Galo canta alto
em seu terreiro
Há tempos que venho dizendo que com a volta dos jogos dos grandes mineiros a Belo Horizonte o Campeonato Brasileiro teria uma nova relação de forças. Pelo menos para o Atlético, essa regra já está valendo. Certamente valerá para o Cruzeiro assim que a equipe encontrar um ponto de equilíbrio em seu desempenho.
Mas ainda que seja um terreiro intermediário, sem a imponente força do Mineirão (em reforma), o Galo mostrou que em BH será preciso jogar muita bola para ciscar pra cima dele.
O conceito de mando de jogo é fundamental na nova ordem do futebol brasileiro. Vale para tudo, desde arrecadação, passando pro fidelização de torcedores, até pressão (aquela normal do futebol, do pulmão do torcedor) em cima do adversário. Imagine o Corinthians longe do Pacaembu por uma ou duas temporadas, o Inter e o Grêmio jogando fora de Porto Alegre e verifique os problemas do Flamengo sem o Maracanã e será possível entender o que afirmo. Concordar ou discordar é outro papo.
Os grandes mineiros sofreram muito com Sete Lagoas. Nada contra a cidade, nem contra a simpática Arena do Jacaré. Mas era como aquela família que mora num apartamento emprestado pela família, longe do trabalho do pai, longe da rotina. Falta aquela sensação de propriedade, de liberdade para fazer o que se quer, à hora em que se quer fazer.
O Independência não é o Mineirão, longe disso, mas possibilita o acesso das torcidas de Galo e Raposa aos seus times de maneira rápida e direta, sem deslocamentos complicados, viagens etc. E sem o constrangimento de jogar em terras mineiras tendo mais torcida adversária, como geralmente acontecia quando as equipes mandavam partidas contra times paulistas em cidades do Triângulo Mineiro. Por uma questão de proximidade e influência da fronteira paulista e influência.
O Atlético já parece mais à vontade no Independência, sua massa conseguiu transformar o estádio em caldeirão. Não sei se o acordo de administração do estádio feito entre as direções de Galo e Coelho interfere nisso. Ainda não há o mesmo clima em jogos do Cruzeiro, mas certamente haverá se a equipe engatar uma boa sequência.
Bola rolando, o Atlético respondeu a esse clima dos torcedores com uma equipe bem montada, que tem entrosamento na parte defensiva e talento e rapidez na frente, com Jô, Bernard, Guilherme. E ainda um chamariz de grife, que é Ronaldinho Gaúcho.
O Brasileirão é traiçoeiro e já viu muitas reviravoltas. O Vasco está ali, na cola do Galo. É cedo para falar em conquistas, mas o sofrido torcedor atleticano fazia tempo que não começava um torneio com tantas esperanças e razões para levar seu otimismo e sua paixão para o terreiro em BH.
Apito na Mira, a missão
Em tempo: vi parte do jogo entre Galo e Inter por essa gostosa brincadeira que é o Mosaico Multijogos. O lance da expulsão de D´Alessandro parece, pelo vídeo, exagerado. Houve a falta, mas não era, pela imagem, para cartão. Agora, se o árbitro foi ou não ofendido pelo jogador a ponto de mostrar o segundo cartão e o vermelho, é uma questão que fica somente para ambos, infelizmente.
Talvez seja o caso de se pensar numa experiência como a do basquete ou do rúgbi, com microfones para os árbitros. Aí poderíamos saber quem realmente fala a verdade em casos como esse.
3 comentários:
Galo ;)
Pois é, e o árbitro era o mesmo que expulsou injustamente um jogador do Gremio no domingo contra o Cruzeiro. Deveria era estar na geladeira e não apitando. Ou fazendo curso de reciclagem. A profissionalização dos árbitros é matéria urgente. Nori, peço que levante esta bandeira. Não se pode investir tanta grana em futebol e depender de amadores.
Abraço
Olá, Noriega, tudo bem?
Sou torcedor do Galo e sei bem como a volta a BH está fazendo bem ao time. O clima e a pressão são completamente diferentes! Vai ser duro bater o Galo em casa...
Aproveitando, gostaria de lhe recomendar o portal de resultados online que estou lançando para o público brasileiro: www.resultados.com. Se rolar um link no seu blog seria demais! :)
Um abraço!
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