quarta-feira, agosto 28, 2013

Uma viagem aos tempos de Esporte é Cultura!




Luiz Noriega durante o Esporte Opinião (1982)


José Maria Pereira, o mago da restauração
Caminhão da Cultura

































Hoje vivi uma emoção um tanto estranha. Ainda estou negociando com a alma e a mente que tipo de sensações foram vividas. Após mais de 25 anos voltei à sede da TV Cultura, em São Paulo, onde meu pai, Luiz Noriega, viveu seus melhores anos como jornalista. Fui buscar algumas imagens para ter no arquivo da família, graças ao trabalho fantástico, de artesão, do espetacular José Maria Pereira, companheiro de batalha do meu pai desde os tempos da TV Tupi e também na Cultura.

O poder da memória é algo inacreditável. Fui transportado aos dias em que, ainda criança, acompanhava meu pai no trabalho, corria pelas arborizadas alamedas daquela sede (em que região de São Paulo, Lapa ou Água Funda?) projetada tendo como base a BBC londrina.
Era como se eu estivesse saindo da redação, onde ficava pentelhando o Orlando Duarte, Pedro Tadeo Zorzetto, o Dudu, o Cicarelli e correndo para um estúdio, ou para a lanchonete, o restaurante.
Ali eu via nascer e ir ao ar programas como É Hora de Esporte, Esporte Opinião, Esportevisão.
A velha redação do esporte da Cultura hoje abriga um estúdio, mas muita coisa está irretocável como permanece em minha memória. A entrada antiga, pela rua Carlos Spera (outro grande nome do jornalismo) está fechada, mas eu me vi passando por ela e correndo para a sala do meu pai, buscando as revistas France Football, Don Balón, Guerin Sportivo. Posso dizer que ali fiz pós-graduação em jornalismo esportivo muito antes de completar o colegial e fazer a faculdade.
Botei o DVD para rolar e vi um Esporte Opinião apresentado pelo papai com uma escalação de craques do porte de um Ary Silva, de Flávio Iazetti, Flávio Adauto, Wanderley Nogueira. E um programa especial com o (hoje tenho a honra de dizer isso) meu amigo Zico.
Agradeço de coração ao Zé Maria e seu arquivo fantástico, que ele restaura com mãos e olhos de artista, em nome da família.

Foi uma linda viagem no tempo.   

Um comentário:

Márcio Pires disse...

Fala Maurício,

Assino o feed do seu blog faz um ano mas nunca comentei nada. No entanto, este post não dá para deixar passar. Os programas da antiga RTC também fazem parte da minha memória afetiva. Lembro muito de assistir à mesa-redonda de segunda à noite e acordar cheio de sono no dia seguinte para ir à escola. Não dá para jogar algumas dessas imagens no YouTube ou a Cultura tem alguma restrição?

Abraços e parabéns pelo trabalho.

Márcio