domingo, março 30, 2008



PAIXÃO É SUPORTAR

100 ANOS DE FILA



O Estadão deste domingo traz uma bela reportagem sobre o centenário sem títulos do Chicago Cubs, uma das mais tradicionais equipes do beisebol norte-americano. Uma bela sacada para registrar o início da temporada do beisebol nos EUA.

Os Cubs são uma instituição da Cidade dos Ventos. Estive em Chicago para ver o show do Genesis, em outubro passado, e quando o telão-palco mostrou uma imagem de um torcedor com o boné dos Cubs o United Center veio abaixo. Jejum parece ser uma saga do beisebol de Chicago, já que os White Sox encerrarm em 2005 um período de 88 anos sem conquistas.

Fico imaginando como seria isso aqui no Brasil. Será que um Internacional, um Corinthians, um Cruzeiro, um Fluminense, só para citar exemplos de quatro gigantes em termos nacionais, suportaria tanto tempo sem conquistar um título? O que seria do clube, da torcida?

No caso dos Cubs de Chicago o sofrimento só fez aumentar o tamanho da torcida e a simpatia que o time desperta em norte-americanos de outras partes do país e não apenas de Chicago. Há uma corrente que afirma que a torcida do Corinthians se multiplicou com o sofrimento. E também existe quem afirme que o número de simpatizantes só cresce com o acúmulo de conquistas.

Em comum, as histórais de sofrimento no futebol brasileiro e no beisebol dos EUA têm uma boa dose de superstição. Os mais fanáticos pelos Cubs afirmam que parte do calvário se deve a uma praga jogada por um torcedor que foi colocado para fora do estádio com seu bode de estimação num dia de chuva, por causa do mau cheiro do animal. Por aqui, toda fila tem uma explicação esotérica, tipo sapo enterrado, praga de ex-funcionário etc. Em Portugal os torcedores do Benfica acreditam na maldição praguejada pelo húngaro Bella Gutman, quando foi demitido do clube nos anos 60. Ele afirmou que o Benfica jamais seria campeão europeu sem ele no comando. E até agora não foi mesmo.

Técnico de futebol brasileiro sempre fala da pressão que sofre ao assumir um clube que não vence torneios há muito tempo. Que dirá então de Lou Piniella, que é o técnico dos Cubs?

quinta-feira, março 27, 2008

BATE-BOLA E ANÔNIMOS


Rápidos comentários sobre o jogo de ontem na Vila. Primeiro, foi um jogão, eletrizante, digno de um mata-mata.
Agora, aos pontos polêmicos.

1 - Não consigo ver falta no lance do gol anulado do Fabinho. Para mim, foi normal, nada aconteceu.

2- Também achei normal o segundo gol do Santos. Vi mais como trombada do Kléber no Carlão, que, aliás, corre para o lado esquerdo, quando a bola foi pro lado direito.

3 - Betão foi bem expulso e Herrera deveria ter levado cartão amarelo.

4 - Uso aqui uma frase do amigo Carlos Cereto: o que foi Perdigão ontem?

5 - A mais um anônimo que aqui posta, fica o seguinte: vc tem a sua opinião, respeito. Agora, para falar da regra, leia antes. Fala-se em intenção e também em movimentação e distância do jogador em direção à bola e do braço em direção ao corpo. Muitas vezes um jogador não tem a intenção, mas faz a falta.

6 - O Santos mostrou que se superou dentro do campeonato, e o Corinthians deu uma prova de que também pode ser um time mais ofensivo em diversas situações de jogo, não precisa jogar sempre tão recuado.

7 - A definição das três últimas vagas à fase semifinal deve ficar para a última rodada do Paulistão. A do Palmeiras parece assegurada.

terça-feira, março 25, 2008

PARABÉNS AO GALO FORTE E VINGADOR



Ainda dá tempo e não poderia deixar passar o registro. Parabéns aos apaixonados e fanáticos torcedores do Clube Atlético Mineiro, uma das glórias do esporte nacional. Cem anos de uma instituição que nasceu num parque, dos sonhos de adolescentes, que evoluiu para o primeiro time campeão interestadual do País, nos anos 30, o Campeão do Gelo (alusão a uma vitoriosa excursão pela Europa) nos anos 50, primeiro campeão do Campeonato Brasileiro em 1971.
Vida longa e próspera ao Galo Forte e Vingador.

segunda-feira, março 24, 2008


VALDÍVIA E THIAGO NEVES



Futebol é momento e campeonato estadual não tem nada a ver com o Brasileirão, são anos-luz de distância em termos técnicos. Mas em quase quatro meses de temporada de futebol 2008 no Brasil dois jogadores têm se destacado e eu não relutaria em apontá-los como os atletas em melhor fase técnica no País: Valdívia, do Palmeiras, e Thiago Neves, do Fluminense. Ainda chama a atenção, numa função diferente, mas com muita qualidade, Ramires, do Cruzeiro. Também gosto de ver jogar o Iarley e o Alex, do Inter.

