sexta-feira, fevereiro 06, 2009


O livro do Menon não

é para ser lido apenas

pelos corinthianos


Vá lá que o fato de o Menon, vulgo Luís Augusto Simon, ser um dos meus melhores amigos interfira na análise. Mas a gente precisa ser isento, o que é diferente de ser imparcial. E sendo isento, recomendo a leitura do primeiro livro do Menon, A Saga Corintiana. Não apenas para corintianos que são, claro, o público-alvo.

Há várias maneiras de se encarar o livro. Como lembrança da passagem do Timão pela Série B, como arquivo histórico, como diversão, entre outras. Eu acho que a melhor maneira de encará-lo é como uma autêntica aula de como se contar histórias em linguagem jornalística de alto nível.

Sem querer ser pedante, acadêmico ou mesmo professoral, o Menon sabe como poucos resumir o que foi um jogo, dada sua enorme capacidade de ver um jogo de futebol. Também tem um raro senso de localização de personagens. Isso feito, resume precisamente o que foram aqueles dias para uma das maiores torcidas do Brasil.

O livro do Menon derruba uma tese das mais absurdas que circula pelas arquibancadas e redações, de que é preciso torcer para um time para falar sobre ele. Porque este A Saga Corintiana captura a alma do time da Fiel com tanta ou mais sensibilidade do que um corintiano o faria.

Um comentário:

Alexandre Giesbrecht disse...

Não sou corintiano. Tenho o livro, mas ele não se restringiu a um mero lugar na estante: eu li o livro. E com prazer. É fácil para um autor se perder ao contar a história de um campeonato. Não é o que acontece nesse livro, que flui muito bem, sem perder detalhes. Recomendo!