Mistérios da China
*produção do nobre Edgar Alencar
Muita gente morre de rir quando um jornalista que atua como comentarista esportivo fala que vai estudar. Pois é isso mesmo, a gente estuda antes do trabalho. Procura e checa informações, assiste jogos, dispara telefonemas em busca de alguns detalhes.
Estava estudando para comentar Brasil x África do Sul e Brasil x China, amistosos dessa insossa seleção brasileira atual. Como, por efeitos da escala, não comentarei mais Brasil x China, achei que poderia pelo menos contribuir com algo da pesquisa. Na busca por informações acionei um querido amigo e colega de trabalho, o excelente repórter Edgar Alencar, correspondente do SporTV na China e profundo conhecedor dos mistérios do Oriente.
Nosso nobre Ed, goleiro dos bons e observador atento do futebol, trouxe algumas valiosas informações, as quais compartilho com os leitores do blog.
O time chinês, treinado pelo espanhol José Antonio Camacho (treinador de uma era em que a Espanha não era a potência atual), tem como base o Guangzhou Evergrande, time que tem jogadores brasileiros como Muriqui, Paulão e Cléo, e o argentino Conca, além do treinador italiano Marcelo Lippi. A equipe chinesa empatou recentemente com Gana por 1 a 1, em amistoso no qual o apito amigo contribuiu sobremaneira para o resultado.
O grande nome da seleção chinesa é o atacante Gao Lin, também do Evergrande. Sua marca registrada, além do futebol acima da média para o padrão chinês, é a mania de pintar os cabelos com cores chamativas. Segundo nosso repórter Edgar Alencar, Lin atua mais como segundo atacante, embora na seleção muitas vezes jogo como referência, fazendo o trabalho de pivô.
Zheng zi é outro atleta do Evergrande que se destaca na seleção da China. Ed pontua que ele atua ora como zagueiro, ora como volante, e é o capitão da equipe.
Edgar Alencar produziu um SporTV Repórter sofre o futebol chinês, que deve ir ao ar em 22 de setembro, no qual entrevistou o espanhol Camacho, encarregado de dar uma nova cara ao futebol chinês. Camacho disse que a maior deficiência do time é a roubada de bola. Falta agressividade na busca pela recuperação da redonda, segundo o treinador, o que torna o time pouco competitivo.
Ou seja, mais um adversário escolhido a dedo para conseguir uma vitória providencial, que alivie um pouco as críticas e acrescente quase nada ao trabalho de formação de uma nova seleção brasileira.
Sobre a África do Sul, dá para adiantar que há uma tentativa de renovação, ainda que tímida. Principalmente porque foram chamados sete novos jogadores, mas ainda há oito remanescentes do time que disputou a Copa de 2010, quatro deles que retornam à seleção de maneira algo surpreendente, pois não vinham sendo convocados regularmente.
Um comentário:
Noriega, muito legal observar a seriedade com que encara o seu trabalho, através da pesquisa e das informações compartilhadas. Obrigado por isso. Quanto à seleção brasileira, concordo que o time seja sem graça, mesmo. Talvez um dos times menos carismáticos da história. Os amistosos - ainda que o Brasil os ganhe bem - não podem servir de parâmetro para a sequência do trabalho da comissão técnica, especialmente visando a copa de 2014. É isso. Abraço amigo, cuide-se bem...
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