sábado, setembro 30, 2006

A FOGUEIRA DAS VAIDADES


Não tem nada mais chato hoje no futebol brasileiro do que picuinhas de técnicos e jogadores. Aquela coisa de ficarem mandando recado através da mídia, um cutucando o outro. E a mídia, bobinha, cai nessa, e fica dando espaço nobre a questões menores.
Na próxima semana jogam Corinthians e Santos, um clássico de hierarquia, história e que mesmo que não resolvesse nada para os dois times (mas resolve e vale muito) já mereceria ser tratado com seriedade, busca pela informação e a devida importância do fato.
Mas o que vemos? O tema adotado é a enfadonha inimizade entre os treinadores Leão e Wanderley Luxembugo. Dois excelentes profissionais, mas o que importa para a humanidade saber que um não gosta do outro? Muda a cotação do dólar, o rumo das eleições, a vida dos clubes cujos times de futebol eles dirigem? Nada disso.
Acontece que a mídia direcionada ao esporte, já há algum tempo, vem supervalorizando o trabalho dos treinadores. Sempre são os primeiros a serem entrevistados e parece que, se não falarem, não há conteúdo, não há notícia. Discordo. Muitas das entrevistas dos treinadores são um show de lugares-comuns, tentativas infrutíferas de soarem filosofais ou intelectuais ou, o que é mais comum, um desfile de evasivas que deságua num tema comum: reclamar da arbitragem.
Se Leão tem bronca de Luxemburgo, se o técnico do Santos também não morre de amores pelo do Corinthians, que tenho eu - e acho, o leitor, ouvinte, internauta e telespectador - a ver com isso? Ambos são adultos, ricos, profissionais bem-sucedidos e capazes de resolver suas diferenças.
Para mim, o que interessa saber de Leão e Luxemburgo é como vão jogar seus times e como eles, tão competentes, vencedores e senhores de si, explicam o seguinte:
a) por que o Corinthians milionário e treinado por alguém com a comprovada capacidade de Leão fica atrás - e põe atrás nisso - do Paraná, do Figueirense, do Juventude, de orçamentos e treinadores muito mais modestos.
b) por que o Santos, dirigido por um justamente aclamado estrategista não consegue sair das armadilhas montadas pelos adversários quando joga fora de casa?
A picuinha dos dois é assunto pra quem gosta de fofoca. Eu odeio.

quinta-feira, setembro 28, 2006

SOS PORTUGUESA

Instituições não deveriam morrer nunca. Principalmente aquelas que acrescentam algo à história e merecem ser assim chamadas. Sejam elas escolas, museus, entidades assistenciais ou clubes de futebol.
Dói ver uma instituição como a Associação Portuguesa de Desportos à beira de um rebaixamento para a Terceira Divisão do futebol brasileiro. Fato que, se confirmado, pode, segundo os próprios dirigentes do clube, suspender as atividades do futebol.
Presta-se pouca atenção à Lusa porque não se trata de um time de massa, de arregimentar multidões. Mas não se pode deixar de lado uma história rica em tradições, em revelar grandes jogadores e treinadores e, principalmente, um patrimônio que inclui um belo clube social e um estádio que poderia ser mais bem aproveitado.
Que saída haveria para a Portuguesa? Converso muito com dirigentes e torcedores do clube sempre que faço jogos no Caningé e parece que estão todos muito perto de jogar a toalha. Antigamente, integrantes endinheirados da colônia portuguesa professavam sua paixão pela Lusa injetando dinheiro no futebol do clube. Lembro-me que em 96, quando o clube chegou à final do Brasileiro, o empresário que patrocinava a camisa da Portuguesa à época pagou um gordo bicho em dinheiro vivo. Hoje, pelos desmandos administrativos e a interminável guerra política, esses apaixonados preferem, prudentemente, investir seu dinheiro em outros negócios.
Já pensei - e vi que essa idéia também circulou por outras tribunas e mentes - que a Lusa se arrumaria se fizesse uma troca entre sua sede (estádio incluído) e a do Corinthians. A Portuguesa poderia mandar seus jogos na Fazendinha sem problema, receberia uma compensação financeira pela diferença de proporção dos estádios, e o Corinthians teria a chance de transformar o Canindé em seu sonhado campo. Parece difícil, pois envolve paixão e história, e exige cabeça fria e profissionalismo, algo que falta aos dirigentes dos dois clubes.
A saída que vejo como a mais provável é a de algum empresário com boas intenções, seja ele do futebol ou não, comprar o departamento de futebol da Portuguesa. Algo como fez uma grande rede de supermercados com o Juventus. Ou mesmo um negócio no modelo MSI-Corinthians. Futebol é rentável, mesmo mal administrado. A Portuguesa tem patrimônio e sempre foi uma ótima porta de entrada para novos talentos.
Seria ruim para o futebol brasileiro que ela virasse apenas mais uma - ainda que bela - página de nossa história.

