terça-feira, dezembro 23, 2008

FELIZ NATAL AO SOM DA
MINHA BANDA FAVORITA

Entangled é de 1976, de um disco chamado A Trick of The Tail. Simplesmente mágica!

FOI-SE ROSA BRANCA, UM
MITO DO NOSSO BASQUETE


Abro o jornal e leio, estarrecido, a notícia da morte de Carmo de Souza, o Rosa Branca, um dos mitos do basquetebol brasileiro. Tive a honra de conhecer o Rosa. A última vez em que estive com ele foi durante o Mundial Feminino de Basquete, em 2006, no Ibirapuera. Nos intervalos entre os programas que apresentava para o SporTV, tinha sempre encontro marcado com o Rosa, seu sorriso franco, o bom humor constante, e muitas aulas de basquete e de vida.
Para a minha geração, os bicampeões mundiais de basquete eram autênticos deuses do olimpo. Eu nunca vi jogar o Rosa Branca, o Amaury Passos, o Wlamir Marques. Mas seus feitos eram transmitidos até nós, que começávamos a gostar do esporte, pelos que tiveram o privilégio de vê-los em ação. Sempre acompanhando meu pai, Luiz Noriega, nas muitas transmissões de basquete, fui conhecendo esses personagens fantásticos e suas histórias maravilhosas.
Eram tempos em que o basquete era amado de fato pelos brasileiros, havia grandes jogos, grandes atletas, equipes fortíssimas e o Brasil encarava todo mundo de igual para igual.
Carmos de Souza ganhou o apelido de Rosa Branca, segundo conta a história, porque o preparador físico Júlio Mazzei o achava parecido com um jogador americano chamado White Rose. Não sei sobre o Rose, mas o Rosa, contam os que o viram, era tão bom que jogava como pivô, armador e ala. Sempre bem, seja pela Seleção, pelo Palmeiras ou pelo Corinthians.
Que lá do andar de cima o Rosa possa inspirar as pessoas que comandam o basquete brasileiro para que elas possam honrar a história que ele e seus companheiros escreveram com dois títulos mundiais e dois bronzes olímpicos.

domingo, dezembro 21, 2008

ALGUNS ELOGIOS QUE FAZEM A GENTE
ESQUECER ATÉ AS CRÍTICAS MAIS TOLAS

Críticas e elogio fazem parte, usando um termo da galerinha atual. Qualquer problema que ocorre com um conhecido seu, é certeza que, na valorosa tentativa de ajudar, pinte um faz parte. Desde que me meti a trabalha com opinião de futebol e esportes na TV eu sabia que precisava estar pronto para todo tipo de crítica e de análise sobre o meu trabalho. Felizmente, tenho colhido mais opiniões positivas do que negativas nessa caminhada, que muitas vezes é árdua, com fardos que não são nada fáceis de carregar e situações que a própria razão parece desconhecer. Mas, sacumé, faz parte.
Nos últimos dias fui agraciado com dois elogios que me deixaram muito feliz, os quais compartilho com os leitores do blog. Estava eu em Marília, na última rodada da Série B, para MAC e Ceará. Acaba o jogo, estou descendo as escadas de um triste Abreuzão quando ouço um chamado: "garoto, vem cá". Era o Cláudio Adão. Ele tinha ido a Marília ver o filho, Felipe Adão, jogar. O time do filho tinha acabado de cair para a terceira divisão, e ele teve a educação de me chamar. E trouxe a esposa, Paula Barreto, para o papo. " Paula, o que eu falo lá em casa?" Ela responde: "Que ele é o comentarista que você mais gosta porque ele vê o jogo".
Ouvir isso do Cláudio Adão, que pra quem não sabe ou não lembra, jogava muita bola e chegou a ser apontado como um substituto do Pelé, valeu demais, me deixou feliz e consciente de que estou trabalhando de maneira séria e correta. Isso sem contar o prazer de bater um papo com um cara simpático e gente fina como o Adão e também com sua esposa, uma pessoa extremamente educada e elegante.
Semana passada fui ao Museu do Futebol para um evento com blogueiros do SporTV, uma galera esperta, que escreve bem pacas. Encontro com o professor José Teixeira, um dos maiores estudiosos do futebol. Pra quem não sabe ou não lembra, José Teixeira foi treinador, preparador físico e pensador do futebol em grandes times e na Seleção Brasileira. Um de seus trabalhos mais conhecidos foi todo o mapeamento da crise do Corinthians nos 22 anos sem título, que ajudou o clube a conquistar o título de 1977. Cumprimento o professor e ele me devolve um "parabéns, você está muito bem" que me deixou desconcertado, partindo de quem partiu. Acima de tudo um homem sério e educado. Ganhei o dia.
Escrevo isso, também, porque a gente toma muita porrada quando escolhe esse caminho na vida. Óbvio que existem críticas construtivas, que apontam os erros que, claro, todos nós cometemos. Mas algumas críticas são tão descabidas que machucam, magoam. Dia desses li uma num site que se pretendia humorístico, na qual um cara disse que eu tinha a capacidade de errar o esquema tático dos times com cinco minutos de jogo. Crítica maldosa, preconceituosa. Essa dói.
Coisas assim chateiam. Mas faz parte.
Por isso é legal receber elogios de pessoas com as quais você não tem amizade, praticamente não conhece, e que tentam analisar seu trabalho sem o peso da paixão ou do preconceito. Felizmente, isso também faz parte.

