesses eles respondem?
sujeira pra baixo do tapete
O promotor público paulista Paulo Castilho é uma pessoa de bem, com as melhores intenções, sério e dedicado. Mas discordo de sua tese de que com torcida única nos estádios acabará a violência. É querer empurrar a sujeira pra baixo do tapete. É a derrota do cidadão civilizado e o privilégio à barbárie, aos vândalos, aos bandidos fantasiados de torcedores.
Se formos seguir a lógica do promotor, então passaremos a ficar todos trancados em casa, não sairemos mais às ruas para passear, conviver, ir a um restaurante, já que vivemos em um País, no meu caso, numa cidade em especial, violentíssima, que é São Paulo.
O problema do Ministério Público no caso das torcidas organizadas é, não sei por que motivo, dar crédito às mesmas. Castilho insiste, em suas entrevistas, que não são apenas os organizados que brigam, que há torcedores comuns nas confusões. Os fatos teimam em contrariar o bem intencionado promotor.
O direito de ir e vir é sagrado. Se o torcedor não quiser ir ao estádio porque tem medo, não confia na polícia e não acredita mais nas instituições, está perfeito. Agora o Estado não tem o direito de impedir que ele vá ao estádio simplesmente porque esse mesmo Estado é incapaz de dar a ele as garantias a esse sagrado direito de ir e vir. Isso para mim é ponto pacífico.
A Argentina tentou a medida da torcida única e alguns jornalistas citam isso como exemplo. Mas omitem o fato de que a violência e as mortes continuam, entre torcedores do mesmo time. Pode um ser humano ser morto a pauladas só porque torce para um time diferente de outros seres humanos?
O que esperam as autoridades brasileiras para intervir? E o silêncio oportunista da CBF? Será por que uma torcida organizada elege um deputado estadual, um deputado federal?
Felizmente há o propósito honesto do próprio promotor Castilho de alterar a lei, de punir, de trancar na cadeia esses animais. Só não compartilho da tese de que eles mereçam ser ouvidos. Nada contra quem quer formar torcida. Tenho amigos que fazem ou fizeram parte de uniformizadas. Nunca brigaram ou mataram ninguém e hoje, na maioria, estão afastados. Só não merece crédito o criminoso que usa a torcida como disfarce.
E porque os clubes silenciam? Porque permitem que as torcidas vendam camisas e ganhem dinheiro utilizando a marca e o escudo dos clubes sem pagar um tostão de royalties? A que interesses eles respondem?
quarta-feira, junho 03, 2009
INTER X CORINTHIANS
Esta é a resposta para a perunta do último post. Internacional e Corinthians não mereceram pelo que jogaram na última perna das semifinais da Copa do Brasil, mas tiveram méritos durante o torneio para chegar à final.
Correram riscos, jogaram mal, foram dominados pelos adversários, expuseram fragilidades nos jogos da quarta-feira gelada em Curitiba e São Paulo.
Méritos para Coritiba e Vasco, que mostraram porque são grandes.
Na final, muita rivalidade, muita história. Não há favoritos. O Inter tem grandes jogadores, assim como o Corinthians. Dois excelentes treinadores da escola gaúcha. Goleiros em grande fase. Os gaúchos não terão Nilmar, Kléber e Bolívar. O Corinthians tem o desfalque de André Santos. Mas devem estar em campo Guiñazu, D`Alessandro, Taison, Ronaldo, Dentinho, enfim, muita gente boa.
Resta esperar o sorteio desta quinta e saber onde será a primeira batalha, em 17 de junho, e o dia da taça, em primeiro de julho.
Esta é a resposta para a perunta do último post. Internacional e Corinthians não mereceram pelo que jogaram na última perna das semifinais da Copa do Brasil, mas tiveram méritos durante o torneio para chegar à final.
Correram riscos, jogaram mal, foram dominados pelos adversários, expuseram fragilidades nos jogos da quarta-feira gelada em Curitiba e São Paulo.
Méritos para Coritiba e Vasco, que mostraram porque são grandes.
Na final, muita rivalidade, muita história. Não há favoritos. O Inter tem grandes jogadores, assim como o Corinthians. Dois excelentes treinadores da escola gaúcha. Goleiros em grande fase. Os gaúchos não terão Nilmar, Kléber e Bolívar. O Corinthians tem o desfalque de André Santos. Mas devem estar em campo Guiñazu, D`Alessandro, Taison, Ronaldo, Dentinho, enfim, muita gente boa.
