terça-feira, abril 22, 2008


O LADO ESTÚPIDO

DA RIVALIDADE

ENTRE CARTOLAS


Ultrapassou qualquer limite do ridículo e da estupidez a rivalidade movida a picuinhas entre dirigentes do Palmeiras e do São Paulo. Antes de falar sobre o tema, que fique claro: o ocorrido no vestiário dos visitantes do estádio Palestra Itália merece investigação rigorosa e punição exemplar aos responsáveis pela atitude jurássica, mas que ainda é muito mais frequente do que se imagina no futebol brasileiro.
Voltemos ao tema das picuinhas entre tricolores e alviverdes. Há uma enorme parcela de culpa do lado mais fofoqueiro e menos responsável da impresa paulista. Uma parcela que adora dar voz a personagens periféricos como Marco Aurélio Cunha e Toninho Cecílio, ávida que é, esta parcela, por uma polêmcia vazia, dada a falta de capacidade de procurar assunto relevante. Uma parcela da imprensa que usa de maneira irresponsável o termo guerra, que adora fazer jogo de palavras com declarações de um lado e de outro e, cada vez mais, se afasta do objetivo principal da função: informar e opinar com isenção e resposabilidade.
Os jovens torcedores de Palmeiras e São Paulo que não se entusiasmem muito na defesa de suas cores nesse debate de estupidez, porque não existem santos em ambos os lados dessa trincheira de imbecilidades. O passado de ambos condena. Os homens que hoje comandam os destinos dessas duas instituições ainda parecem contaminados por uma história mal resolvida dos tempos da Segunda Guerra, quando, afirmam os então palestrinos, que o São Paulo trabalhou para tentar interromper as atividades do clube, pelo nome e a ligação evidente com a pátria do regime de Mussolini, integrante das forças do Eixo. O argumento dos verdes era de que o São Paulo queria se apropriar das instalações do clube. Os tricolores negam. Isso ainda não foi digerido por ambas as partes e hoje alimenta uma rivalidade idiota, que ultrapassa os limites da disputa sadia. O Palmeiras sonha com o espaço que o São Paulo conquistou, e o São Paulo identifica no Palmeiras um rival capaz de ocupar esse espaço. Está feito o roteiro de uma ópera bufa, que escancara uma absurda arrogância de ambas as partes.
A história mostra que tanto dirigentes do Palmeiras como do São Paulo já aprontaram das boas. Havia um falecido policial civil de cargo importante, cartola do Palmeiras e dirigente de federação, que assistia aos jogos dentro de campo e desferia impropérios e ameaças contra bandeirinhas e juízes, ciente de que sua "autoridade" era sinônimo de impunidade. Em 1981, num jogo contra o Botafogo, pelo Brasileirão, o São Paulo deu acesso ao campo a boa parte de seu Conselho Deliberativo, que, no gramado do Morumbi, pressionou arbitragem e jogadores do Botafogo até conseguir a virada por 3 a 2. As imagens da TV mostram uma horda cercando o campo de jogo. O Palmeiras dos tempos de Felipão escalava seguranças como gandulas para intimidar e provocar os adversários, e um deles até brigou com Marcelinho Carioca, do Corinthians, em um clássico. Num São Paulo x Fluminense em 1986 (essa quem me confirmou foi o Muller), seguranças do São Paulo agrediram a vassouradas os jogadores do Fluminense no túnel de acesso ao vestiário do Morumbi. Não raro, nos acessos de jogadores aos vestiários de Palestra Itália e Morumbi, jogadores são ameaçados e agredidos a cusparadas, sem contar xingamentos e todo tipo de ameaças.
Ou seja, não tem santo nessa história. Como não tem santo em time algum como dirigente do futebol brasileiro. Por aqui ainda reza a lógica do falso malandro, aquele que se acha mais esperto. Que permite que torcedor entre em ônbius de jogador e viaje no mesmo avião apenas para intimidar. Que passa informação priviliegiada a torcedor sobre comportamento de atleta e autoriza certo tipo de protesto. Que paga ingresso para torcedor e dá dinheiro para não ser vaiado. Que manda pintar vestiário na véspera de jogo, coloca escorpião, corta a água quente, manda soltar rojão na porta de hotel, essas coisas que provam que existe pouca diferença entre a raça humana e os primatas. Coisa de um genezinho besta.
O que falta é punição exemplar. O que falta é discernimento para certo tipo de dirigente de futebol que se acha mais importante que a instituição que representa. O que falta é capacidade de compreender que futebol é apenas um jogo, um baita de um jogo, mas que não vale a vida e nem a morte de ninguém. O que falta é educação para receber bem o advesário. Os vestiários de visitantes nos estádios brasileiros são um acinte, uma vergonha.
Portanto, já passou da hora das pessoas de bem que militam em São Paulo e Palmeiras - e felizmente elas existem - darem um basta nessa picuinha idiota e se comportarem pelo menos à altura das tradições desses dois clubes e de dirigentes de mais estofo e categoria que os sucederam. Os excessos de hoje precisam ser punidos para que os do passado sejam, finalmente, esquecidos, e não voltemos a falar desse tema no futuro.


