Por enquanto o Cruzeiro está sobrando no Brasileirão.
A não ser que algumas equipes ganhem reforços consideráveis após a Copa, se não perder ninguém, a
Raposa tem tudo para se manter como a grande favorita.
Ainda é cedo, dirão. Claro que é, mas a diferença técnica do elenco cruzeirense para os demais é muito grande.
Internacional e Fluminense, também por enquanto, aparecem como prováveis adversários diretos do Cruzeiro nessa disputa.
O Goiás é uma rara boa nova em um futebol carrancudo. Resta saber se o elenco sustentará a boa arrancada após a Copa.
A questão é que tanto Colorado como Tricolor das Laranjeiras ainda oscilam muito e não contam com a uniformidade técnica do Cruzeiro. Pelo menos é o que penso.
Mas o que seria essa tal uniformidade técnica?
Traduzindo em boleirês, no time do Cruzeiro não tem grosso. Claro que com variações de capacidade técnica, uns mais outro menos, mas todos os jogadores do Cruzeiro têm, no mínimo, bom nível técnico. O time sabe sair jogando, não investe no chutão de goleiros e zagueiros e na correria desenfreada. Tem boas opções no banco que estão, se não no mesmo nível, num patamar próximo dos titulares, ao ponto de não deixa-los acomodados e de não fazer despencar o desempenho do time quando entram.
Inter e Flu ainda não atingiram esse patamar. O Flu tem uma chegada muito forte na frente, com Vágner, Conca, Fred, Sóbis, Walter, e ainda bons valores revelados na base. Mas do meio para trás ainda não tem a consistência necessária. A dupla de volantes, quando tem Diguinho e Jean, é boa, mas não fantástica. Por isso o time deixa alguns espaços e expõe a defesa, pelos lados do campo.
O Inter vive o dilema da eterna promessa. Tem um time forte, claro, mas ainda não encontrou o equilíbrio para ser consistente no conjunto. Oscila demais dentro da partida.
Os outros 17 times poderia dividir em dois grupos. Há uma massa de equipes que são absolutamente parelhas tecnicamente, com pontos fortes e fracos, mas com predominância de defeitos.
Além de alguns times esforçados e nada mais que isso, que precisarão de muita luta para continuar na Série A em 2015.
Os quatro paulistas, por exemplo, estão nesse bolo dos parelhos. Para formar um bom time em São São Paulo talvez fosse necessário fundir os quatro. Porque um por um o que mostraram até agora foi pouco animador. Sem falar nos bancos. Times com orçamentos milionários como os quatro bandeirantes deveriam se envergonhar de ter bancos de reservas tão fracos.
O Palmeiras é mais esforço, entrega, embora tenha boa capacidade ofensiva quando está completo. Mas marca mal e deixa espaços inacreditáveis, pois joga com improvisações débeis na lateral direita e na quarta-zaga. Sem Valdívia é um time que não pensa.
O São Paulo alterna momentos de empolgação com outros de pura depressão futebolística. Tem problemas muito parecidos com o do Palmeiras na lateral direita e na zaga, e o meio carece de combatividade. Ganso e pato são bipolares. Uma no cravo e várias na ferradura.
O Corinthians alterna momentos de enfado com bons jogos como o diante do Sport. A solidez defensiva se perdeu. Guerrero tem sobrado como o principal jogador do time, enquanto os outros vivem na gangorra. Um dia bem, outro mal. Tipo Romarinho.
O Santos despencou após a derrota na final do Paulistão. Os garotos chamados de tesouros estão jogando mais para bijuteria. Principalmente Geuvânio, a quem o peso da fama precoce e a ganância dos empresários parecem ter prejudicado sobremaneira.
No Rio o Flu sobre porque Flamengo e Botafogo mostraram equipes muito fracas para suas histórias. Precisam de reforço - e muito - para o pós-Copa. Não se pode aceitar que equipes desse quilate cheguem com elencos tão limitados para o maior torneio do País.
O Grêmio está naquele bololô de pontos fortes e fracos, de jogos bons e ruins. A luta e a entrega de sempre, mas falta qualidade à altura da camisa. O conceito de imortalidade e a força como mandante seguem sendo as grandes armas.
O Galo parece estar ainda sofrendo dos efeitos da derrota no Marrocos. No papel tem tudo para entrar na briga com Cruzeiro, Flu e Inter, mas o que está no papel ainda não entrou em campo.
O trio catarinense sofre com a falta de recursos quando comparados aos poderosos de outras praças. São equipes apenas esforçadas, nada mais que isso. Precisarão transformar seus estádios em arapucas para somar o quanto puderem de pontos em casa para tentar permanecer.
O Coritiba nem de longe lembra o time que foi a duas finais de Copa do Brasil. Hoje o Atlético está muito mais forte.
A dupla baiana parece que, mais uma vez, trabalhará com dificuldades pela sobrevivência na elite. Assim como o Sport.
Resta saber o que acontecerá depois do Mundial.
Tecnicamente o campeonato foi medíocre até agora.
Que tenhamos uma grande Copa futebolisticamente, para inspirar a volta de um Brasileirão renovado.
