Lembrei da Copa da África e caiu a ficha: tá faltando música na nossa Copa. Cadê nossa Waka Waka?
Na Copa de 2010 o tema cantado pela Shakira foi a trilha sonora de todos os jogos. Além disso, sempre tocavam muitas músicas, com sistemas de som potentes. Boas músicas, regitre-se.
Pude conhecer o Freshlyground, uma fantástica banda sul-africana, que inclusive acompanha a Shakira em Waka Waka. Eu ouvia as músicas, gravava as melodias na cabeça e pedia aos voluntários para identificar quem cantava. Doo Be Doo, do Freshlyground, Destiny, de Malaika, e muitos outros sons. A música sul-africana é ótima.
Assim como a brasileira.
Mas a começar pela escolha da insossa canção-tema da Copa de 2014, nosso segundo Mundial não honra a qualidade da música brasileira. Recuso-me a chamar de música aquela caricatura constrangedora do com muito orgulho etc.
Pior. Quase não tenho escutado música nos estádios. Não sei se os sistemas de som são menos potentes que os dos campos sul-africanos, mas falta música.
No Mineirão, em Argentina x Irã, rolou uma pitada de Skank, com É Uma Partida de Futebol, prontamente identificada pela galera.
Infelizmente, a Copa no Brasil parece ter se esquecido da riqueza da nossa música. Sei que há questões contratuais, interesse de gravadoras e um desejo cafona de internacionalização da Fifa. Mas Pitbull, Cláudia Leite e Jennifer Lopez para uma Copa no Brasil é dose.
Tem tanta gente boa, tantos ritmos, tantas lendas.
Mas de uns tempos para cá parece que o monopólio da suposta música alegre do Brasil pertence ao pop baiano de cantoras com voz absolutamente igual, ou do pagode pasteurizado patrocinado por boleiros.
Quem sabe até o funal da Copa, para brindar e celebrar o futebol bem jogado, apareça nossa música.
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