Camisa comemorativa da Copa de 1958 de Djalma Santos |
Em 2008, quando fazia as entrevistas para meu livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro, tive o prazer e o privilégio de bater um longo papo com Djalma Santos.
Eu o entrevistei para completar o perfil de Vicente Feola. O livro traz um pingue-pongue com atletas e treinadores que falam sobre os perfilados. Seu Djalma, como eu o chamei o tempo todo, foi de uma gentileza e educação fantásticas. Memória privilegiada, me fez viajar no tempo para o dia da final da Copa de 1958, da qual ele foi eleito o melhor lateral-direito mesmo tendo atuado somente na final.
Mesmo já sendo um veterano do Jornalismo, eu naquele dia me senti como se estivesse falando com um semideus. O que não deixava de ser verdade. Afinal, Seu Djalma brilhou na Portuguesa, no Palmeiras, no Atlético Paranaense, onde encerrou a carreira com mais de 40 anos, e foi seguramente um dos maiores jogadores de todos os tempos.
Três anos mais tarde, em 16 de março de 2011, fomos eu e Milton Leite para Uberaba, para a transmissão de Uberaba x Palmeiras, pela Copa do Brasil, no SporTV. Seu Djalma morava em Uberaba. Um pouco antes do jogo, um amigo dele nos procura da cabine do estádio e nos entrega camisas enviadas pelo seu Djalma, que se desculpava por não poder nos entregar pessoalmente. São camisas no estilo retrô, que reproduzem o modelo usado pelo Brasil na partida final da Copa da Suécia. Cada uma tem a assinatura estilizada de Seu Djalma.
Guardo essa relíquia com carinho em minha coleção de camisas. Hoje a tirei de seu descanso para fotografá-la e homenagear de forma singela o grande Djalma Santos, para muitos o maior lateral-direito de todos os tempos. Para mim, desde aquele dia ao telefone virou o Seu Djalma.
Que ele descanse em paz, após uma vida fantástica, que marcou milhões de torcedores.
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