De volta aos pitacos,
e ao Rio, Sul, Minas
Depois de quase um mês voltei a comentar um jogo do Brasileirão. Desde a final da Copa do Brasil que não comentava no estádio. Sempre é muito melhor para ver o jogo e o trabalho tático. Comentei a vitória convincente do São Paulo sobre o Sport, no gelado Morumbi.
Partida em que brilhou o goleiro Magrão, do Sport. Não fosse ele, e o Leão teria sido goleado. Fez grandes defesas, com agilidade, reflexo e colocação. O zagueiro tricolor Rafael Tolói também se destacou, com uma atuação de fibra e muito tempo de bola.
Taticamente, foi um duelo em que o Sport tentou marcar, e o São Paulo buscou jogar. O melhor momento pernambucano foi quando Vágner Mancini recuou Tobi para jogar como terceiro zagueiro pela direita. A equipe marcou melhor e conseguiu afastar o São Paulo de sua área. Mas quando colocou Edcarlos e reposicionou Tobi no meio, Mancini não conseguiu repetir o desempenho de marcação, e foi sufocado pelo São Paulo.
Arbitragem, como quase sempre, teve erros e acertos. Anulou um gol legítimo do São Paulo. Ou melhor, interrompeu uma jogada legítima, apontando impedimento inexistente. Mas também acertou no lance do gol, quando Cícero vinha em condição legal antes da finalização de Ademílson. Que, aliás, é um atacante esperto e que sabe se posicionar.
William José foi mal e sentiu as críticas da torcida são-paulina. Claramente perdeu confiança e deixou de arriscar lances individuais até ser substituído.
No Sport, acho que Hugo será titular em breve. É mais técnico e mais objetivo que Williams, que corre muito, mas conclui pouco as jogadas. Gilberto precisa de um atacante de velocidade ao seu lado para render mais.
O São Paulo deve brigar por uma vaga no G-4. Embora ainda precise de mais desempenho de seu meio-campo, em especial de Jádson, que é muito irregular. Maicon parece produzir melhor jogando recuado, já que é um pouco lento e, como meia, a marcação tem mais facilidade para segurá-lo. Como uma espécie de segundo volante, ele, que tem bom passe, pode produzir mais jogando de frente para o gol adversário a maior parte do tempo.
Sobre o torneio em geral, por enquanto é um grande Rio, Sul, Minas. Ou Minas, Rio, Sul, pela ordem. O desempenho dos paulistas, exceto do São Paulo é fraco. Nos casos de Santos e Palmeiras, pífio.
Atlético Mineiro, Vasco, Fluminense e Grêmio puxam a fila, mas Inter, São Paulo, Botafogo e Cruzeiro estão no páreo.
Do oitavo para o décimo colocado há uma diferença de seis pontos. Ainda é pouco para provocar uma divisão radical de propósitos e afirmar que só briga por alguma coisa quem está até o oitavo ou nono lugar. Até porque o nono colocado está apenas cinco pontos acima da zona de rebaixamento, o que representa um risco considerável.
Com 82,1% de aproveitamento, o Galo segue sendo o time mais consistente. Foi sensivelmente prejudicado pelo absurdo adiamento do jogo contra o Flamengo. Não havia justificativa para adiar o jogo e não remarcá-lo para outro estádio em território fluminense.
Vasco e Fluminense são equipes também regulares e consistentes. O Fluminense tem conseguido vitórias importantes nos minutos finais das partidas, o que sempre ajuda no aspecto psicológico.
Grêmio, Internacional, São Paulo, Botafogo e Cruzeiro não demonstram a regularidade dos três primeiros.
Os clássicos regionais no final do turno podem colocar um tempero interessante na briga entre cariocas, mineiros e gaúchos.
Entre os paulistas, um clássico em especial marcará quem viverá o maior drama no segundo turno: Santos ou Palmeiras?
Nenhum comentário:
Postar um comentário