segunda-feira, setembro 25, 2006

DE FUTEBOL E BASQUETE


Volto ao blog depois de duas semanas de muito basquete, com a participação na cobertura do Mundial Feminino, e, como sempre, de futebo.
Deixo alguns pitacos e observações.

1) O Brasil perdeu uma rara chance de ser campeão (bi no caso) mundial feminino de basquete. A semifinal contra a Austrália estava na mão do Brasil, que, na minha modesta opinião, só não ganhou por falta de agilidade da comissão técnica e falta de variação ofensiva e defensiva nos momentos decisivos. Isso por que na final, com o apoio da torcida, a Rússia não seguraria a onda.

2) Deve ser duro para os norte-americanos engolirem o fato de que sua melhor jogadora de basquete é branca e tem sangue latino (é filha de argentina). Taurasi joga o fino e vê-la jogar é uma aula de basquete.

3) Essa eu ouvi da mestra Maria Helena Cardoso: Iziane é o mais próximo que o Brasil tem de Hortência atualmente e precisaria voltar a jogar no Brasil.

4 ) Para mim, a australiana Penny Taylor foi a grande jogadora do Mundial. Lauren Jacson é linda e joga demais, mas Penny matou a pau.

5) Voltando ao nobre ludopédio, por que será que valorizam mais o trabalho de Luxemburgo no Santos que os de Renato Gaúcho no Vasco, Caio Jr. no Paraná e de Mano Menezes no Grêmio?

6) Se continuar irregular e frágil na defesa, o São Paulo corre o risco de perder o título mais ganho da história. Mais até do que o Atlético Paranaense perdeu em 2004. Muriciy é um ótimo técnico, mas está reticente em alterar o esquema tático. O Tricolor pode se dar o direito de ser um time mais fechado e cauteloso em alguns momentos por que tem gordura pra queimar.

7) Poucos dirigentes têm mais capacidade de atrapalhar seus times que os do Palmeiras. São incrivelmente amadores e despreparados. O que Palaia fez com Tite foi patético. E os bastidores políticos do clube emperram o futebol.

8) Leão é ótimo treinador, mas o Corinthians tem conseguido os resultados muito mais na vontade do que na qualidade. E só isso é pouco.

9) Mesmo nivelado por baixo tecnicamente, o Brasileirão é muito mais interessante que qualquer outro campeonato de futebol do mundo.