PONTE X PALMEIRAS

Na bola, dentro de campo, não há o que contestar nas classificações de Ponte Preta e Palmeiras para a final do Paulistão. Foram os times que jogaram de maneiras mais consistente, atraente e agradável. Vi de perto as duas semifinais. Sábado, em Guaratinguetá, vi o melhor jogo do campeonato. O Guará poderia ter goleado, mas esbarrou na atuação magistral de Aranha e na garra contagiante da Ponte. Só mesmo quem não viu um jogo do time campineiro pode ter utilizado a estúpida expressão "cavalo paraguaio". Jamais usei e jamais usarei essa expressão porque acho ridícula e desrespeitosa com o povo paraguaio, a quem o Brasil já desrespeitou demais na história. A Ponte jogou futebol de finalista durante todo o campeonato, e tem um treinador sério, correto e promissor. O primeiro jogo da decisão precisa ser disputado em Campinas, por mérito da Ponte e, também, para corrigir injustiças históricas dos anos em que o clube chegou e não pode jogar em seu estádio.
O Palmeiras dos jogadores também fez tudo certo contra o São Paulo. Hoje tem mais repertório, é mais ousado e equilibrado que o rival. Para um time da categoria do São Paulo, chuveirinho para o Adriano é pouco, muito pouco. Ainda assim, o time deu muito trabalho a Marcos, novamente em grande fase. Hernanes tem jogado muito futebol. Valdívia faz a diferença e é marrento demais. E a zaga palmeirense soube marcar Adriano - que aceitou a marcação - com precisão, numa atuação reabilitadora de Gustavo e brilhante de Henrique. Rogério papou um frango, o que faz parte da vida de grande goleiro. Atualmente há mais peças no Palmeiras para mudar um jogo do que no banco do São Paulo. O Palmeiras fez mau uso do direito de jogar em seu estádio e deve perdê-lo para a decisão. Afinal, não importa quem fez, a responsabilidade é sempre do mandante, que precisa impedir que isso seja feito.
Para a decisão vejo muito equilíbrio. O maior dilema da Ponte é que jogará em casa muito desfalcada, provavelmente sem Elias e sem Renato, César e Eduardo Arroz. Ainda assim é um time forte, de incrível personalidade, que conquistou o direito de acreditar em seu sonho. Assim como fiz antes das semifinais, sigo avaliando que há 60% de chances para o Palmeiras e 40% para a Ponte, pela vantagem que o regulamento dá ao alviverde.

BOTAFOGO NISSO; INTER NAQUILO; FINAL EM MINAS

Como sempre digo, pode bater na trave, mas uma hora entra. O Botafogo conquistou mais um título da Taça Rio e vai mais forte para a decisão contra o Flamengo. Não consigo ver os jogos do Carioca porque coincidem com o trabalho nas partidas do Paulista. Também vejo pouco do Sul e de Minas. É uma alegria ver o futebol do Alex, no Colorado. Joga muita bola. E o Juventude mostra que vem com tudo também para a disputa da Série B. E tenho o sonho de, um dia, poder ver de perto um Cruzeiro x Atlético no Mineirão. Taí, pelo menos para mim, a maior rivalidade do Brasil. Mas que seja sadia e não idiota como a do Majestoso paulista.

18 comentários:

Marcelo Laguna disse...

Cabeça, tô reproduzindo parte deste seu brilhante texto lá no meu blog. Assino embaixo, amigo.
Abração

Anônimo disse...

