segunda-feira, dezembro 09, 2013

UM PAÍS DE BÁRBAROS

A tragédia de Joinville, as cenas de barbárie, tudo isso só comprova a triste tese de que somos um País violento. Muito violento.

A violência faz parte da nossa cultura e se manifesta em diversas formas.

Há um culto à violência em boa parte da juventude, no desejo de ficar forte para se mostrar forte, brigar, espancar os mais fracos e marcar território, como típico selvagem. Exercitar a mente virou banalidade.

A cultura da violência está enraizada também na cultura do dinheiro fácil, da visibilidade, do ter para mostrar aos outros e, também, do mostrar aos outros mesmo sem ter.
 

O futebol é um reflexo da sociedade em todos os seus estratos. Há décadas que a violência está instalada confortavelmente nas praças esportivas.

A violência que transforma promotores públicos oportunistas em celebridades-relâmpago e, posteriormente, em legisladores.
 

Os marginais travestidos de torcedores foram legitimados por muitos clubes, são conselheiros, diretores. Até são defendidos com veemência por mandatários.
 

Mas não é apenas em estádios de futebol. As notícias estão aí. Brigas em colégio por causa de namorados e namoradas ou por causa da roupa do colega de classe.

Jovens espancando outros jovens até a morte em casas noturnas.
 

Talvez doa a alguns ler o que vou escrever agora, mas somos um PAÍS DE BÁRBAROS. Simples e direto assim.

Sem admitir isso não poderemos trabalhar para evoluir e preparar terreno para gerações melhores que possam suceder as muitas que já estão perdidas.

Um comentário:

Wilson Hebert disse...

Perfeito!

Perceberem que a violência não é um problema do futebol, mas sim da sociedade, será um ótimo começo.

Abs!