sexta-feira, dezembro 12, 2014

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Praticamente fui criado dentro de uma emissora de TV. No caso a TV Cultura, quando acompanhava meu pai em muitos dias de trabalho dele naquela memorável equipe esportiva.

Lembro-me com carinho de ter visto gravações e apresentações ao vivo do Vila Sésamo, do É Proibido Colar, do Quem Sabe, Sabe. E, claro, É  Hora de Esporte, Esporte Opinião, Esportevisão etc.

Mesmo assim, naqueles tempos e quando decidi estudar Jornalismo eu jamais, jamais, pensei ou imaginei que trabalharia um dia na TV.

Eu tinha a saudade das frequentes viagens do meu pai, dos finais de semana e das festas em que ele não podia estar, embora sempre tenha feito de tudo e mais um pouco por nós e para nós.

Parei para fazer umas contas e realizei que em agosto fez 12 anos que trabalho em TV, à frente das câmeras, diretamente.

Foi em agosto de 2002 que comecei a trabalhar como comentarista no SporTV.  Numa terça-feira, 13 de agosto de 2002, meu amigo Eduardo Moreno teve a paciência de aturar minha falta de experiência e nervosismo num entediante União São João de Araras 0 x 0 Caxias, pela Série B do Brasileiro. Na coordenação, Idival Marcusso e estou quase certo que o repórter era Carlos Cereto. Uma equipe de luxo para um estreante nervoso e tímido.

Muita água rolou debaixo dessa ponte. Muitos jogos. Alguns malucos tiveram a ousadia de me colocar para apresentar programas no SporTV. Apresentei todos da grade do canal, exceto o SporTV News e os programas mais novos da programação.

Vieram Copas, Pan, Mundiais, Euros, Libertadores, Sul-americanas.

Tive muitas mãos amigas. Felizmente muitas mais do que os pés sorrateiros que sempre passam pelos nossos caminhos. Surpresas positivas e decepções profundas vieram.

Doze anos é muito tempo.

Tenho a felicidade de trabalhar com amigos que fiz pela vida, muito antes de entrar na lida televisiva.
Alguns são meus gurus até hoje, como Ledio Carmona, Marcelo Barreto, Mario Jorge Guimarães.

Jornalistas que eu via ou lia com admiração e respeito e jamais poderia imaginar que um dia seriam meus colegas de trabalho.

Narradores que eu assistia como fã, como Jota Júnior, Milton Leite, Luiz Carlos Jr., João Guilherme Carvalho, meu parceiro nas primeiras viagens que fiz pelo canal, assim como outro grande dessa arte e companheiro de muitas viagens pelo País, Sérgio Maurício.  Hoje posso dizer que são meus amigos, acima de tudo.

Os inúmeros colegas que não aparecem na telinha mas que são a alma da telinha, nos ensinam diariamente os truques dessa caixa mágica e sedutora, em especial  Alfredo Descragnolle Taunay.

Parei para refletir em tudo isso, quando mais um ano termina.

O que mais me faz falta são os conselhos, a crítica e a avaliação precisa de meu pai. Durante dez desses 12 anos ele sempre foi meu maior crítico e ao mesmo tempo um dos maiores incentivadores.

Que puta saudade, meu papai Luiz Noriega!. A força vem sermpre de minha família, minha mãe dona Ângela, minha vovó Olinda,minhas irmãs Ferdi Mauricio Noriega e Renata Noriega De Thomaz e minha maior parceira, Isabel Urrutia e meus tesouros Clara Noriega e Rafael. E a alegria dos inúmeros primos e tios espalhados pelo mundo.

12 anos é muito tempo! Provocam reflexões!

Mas quando se faz o que se gosta, muitos outros devem vir.

Um comentário:

Helton disse...

Parabéns Noriega,

Que esta sua caminhada no jornalismo dure por muitos e muitos anos.
Sou admirador do seu trabalho de longa data e tenho a certeza que seu pai, do céu, tem muito orgulho de você.
Tenha um Feliz Natal e ótimo 2015 pra você e sua família.

Abraços