Ressalte-se que, assim como estaduais não são o Campeonato Brasileiro, o Paulistão é um torneio muito mais forte e equilibrado que o Cariocão. Isso posto, Valdívia e Thiago Neves estão gastando a bola. Claro que em um ou outro jogo não mantêm o nível de atuação, o que é perfeitamente normal. Mas quando resolvem jogar, coitado do adversário.

Valdívia é chileno e, talvez, por isso, muito brasileiro relute em reconhecer suas qualidades. Tem tudo para ser craque em breve. Percebe-se isso quando os jogadores, até os adversários, afirmam que gostam de vê-lo jogar. Ouvi isso pela primeira vez no ano passado, do Antônio Carlos, então no Santos e hoje cartola do Corinthians. Recentemente Carlos Alberto, do São Paulo, rasgou elogios ao chileno. E Valdívia os merece. É um jogador de rara habilidade e que está resgatando algo que anda meio esquecido pelos brasileiros: o drible em progressão, em velocidade, sempre em direção ao gol. Suas arrancadas encantam os torcedores do Palmeiras e infernizam os adversários. Melhorou muito sob o comando de Luxemburgo, o que se reflete na média das atuações e no número de gols marcados.

Thiago Neves tem muitas caractérísticas em comum com Valdívia. Também é habilidoso, tem uma técnica invejável para tocar de primeira e bater a gol. Assim como o chileno, gosta do jogo objetivo, vertical, em direção à meta do inimigo. De quebra, bate faltas com categoria e tem um chute potente de média e longa distâncias, coisa que o palmeirense ainda precisa aprimorar. O gol marcado por Thiago Neves no clássico diante do Vasco é coisa de quem conhece muito do riscado e está mostrando que não chegou ao futebol por acaso.

Com a manutenção desse desempenho por uma temporada e sendo premiados por alguns títulos, nos quais tenham participação decisiva, Valdívia e Thiago Neves serão reconhecidos como craques em breve.



LOVE IS IN THE AIR?



Não que seja novidade esse tipo de envolvimento, mas tem um craque de futebol e uma apresentadora de TV que estão, como diriam, se conhecendo melhor.





A PRÓXIMA CELEBRIDADE FAJUTA



Essa moça brasileira que ajudou a derrubar o governador de Nova Iorque é notícia, sim, não se discute. O assunto é importante e merece ser noticiado. Agora, tenho certeza que essa senhorita será logo, logo a próxima celebridade brasileira. Receberá convites para posar nua, apresentar eventos, será entrevistada em programas de gosto duvidoso e, quem sabe, apresentará programas de gosto duvidoso. Essa é uma das mazelas desse País sem educação formal e informal. Basta comprar um peito e ir à lida, fazendo ou agenciando, que vira celebridade instantânea. No Brasil em que ainda vicejam o machismo e a violência contra a mulher, não interessa o conteúdo, a qualidade. O que vale é a embalagem e se tem dinheiro ou dá dinheiro. Não importa como ele chegue, mas desde que chegue, vale tudo. Sinais evidentes da decadência ética e moral da Nação. Ah, a cidadã em questão, embora não seja a ministra do Turismo, que tentou embarcar em avião sem passar pelo raio-x, mereceu tratamento diferenciado da Infraero. Isso porque veio detida, e deve explicações à Justiça.



PUXÃO DE ORELHAS MERECIDO



Um blogueiro atento - mais do que eu estava hoje cedo - manda um recado sobre algo que disse na edição do Bom Dia São Paulo de hoje. Um velho vício de linguagem, mas que, na verdade, é um erro groesseiro. Eu disse que quem terminar em primeiro na fase classificatória do Paulistão tem a vantagem de jogar por resultados iguais na final. Besteira minha, porque se perder as duas por 1 a 0 são resultados iguais e não tem vantagem nenhuma. Felizmente eu lembrei para a Monalisa Perrone o exemplo do Santos em 2007, quando perdeu a primeira por 2 a 0, venceu a segunda pelo mesmo placar e foi campeão. O que não anula a mancada. Valeu pela ajuda, amigo!

