A Copa avança em clima favorável, mas seria impossível que problemas não compusessem o cenário.
Nada que contamine, por enquanto, o ambiente de festa.
Escrevo de um hotel no Rio, em Ipanema.
A madrugada foi barulhenta. O Rio está tomado por gringos. A trilha sonora da noite foi de gritos em holandês e cânticos de Chi, Chi, Chi, Le, Le, Le, respondidos por argentinos e espanhóis baludos.
Como disse o Cláudio Manoel, se os argentinos fizeram o que fizeram no Rio, em Porto Alegre vão tomar posse e não devolverão mais.
A gringaiada lota os botecos cariocas, toma as ruas e faz uma festa bacana. Azar de quem tenta domir nas casas e hotéis próximos.
Aliás, seria bom ter uma estatítica do consumo de cerveja. Porque a cevada está em alta.
Mas e os problemas?
Envolvem, basicamente, a questão da prestação de serviços. Infelizmente, isso está relacionado com a baixa qualificação profissional.
O aeroporto Santos Dumont ficou fechado por causa de neblina, o que desencadeou atrasos pela malha aérea.
Mas na hora de informar foi um caos. O aeroporto de Salvador, se tem ar-condicioado, não deve estar funcionando. O passageiro, seja nacional ou importado, que se vire para saber informações de seu voo. O sistema de som é o chamado garganta surround.
Raros são os funcionários da Infraero e das empresas aéreas que falam inglês. Pasageiros brasileiros estão ajudando a informar sobre portões e horários e a acomodar passageiros nas saídas de emegência dos aviões.
Dá uma tristeza porque isso é reflexo do baixo nível educacional do nosso povo, da carência enorme de melhores escolas, da valorização dos professores. Mazela tipicamente nacional. Um País que aina não aprendeu a valorizar a educação.
Nos estádios tem sobrado boa vontade e faltado entrosamento. Na tentativa de ajudar, muita gente atrapalha simplesmente por não haver um consenso sobre a informação. Tem faltado comida e bebida em alguns campos, o que denota falta de estudo prévio.
No final das contas, nada que tenha sido desastroso. A boa vontade dos visitantes continua. Afinal, ninguém foi eliminado ainda, jornalistas não tiveram que devolver verba, ninguém voltou para casa. O mau humor costuma se instalar assim que seleções são eliminadas.
Por escrever sobre problemas, nossa seleção segue com os dela. Falta de criatividade no meio-campo, dificuldade na saída de bola, Luiz Gustavo sobrecarregado, Fred inoperante, Paulinho ausente. Não é uma tragédia, até poque o time criou mais chances do que contra a Croácia, mas também deu mais espaços. Está nota 6, o que é pouco para ganhar a Copa.
Vou ali ao Maracanã comentar Espanha x Chile e volto depois.
Um comentário:
Oi, Nori!
Não esquenta, não, posto que estamos empatados em zero a zero com a turma do Tio SAM. Na Copa de 94, nos States, os de lá também não falavam português. É compreensível que as coisas não estejam funcionando bem; os colaboradores da FIFA no Brasil jamais trabalharam em estádios lotados. Parabéns por haver classificado o Paulinho como ausente. O cara não acerta um passe, não rouba uma bola, não apoia o ataque, não cobre os laterais e, quando tem chance de marcar o gol, chuta em cima do goleiro. Eu o classifiquei, não como ausente; mas como inútil. Essa papagaiada de "família Scolare", onde joga o "mais chegado", ou quem ajuda o pseudo-treinador a trocar as fraldas geriátricas, pode afundar com o Brasil.
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