quinta-feira, dezembro 18, 2008


  1. Resultado da enquete sobre Ronaldo


    Grande sacada de marketing e só.
    6 (19%)

    Vai gerar mais dinheiro do que gols.
    7 (22%)

    Vai encher os cofres do Timão e os gols dos adversários.
    9 (29%)

    Será uma grande decepção.
    9 (29%)

segunda-feira, dezembro 15, 2008

RETROSPECTIVA BLOG DO NORI
DO FUTEBOL 2008. VEM AÍ 2009


Hora de dar um tempo com o trabalho e curtir amigos e família, recarregar as baterias e voltar com tudo para 2009. Agradeço a todos que por aqui passaram e, na medida do possível, deixarei algum post nesse perído, até a segunda quinzena de janeiro.
Deixo agora uma retrospectiva do que o blog viu, curtiu, gostou e não gostou em 2008.

O MELHOR TIME DE FUTEBOL FOI A ESPANHA, campeã européia. Tive o privilégio de ver de perto a segunda conquista da Fúria na Eurocopa. Foi o que vi de melhor em futebol na temporada. Um time muito bem montado pelo Luís Aragonés, com jogadores de talento como Xavi e Iniesta, um espetacular Marcos Senna no meio-campo e um esquema de jogo moderno e pouco retranqueiro para os padrões espanhóis.

A MELHOR SURPRESA de 2008 no futebol foi o SPORT campeão da Copa do Brasil. Grande trabalho de Nelsinho Baptista e excelente reposicionamento do futebol nordestino. Muita gente olha com desdém e esquece, mas Sport, Santa, Bahia, Náutico, Vitória são todos times grandes, sim, do futebol brasileiro.

A CONFIRMAÇÃO de 2008 foi, obviamente, a supremacia do São Paulo no Campeonato Brasileiro. O time compensou um primeiro semestre desastroso, carregado de soberba e idéias equivocadas, com uma reta final de Brasileirão impressionante. No reino da incompetência, muito bem representado por Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo, o Tricolor paulista mostrou que mesmo sem ser brilhante ainda é rei.

A ESPERANÇA de que 2009 pode ser melhor, para mim, fica com os vascaínos. Pode parecer absurdo, já que o time foi rebaixado. Mas após décadas de uma adminstração viciada, ultrapassada e que arrancou as entranhas do clube, há um fio de esperança com Roberto Dinamite. O Vasco pode estar se reconstruindo e voltar ainda mais forte em 2010. Parece que, mesmo rebaixado, o clube tem mais credibilidade do que tinha.

O SINAL AMARELO para 2009 fica para o Palmeiras. O espectro do atraso ronda a política do clube. Os corneteiros não se entendem na briga pelo poder e o racha político pode atingir o futebol. Lembremos que em 32 anos o Palmeiras só conseguiu ser campeão de algo importante com dois técnicos: Felipão e Luxemburgo. Prova de que falta trabalho administrativo e de planejamento de seus dirigentes.

AS PROMESSAS de 2009 ficam para os grandes gaúchos. O Grêmio na Libertadores e o Inter com a promessa de um grande time. No Sul se trabalha com rara competência a questão do sócio-torcedor e a reconstrução financeira e administrativa se deu de forma consistente. Na cola dos irmãos do Sul vem o Cruzeiro, que fraquejou na hora de decidir em 2008, e também o Galo, que foi mal em seu centenário e precisa se reposicionar em 2009.