terça-feira, março 18, 2008

O JOGO DA TV E O JOGO DO CAMPO


O que vocês acham do precedente que está sendo aberto de se indiciar, julgar e punir - ou absolver - jogadores e técnicos de futebol com base em imagens, sejam elas da transmissão pela TV, de câmeras de segurança, de celulares, vídeos amadores?
Considero o tema nitroglicerina pura. Sempre que comento um jogo procuro ressaltar que temos recursos dos quais os árbitros não dispõem. Vários ângulos, câmera lenta, repetições. O árbitro tem dois olhos e mais quatro para auxiliá-lo. Essa meia-dúzia de olhos tem que prestar atenção em 22 jogadores espalhados por uma área considerável, em alta velocidade. É pra lá de difícil.
Claro que as imagens ajudam a corrigir alguns equívocos, a punir a violência e a desmascarar jogadores fingidos. Com relação aos lances de Palmeiras x São Paulo, já circulam pelo mundo virtual as imagens da cotovelada de Cléber em André Dias e da joelhada de Jorge Wagner em Valdívia. As duas imagens são muito reais e não deixam dúvidas.
O que me intriga é o seguinte: e as agressões que o árbitro não vê e que as câmeras de TV também não pegam? Pois elas existem, e aos montes. O que fazer, então? Eu mesmo já vi algumas situações em que árbitro e câmeras deixaram escapar trocas de tapas, chutes, cusparadas. Assim como muitos outros profissionais e torcedores também já viram. Entramos então num dilema: se as câmeras já servem para analisar fatos do jogo e decidir punições, então o que falta para que as imagens também sejam utilizadas para dirimir dúvidas mais urgentes? Um gol, um pênalti, por exemplo? Será esse o futuro do esporte mais popular do mundo?
Fora isso, já passou da hora, no Brasil, de se terminar com a choradeira em caso de derrota. Todo mundo chora quando perde. Ninguém tem coragem de admitir a superioridade do rival. O futebol brasileiro vive um momento de vaidade sem igual por parte de alguns jogadores, dirigentes e treinadores. Ninguém erra, todo mundo trabalha de maneira perfeita, contrata bem, treina bem, joga bem. Só os árbitros se equivocam. Quando o lance duvidoso é contra, todo mundo berra, afirma saber que foi falta, que foi roubado, que é um escândalo. Quando é contra, ninguém viu, não pode afirmar etc. Não há um time, um técnico, um clube que escape disso. Está faltando é caráter ao mundo do futebol brasileiro.

segunda-feira, março 17, 2008


A EMOÇÃO DO PRIMEIRO DÉRBI


Alguns jogos são especiais no futebol. Os clássicos, a grande rivalidade, a história. Neste domingo tive a oportunidade de trabalhar pela primeira vez em um dos grandes jogos do futebol brasileiro, o dérbi de Campinas, Ponte x Guarani, Guarani x Ponte. Ao lado de grandes amigos e companheiros, como Jota Júnior, Edison Souza, Carlos Cereto e Idival Marcusso, pude comprovar tudo que se fala desse jogo pra lá de especial.
São quase cem anos de história, uma rivalidade que divide uma das maiores cidades do Interior do Brasil, um grande pólo industrial, tecnológico e educacional como Campinas. Grandes craques fizeram a história do dérbi, que, inclusive, já foi disputado em São Paulo, em 1978, levando 40 mil pessoas ao Pacaembu. Pelo comportamento dos torcedores de Ponte e Guarani, percebe-se que está em jogo no dérbi muito mais do que uma simples vitória. Está em jogo a gozação durante uma semana, às vezes uma temporada, o domínio no território esportivo, enfim, a supremacia em um duelo entre duas grandes forças do futebol do interior do Brasil.
Confesso que fiquei emocionado de poder estar vivendo mais esta festa do futebol. Ainda quero poder ver de perto mais alguns grandes clássicos brasileiros. Já trabalhei em Sport x Santa Cruz, um jogo fantástico. Ainda pretendo trabalhar em um Gre-Nal e num Cruzeiro x Atlético que são, para mim, as duas maiores rivalidades do futebol brasileiro. Já conferi um Fla-Flu, também espetacular. Falta, também, um Atle-tiba.
No dérbi campineiro a Ponte construiu a vitória no primeiro tempo, quando foi soberana ante um Guarani acuado. Na segunda etapa houve equilíbrio, o Bugre lutou muito, mas a vantagem conquistada na fase inicial permitiu a consolidação da vitória da Macaca, que segue viva na briga pela classificação. Pior para o Guarani, que tem quatro jogos para escapar do rebaixamento e, quem sabe, iniciar um processo de recuperação que faça justiça ao seu passado de glórias.

O MAJESTOSO

Só vi os melhores momentos do clássico Palmeiras x São Paulo. Houve lances polêmicos reclamados por ambas as partes. Um gol mal anulado do São Paulo, um pênalti de Zé Luís, uma cotovelada de Kléber. Mas nos lances dos pênaltis o árbitro Flávio Guerra foi preciso na marcação. A vitoria palmeirense reflete o melhor momento do clube, que tem um elenco maior e mais equilibrado que o São Paulo. Luxemburgo recuperou a motivação pessoal e contagiou o time do Palmeiras. Algumas apostas do treinador~estão fazendo a diferença, como Kléber, Marcos e Léo Lima. A diretoria do São Paulo não está oferecendo as melhores condições para que Muricy Ramalho faça seu ótimo trabalho. Faltam peças de reposição, o elenco é pequeno e desequilibrado. Fora isso, jogadores que brilharam em 2007 andam jogando bem menos em 2008, como Richarlyson e o próprio Jorge Wagner. Juninho tem sido uma decepção, assim como Joílson. Por isso o dirigente Marco Aurélio Cunha tenta jogar o foco da derrota sobre a arbitragem, para não admitir que a direção tricolor, da qual ele faz parte, não possibilita à comissão técnica acertar alguns problemas do time. O São Paulo já chegou a ir a campo sem sete reservas no banco, o que é coisa que não pode acontecer em um time dessa envergadura. Já o Palmeiras tem utilizado bem o elenco maior e variado que montou. E, informação de fonte segura, o Verdão já acertou mais duas contratações para o brasileiro, nomes sem grande destaque, apostas, e está encaminhando uma terceira, de mais peso.