10) Lucas, sobrinho de Leivinha, volante do Grêmio, é meu candidato a revelação do Brasileiro-2006. Joga muita bola.

segunda-feira, setembro 18, 2006

O CHAPA


Ser amigo de chefe, nesses tempos em que reina a desconfiança nessa terra, é complicado. Ter um chefe amigo é uma benção. E poder dizer que virei chapa de alguém que foi meu chefe é uma honra.
Li muito O Chapa antes de conhecê-lo. Eram tempos em que era obrigatório devorar A Gazeta Esportiva. Naquelas páginas históricas ele tamburilava textos inspirados e inspiradores. Como a entrevista com Bellini, o capitão de 58, que lhe rendeu o Prêmio Esso.
Depois de muito ler fui conhecer O Chapa na redação da Folha da Tarde, hoje Agora SP, em 1989. Era meu primeiro emprego e até que a gente se conhecesse e virasse chapa, eu guardava aquela distância que o fã guarda do ídolo, respeitosa, meio tímida.
O Chapa é o Nélson Nunes, um dos grandes jornalistas brasileiros. E, melhor que tudo isso, Chapa mesmo, daqueles que a gente sabe que vai ser amigo sempre, ainda que veja pouco, muito pouco. Nelsinho para os mais chegados, me ensinou muito naqueles tempos da FT. Texto objetivo, direto e refinado de um jeito que eu ainda quero poder escrever um dia. Nesses tempos de Mundial de Basquete Feminino, lembro de uma matéria dele que ganhou prêmio, Dona Hortência, a Rainha do Lar. Estava tudo ali, sem enrolações, simples direto, perfeito! Felizmente, O Chapa foi um dos responsáveis pela minha ida para o Diário Popular, onde ele era chefe de reportagem da editoria de Esportes e mentor de um caderno multipremiado.
Felizmente, logo viramos chapas, parceiros de peladas (de futebol, certo dona Cláudia e dona Isabel?). Nelsinho, como bom peladeiro, tinha suas marras. Tipo um tênis pendurado no quarto com um cartão agradecendo pelos mais de mil gols que ele nunca fez.
Parceiro de animadas viagens a Indaiatuba, Porto Belo e muitos papos pela madrugada. Atualmente é um dos principais editores do Diário de S.Paulo mas, mais que isso, é a inspiração que resta daquele velho Dipo dos bons tempos.
Chapa, apareça para botarmos a conversa em dia e juntarmos aquela seleção!

sexta-feira, setembro 15, 2006

O CHAPA

Em breve, um post exclusivo sobre ele, O CHAPA. Merecido.


EQUIPES 3,
A ERA DIPO


Entre 1991 e 1995 pude presenciar uma revolução no jornalismo - em especial no esportivo - de São Paulo. E fico feliz em saber que tive uma pequena participação nisso. O Diário Popular - hoje Diário de S.Paulo - era um jornal decadente, que se pendurava em classificados para sobreviver vendendo pífios 18 mil exemplares ao mês. Era envelhecido, feio, mal feito.
O carioca Jorge de Miranda Jordão, experiente, assumiu a missão de reestruturar o jornal. A base para isso era um noticiário popular, sem ser popularesco, calcado, principalmente, na editoria de esportes.
Sob o comando de Arnaldo Branco e Paulinho Corrêia foi criada uma equipe que, sem jogo de palavras, marcou época. Muita gente boa, muita vontade de trabalhar e muito trabalho, em quantidade e qualidade. O Dipo passou a ser o único jornal naqueles tempos que esperava todos os resultados dos jogos de futebol para ser impresso. E também cobria os treinos de sábado, que tinham sido relegados ao esquecimento. Fora isso, tinha uma sagacidade rara e exercitava todos os dias o saudável jogo da curiosidade, o fuçar e fuçar.
O resultado foi que o Dipo pulou em poucos anos, creio que dois ou três, de 18 para 180 mil exemplares diários. O esporte capitaneando tudo isso.
Naqueles anos de 1991 a 1995 convivi com um timaço de jornalistas mas havia algo que eu chamaria de espinha dorsal: Guto Mônaco, Nicolau Radamés Cretti, Marcelo Laguna e Menon (esse aí da foto, ao meu lado no Mundial feminino de basquete) .
Uma união profissional e pessoal que poucas vezes pude ver. Trabalhávamos como mouros, mas nos divertíamos feito catalães pelas ramblas de Barcelona. E tome concorrência! Era um banho, uma aula. Ouvi certa vez da amiga Abigail Costa, ex-Globo e hoje na Record, que o Diário era livro de cabeceira de todos os jornalista esportivos de São Paulo.
Disso tudo só lamento não ter podido conviver mais com o Laguna pois, como se sabe, ele trabalhava no esquema 3-5-2: três dias de trabalho, cinco de folga e dois meses de férias.
Aos poucos, como quase tudo de bom na vida e nessa profissão, o timaço foi se desfazendo e o jornal foi perdendo um pouco o fôlego.
Essa turma faz tempo que não se reúne. Mas se um dia estiver trabalhando junta novamente, sai de baixo, concorrência. Esses quatro esbanjam talento, competência e caráter. Fiz uma pós-graduação em Jornalismo e vida ao lado desse quarteto.

