Uefa joga duro
contra violência
As terríveis imagens da pancadaria entre russos e poloneses, antes do jogo entras as seleções pela Euro, já provocam reações duras da Uefa.
Antes de entrar no tema, registro de muitas dessas imagens foram captadas com exclusividade pelo SporTV, em mais um golaço marcado pela nossa equipe nessa cobertura nunca antes feita para a TV brasileira da Copa européia de seleções.
Não tenho conhecimento histórico suficiente para deitar teorias sobre as origens e motivos do ódio entre polacos e russos. Deixo isso para quem realmente entende dessa história e de História. É um assunto grave, importante, que merece ser analisado por quem é do ramo de fato, não por teorias de ocasião de pseudo-historiadores. O que posso dizer é que eles não se bicam. E ponto.
Cabe registar aqui que os russos protestam. Argumentam que quem começou a pancadaria em Varsóvia foram os poloneses, que agrediram russos que participavam de uma marcha, até então pacífica, celebrando o Dia da Rússia. Há imagens que corroboram essa tese circulando pelas TVs do mundo. Cabe recurso dos russos. Não duvido que, caso fique provada a iniciativa de poloneses, a federação local será multada.
O que fica claro é a diferença de postura ante problemas desse tipo por parte de dirigentes europeus e sul-americanos. A Uefa joga duro, a Conmebol amolece. A Copa Libertadores tem um histórico terrível de violações dos conceitos básicos de civilidade, com invasões, agressões, brigas. Mas a única punição que parece interessar à entidade são os dólares que arrecada com cada cartão amarelo.
Não existe uma rivalidade na América do Sul que seja tão intensa como essa de russos e polacos. Sem querer ser historiador de plantão, acho que apenas entre chilenos, bolivianos e peruanos, envolvidos em diversas guerras e invasões, exista algo que remeta a isso. Mas nada tão intenso.
Também não existe entre os dirigentes de futebol sul-americanos uma preocupação com a preservação de seu negócio como se vê por parte da Uefa. Eles sabem que quanto mais longe mantiverem os radicais que se aproveitam do futebol para espalhar seu ódio, mais forte será o retorno esportivo e econômico.
A questão da bebida também é importante. Bebe-se muito no mundo todo, e o álcool está associado ao futebol como propaganda e diversão. A cerveja é consumida em quantidade industrial nos dias de Euro, e certamente potencializa situações de confusão. Embora na maioria das vezes nada aconteça, além de uma horas de sono na calçada.
Há uma diferença cultural importante, também, no uso de transporte público, ou na ida à pé para os jogos, diminuindo o número de acidentes de trânsito.
Um comentário:
Norí,
Já que você está passando férias na Europa, comentarei para você o jogo Santos x Corinthians.
Na disputa entre a retranca do Tite e os dependentes de Neymar, venceu a retranca. E olha que o Timão botou em campo um agente duplo, Émerson, que tentou ajudar os dois lados.
Se o Corinthians teve um jogador a menos no segundo tempo (Émerson foi expulso), o Santos já entrou em campo com três inúteis: Elano, Arouca e Kardec. E pensar que no início de 2011 havia comentarista dizendo que o Santos tinha três jogadores fora de série – Elano, um deles…
Confesso que nunca vi um Coringão tão apequenado, tão covarde, nem sei se seria correto chamar esse time de Coringão, assim, no aumentativo.
Com Jorge Henrique jogando entre o zagueiro e o lateral direito, com Danilo fazendo o mesmo do outro lado do campo, sem um centro-avante de ofício, sem Willian, sem Liedson, com o Sheik de segundo volante, o time do Tite resumia a esperança de vitória a um contra-ataque, a um lance fortuito. E foi, exatamente, o que aconteceu.
Numa jogada do Paulinho (Este jogaria meu time!), Émerson, do ângulo da grande área, acerta o ângulo do goleiro Rafael! Não foi um lance fortuito?! Quantos gols, assim, o Émerson tem na carreira? É óbvio que pouquíssimos goleiros pegariam aquela bola. Talvez, Marcos, talvez Dida. A questão que levanto é: Se o goleiro do Santos soubesse se posicionar corretamente, será que o sheik teria tentado o chute? Lembro que em dois dos três amistosos que o Rafael jogou pela seleção, jogadores dos times adversários tentaram meter gol do meio do campo.
Goleiro de braço curto e mal posicionado provoca este tipo de situação. Rafael é da escola do Fábio Costa. As únicas diferenças entre Rafael e seu antecessor é que o Fábio Costa era violento e completamente sem noção quando precisava jogar com os pés.
Falei que o Santos entrou em campo com três inúteis; mas havia um quarto inútil fora do campo, no banco de reservas – o inútil mais bem pago do mundo. O inútil que “desorientou” Felipe Ânderson para jogar de ponta direita, fazendo chuveirinho, para o goleiro Cássio se divertir. O mesmo inútil que botou o Dimba em campo quando faltava um minuto para acabar o jogo. Substituição nos acréscimos da partida é recurso, para matar tempo, de treinador que está ganhando; não é “opção tática” de quem está perdendo.
Como, antes de tudo sou brasileiro, torcerei para o Corinthians na final contra o Boca, doa a quem doer; apesar de me aborrecer com a covardia do esquema do Tite. Dez atrás e zero na frente é fogo.
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