quarta-feira, julho 16, 2014

Diário do Cotidiano


A Copa de 2014 é história e a vida aos poucos vai tomando seu curso normal.

Inevitável, onipresente, o cotidiano vai reassumindo controle.

Para muitos, inclusive oportunistas de plantão, o dia-a-dia da cobertura esportiva e futebolística voltará a ser assunto de segundo plano.

A Copa atrai todo tipo de gente, inclusive aquele "especialista" que de quatro em quatro anos se arvora o direito de avaliar o trabalho e o pensamento de quem analisa, informa e, também, de quem torce para o futebol do cotidiano. Que é o futebol sem o qual não existiria a festa da qual ele participa como penetra de luxo a cada quatro anos.

Tratada ainda com enorme desprezo por alguns expoentes da própria categoria, a mídia esportiva seduz pela exposição.

Mas ninguém quer viajar na econômica da Séria A e da Séria B, dos estaduais, da primeira fase da Libertadores. Na hora de avaliar com a prepotência de sempre quem trabalha no dia-a-dia e faz girar a roda, o gostoso é embarcar na executiva da Copa do Mundo e deitar falação e textos.

Meu respeito a todos os companheiros que estiveram e que não estiveram na cobertura da Copa e que ontem retomaram o trabalho na Série B, nos treinamentos, nas coletivas. Também aos colegas que mantiveram o interesse do torcedor pelos seus times abastecido com informações durante a folia copesca.

A vida e a batalha continuam.

Vamos juntos até 2018, quando a leva de especialistas quadrienais estará de volta.

 

Um comentário:

FRANCISCO disse...

É a vida, Nori.

Também não é fácil ser torcedor, antes e depois da copa.

No campeonato passado vi o meu time contratar Murici Ramalho por 750 mil mensais, vi tal treinador implantar no Santos o "elaborado" esquema tático "JOGA NO NEYMAR" e, quando o Neymar foi embora, vi o Santos, jogando que nem um bando de baratas tontas, cair para a zona de rebaixamento. Quem salvou o Peixe da segundona foi o treinador interino Claudinei de Oliveira, botando dinossauros no banco e escalando garotos como Geuvânio, Gabriel, Giva, Alan Santos, etc.

Murici Ramalho nunca fez curso de técnico ou preparador físico e não acredita em motivação. É dele a frase: Os caras jogam no Santos, recebem em dia e ainda precisam de motivação?

Também, não acredita em planejamento. Certa vez, no programa Bem Amigos, mandou a baboseira: "Não tem essa de planejamento. Se ganha, tudo bem; se perde te mandam embora".

Como é que alguém pode se meter a comandar grupo de trabalho, sem acreditar nem em planejamento nem em motivação?

E é esse indivíduo que querem na seleção brasileira.

Por falar nisso, a pergunta que serviu de base para a pesquisa do SporTV - e que teria apontado Murici Ramalho como técnico preferido dos torcedores - não poderia ser mais ambígua.

Quando se pergunta "Quem deve ser o treinador da seleção brasileira?" o que realmente se quer saber: Quem o torcedor prefere, ou quem ele acredita que será contratado pela CBF?