quarta-feira, maio 27, 2015

Não tem projeto. Acabou o dinheiro


Vejo muita gente festejando como se fosse uma guinada administrativa o momento no futebol brasileiro, no qual clubes dispensam jogadores e treinadores caros.

Na verdade, trata-se do fundo do poço chegando rápido.

Quebrados em sua maioria, os clubes brasileiros foram vítima do pensamento do novo-rico.

Esbanjaram, posaram de poderosos. Houve quem sonhasse disputar a popularidade internacional com as potências europeias.

A dura realidade se manifesta agora.

O País em crise, a escassez de crédito e de patrocinadores fechou a torneira.

Nunca circulou tanto dinheiro no futebol brasileiro como nos últimos 20 anos, mas o que fizeram os clubes?

Chafurdaram e hoje estão passando o pires.

Há tentativas louváveis de adequação a uma nova realidade, como a do Flamengo, e existem clubes de perfil mais modesto que tentam sobreviver sem cheques voadores.

O Corinthians dispensa Guerrero e Sheik mas gasta 24 milhões ao ano com três reservas. Um deles jogou três meses para o clube descobrir que está fora de forma: Vágner Love.

O São Paulo prega modernidade e inovação ao trazer o colombiano Osório, mas na verdade está reduzindo em 50% o que pagava para o treinador anterior, Muricy Ramalho.

Luxemburgo reclama de que a diretoria do Flamengo não sabe nada de futebol, mas a do Grêmio acreditou nele e quebrou o tricolor gaúcho. Como explicar o caso de Kléber Gladiador, que ganha um salário astronômico para não jogar.

O Palmeiras trocou a dívida com bancos por uma dívida com o presidente. Que acontecerá se a lua-de-mel entre torcida e time terminar e as arrecadações milionárias de estádio e sócio-torcedor forem reduzidas?

Não existe almoço grátis e ninguém é bobo.

A crise é brava, chegou forte ao fuebol e os clubes estão cortando na carne porque não têm outra alternativa.

Se houvesse dinheiro e crédito fartos, continuariam gastando mal.

JOGADOR DECISIVO

Respondo à pergunta de um leitor sobre o que eu considero jogador decisivo.

Como a própria palavra diz, o que decide jogos com frequência. Não precisa ser um grande craque, mas um goleador frequente, que aparece nos momentos importantes e não refuga. Um goleiro espetacular, que evita derrotas e garante vitórias.

Exemplos atuais? Temos alguns, mesmo que não sejam craques e nem vivam grandes fases. Fred em clubes é um jogador decicivo. D´Alessandro também. Guerrero. Ceni, Vítor, Fábio, entre os goleiros. Mas não vale jogador que decide um torneio e desaparece, tipo Gabiru, Betinho etc.

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