A DÚVIDA de 2009 fica para três gigantes do futebol brasileiro locados no Rio. Flamengo, Fluminense e Botafogo tiveram histórias muito distintas em 2008. O Flu bateu às portas do céu e do inferno. Ainda não encontrou o ponto de equilíbrio. O Flamengo frustrou seus milhões de fiéis, e o Botafogo luta para sobreviver a cada temporada, uma luta muitas vezes inglória.

A EXPECTATIVA de 2009 não poderia ser outra que não Ronaldo Fenômeno no Corinthians. O mundo do futebol estará de olho, para saber uma resposta que só Ronaldo pode fornecer: ainda dá para ele ou não?

A MEDALHA DE OURO esportiva fica para um time e e uma atleta. O time é o de vôlei feminino, capitaneado com maestria por José Roberto Guimarães, treinador que fez história com dois ouros olímpicos, no masculino e no feminino. O símbolo dessa equipe é a levantadora Fofão, exemplo de simplicidade, competência e espírito de equipe numa modalidade marcada por alguns arroubos de individualismo estelar.

terça-feira, dezembro 09, 2008

RONALDO NO CORINTHIANS, UMA
GRANDE SACADA DE MARKETING

Ninguém sabe se Ronaldo dará certo como jogador do Corinthians. Como diz o Wanderley Nogueira, da Rádio Jovem Pan, ao final do contrato, aparecerão muitos "engenheiros de obra pronta" dizendo que sabiam que não daria certo, ou tinham certeza que daria.
Eu torço para que dê certo, porque o Ronaldo é um dos maiores craques do futebol brasileiro em todos os tempos. A única coisa possível de se afirmar agora é que o Corinthians fez um golaço na área do marketing, que vem sendo capitaneada com muita habilidade pelo Luiz Paulo Rosenberg. Dois dias após a conquista do sexto título brasileiro pelo São Paulo o Corinthians toma as manchetes quando o momento é todo do rival. Certamente fará um bom dinheiro com a camisa 9 do Fenômeno sendo vendida para a Fiel. Fenômeno que, não por coincidência, é patrocinado pela mesma empresa que veste o Corinthians, a Nike.
O Campeonato Paulista passa a ganhar muita visibilidade com a chegada de Ronaldo ao Corinthians, com o São Paulo dono do Brasil e com o Palmeiras abastecido pela parceria com a Traffic. O Santos pode encontrar no dono da rede Sonda de supermercados um bom parceiro.
Acho que nem na época da Democracia Corintiana o time do Parque São Jorge soube utilizar tão bem as ferramentas do marketing aplicadas ao futebol. Finalmente o time parece ter aprendido a explorar de maneira positiva a paixão e a fidelidade do seu torcedor.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

POR QUE O SÃO PAULO É DIFERENTE?

Certamente existem dezenas de teses para definir ou tentar explicar a supremacia do São Paulo no futebol brasileiro. Permito-me apresentar a minha.
Acredito que alguns pontos explicam a hegemonia. Vou listá-los abaixo.

1 - O São Paulo prioriza a competência humana na gestão do futebol. Banca o profissional mais competente nas áreas de apoio e permite ao treinador ficar com a cabeça voltada apenas para o que ele deve fazer: treinar o time. Mais que a estrutura física, é o pensamento voltado para a excelência que faz do São Paulo um time, hoje, diferente. Porque a estrutura física era ótima entre 95 e 2004, e o time ficou dez anos sem chegar à Libertadores, por exemplo. E hoje há estruturas físicas até mais completas, como a do Cruzeiro.

2 - O clube conseguiu blindar o futebol da questão política com muito sucesso. Há oposição, há cornetagem, denúncias, escândalos, mas todos estão unidos em um aspecto: todos querem ver o time campeão. Não há gente que torce pela derrota do time, como acontece em outros clubes.

3- Há uma mistura interessante entre modernidade e passado no clube. O sistema de gestão do futebol profissional é moderno, mas existe a figura do poderoso-chefão, do presidente manda-chuva, como era no passado, o cartolão. Isso apressa algumas tomadas de decisão e evita que a vaidade entre cartolas menores em busca de holofote atrapalhe o dia-a-dia.

4 - O presidente do clube gosta e entende de futebol. Isso é fudamental. Assim como o caso do Internacional. Quem cuida do futebol gosta de ver futebol, de ir ao futebol, de falar sobre futebol. Na hora de peitar um treinador mais saidinho, isso faz a diferença.

5 - O São Paulo nunca se descuida nos bastidores, o que é importante num futebol como o brasileiro.