segunda-feira, setembro 11, 2006

EQUIPES, 2

Segue a série sobre grandes equipes das quais tive a honra e a sorte de participar. Agora falo da atual, nosso grande time do SporTV, o Canal Campeão.
Tive a felicidade de trabalhar com praticamente todos os narradores e repórteres do canal, o que é uma grande alegria e representa um enorme aprendizado. Companheiros de São Paulo, Rio, Brasília, Goiás, Rio Grande do Sul, Belém, Pernambuco.
Fiz grandes amizades, como a de meu parceiro João Guilherme, grande revelação entre os narradores brasileiros, e o super Deva Pascovici, hoje arrebentando na rádio CBN.
Nosso núcleo mais próximo é uma autêntica seleção de transmissões inspiradas e jornadas divertidas. Narrando, dois mestres: Jota Júnior e sua elegância, e Milton Leite com suas tiradas sensacionais. Com esses dois conduzindo a transmissão, comentar fica muito mais fácil. E também encontro meu amigo Osvaldo Luiz, parceiro de grandes coberturas nos nossos tempos de reportagem.
Nas reportagens, grandes figuras. Carlos Cereto, Marco Aurélio Souza, Alexandre Marcelo, Marcos Peres e Delisièe Teixeira.
Em tópicos posteriores contarei, finalmente, o que vem a ser a gloriosa VAN.

domingo, setembro 10, 2006

FRESCURA

Volta a polêmica em torno de gestos e declarações de jogadores de futebol quando são substituídos. Pra mim, tem boa dose de frescura e hipocrisia em tudo isso. E um certo desejo incontido de uma parcela do jornalismo esportivo por uma boa crise.
Eu não dou muita bola pra isso. Já vi muito time ser campeão com jogadores que se odiavam, mal se falavam e viviam alfinetando um ao outro. Quando a bola rola, se há profissionalismo, o resto fica pra trás.
Em quantos ramos de atividades temos conflitos, pessoas que não se gostam, que brigam, se acusam mas que, na hora do trabalho, comportam-se como profissionais?
A bola da vez - seria surpresa? - é o Edmundo, que saiu balançando a cabeça e teria, segundo alguns colegas, alfinetado o Juninho. Mas eu lembro - e estava no jogo - que o primeiro a abraçar o Edmundo quando este fez o gol foi o Juninho. E então?
Claro que existem casos que extrapolam, quando uma rusga eventual resulta em falta de clima no dia a dia e contamina o grupo. Ainda assm, temos casos de equipes cheias de panelinhas que foram campeãs. O mais recente foi o Corinthians do ano passado. Temos o grande Palmeiras de 93/94, cheio de briguinhas, e atá a Seleção de 70, que tinha alguns conflitos internos.
Tudo depende de como se analisa os fatos. Primeiro, jogador de bola anda muito enjoadinho pra tudo. Pra ser substituído, dar entrevista, treinar etc.
Segundo: nem tudo é o que parece à primeira vista. E falsidade e futebol andam de mãos e pés juntos.