Resta esperar o sorteio desta quinta e saber onde será a primeira batalha, em 17 de junho, e o dia da taça, em primeiro de julho.
Quem fará a final
da Copa do Brasil?
Corinthians x Vasco - Time por time, o do Corinthians é melhor e joga melhor. Tem mais tempo de vida esse projeto do Mano. Mas time grande, jogo elminatório, tudo é possível. Dorival Jr. sabe armar boas equipes e tem jogadores que compraram sua idéia e estão comprometidos com a reconstrução do Vasco. Um detalhe: Corinthians perde muito sem André Santos. Wellington Saci, além de mais fraco tecnicamente, é confuso taticamente. Elton, Pimpão e Carlos Alberto podem se dar bem pelo lado esquerdo da defesa do Corinthians.
O time paulista tem Ronaldo e Dentinho, que podem ser decisivos. Além de Chicão e uma boa solidez defensiva, coisa que ainda falta ao Vasco.
Coritiba x Inter - O Inter é o melhor do País atualmente, sobram opções para Tite. O forte é a consistência tática, a recomposição eficiente, além dos talentos. Taison e Nilmar é um grande ataque, Taison e Alecssandro ainda é um bom ataque. O Coxa é time guerreiro, valente, mas tem uma defesa limitada, pesadona. Dependerá da inspiração dos Paraíba, Carlinhos e Marcelinho, e de Marcos Aurélio. Se sair na frente, bota fogo no jogo. Duro é ficar sem tomar gols.
Será uma grande noite de futebol.
Participo do Tá Na Área, com o amigo Marcelo Barreto, e comento Corinthians x Vasco, com Milton Leite, Carlos Cereto e Carlos Ferreira.
da Copa do Brasil?
Corinthians x Vasco - Time por time, o do Corinthians é melhor e joga melhor. Tem mais tempo de vida esse projeto do Mano. Mas time grande, jogo elminatório, tudo é possível. Dorival Jr. sabe armar boas equipes e tem jogadores que compraram sua idéia e estão comprometidos com a reconstrução do Vasco. Um detalhe: Corinthians perde muito sem André Santos. Wellington Saci, além de mais fraco tecnicamente, é confuso taticamente. Elton, Pimpão e Carlos Alberto podem se dar bem pelo lado esquerdo da defesa do Corinthians.
O time paulista tem Ronaldo e Dentinho, que podem ser decisivos. Além de Chicão e uma boa solidez defensiva, coisa que ainda falta ao Vasco.
Coritiba x Inter - O Inter é o melhor do País atualmente, sobram opções para Tite. O forte é a consistência tática, a recomposição eficiente, além dos talentos. Taison e Nilmar é um grande ataque, Taison e Alecssandro ainda é um bom ataque. O Coxa é time guerreiro, valente, mas tem uma defesa limitada, pesadona. Dependerá da inspiração dos Paraíba, Carlinhos e Marcelinho, e de Marcos Aurélio. Se sair na frente, bota fogo no jogo. Duro é ficar sem tomar gols.
Será uma grande noite de futebol.
Participo do Tá Na Área, com o amigo Marcelo Barreto, e comento Corinthians x Vasco, com Milton Leite, Carlos Cereto e Carlos Ferreira.
terça-feira, junho 02, 2009
"Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro"
ganhará segunda edição. Muito obrigado a todos!
Grande notícia recebi hoje da Editora Contexto e compartilho com vocês. Meu primeiro livro, "Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro, voltará para a gráfica em segunda edição, ou reimpressão, como dizem. Já com algumas correções que vocês me ajudaram a fazer. Só tenho a agradecer a todos que compraram. E que outros comprem, poque as histórias dos 11 perfilados merecem que muitos leiam.
Em breve haverá outras ações envolvendo o livro, como sessões de autógrafos em livrarias e lojas ligadas a clubes de futebol e, se Deus quiser, em outras cidades brasileiras após os lançamentos em São Paulo, Rio, Campinas e Porto Alegre.
De novo, meu muito obrigado.
Qual será a cara
da Copa de 2014?
Eu gosto da idéia da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Também quero gostar do que será essa Copa. Porque minha dúvida é: o Brasil fará um Mundial com a sua cara, do seu tamanho, dentro da sua possibilidade, ou fará, com o perdão do trocadilho, uma Copa para inglês ver?