MENGÃO NO DIVÃ

É tudo que se fala no Rio. O desequilíbrio do time do Flamengo. Ficou mais evidente na derrota para o Nacional, pela Libertadores. Ontem, contra o Botafogo, era jogo para se levar em calma, para se lamentar a derrota ou festejar a vitória, não para mostrar tamanho descontrole. Joel Santana, que conhece muito bem os atalhos do futebol, terá trabalho para segurar o time, controlar os ânimos e evitar que um ou outro jogador desequilibrado jogue por terra, na Libertadores, todo o bom trabalho do clube nos últimos anos. Nitidamente, falta ao Flamengo uma grande liderança dentro e fora de campo.

sexta-feira, março 14, 2008


A INGRATIDÃO,
AS BERMUDAS
E O FUTEBOL




O noticiário anda fazendo mal à saúde, até para quem vive de notícia. Que dizer, por exemplo, da nova diversão do governo da Espanha: deportar brasileiros. Sou neto de espanhol por parte de pai. Até 1992 eu poderia ser cidadão espanhol, se quisesse. Agora não posso mais. Na verdade, nunca quis ser. Estou bem feliz e satisfeito por ser brasileiro. Pois meu avô resolveu sair da Espanha lá pelos anos 20 do século passado, ele e quase todos seus irmão, pois pretendiam escapar da perseguição e da selvageria da Guerra Civil. Foi bem recebido no Brasil, aqui teve oportunidades, fez uma família, abriu um negócio e aqui morreu. Seu Epifanio Noriega foi um dos milhões de europeus que, fugindo de ditadores ou da fome e da miséria em algumas épocas, vieram parar no Brasil, na Argentina, no Chile, no México. Esse mesmo Brasil que abrigou os japoneses que neste ano comemoram cem anos da chegada dos primeiros de seus patrícios a esse porto seguro tropical.
Essas notícias das deportações de brasileiros pela Espanha me fazem pensar em como seria a Europa hoje se a América Latina não tivesse recebido espanhóis e italianos, por exemplo. Isso muito tempo depois de espanhóis, ingleses e franceses terem dizimado populações, saqueado e pirateado riquezas. Certamente alguns sobrenomes se perderiam no tempo, famílias seriam interrompidas e não caberia todo mundo nos "vastos" territórios atuais dos outroras império e reino que foram Itália e Espanha. Pior ainda é saber que tudo acontece por uma questão política, eleitoreira. Coisa mesquinha. Espanha e Itália são dois países que têm participação maioritária na composição do meu sangue. Duas grandes e belas nações mas que, infelizmente, suportam - ou seria aceitam? - alguns comportamentos xenófobos e racistas. Vide algumas manifestações em jogos de futebol, símbolos fascistas que perduram, uma inconcebível saudade de Franco e Mussolini manifestada por grupos de extrema direita. Sabe-se que a grosso modo italianos e espanhoís, como povo, não têm grande apreço pela idéia de compartilhar seu chão com imigrantes, sejam eles europeus, sul-americanos, africanos. Se jogam futebol direitinho e têm traços europeus no sangue, tudo bem, até fazem uma concessão.
Aqui nesse maltratado chão em que se plantando tudo dá, houve a oportunidade para que muitos de sangue espanhol tocassem a vida, literalmente sobrevivessem. Até hoje a Espanha prospera em negócios realizados no Brasil. Por isso não entendo e não aceito o que se faz agora. Mas talvez seja porque eu pense num mundo em que fronteiras sejam algo mais cultural do que étnico e alfandegário. O direito de ir e vir faz parte do meu modo de pensar e ver o mundo.
Assim como o direito de entrar de bermudas, desde que não sejam micro, no glorioso e respeitado Congresso Nacional Brasileiro. Essa casa de gente séria, proba e trabalhadora viveu acalorado debate na última semana quando uma jornalista foi barrada por não estar trajada de acordo com as normas do decoro - não o parlamentar - exigidas pela casa. Para lá entrar tem que estar de terno bem cortado, vestido discreto. Não importa o que se vá fazer, se é negociar um cargo, um mensalão, fornicar, tudo isso pode. Desde que se esteja vestido adequadamente. Nada retrata mais o Brasil do que essa metáfora das bermudas. Triste Brasil.
E ainda sobre esse caso Brasil-Espanha, acho bobagem a retaliação. Primeiro porque na condição de paraíso tropical pobre, precisamos de turistas e do dinheiro deles. Se a idéia de alguns europeus é vir aqui para, literalmente, comer criancinhas, que esses animais sejam presos e deportados. Mas se os europeus decentes querem apenas curtir uma praia, comer bem e viver a experiência de um país em que, apesar de todos os males - e são muitos - , a mistura é bem vinda e celebrada, não há separatismo e até os rivais (só no futebol) argentinos são bem tratados, podem vir. Só tomem cuidado com uma ou outra bala perdida, um assaltante, um sequestrador, um corrupto de plantão. Fora isso, ainda prefiro a República das Bermudas ao Reino da Ingratidão.