Fala, Nori!
É verdade. É tão pequeno, tão ínfimo o que fazem os tais cartolas, que chega-se a pensar qual o sentido de empresas sérias se darem ao trabalho de patrocinar times com essa mentalidade (ou que permitem que essa mentalidade tenha espaço). Eu nao colocaria um tostão num time brasileiro hoje.
É incrível como a luz SEMPRE acaba logo após um gol do dono da casa. E como sempre os jogadores, comissão, cartolas, fazem cara de besta.
Uma pergunta: por que os times nao levam câmeras para filmar os vestiários, os tais escorpiões, a falta de água? Por que simplesmente aceitam os fatos e nao fazem estardalhaço? Para mim, claro, porque todos têm o "rabo preso". Impera a lei do velho oeste: olho por olho, dente por dente.
Quanto ao jogo, incontestável o que está jogando o Palmeiras. Merecida a classificação. Mas como o Valdívia é chato. Tem tudo para ser um cracaço de bola, mas se preocupa tanto em provocar e se atirar no chão, aparecer, ganhar holofotes, que acaba por ser questionado se é realmente tão importante assim num jogo. Sou mais os jogadores aplicados taticamente e, de preferencia, mudos. Esses, sim, ganham partidas.
Grande abraço,
Joao Luis Amaral

Rubão disse...

tb fecho contigo. mas acho que está na hora do SPFC aprender a reconhecer uma derrota. Sempre culpam alguém. Desmontam o time, erram nas contratações, apostam apenas em Adriano, mas precisam culpar o fator externo. e agora falam em "cancelar" a partida.

quero ver só essa.

Anônimo disse...

oi noriega.

sou socio do palmeiras e torcedor apaixonado. frequento as alamedas do clube e ouço as historias da segunda guerra, da arrancada heroica, etc etc etc. tenho uma familia muito bonita, meus pais sao vivos e em minha vida tem bastante amor. gracas a muito trabalho tenho quase tudo o que quero. nao sou do tipo que usa o futebol para canalizar frustracao nenhuma.

cara, vou te falar uma coisa: a educacao que eu recebi de meus pais é exatamente a mesma que voce, para ter escrito um texto desses, deve ter recebido do velho luis, a quem assistia as narracoes e comentarios na cultura no fim da decada de 70 e começo de 80. ele esta orgulhoso de voce. parabens pela lucidez.

mas a situacao chegou num ponto sem volta. sao dois clubes em "guerra". e quem afrouxar para o outro lado, perde. eu nao sei que tipo de analogia pode ser feita. talvez o codigo de conduta dos personagens do filme "hooligans", onde combater o inimigo é questao de manter a honra perante seus pares. ou talvez ja tenha extrapolado as raias da razao, e o odio de parte a parte ja possa ser comparado, guardadas as proporcoes, ao conflito religioso entre judeus e muculmanos. que ninguem de fora ouse tomar partido, as razoes disso vem do fundo da alma e nao tem explicacao logica - taí o tal gene que voce citou..

noriega, como se trata de uma "guerra", todas as armas estao sendo usadas. nao ha codigo de etica. salve-se quem puder. quem perde? o futebol. claro.

seja quem for o responsavel pelo episodio do gas, é apenas mais um episodio. eu nao vejo muita saida nao, a nao ser averiguacao rigorosa dos fatos e punicao exemplar. e tera sido apenas mais um capitulo.

no sentido de encerrar as animosidades de parte a parte, qualquer discurso infelizmente será apenas um punhado de palavras ao vento. é dar murro em ponta de faca, infelizmente. meu lado pai de familia se solidariza com voce.

o que a gente gosta mesmo é de futebol. de bola rolando. mas quando o assunto é palmeiras x sao paulo, nao da.

o inimigo me parece tao imerecedor de confiança, tão incapaz de cumprir sua parte num eventual trato, que minha disposicao para tal se esvai. por isso, meu lado palmeirense ja me chama de volta à "guerra". nao daremos tregua ao spfc jamais. infelizmente isso eu nao posso e nao vou fazer.

um abraço

e me perdoe pelo anonimato

luis augusto simon disse...

PUNIçÃO, MAURÍCIO???? Deixa de sonhar. O Palmeiras foi premiado e vai fazer a final em casa. Esse futebol brasileiro me dá nojo.

Unknown disse...

Menon, vc já viu time grande ser punido? Quantas eles já aprontaram por aí? Palmeiras, São Paulo, Corinthians, todos eles. Sobra sempre pra clube pequeno. O que houve depois da barbárie em Corinthians x River? Um estádio foi punido. O que houve após a invasão de campo depois de São Paulo x Estudiantes numa dessas últimas Libertadores? Nada. O que houve quando jogaram uma garrafa no bandeirinha num Palmeiras x Boca? Nada. Não tem santo e um protege o outro, é tudo farinha do mesmo saco.