Se for a primeira opção, aposto num Mundial alegre, interessante, uma festa de congraçamento, que vá mostrar ao mundo um País pujante, mas ciente da sua condição ainda de nação pobre, em desenvolvimento, que luta para superar um passado e um presente de injustiças e mazelas sociais. Seria, esse Mundial, um torneio com estádios confortáveis, mas longe de serem nababescos, ou de obras com grande impacto visual e custo inestimável, mas de pouca utilidade prática pós-Copa? Caso do subaproveitado Engenhão, por exemplo.
Se der a segunda opção, o que eu temo que dê, tendo em vista a qualidade da maioria dos nossos dirigentes, será uma Copa de ostentação, fausto, gastos astronômicos, que deixará como legado monumentos ao desperdício, estádios faraônicos em locais sem times de futebol ativos, obras superfaturadas e inacabadas - ou mal feitas.
Mas há, evidentemente, aspectos positivos. Tenho ido muito a Belo Horizonte, e vejo intervenções importantes na cidade que foram feitas recentemente e, certamente, ganharão fôlego com a Copa. Esse deve ser o legado de um Mundial. A melhora do transporte público, da infra-estrutura de telecomunicações, da rede hoteleira, dos aeroportos, da segurança.
Um aspecto importante destacado em recente reportagem dos grandes jornais: falta capacidade no sistema atual de telefonia celular para suportar o aumento de demanda que virá com a Copa. Milhões de estrangeiros utilizando seus aparelhos em roaming internacional. Atualmente, se isso ocorrer, a rede entra em colapso. Devem acontecer investimentos na melhoria dessa rede, no aumento da concorrência, reduzindo tarifas e aumentando as possibilidades para os usuários brasileiros. Vale o mesmo para a Internet, a telefonia fixa.
Falta ainda um projeto de revitalização da malha ferroviária. Há alguns meses ouvi um especialista falar sobre um cenário previsto por ele. Imaginemos que a Alemanha vença um grupo em Salvador e a Inglaterra vença outro em Recife. E que uma suposta partida de quartas-de-final entre os dois seja na Bahia. Como transportar em dois dias milhares de ingleses de Recife a Salvador? Por estradas péssimas, aeroportos pequenos e malha aérea restrita? Um bom trem entre as capitais nordestinas resolveria isso, embora não tenha visto nada parecido em projeto.
O aumento da competição entre as companhias aéreas será bem recebido, com impacto nas tarifas, no conforto e no serviço em geral.
As péssimas estradas federais brasileiras podem ganhar fôlego com a chegada da Copa. As verbas podem ser destinadas para os locais certos e na hora precisa.
Rio e São Paulo podem ter aliviado seus caos urbanos com obras de grande impacto e necessidade. Metrô, novas estradas e avenidas, saneamento básico, segurança.
Cabe a nós fiscalizar. A Copa é um evento infinitamente maior que os Jogos Pan-Americanos. O legado nefasto do Pan perde muito do impacto pela falta de interesse da maioria da população. Com o futebol é diferente. Mexe com muito mais gente. Cabe a nós, cidadão, cobrar, fiscalizar e aproveitar essa oportunidade para que sejam feitos investimentos e obras necessários, usando a Copa como trampolim.
A renovação dos estádios também é interessante, mas passa por outro processo. Há cidades que serão beneficiadas. Belo Horizonte tem Cruzeiro e Atlético usando o Mineirão. Em Porto Alegre o Beira-Rio faz parte do cotidiano dos colorados. O mesmo vale para o Morumbi em São Paulo e o Maracanã, no Rio. O problema é a perspectiva de surgirem novos Engenhões e arenas como as construídas a peso de ouro para o Pan e que estã abandonadas, sem utilidade.
De novo, cabe a nós, como mídia, e a todos, como cidadãos brasileiros, cobrar, exigir e fiscalizar. A Copa pode ser uma oportunidade para tirarmos dos Governos e dos políticos uma parcela ínfima, mas fundamental, de tudo que eles nos tiram há anos.
da Copa de 2014?
Eu gosto da idéia da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Também quero gostar do que será essa Copa. Porque minha dúvida é: o Brasil fará um Mundial com a sua cara, do seu tamanho, dentro da sua possibilidade, ou fará, com o perdão do trocadilho, uma Copa para inglês ver?