E O FUTEBOL?

Ah, claro, quase esqueci. Apesar das arbitragens, das insuportáveis coletivas dos treinadores e de alguns times bem fraquinhos, ainda tem coisa boa pelos gramados. Mas o futebol tá ficando chato em um aspecto. Tudo agora é avaliado sob o ângulo da "ética" - será que quem usa essa palavra sabe o que significa?. Seja a do boleiro, a do empresário, a do construtor de gramados. Se drible está virando falta de respeito ao profissional é porque passou da hora de se pensar em mudanças de comportamento. Isso envolve jogadores, técnicos, dirigentes, imprensa, torcedores. Antes que a gente comece a ouvir coisas do tipo "queria pedir desculpas por ter feito um gol tão bonito", "minha intenção não era dar um rolinho, jamais faria isso com um colega de profissão" e por aí vai.

segunda-feira, março 10, 2008

CURSO DE JORNALISMO ESPORTIVO


Essa é uma dica para quem curte esporte e pensa em trabalhar como jornalista na área esportiva. A partir de 15 de março será realizada a segunda edição do Curso de Jornalista Esportivo das Faculdades Integradas Rio Branco, em São Paulo.
Entre os professores do curso estão jornalistas de muita capacidade e experiência, entre os quais Patrícia Rangel, com grande experiêncai em rádio, TV e internet, Marcelo Laguna, do Diário de S.Paulo, Erick Castelhero, da Gazeta Esportiva.Net e Victor Birner, da Rádio CBN.
Com certeza é uma experiência muito válida para quem quer conhecer um pouco mais da viuda e do dia-a-dia de jornalistas de diversas mídias, e um caminho importante para buscar mais conhecimento rumo ao mercado de trabalho.
Informações no site www.riobrancofac.edu.br ou pelos telefones Telefones: 0800 16 55 21 ou (11) 3879 3105.

sexta-feira, março 07, 2008

BATE-BOLA



Hora do bate-papo com os amigos que por aqui passam. Pode ser até com o famoso SABE-TUDO ANÔNIMO, embora ele ache que não tem mais nada a aprender ou discutir, do alto de todo seu conhecimento e intelectualidade de advogado e, como ele diz, futuro magistrado. Pensei que ele fosse voltar com mais argumentos, dado seu grande saber - não apenas jurídico, mas também futebolístico. Afinal, ele afirma que a categoria profissional da qual faço parte é medíocre, cometendo o grave erro da generalização. Felizmente, eu não caio nessa. Pode parecer tentador achar que, dado o número de escândalos protagonizados por profissionais do direito e alguns magistrados, essas duas categorias possam ser enquadradas na totalidade. Eu acredito no direito e nos bons advogados brasileiros, assim como acredito na Magistratura e nos bons magistrados. Não julgo por associação.

* Valdir, esse, infelizmente, é um reflexo da sociedade brasileira, a sociedade da carteirada, do "você sabe com quem está falando", do poder dos amigos do poder. Mas é, principalmente, reflexo de um tempo em que a intolerância grassa. Triste tempo esse. Abs.

* João Luís, o Adriano realmente é um atacante que sempre precisa ser muito bem marcado por qualquer defesa, independente da fase. Sobre o Fluminense, realmente tem feito bons jogos, e o Dodô está numa fase sensacional.

* Fábio, o que vale é trocar idéias e opiniões sobre esse apaixonante futebol. Abs.

* Lilu, curta muito esse grande momento do seu Fluminense, que literalmente fez história.

* Prezado Robert, algumas pessoas infelizmente não estão preparadas para a democracia, preferem os tempos autoritários. Tristes tempos esses nossos. Abs.

* Orlando, não tenha dúvida que esses críticos anônimos, que se dizem defensores perpétuos de seus times, são os mesmos que detonam tudo e todos à primeira derrota e acham que bater em jogador serve como incentivo. São os falsos torcedores.