sábado, setembro 09, 2006


UNS DIAS PORTEÑOS


Acabo de voltar da Argentina, onde estive com grandes amigos do SporTV como Milton Leite e Marco Aurélio Souza, para cobrir Boca x São Paulo.
Emocionante ver a Bombonera em dia de jogo (já conhecia o estádio, mas vazio). Tenho grandes amigos na Argentina, que é o país que mais visitei na vida. Felizmente, pude encontrá-los, ainda que rapidamente, para um churrasco, claro. A família Oliveira é uma extensão argentina da minha família.
Sobre o jogo, pouco a dizer. O torcedor do São Paulo deve estar preocupado com a evidente queda de produção do time. O Boca vive um grande momento. A diferença pode estar na motivação que eu acho que faltou aos tricolores em Buenos Aires. Se ela pintar no Morumbi, pode dar São Paulo.
De resto, é sempre bom passear por Buenos Aires e constatar que os brasileiros continuam invadindo a capital vizinha e provando da carne espetacular e de bons vinhos.
Pra completar a presença da Van em Buenos Aires faltou apenas Carlos Cereto.
Mas falarei mais do que é a Van, esta instituição de nossa TV, em outro tópico.
Fica a homenagem aos argentinos, com a imagem da bandeira. Gostam tanto ou mais de futebol do que nós.

domingo, setembro 03, 2006

TRÊS TOQUES

Bastaram três toques na bola. Um drible mágico e o lançamento perfeito para Elano. Nem preciso ver mais de Brasil e Argentina para constatar que só pode ser muito amigo do Zorro quem deixa o Robinho no banco.

sexta-feira, setembro 01, 2006


EQUIPES, parte 1


Trabalhar em equipe é um grande prazer. Não me refiro a esses papos meio furados de motivação e alcance de metas. Falo em jogo de time, em trabalho e espírito coletivos de verdade. Felizmente, pude participar de equipes inesquecíveis na minha vida, seja nos meus tempos de atleta ou agora como jornalista.
Como esquecer do time mirim de vôlei do Paulistano, que ganhou tudo em 1981? Marcelo Gordo e Ivan como levantadores (jogávamos no 4x2 com algumas infiltrações quando o Gordo estava atrás da linha dos três e o Ivan na rede), eu e Ricardo Capi nas pontas, Alex Schoulzal e Piti (cracaço) no meio. Ganhamos tudo. Ainda tínhamos o Maurão (um irmão que a vida me deu), Dante, Marquinhos, Fabinho, César, Amílcar, uma galera sensacional, comandada pelo Índio, Antônio Martins Filho. Uma escola de vôlei e de vida.
Em 1983, o time do Pinheiros, uma autêntica família, uma turma divertida, unida e que só não ganhou tudo porque o time do Paulistano era melhor. Capi e Renato levantando, eu e Ricardo Mãozinha nas pontas, Bolinha e Maurão no meio. Waldemar Talarico, uma figura sensacional, treinava a galera, que ainda tinha Amâncio, Pedro, Omar, muita gente legal. Foi um ano que pra mim, como atleta, durou 6 meses. Tive uma hepatite que me deixou de molho, mas os seis meses foram ótimos, em desempenho e convivência.
De 83 a 85 convivi com uma turma que está entre as melhores que conheci na vida, a galera dos esportes do Colégio Arquidiocesano de São Paulo. Demorou pra montarmos um bom time de vôlei, mas quando conseguimos, em 85, aí atropleamos (na foto aparecem, à esquerda, Feijão, eu carregando o fogo olímpico de abertura da Oliarqui, e o Alemâo) . Tive a oportunidade de jogar num belo time de futebol de campo do Arqui, também em 85. Perdemos para o Colégio Bilac, mas jogamos melhor, e eles tinham profissionais infiltrados. Queirós (não foi craque profissional por que não quis), Piriquito jogava muito, no gol o filho do Zé Maria de Aquino e mais muita gente boa de bola e de papo.
Na sequência falarei de grandes equipes profissionais.