Se for a primeira opção, aposto num Mundial alegre, interessante, uma festa de congraçamento, que vá mostrar ao mundo um País pujante, mas ciente da sua condição ainda de nação pobre, em desenvolvimento, que luta para superar um passado e um presente de injustiças e mazelas sociais. Seria, esse Mundial, um torneio com estádios confortáveis, mas longe de serem nababescos, ou de obras com grande impacto visual e custo inestimável, mas de pouca utilidade prática pós-Copa? Caso do subaproveitado Engenhão, por exemplo.
Se der a segunda opção, o que eu temo que dê, tendo em vista a qualidade da maioria dos nossos dirigentes, será uma Copa de ostentação, fausto, gastos astronômicos, que deixará como legado monumentos ao desperdício, estádios faraônicos em locais sem times de futebol ativos, obras superfaturadas e inacabadas - ou mal feitas.
Mas há, evidentemente, aspectos positivos. Tenho ido muito a Belo Horizonte, e vejo intervenções importantes na cidade que foram feitas recentemente e, certamente, ganharão fôlego com a Copa. Esse deve ser o legado de um Mundial. A melhora do transporte público, da infra-estrutura de telecomunicações, da rede hoteleira, dos aeroportos, da segurança.
Um aspecto importante destacado em recente reportagem dos grandes jornais: falta capacidade no sistema atual de telefonia celular para suportar o aumento de demanda que virá com a Copa. Milhões de estrangeiros utilizando seus aparelhos em roaming internacional. Atualmente, se isso ocorrer, a rede entra em colapso. Devem acontecer investimentos na melhoria dessa rede, no aumento da concorrência, reduzindo tarifas e aumentando as possibilidades para os usuários brasileiros. Vale o mesmo para a Internet, a telefonia fixa.
Falta ainda um projeto de revitalização da malha ferroviária. Há alguns meses ouvi um especialista falar sobre um cenário previsto por ele. Imaginemos que a Alemanha vença um grupo em Salvador e a Inglaterra vença outro em Recife. E que uma suposta partida de quartas-de-final entre os dois seja na Bahia. Como transportar em dois dias milhares de ingleses de Recife a Salvador? Por estradas péssimas, aeroportos pequenos e malha aérea restrita? Um bom trem entre as capitais nordestinas resolveria isso, embora não tenha visto nada parecido em projeto.
O aumento da competição entre as companhias aéreas será bem recebido, com impacto nas tarifas, no conforto e no serviço em geral.
As péssimas estradas federais brasileiras podem ganhar fôlego com a chegada da Copa. As verbas podem ser destinadas para os locais certos e na hora precisa.
Rio e São Paulo podem ter aliviado seus caos urbanos com obras de grande impacto e necessidade. Metrô, novas estradas e avenidas, saneamento básico, segurança.
Cabe a nós fiscalizar. A Copa é um evento infinitamente maior que os Jogos Pan-Americanos. O legado nefasto do Pan perde muito do impacto pela falta de interesse da maioria da população. Com o futebol é diferente. Mexe com muito mais gente. Cabe a nós, cidadão, cobrar, fiscalizar e aproveitar essa oportunidade para que sejam feitos investimentos e obras necessários, usando a Copa como trampolim.
A renovação dos estádios também é interessante, mas passa por outro processo. Há cidades que serão beneficiadas. Belo Horizonte tem Cruzeiro e Atlético usando o Mineirão. Em Porto Alegre o Beira-Rio faz parte do cotidiano dos colorados. O mesmo vale para o Morumbi em São Paulo e o Maracanã, no Rio. O problema é a perspectiva de surgirem novos Engenhões e arenas como as construídas a peso de ouro para o Pan e que estã abandonadas, sem utilidade.
De novo, cabe a nós, como mídia, e a todos, como cidadãos brasileiros, cobrar, exigir e fiscalizar. A Copa pode ser uma oportunidade para tirarmos dos Governos e dos políticos uma parcela ínfima, mas fundamental, de tudo que eles nos tiram há anos.
segunda-feira, junho 01, 2009
Brasileirão começa ao
gosto do Internacional
Quatro jogos, quatro vitórias, o futebol mais convincente e eficiente do Brasileirão. O Internacional dá mostras de estar fazendo bom uso do favoritismo que lhe foi atribuído antes de a bola rolar. O time tem jogado mostrado um elenco de ótimo nível para os padrões atuais, e sabe dosar o ritmo. Contra adversários mais poderosos, manda o time titular a campo. Contra equipe de calibre inferior, poupa alguns deles e mesmo assim vence.