* Minwer, eu modero os comentários e não aceito os que contenham palavrões e ofensas. Mas os que me criticam, desde que com argumentos e educação, eu publico sem problema algum. Nunca me achei dono da verdade e críticas sempre são interessantes para que possamos trabalhar em busca de uma produção ainda melhor.

*Guilherme, o fato de eu discordar de você e você discordar de mim é extremamente saudável. Não existe verdade absoluta, principalmente quando se trata de futebol. Só não podemos ser inimigos por causa disso, como, infelizmente, alguns pensam. Mas não se trata do seu caso.

* Guto, vamos esperar que o Alex continue muito bem e que o Guto em breve seja mais uma revelação do futebol brasileiro.

* Bruno, sobre o Valdívia, o ser decisivo a que me referi foi fazer o gol que decidiu um clássico. Ele mesmo disse que nem no Chile tinha feito gol em clássicos. Abs

* Iara, curto muito música, sim. Esse negócio de bom moço esconde muita coisa. Nem tudo é o que parece. Abs

* Fia, obrigado pela visita e a recuperação do Adriano é boa não apenas para o São Paulo, mas para o futebol brasileiro.

* Cone Boy, acho que o Valdívia é um dos jogadores que estão em boa fase no Brsil. Sobre chance na Seleção Brasileira, é complicado falar, mas existem vários jogadores estrangeiros com nível tão bom e até melhor que alguns da nossa Seleção. No Chile o Valdívia é titular absoluto.

* Fernando, música tem muito a ver com sentimento. É a mesma coisa que move o gosto por cinema, teatro, preferência clubística. É muito pessoal.

* Marcos, acho Time Stand Still muito legal também. Abs

* Davi Cavalieri, vou comprar O Bloco do Eu Sozinho e ouvir, com certeza. Valeu por escrever.

* E aí, Luiz, tudo bem? Cara, juro que me lembro de ter visto há muito tempo o clipe de Copacabana com o Manillow e havia referências à nossa Copacabana. Mas acredito na sua informação.

* Xina 70, o Cruzeiro está montando um time muito competitivo e tem jogadores que estão sendo surpresas muito agradáveis, em especial o Ramires, muito bom volante.
Sobre o Genesis, eu sou muito fã da banda, mas não sou um grande fã de rock progressivo. Mais do Genesis e do Marillion. Gosto da fase do Gabriel, mas prefiro claramente a do Collins, tanto na fase 4 caras como na fase trio. Penso que Mama, That´s All, Land of Confusion, Home By The Sea e No Son of Mine estão entre as melhores músicas do Genesis em todas as épocas. Sem ofensas, eu gosto de música pop e acredito que nisso Phil Collins, Sting, Paul McCartney e Elton John são mestres.

* Edson, agradeço suas palavras, mas não existe isso de se achar bonzão. São apenas pontos de vista. O que eu tenho convicção é que tento fazer meu trabalho da maneira mais séria e honesta possível, e isso inclui acertos e erros. Torcedor é passinoal, mas não precisa ser ignorante como alguns são. Felizmente, não é seu caso. Quanto ao meu pai, graças a Deus o velho Luiz Noriega está firme e forte, curtindo os netos e trabalhando na área de marketing esportivo. Narrava bem demais, sou fã até hoje, mas sou suspeito.
HORA DA RESPOSTA AO
CORNETEIRO ANÔNIMO

Dessa vez a mensagem do corneteiro anônimo foi mais educada e sem tantos erros de português, portanto, está publicada. Ele insiste em não se identificar, mas quem precisa se esconder deve ter motivo. Pois bem, amigo corneteiro, eu não me digo jornalista, eu sou jornalista formado, diplomado, com cursos de especialização e 20 anos de profissão. Se você gosta ou não do meu trabalho como jornalista, é seu direito e desde que seja educado, suas críticas serão aqui publicadas. Você vê o jogo com olhos de torcedor, eu preciso ser isento.
Sandices? Bem, não fui apenas eu que disse que algumas das atuações do Thiago Neves estavam abaixo da expectativa neste ano, se comparadas às de 2007. Outros colegas compartilharam desse pensamento. Inclusive na semifinal da Taça Guanabara Thiago Neves foi anulado por Túlio, na vitória botafoguense por 2 a 0. O jogador também foi criticado, até pela torcida, em outros jogos nos quais o Flu empatou com adversários mais fracos na competição. Como no empate com o poderoso Boa Vista, no qual foi substituído por Cícero. Ou contra a LDU pela Libertadores.
Repito aqui minha opinião, que vem desde o ano passado: Thiago Neves tem tudo para ser um dos melhores jogadores do Brasil, mas ainda não é o melhor do Brasil, como você acha. Inclusive, eu não acredito que hoje exista a figura do melhor jogador do Brasil. Eu acho que o Dodô, por exemplo, ainda é muito mais importante como jogador do que o Thiago Neves. Tomara que em breve o Thiago confirme tudo que se espera - eu inclusive - dele e seja mais importante, porque talento ele tem para isso. E o Fluminense, que é muito maior que o Thiago Neves, sairá ganhando.
Portanto, se quiser debater, desde que com educação, volte sempre, seus argumentos serão respeitados, mas não sou obrigado a concordar com você, assim como você não é obrigado a concordar comigo. Então teremos uma boa troca de idéias, desde que civilizada.

