segunda-feira, abril 23, 2012


Campinas, Rio, Minas, Sul...













Impossível não lembrar dessa foto aí acima no dia de ontem. Remete aos tempos em que a revista Placar vivia tempos realmente relevantes, e o futebol de Campinas estava no seu auge. Os anos 1970, especificamente.

As classificações de Guarani e Ponte para a semifinal do Paulistão foram irretocáveis, merecidas, incontestáveis. E remetem a esse tempo em que ganhar de Bugre e Macaca na Cidade das Andorinhas era praticamente impossível.

Havia constelações jogando no Brinco e no Moisés. Zenon, Careca, Zé Carlos e Renato de um lado. Oscar, Polozzi, Carlos e Odirlei de outro. A Placar sabiamente uniu aqueles craques com a cidade de Campinas ao fundo e escalou uma equipe que certamente formaria um esquadrão.

Num campeonato marcado por arbitragens de quinta categoria, um regulamento estúpido e jogos previsíveis, Ponte e Guarani garantiram a dose de surpresa necessária para espantar a mesmice. Um dos jogos decisivos será em Campinas, e é bom Santos e São Paulo não bobearem contra quem passar do histórico dérbi da próxima semana.


Alvinegros no Rio


Desde a temporada passada que o Vasco vem jogando o futebol mais consistente e agradável entre os grandes do Rio. Tem seus altos e baixos, mas quando está completo é um time muito interessante.

O Botafogo pode não ser brilhante, mas também tem um jeito de jogar, atletas de bom nível, repôs jogadores com características parecidas às daqueles que lá estavam. Farão uma bela final de Taça Guanabara e certamente torcerão para que o Flu se desgaste muito na Libertadores.

Gre-Nal fora de hora


Era para ser a final do Gauchão, mas será apenas da Taça Farroupilha. O Caxias se meteu entre os grandes gaúchos e atrapalhou a vida de ambos. Luxemburgo tenta se recuperar no Grêmio, enquanto o Inter tem a Libertadores no meio do caminho. Mas Gre-Nal sempre vale a pena e traz consequências. As feridas costumam demorar a cicatrizar.

Minas ferve


Cabeças quentes de sobra nas semifinais em Minas. Bate-boca entre jogadores do Coelho e da Raposa, dedo em riste entre jogadores do Tupi contra o Galo. Muita coisa ainda vai acontecer, sô! Espero que com mais calma. Mas ainda acho que vai dar Cruzeiro x Atlético na despedida das finais em Sete Lagoas.

E na Boa Terra a dupla Ba-Vi se deu mal na primeira perna das semifinais. Mas tem tudo para virar o jogo e decidir um torneio marcado por uma tempestade de gols. Porque a energia da Boa Terra merece.

E o que é melhor de tudo: o Brasileirão se aproxima.

2 comentários:

Silvio_Siergo disse...

Interessante o que aconteceu em São Paulo. Todo ano os mesmos clubes disputando o título, desanima qualquer um. Sou atleticano, mas na boa, queria ver o Tupi e o América na final esse ano, pois a "mesmice" de sempre, com GALO x Raposa, está matando os clubes do interior de MG. O triunfo das equipes de Campinas sobre as da capital, pode dar um novo alento aos clubes de interior no Brasil afora, apesar da realidade desses clubes ser bem diferente de Ponte Preta e Guarani. Uma realidade bem mais difícil...

Marcos Macaco disse...

Nori, vc é um comentarista que se preocupa em estudar o futebol e tecer comentários com responsabilidade, este é um diferencial que me faz respeitá-lo e considerá-lo um dos melhores comentaristas. Será que cotas mais justas não tirariam a mesmice do futebol?, pois Campinas ainda é relativamente um oásis do interior do Brasil pela devoção e amor de seus teimosos torcedores que ainda alimentam a tradição destes dois centenários clubes. Eu como pontepretano sinto-me muito orgulhoso de nossos feitos, sinto-me orgulhoso....pasme...até do feito do nosso co-irmão Guarani e peço-lhe que aumente o coro dos injustiçados, por uma cota pelo menos intermediária para os time considerados intermediários para os proximos anos. Saudações de um orgulhoso pontepretano que derrotou muito mais do que somente o Corintians ontém !!!