Cada vez mais me convenço que, além da safra muito fraca de jogadores que hoje atua no Brasil, um dos motivos para a péssima qualidade está no treinamento.
Como sempre digo, temos muitos atletas e poucos jogadores de futebol.
Após as partidas, vemos treinadores e jogadores dizendo que o jogo foi bom só porque os times correram e lutaram.
Eles acham o que está aí bom, porque é para isso que treinam. Correr, correr e correr. Pensar o jogo e estar preparado para correr, sim, mas correr certo, em conjunto, de acordo com uma estratégia, é cada vez mais raro.
Por isso tantas lesões musculares com 5 meses de temporada.
O jogador de futebol no Brasil não é treinado e preparado para jogar futebol, é treinado e preparado para correr.
Um olhar atento à maioria dos jogos e times do Brasil perceberá que numa puxada de contra-ataque, ou numa bola esticada, o atacante geralmente vai sozinho, lutando contra três ou quatro marcadores, e o resto de seu time apenas assiste, como espectador privilegiado.
Quantos gols acontecem porque o time está saindo para o campo de ataque e um ou dois zagueiros desavisados não vão junto, de forma coordenada, dando condição aos homens de frente adversários em caso de contra-ataque?
O jogador brasileiro de hoje corre muito e quase não pensa. Os que pensam não correm. Porque hoje o jogo pede essa dinâmica, é preciso ter raciocínio e execução rápidos.
Dois exemplos: Ganso e Valdívia. São dos raros que têm capacidade de pensar e executar. Ganso pensa rápido mas é lento para executar. Valdívia pensa mas não tem condição física para executar rápido.
Os dois brasileiros que sobrevivem na Libertadores são times que taticamente, embora ainda busquem ajustes, conseguem ser mais compactos. O Cruzeiro ainda apenas na Libertadores. O Inter um pouco mais adiantado. Percebe-se claramente uma coerência na proposta de jogo com o que se executa.
O Corinthians começou o ano assim, rápido, coerente, compacto. Mas foi se desfazendo com o tempo.
O Atlético Mineiro é hoje o time mais coerente do Brasil. Coerente com sua proosta de jogo, de sempre buscar a vitória com posse de bola e transição rápida, aproximação, tabelas. Nem sempre consegue, mas quase sempre tenta de maneira fiel ao que propõe.
Os demais investem na correria desenfreada, no preparo físico, no chutão ou na retranca pura e simples.
O problema é que correm errado. Não correm como conjunto, correm para corrigir erros de posicionamento, fazer coberturas que em um time organizado não seriam necessárias. Saem de campo exauridos porque correram muito mais do que precisariam correr.
É preciso repensar muita coisa no futebol brasileiro.
Isso passa necessariamente pela base e pelo treinamento, em conjunto com a preparação física.
Como sempre digo, temos muitos atletas e poucos jogadores de futebol.
Após as partidas, vemos treinadores e jogadores dizendo que o jogo foi bom só porque os times correram e lutaram.
Eles acham o que está aí bom, porque é para isso que treinam. Correr, correr e correr. Pensar o jogo e estar preparado para correr, sim, mas correr certo, em conjunto, de acordo com uma estratégia, é cada vez mais raro.
Por isso tantas lesões musculares com 5 meses de temporada.
O jogador de futebol no Brasil não é treinado e preparado para jogar futebol, é treinado e preparado para correr.
Um olhar atento à maioria dos jogos e times do Brasil perceberá que numa puxada de contra-ataque, ou numa bola esticada, o atacante geralmente vai sozinho, lutando contra três ou quatro marcadores, e o resto de seu time apenas assiste, como espectador privilegiado.
Quantos gols acontecem porque o time está saindo para o campo de ataque e um ou dois zagueiros desavisados não vão junto, de forma coordenada, dando condição aos homens de frente adversários em caso de contra-ataque?
O jogador brasileiro de hoje corre muito e quase não pensa. Os que pensam não correm. Porque hoje o jogo pede essa dinâmica, é preciso ter raciocínio e execução rápidos.
Dois exemplos: Ganso e Valdívia. São dos raros que têm capacidade de pensar e executar. Ganso pensa rápido mas é lento para executar. Valdívia pensa mas não tem condição física para executar rápido.
Os dois brasileiros que sobrevivem na Libertadores são times que taticamente, embora ainda busquem ajustes, conseguem ser mais compactos. O Cruzeiro ainda apenas na Libertadores. O Inter um pouco mais adiantado. Percebe-se claramente uma coerência na proposta de jogo com o que se executa.
O Corinthians começou o ano assim, rápido, coerente, compacto. Mas foi se desfazendo com o tempo.
O Atlético Mineiro é hoje o time mais coerente do Brasil. Coerente com sua proosta de jogo, de sempre buscar a vitória com posse de bola e transição rápida, aproximação, tabelas. Nem sempre consegue, mas quase sempre tenta de maneira fiel ao que propõe.
Os demais investem na correria desenfreada, no preparo físico, no chutão ou na retranca pura e simples.
O problema é que correm errado. Não correm como conjunto, correm para corrigir erros de posicionamento, fazer coberturas que em um time organizado não seriam necessárias. Saem de campo exauridos porque correram muito mais do que precisariam correr.
É preciso repensar muita coisa no futebol brasileiro.
Isso passa necessariamente pela base e pelo treinamento, em conjunto com a preparação física.
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