quinta-feira, março 06, 2008


DODÔ, ADRIANO E A LIBERTADORES



Nesta semana tive o prazer de escrever uma crônica a pedido do amigo Lédio Carmona para seu fantástico blog Jogo Aberto. Era sobre a Libertadores da América, a competição de que mais gosto no futebol.
A Libertadores que nesta quarta teve uma noite histórica proporcionada pelo Fluminense. Os 6 a 0 no Arsenal foram a maior goleada já sofrida por um time argentino para equipes de outro país na competição, deixando para trás os 6 a 1 do Palmeiras no Boca em 94. Valeu a espera de 23 anos para os tricolores das Laranjeiras.
Só vi os gols do jogo, então, difícil analisar algo tecnica e taticamente. Mas dá para falar, e com prazer, de Dodô. Não é exagero quando se afirma que esse jogador só faz gols bonitos. E como faz gol o Dodô! Taí um jogador que eu acho que não se pode descartar na Seleção Brasileira. Por que o Brasil hoje não tem um goleador com a eficiência de Dodô.
Recebi uma cornetada de um anônimo (para que se esconder?) tricolor, pelo que disse no Arena SporTV de quarta-feira. Eu afirmei que o Thiago Neves não vinha jogando como na temporada passada e precisava jogar mais. E tome cornetada de pó-de-arroz (finalmente essa festa foi liberada) em cima de mim. Mas eu ainda acho que, mesmo tendo potencial para ser muito bom, um dos melhores do País em breve, Thiago Neves ainda não fez o que Dodô já conseguiu em vários clubes e repete no Fluminense: esse sabe o caminho do gol.
O Tricolor paulista suou para vencer o modesto Audax Italiano. Mas o São Paulo criou as melhores oportunidades, embora só tenha chegado ao gol após a expulsão de Rocco. O Audax chegou duas vezes e fez um gol com o Villanueva, canhoto bom de bola. Aí Adriano fez o que justificou sua contratação pelo São Paulo. Gols de centroavante mais pra rompedor que para técnico. Ganhou de cabeça no primeiro gol e sentiu o faro da rede no segundo.´
Numa competição em que enfrentarão muitas retrancas, Fluminense e São Paulo podem contar com dois jogadores com alto poder de definição. Dodô é técnico, frio, preciso, estilista. Adriano é força, rompimento e briga. Melhor para os tricolores.
AVISO AOS NAVEGANTES

QUE NÃO TÊM EDUCAÇÃO


Uma pequena pausa nos temas para deixar aqui um aviso e um lamento. Infelizmente, tem aumentado o número de fanáticos que por aqui passam com ofensas, elocubrações fantasiosas e mania de perseguição. É triste constatar isso, mas existe uma parcela - grande - de torcedores que acham o seguinte: falou bem do time dele é o melhor do mundo; falou mal não presta, é vendido. Eles não querem análise. É a famosa turma que prefere ganhar roubado a ganhar jogando bem. Meu Deus, quanta tolice!
Nem melhor, nem pior, nem tolice, nem genialidade. O papo sobre futebol, esportes, política e música pressupõe o direito de falar e ouvir, de aceitar opiniões diferentes, conflitantes, mas sempre com respeito, educação e, o que eu acho que hoje no Brasil é pedir muito, inteligência.
Alguns apelam pra baixaria, com erros grotescos de português, argumentos estapafúrdios. Geralmente são os mesmos que proclamam amor incondicional ao seu time e após a primeira derrota querem bater nos jogadores, demitir o técnico, ameaçar todo mundo. E, claro, jogam a culpa na imprensa. Como se para a imprensa mudasse alguma coisa time A ou time B ganhar ou perder.
Temos exemplos emblemáticos desde o ano passado. Vou me ater ao que acontece em São Paulo, onde fica a minha base. Uma corrente afirmava que o Corinthians jamais seria rebaixado, que a "TV" não deixaria, que havia interesses econômicos. Pois o Corinthians caiu, o mundo não acabou e a torcida corintiana dá seguidas mostras de paixão pelo seu time, com a melhor média de público do Campeonato Paulista.
Outra corrente de fanatismo diz que a imprensa não gosta do Palmeiras. Pois nos últimos tempos poucas vezes se destacou tanto a busca do clube por uma administração mais moderna, a melhora na estrutura geral, a ousadia nas contratações, o marketing agressivo.
A terceira corrente afirma que o São Paulo é o atual queridinho dos jornalistas. Mas já nesta semana houve uma apressada movimentação em torno da qual alguns acusaram jornalistas de perseguir Adriano, de inventar fofocas. Provavelmente são os mesmos que acusam parte do jornalismo de prestigiar demais o São Paulo.
Felizmente, com o passar do tempo e a evolução da espécie, também nas arquibancadas os xiitas de plantão estão sendo jogados para escanteiro e aumenta o espaço para o torcedor de verdade, aquele que gosta do futebol acima de tudo.
Todos que trabalham com opinião sabem disso que escrevo. Se o time do sujeito joga bem e você elogia algum atleta, pipocam mensagens incensando, dizendo que você é o tal. Se joga mal e você apenas constata isso, o diagnóstico é rápido: vendido, torcedor travestido.
Para finalizar, já que o tema é chato, nesse espaço as críticas, desde que embasadas e educadas, são sempre bem vindas. Afinal, quem sou eu pra achar que comprei a verdade? Agora, se apelar e tiver baixaria, vai procurar a sua turma, porque aqui não entra.