Por enquanto, há duas gratas surpresas na cola do Inter: Vitória e Náutico. Equipes que arrancaram bem, somando resultados importantes. O Náutico tem conseguido grandes resultados e constrói a fama de imortal que o Grêmio ostenta. Vitórias ou empates heróicos nos últimos minutos de jogo. O Vitória é mais irregular, embora tenha perdido apenas um jogo e vencido três no Brasileirão.
Logo após aparece o Santos, que não pode ser considerado surpresa, afinal, é vice-campeão paulista. Um time que evolui, numa prova do bom trabalho de seu técnico, Vagner Mancini.
Os que, teoricamente, seriam os grandes rivais do Inter, estão longe, por enquanto. O Flamengo a cinco pontos, o Cruzeiro a seis, São Paulo e Palmeiras a sete, Grêmio e Corinthians a oito pontos. É cedo? Claro, mas vá tirar oito pontos num campeonato como esse. E três vitórias de diferença, justo no primeiro critério de desempate.
Some-se a isso o fato de o Inter estar na semifinal da Copa do Brasil, com um pé na final. Assim como o Corinthians. Mas comparemos os desempenhos. São Paulo, Cruzeiro, Palmeiras e Grêmio estão na Libertadores. Mas no Brasileiro, por enquanto, mostram pouco.
Será que a filósofa contemporânea Virginie do Metrô teria razão ao cantar que no balança das horas tudo pode mudar?
Bugre 100%
Recebo a pergunta sobre o Guarani na Série B. Acho que tem possibilidades de acesso, sem dúvida. Começou a trabalhar visando isso antes mesmo de ser rebaixado no Paulistão. Tem bom treinador, contratou bem para o padrão salarial que possui e para o nível técnico do torneio. Não tem o favoritismo do Vasco, mas luta em boas condições.
gosto do Internacional
Quatro jogos, quatro vitórias, o futebol mais convincente e eficiente do Brasileirão. O Internacional dá mostras de estar fazendo bom uso do favoritismo que lhe foi atribuído antes de a bola rolar. O time tem jogado mostrado um elenco de ótimo nível para os padrões atuais, e sabe dosar o ritmo. Contra adversários mais poderosos, manda o time titular a campo. Contra equipe de calibre inferior, poupa alguns deles e mesmo assim vence.
Por enquanto, há duas gratas surpresas na cola do Inter: Vitória e Náutico. Equipes que arrancaram bem, somando resultados importantes. O Náutico tem conseguido grandes resultados e constrói a fama de imortal que o Grêmio ostenta. Vitórias ou empates heróicos nos últimos minutos de jogo. O Vitória é mais irregular, embora tenha perdido apenas um jogo e vencido três no Brasileirão.
Logo após aparece o Santos, que não pode ser considerado surpresa, afinal, é vice-campeão paulista. Um time que evolui, numa prova do bom trabalho de seu técnico, Vagner Mancini.
Os que, teoricamente, seriam os grandes rivais do Inter, estão longe, por enquanto. O Flamengo a cinco pontos, o Cruzeiro a seis, São Paulo e Palmeiras a sete, Grêmio e Corinthians a oito pontos. É cedo? Claro, mas vá tirar oito pontos num campeonato como esse. E três vitórias de diferença, justo no primeiro critério de desempate.
Some-se a isso o fato de o Inter estar na semifinal da Copa do Brasil, com um pé na final. Assim como o Corinthians. Mas comparemos os desempenhos. São Paulo, Cruzeiro, Palmeiras e Grêmio estão na Libertadores. Mas no Brasileiro, por enquanto, mostram pouco.
Será que a filósofa contemporânea Virginie do Metrô teria razão ao cantar que no balança das horas tudo pode mudar?
Bugre 100%
Recebo a pergunta sobre o Guarani na Série B. Acho que tem possibilidades de acesso, sem dúvida. Começou a trabalhar visando isso antes mesmo de ser rebaixado no Paulistão. Tem bom treinador, contratou bem para o padrão salarial que possui e para o nível técnico do torneio. Não tem o favoritismo do Vasco, mas luta em boas condições.
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