quarta-feira, março 31, 2010

Cruzeiro e Inter:

hora de acordar


Dois brasileiros favoritos ao título da Libertadores entram em campo hoje precisando vencer para não se complicarem já na primeira fase da competição continental.

O Cruzeiro tem uma autêntica final contra o Vélez Sarsfield. Uma derrota pode ser catastrófica, já que os argentinos puxam a fila do grupo com dez pontos, três a mais que os mineiros.

Gosto de ver jogar o Cruzeiro. Tem toque de bola e velocidade, é um time que, quando inspirado, impõe seu jogo ao adversário, que é o que mais me agrada numa equipe de futebol. O problema do time do ótimo Adílson Batista é o diabo da oscilação. Dentro do jogo e na sequência de jogos. Um dia voa, noutro patina.

O Tostão escreve na coluna de hoje dele, na "Folha" que equilíbrio total entre ataque e defesa no futebol é utopia. Óbvio que não existe time perfeito, mas esse tal equilíbrio, se alcançado em pelo menos 60% do tempo de jogo quase sempre representará a vitória.

Se tiver esse equilíbrio e conseguir determinar que o jogo seja disputado ao seu sabor, com velocidade, intensidade, e no campo de defesa do Vélez, o Cruzeiro vencerá. Tem time para isso.

Já o Inter vive uma crise que, ao que tudo indica, nasce no vestiário. Esse é o pior tipo de crise para um time de futebol. Porque contamina a alma da equipe desde o primeiro momento de sua formação, a conexão entre jogadores e técnicos.

Fossatti tem um belo currículo e, obviamente, conhece futebol. Mas parece que suas palavras não revereberam no Beira-Rio. Li alguma coisa referente a problemas salariais, que o grupo é caro, tem salários altíssimos, e alguns atletas não gostam do estilo de Fossatti, que falaria muito e conversaria pouco.

De bastidores do Inter nada sei. Mas posso afirmar que, com ou sem crise, o time é melhor que o Cerro uruguaio e precisa e pode jogar muito mais do que tem jogado. Também sei que Muricy Ramalho, um sonho perene do Inter, voltou a ser nome comentado entre os capos colorados.

Tensão verde

Menos que pelo atraso de parte dos salários - situação quase crônica em times de futebol, até na rica Europa - e mais pela fragilidade emocional e técnica do elenco, o Palmeiras tem um desafio tenso contrao Paysandu, nesta noite, no Palestra Itália. A vaga na Copa do Brasil, com tensões e problemas, é praticamente uma obrigação. O Papão está na Série C e, embora seja um time de tradição, seu momento é fraco. Mesmo assim, pode espalhar o pânico no Jardim Suspenso se sair na frente.

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