segunda-feira, março 03, 2008


VALDÍVIA, ADRIANO, IARLEY,
TARDELLI, ROGER, EDMUNDO...


Como é bom um final de semana em que se fala quase nada de arbitragem e muito de jogadores, de gols, de clássicos. Alguns personagens se destacaram e merecem algumas análises. Vamos a eles.

VALDÍVIA - Pela primeira vez na carreira o chileno do Palmeiras foi decisivo em um clássico. Ele mesmo disse que nem no Chile tinha sido. Está claro que Valdívia evoluiu com Luxemburgo. Sempre foi habilidoso e técnico, agora está mais combativo e agudo. Tem participado de todos os lances decisivos do time. Está entre os melhores em atividade no Brasil, é um dos poucos jogadores que ainda têm lampejos, pensam algo diferente. Valdívia sofre um pouco do preconceito que o argentino Tevez enfrentou no Brasil. Alguns jogadores, treinadores e analistas brasileiros têm bronca de jogadores estrangeiros. O que é uma bobagem. Se o cara joga bem, não interessa onde nasceu.

ADRIANO - Tem gente que não sabe aproveitar as chances que a vida oferece. O São Paulo, o mais organizado dos clubes brasileiros, caiu no colo de Adriano. Esqueçamos o dinheiro e o poderio econômico europeu. Adriano está recebendo a oportunidade de ser protagonista numa equipe que disputa a Libertadores, tem destaque na mídia e, o mais importante, não precisa do Adriano. Mas quando ele mesmo afirma que não é um jogador normal, já se percebe o tamanho do problema. Adriano pensa que é mais do que é. Seu desempenho no Paulistão é, quando muito, modesto. Gente normal como Otacílio Neto, Xuxa, Camilo, Pedrão já fez mais que ele. Adriano só tem razão quando afirma que dão muita bola para o que ele faz. Eu, particularmente, estou pouco me lixando para o que ele, qualquer jogador ou outra pessoa faz da sua vida. Cuido da minha. O problema, como dizem lá no Interior, é que o Adriano faz e senta em cima.

IARLEY - Taí um caso de bom jogador, diria muito bom, em que pouca gente presta atenção. Iarley mudou de patamar como atleta depois que passou pelo Boca Juniors. Manteve a boa habilidade já mostrada no Paysandu, mas se transformou num jogador mais tático e inteligente após jogar no país vizinho. No ótimo Inter do Abelão Iarley é líder e decide. Ele e Alex são, hoje, o ponto de sustentação do Colorado. Que está pintando como o grande favorito para o Brasileirão.

ROGER - O espírito gremista e os bons ares dos Pampas parecem estar fazendo efeito em Roger. O cara sabe jogar bola, mas muitas vezes não mostra muito interesse. No Grêmio não tem essa conversa e quem chega no Olímpico sabe que, craque ou perna-de-pau, tem que suar, e muito. Roger dá pinta de que entendeu o recado. Com a qualidade rara que ele tem de passe e visão de jogo, se mantiver o ritmo, vai dar muito certo e ajudará o Grêmio em seu trabalho de reestruturação.

TARDELLI - Outro caso de talento que vem sendo seguidamente desperdiçado pelo próprio dono. Esse garoto é um caso raro de atacante técnico e habilidoso, com frieza na hora da conclusão. Sempre teve esses repentes, começa bem uma temporada, depois some e volta a ser uma promessa ainda não cumprida. No Flamengo parece estar onde sempre sonhou. Com um pouquinho de cabeça no lugar ele tem tudo para, finalmente, se tornar uma realidade.

EDMUNDO - Lá vai o Animal em sua última temporada (palavras do próprio em entrevista que fiz com ele para a edição da revista Placar que está nas bancas). Edmundo é daqueles jogadores que jamais deveriam parar, tamanha a sua capacidade. As encrencas, com certeza, abalaram seu prestígio e prejudicaram sua carreira. Mesmo assim, fez tudo que fez. Merece um bom ano de despedida.