Guilherme disse...

O triste é que o futebol acaba sendo um escape para os ignorantes assim dizendo. Tanto torcedor que se junta pra brigar, quanto dirigente de clube, essas coisas.

E um dos problemas, são torcedores insensatos que apoiam esses dirigentes que querem os holofotes. No dia que o Marco Aurélio, o Toninho, Eurico Miranda e outros, pararem de receber apoio do torcedor, que acha que esses dirigentes estão defendendo o clube... acho que é seria um passo.

Renato Molitsas disse...

Olá Nori...Novamente vc está correto em todo seu comentário, todos são farinha do mesmo saco, mas em se tratando somente deste fato do estranho gás, tenho que lembrar que o Parque Antártica já abrigou jogos muito mais importantes em sua história, do que uma semi-final de campeonato paulista, tais como, final do Paulista de 74, final da Libertadores 99, semi-final da Libertadores 2000, sendo que no jogo de ida em Buenos Aires fomos "roubados" pelo juiz que agora não me lembro o nome, e nunca houve nem um tipo de problema causado pelos dirigentes do Palmeiras...Agora, o clube que mais tem conseguido a antipatia de todos é o São Paulo, pois nunca quer jogar na Vila Belmiro, nunca quer jogar no Canindé, nunca quer jogar no Parque Antartica, certa vez esburacou o próprio gramado para prejudicar o jogo do Corinthians, isso sem falar no episódio da pilha no Parque Antartica,( quem pode me garantir então, que não foi tudo de caso pensado ), por todos estes antescedentes, creio que quem deve ser realmente investigado não é o Palmeiras não...
Abraço,
Renato Molitsas

Anônimo disse...

Nori, não tenho o que tirar nem pôr no teu texto! Simplesmente perfeito!!! Mas o "Anônimo" e o "Renato" aí em cima parecem não concordar muito com ele... é uma pena...

Alexandre Giesbrecht disse...

O fogo é que sempre há quem queira pagar de santo. As torcidas compram essa. Palmeirenses reclamam de coisas que supostamente (ou não) aconteceram há 60 anos. São-paulinos ainda não chegam a tanto, mas vão dando cada vez munição para as reclamações de daqui a 60 anos. Já nem importa mais quem colocou o gás lá.Se foi o São Paulo, é lamentável que o time coloque uma punição ao adversário à frente da vitória, porque o ocorrido não aumentou em nada as chances do time no jogo, e recuso-me a acreditar que alguém realmente acredite em possibilidade de anulação do jogo, ainda que ficasse comprovada a participação da diretoria do Palmeiras, no que também não acredito. Não acredito ainda na participação da diretoria do São Paulo, não por confiar nela (não confio), mas porque se havia a tal bomba ou sei-lá-o-quê dentro de vestiário ela teria de sair por algum lugar e certamente deixaria vestígios, seja pelos dutos ou pela porta mesmo.

Situação bem trash. Alimentada pelas duas diretorias. Depois reclamam de violência das torcidas.

Robert Alvarez Fernández disse...

Nori, realmente seu texto relata fatos que nos mostram que o futebol, assim como o esporte em geral, tem ainda um longo percurso para sua profissionalização. Tive o desprazer de ouvir uma discussão no rádio entre os dirigentes em questão do Palmeiras e do São Paulo....lamentável.

Lugar de quem vê o futebol com paixão e seus exageros é na arquibancada. Dirigentes que precisam fazer média com a torcida com suas provocações de botequim devem tentar compensar com isso alguma deficiência de seu trabalho.

Enfim...há bem pouco a acrescentar no seu texto; cumprimento-lhe, no entanto, pelo seu espírito crítico em relação a certos setores da imprensa esportiva, que bom que há gente séria que não apela para o corporativismo convicto, lhe agradeço pelo parecer responsável (convicção e responsabilidade no contexto da ética, apenas para esclarecer). Como disse o colega anônimo, fica bem claro que o Seo Noriega lhe deu um belo exemplo profissional que você segue na isenção, qualidade e coerência, quem ganha com isso somos nós e a BOA imprensa esportiva que SIM existe e resiste.

Anônimo disse...