6 - O marketing do São Paulo é excelente, consegue a proeza - o que em termos de marketing é fundamental - de cravar "verdades" que não são verdadeiras. Por exemplo: o Corinthians e o Flamengo, historicamente, revelaram mais jogadores que o São Paulo, que é quem tem a fama de ser o grande revelador de jogadores. Fora isso, explora muito bem a questão de camisas especiais, de datas históricas etc.

7 - Idéias arejadas. A versão atual do São Paulo, que é dos anos 30, é a mais jovem entre os grandes times brasileiros, o que possibilita o acesso de novas idéias de uma maneira mais rápida e eficiente. O que atrai torcedores mais jovens.

8 - A revitalização financeira do Morumbi. O estádio chegou a ser um elefante branco, que não gerava a receita que o clube esperava. A construção de camarotes, lojas e restaurantes fez com que o estádio gerasse receita mesmo quando não estivesse lotado ou cedido para shows.

9 - Ídolo. Rogério Ceni é fundamental para a identificação dos jogadores e dos torcedores com o clube. Seguramente, é o jogador mais importante da história do São Paulo.

10 - Sorte. Não adianta fugir disso.Todo grande time em grande fase, tem uma boa dose de sorte. Aliada à competência, forma uma dupla imbatível.
SOBRE O FLUMINENSE E XERÉM

Recebi um educado posto de um torcedor do Fluminense que reproduzo abaixo:


gosto dos seus comentarios, pq sao quase sempre imparciais e inteligentes. acontece que ontem no "Troca de Passes" vc falou algo que precisa ser consertado. Desmereceu Xerem.... quem Xerem deu pro Flu nesse tempo todo? eu te digo: FH (titular) Rafael(titular Manchester)Thiago Silva (Sim ele veio de la!)Rodolfo (Russia) e MArcelo (Real MAdrid); Roberto Brum (Santos) Arouca, Diego Souza (palmeiras)e Roger (Qatar , que rendeu U$ 7,5 milhoes liquidos em 2000); Carlos Alberto (3,3 milhoes de Euros) e Tiui (Sporting-Portugal)... fora outros menos cotados... um time de respeito nao eh? sem Xerem, o Flu nao seria nada, pq a Unimed so paga salarios de jogadores. portanto, procure se informar antes de falar. E outra!... Vc falou em Miranda como melhor Zagueiro do Brasil; depois ainda falou em Andre Dias... ai vc nao foi imparcial.. pq TODOS sabem que Thiago Silva eh o melhor disparado. mas nesse caso, como se trata apenas de opiniao.. cada um tem a sua ne? e eu respeito.Abracos e parabens pelo trabalho.

Legal debater em alto nível. Onde errei, que seja feita a correção com justiça. Agora, vamos analisar a questão do Fluminense no aspecto macro. De Xerém saíram também Rodrigo Tiuí, Alex Terra, Juliano, Esquerdinha, Alan, Arílson, Rodolfo Soares, Amarildo, Fernando, Luizinho e Madson. Que retorno financeiro teve o clube com os mesmos. O dinheiro foi para o Fluminense ou para o patrocinador? Ou para empresários? Porque o técnico Renê Simões disse que o time do Fluminense não podia treinar em Xerém, que não havia condição? Por que o dinheiro da venda de tantos jogadores não é reinvestido em Xerém, ou nas Laranjeiras? O Fluminense tem condições de sobreviver sem sua parceira? Nem questiono a qualidade de alguns jogadores citados.
Sobre Thiago Silva, excelente jogador, é questão de opinião. Eu acho que ele é ótimo, e certamente será melhor que o André Silva e o Miranda. Ainda não é.
Abs

domingo, dezembro 07, 2008

CBF ERRA NO GERENCIAMENTO
DE MAIS UMA CRISE DO APITO

Estou em Brasília para a cobertura de Goiás x São Paulo, com toda a equipe do SporTV. Dia cinzento, chuvoso, com a cara de mais uma das infintas crises que rondam a arbitragem no futebol brasileiro. Confesso que é de difícil digestão e entendimento esse capítulo que envolve suposições, ilações, envelopes e show da Madonna.
Agora, dá para afirmar que a CBF errou ao gerir a crise. Esse termo, gerenciamento de crise, é levado muito a sério por grandes corporações. Executivos são treinados para responder bem a processor críticos, seja em ações ou, simplesmente, em resposta aos questionamentos que aparecem por parte da mídia.
O que fez a CBF? Avisou que sabe todos os detalhes (será?) e que vai divlgá-los na segunda-feira (será?). Ora, não seria mais prático simplesmente adiar a rodada para quarta-feira? Aí tudo seria disputado após a divulgação do verdadeiro teor da tal "descoberta". Ou, então, uma solução de emergência: buscar na Argentina dois árbitro neutros, que estivessem longe do furacão, para apitar, no domingo mesmo, os jogos do Gama e de Porto Alegre.
Nada disso foi feito. Os árbitros entrarão em campo hoje sob enrome pressão e indisfarçada suspeita e qualquer resultado será contestado. Haverá desdobramentos, suspeições e acusações qualquer que seja o resultado. De novo, faltou capacidade para contornar uma crise e dar mais credibilidade a um setor débil nesse aspecto, a arbitragem.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

