Invisible Touch
Viúvas do progressivo, profetas de Peter Gabriel, me desculpem. Sou fanático pelo Genesis sempre, mas se eu tiver que escolher um disco da banda para levar dessa para a melhor, no fotochart, fico com Invisible Touch, tentando levar escondido o A Trick of The Tail.
Invisible Touch é o disco que os radicais fãs do Genesis da era Gabriel gostariam de queimar em praça pública.
Para mim foi a trilha sonora de um período divertidíssimo e feliz da minha vida, os meados dos anos 80. Das baladas no Piso 2 em Indaiatuba. Das madrugadas sob as estrelas escutando Tonight x 3. De acalmar depois da noitada ao som de In Too Deep.
Invisible Touch é o disco mais pop do Genesis, mas e daí?
É pop bem escrito, bem tocado, bem produzido.
Lembro que entrei na fila na velha Hi-Fi Discos para comprar a bolacha. Tinha espera de 15 dias de tanto que vendia.
Nada nesse álbum anula as qualidades que o Genesis mostrou com Gabriel, com Collins e Hackett e como trio.
Só potencializa.
Sou tão fã desse disco que não gostei da remasterização feita por Nick Davis recentemente. Ele alterou o som da bateria eletrônica utilizada em muitas canções, alterou alguns timbres de teclado e tirou a caracterização de algumas músicas. Foram compostas naquele período, daquele jeito, deveriam ter permanecido como foram gravadas.
A faixa-título gruda à primeira audição, tem um riff de guitarra simples e direto, com o qual todo compositor pop sonharia. Throwing It All Away é uma gema pop indiscutível, subestimada como canção. In Too Deep idem. Land Of Confusion é um rockaço.
Enfim, tem de tudo que um bom disco pop pede.
Um crítico da extinta revista Bizz escreveu àquela época uma síntese perfeita do disco: pop competente, desavergonhado e musculoso.
Assino embaixo.
Um comentário:
Nori, o primeiro disco do Genesis que ouvi foi Foxtrot, do início da década de 70; rock progressivo de primeiríssima, com PG arrebentando nos vocais,porém a era de PC nos vocais também é sensacional, um som mais pop mas com a qualidade de sempre! Grande abraço!
Postar um comentário