O que Cléber Machado tem contra Valdivia? A perseguição está cada vez mais clara. No Arena Cléber sempre pergunta? Valdivia decide? E quando o interlocutor responde que sim, logo em seguida repete a pergunta, fica parecendo que ele quer que o cara responda que não, quando a conversa se prolonga, a pergunta muda: Valdivia é craque? Quando alguém responde que sim, surgem comparações extemporanêas, como o Zico era craque, o Pelé era craque, o que é obvio, surge para diminuir Valdivia, convenhamos, ninguém é ou será craque se tormarmos tais jogadores por parâmetro. Mas nesta terça, cléber Machado se superou, disse, "não devemos discutir estes assuntos extra-campos (suposições a respeito do gás)devemos discutir se Valdivia provocou ou não? Valdivia provocou? Como? Cléber Machado nada disse sobre Adriano, que no primeiro jogo, após marcar o segundo gol, colocou a mão no ouvido, cléber Machado não perguntou se Adriano provocou. Em tempo se Cléber Machado não perseguisse tanto Valdivia, discutiria se Rogério ceni deve ou não pegar 120 dias, pois quando o chileno teve aquele ato contra o Vasco( muito menos grave) o Arena do dia seguinte ficou meia hora discutindo qual deveria ser a punição de Valdivia, agora que Valdiviá foi duplamente agredido (por André dias e por Rogerio Ceni), o Arena além de não discutir a DEVIDA PUNIÇÃO, vem o senhor Cléber Machado perguntar se Valdivia provoca ou não. É lamentável que Cléber não reconheça o talento de Valdivia e se omita quando o chileno é agredido, só espero que não seja xenofobia, mas que há perseguição é evidente.

Anônimo disse...

Nori, voce que acompanha o futebol paulista, conhece o lateral Ricardo Lopes do Sertaosinho?è bom jogador? O internacional contratou!

Unknown disse...

Sobre o Ricardo Lopes, é lateral-direito, jogou na Portuguesa, Ituano, Sertãozinho, bate bem faltas mas não considero um bom marcador. Como ala rende mais.

Guilherme Schettini disse...

Nori, gostaria de entender o que você quis dizer com: "O Palmeiras sonha com o espaço que o São Paulo conquistou, e o São Paulo identifica no Palmeiras um rival capaz de ocupar esse espaço".

Pediria também que tecesse um comentário mais esclarecedor a respeito do fragmento: "Havia um falecido policial civil de cargo importante, cartola do Palmeiras e dirigente de federação, que assistia aos jogos dentro de campo e desferia impropérios e ameaças contra bandeirinhas e juízes, ciente de que sua "autoridade" era sinônimo de impunidade ".

Cheguei a pensar em fazer jornalismo(estou cursando o terceiro ano colegial) e, assim como você, mas sem o mesmo brilho, me especializar na área esportiva. É evidente que pessoas do meio jornalístico têm acesso a uma série de informações que não são transmitidas ao público, por uma série de motivos. E também, não sejamos hipócritas, todo jornalista um dia foi torcedor apaixonado, e como tal, acreditava, como todos, ser seu clube o mais glorioso e correto. Essa transição(torcedor-jornalista), à medida que leva ao conhecimento de fatos(leia-se podres)antes inimagináveis na mente de um torcedor, é um fator que leva a desilusão e a consequente diminuição do afeto e amor pelo clube, ou o descobrimento de situações outrora descabidas em nada interfere na paixão clubística? Peço, por gentileza, que esclareça essa dúvida com base na sua experiência pessoal, sem, evidentemente, revelar o time pelo qual torce ou torcia.

Abraços!

Renato Molitsas disse...

Ao contrário do que disse o colega
Serginho Laurindo, eu concordo com o Noriega sim, é que as vezes o coração de torcedor fala mais alto,inclusive me identifico sempre com os comentários do Noriega, e é por isso que de uns tempos pra cá, venho sempre participando com minhas mensagens...
Abs,
Renato Molitsas

Unknown disse...

Prezado Guilherme, sobre a primeira frase, vamos lá. O Palmeiras quer conquistar os títulos que o São Paulo já conquistou e ser reconhecido como um time de boa estrutura. E o São Paulo identifica no Palmeiras um time capaz de fazê-lo.
Sobre a pessoa em questão, não revelo nomes, mas ela fazia exatamente isso que eu relato, pressionava de dentro do campo, num local onde não deveria estar.
Sobre torcida, é tudo muito simples e se resume a uma palavra: profissionalismo. Se o jornalista cobre política, você vai exigir que ele não vote em nenhum candidato ou partido? Claro que não. Basta que ele seja isento em seu trabalho.
Abs

Anônimo disse...

Muito bem, Renato! Nem todos nós conseguimos fazer como o Noriega e tapar os olhos à paixão clubística... abraço!