sábado, junho 28, 2008

A FÚRIA OU A FRIEZA?


Espanha e Alemanha chegaram com méritos à final da Euro 2008. O toque de bola espanhol e a determinação aliada à qualidade de Ballack, Podolski e Schweinsteiger empurraram os alemães adiante.
O futebol da Espanha é mais agradável de se ver. Flui melhor. A Alemanha oscila dentro do jogo, mas é capaz de decidir uma partida em 5, 10 minutos.
Do lada da Fúria temos o brasileiro naturalizado Marcos Senna jogando muito. É uma espécie de dono do time. A bola passa sempre pelos seus pés. Iniesta jogou muito contra a Rússia, em Fabregas é craque de bola.
Viena já vive o clima do jogo. Há hordas de alemães pela cidade, muitos espanhóis e uma grande quantidade de russos que ainda ficam pela bela capital européia, mesmo com seu time eliminado.
Entre outros duelos e diferenças que estarão em campo amanhã, no enorme Enrst Happel Stadium,veremos de um lado a representação futebolística da maior potência européia. Riquíssimos, os alemães terão milhares de torcedores e de jornalistas em Viena. Não custa lembrar que o Euro é o marco alemão com uma nova cara, que virou a moeda européia. No futebol a competência alemã é mais um reflexo da capacidade de realização de um país que se reconstruiu do zero pelo menos duas vezes em menos de 100 anos.
A Espanha tende a ser mais artística, deslumbrada mesmo. O entusiasmo pela vitória sobre a Rússia se reflete no comportamento dos torcedore e dos jornalistas.
Já há um clima de fim de festa no ar. Liquidações nos preços das camisas dos times eliminados, ensaios para a cerimônia de encerramento. Mas esta Euro, ainda sem dono, ficará marcada como um ponto de partida para um novo momento do futebol. Mais ofensivo, menos pragmático, melhor de se assistir. Talvez inspirado pela beleza dos palácios de Viena.

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