A não ser que algumas equipes ganhem reforços consideráveis após a Copa, se não perder ninguém, a
Raposa tem tudo para se manter como a grande favorita.
Ainda é cedo, dirão. Claro que é, mas a diferença técnica do elenco cruzeirense para os demais é muito grande.
Internacional e Fluminense, também por enquanto, aparecem como prováveis adversários diretos do Cruzeiro nessa disputa.
O Goiás é uma rara boa nova em um futebol carrancudo. Resta saber se o elenco sustentará a boa arrancada após a Copa.
A questão é que tanto Colorado como Tricolor das Laranjeiras ainda oscilam muito e não contam com a uniformidade técnica do Cruzeiro. Pelo menos é o que penso.
Mas o que seria essa tal uniformidade técnica?
Traduzindo em boleirês, no time do Cruzeiro não tem grosso. Claro que com variações de capacidade técnica, uns mais outro menos, mas todos os jogadores do Cruzeiro têm, no mínimo, bom nível técnico. O time sabe sair jogando, não investe no chutão de goleiros e zagueiros e na correria desenfreada. Tem boas opções no banco que estão, se não no mesmo nível, num patamar próximo dos titulares, ao ponto de não deixa-los acomodados e de não fazer despencar o desempenho do time quando entram.
Inter e Flu ainda não atingiram esse patamar. O Flu tem uma chegada muito forte na frente, com Vágner, Conca, Fred, Sóbis, Walter, e ainda bons valores revelados na base. Mas do meio para trás ainda não tem a consistência necessária. A dupla de volantes, quando tem Diguinho e Jean, é boa, mas não fantástica. Por isso o time deixa alguns espaços e expõe a defesa, pelos lados do campo.
O Inter vive o dilema da eterna promessa. Tem um time forte, claro, mas ainda não encontrou o equilíbrio para ser consistente no conjunto. Oscila demais dentro da partida.
Os outros 17 times poderia dividir em dois grupos. Há uma massa de equipes que são absolutamente parelhas tecnicamente, com pontos fortes e fracos, mas com predominância de defeitos.
Além de alguns times esforçados e nada mais que isso, que precisarão de muita luta para continuar na Série A em 2015.
Os quatro paulistas, por exemplo, estão nesse bolo dos parelhos. Para formar um bom time em São São Paulo talvez fosse necessário fundir os quatro. Porque um por um o que mostraram até agora foi pouco animador. Sem falar nos bancos. Times com orçamentos milionários como os quatro bandeirantes deveriam se envergonhar de ter bancos de reservas tão fracos.
O Palmeiras é mais esforço, entrega, embora tenha boa capacidade ofensiva quando está completo. Mas marca mal e deixa espaços inacreditáveis, pois joga com improvisações débeis na lateral direita e na quarta-zaga. Sem Valdívia é um time que não pensa.
O São Paulo alterna momentos de empolgação com outros de pura depressão futebolística. Tem problemas muito parecidos com o do Palmeiras na lateral direita e na zaga, e o meio carece de combatividade. Ganso e pato são bipolares. Uma no cravo e várias na ferradura.
O Corinthians alterna momentos de enfado com bons jogos como o diante do Sport. A solidez defensiva se perdeu. Guerrero tem sobrado como o principal jogador do time, enquanto os outros vivem na gangorra. Um dia bem, outro mal. Tipo Romarinho.
O Santos despencou após a derrota na final do Paulistão. Os garotos chamados de tesouros estão jogando mais para bijuteria. Principalmente Geuvânio, a quem o peso da fama precoce e a ganância dos empresários parecem ter prejudicado sobremaneira.
No Rio o Flu sobre porque Flamengo e Botafogo mostraram equipes muito fracas para suas histórias. Precisam de reforço - e muito - para o pós-Copa. Não se pode aceitar que equipes desse quilate cheguem com elencos tão limitados para o maior torneio do País.
O Grêmio está naquele bololô de pontos fortes e fracos, de jogos bons e ruins. A luta e a entrega de sempre, mas falta qualidade à altura da camisa. O conceito de imortalidade e a força como mandante seguem sendo as grandes armas.
O Galo parece estar ainda sofrendo dos efeitos da derrota no Marrocos. No papel tem tudo para entrar na briga com Cruzeiro, Flu e Inter, mas o que está no papel ainda não entrou em campo.
O trio catarinense sofre com a falta de recursos quando comparados aos poderosos de outras praças. São equipes apenas esforçadas, nada mais que isso. Precisarão transformar seus estádios em arapucas para somar o quanto puderem de pontos em casa para tentar permanecer.
O Coritiba nem de longe lembra o time que foi a duas finais de Copa do Brasil. Hoje o Atlético está muito mais forte.
A dupla baiana parece que, mais uma vez, trabalhará com dificuldades pela sobrevivência na elite. Assim como o Sport.
Resta saber o que acontecerá depois do Mundial.
Tecnicamente o campeonato foi medíocre até agora.
Que tenhamos uma grande Copa futebolisticamente, para inspirar a volta de um Brasileirão renovado.
Um comentário:
Voce é o melhor comentarista do Brasil, disparado. Sou muito se fã...
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