INTERNACIONAL PROVA: O
QUE VALE É SER CAMPEÃO

Acho que o futebol brasileiro foi tomado por uma onda meio elitista. Só o que importa é a Libertadores. Se vier através do título nacional, melhor. Mesmo assim, o ano só ganha o selo de qualidade se o time se classificar para a competição continental. Sou fã de carteirinha da Libertadores, torneio que considero o mais caristmático do mundo. Mas não concordo com essa mesquinharia. A conquista da Copa Sul-Americana pelo Internacional é o motivo desse texto.
Futebol se faz de gols, grandes jogos e conquistas. Um time vira grande porque é campeão muitas vezes, captura a atenção de um monte de gente, cria seguidores, mitologias e se insere no contexto de um esporte. Costumo dizer que o verdadeiro lucro de um time de futebol são os títulos. Que é melhor terminar o ano com uma pequena e administrável dívida e uma ou mais conquistas do que fechar o caixa abarrotado de dinheiro e ver a sala de troféus empoeirada.
Pois essa onda blasé parece estar fazendo muitos seguidores. A Copa Sul-Americana não é a última jóia da coroa. Tem problemas, defeitos e ainda carece de prestígio. Mas é um torneio internacional, que repercute, premia e dá uma faixa, um troféu, medalhas. O torcedor sai gritando é campeão e isso basta para girar a roda do futebol, ou, pra ficar no clichê, rolar a bola.
Atualmente fala-se que os estaduais estão mortos, quando são citados estão sempre acompanhados de um sufixo diminutivo. Que a Copa do Brasil é para quem não teve competência para chegar à Libertadores, e que a Sul-Americana é prêmio de consolação.
Que time não gostaria de um prêmio de consolação com o do Inter? Ganhar de um tradicional time da rival Argentina, num estádio lotado, com 28 pontos de audiência (somando-se Globo e Bandeirantes) na TV? O Inter valorizou a Sul-Americana antes do que qualquer outro time. Seu torcedor comprou a idéia. Atualmente não há time brasileiro com maior presença internacional do que a equipe homônima. Campeão da Libertadores e do Mundo em 2006, da Recopa em 2007 e da Sul-Americana em 2008.
Mais do que se classificar ou não para algo, o que deveria mover a alma de um grande time é a sede de conquistas. Um bom exemplo o apetite atual no Inter.

OS TEMPOS MUDARAM

Os clubes grandes que abram o olho. Sabem qual é a final do Campeonato Paulista Sub-17 de futebol? Pão de Açúcar e Barueri. Dois times jovens, um formado de um projeto de um supermercado e outro que nasceu de um projeto de uma Prefeitura e se desenvolve com as próprias pernas.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

DÁ TRICOLOR PAULISTA
OU TRICOLOR GAÚCHO?

Se eu soubesse a resposta sairia de férias com uma grana apostada nas maiores bancas de Londres. Dá para fazer algumas observações, no entanto, sobre os postulantes ao título.

São Paulo - É o time que menos perdeu no campeonato e será o time com o menor número de derrotas, campeão ou não. Ou seja: perde pouco e basta não perder que será campeão. Empata muito, foram 12 vezes. Basta empatar que será campeão. Não perde há 18 jogos, só perdeu um jogo no returno. Todos números consistentes e que sinalizam para a confirmação do título. Mas as limitações ficaram evidentes contra o Fluminense. O meio-campo é o setor mais fraco do time. No que isso terá impacto contra o Goiás? Pode incomodar Jorge Wagner, que é o armador disfarçado de ala do São Paulo. Seria uma boa idéia escalar Rycharlison como ala e deslocar Jorge Wagner para o meio. Hernanes não pode ser desperdiçado apenas como marcador, como foi no primeiro tempo contra o Flu, grudado em Conca. Ou seja: não pode ser ele o perseguidor de Paulo Baier. Não adianta dizer que não sentiu a pressão, porque é evidente que o time não contava com o fato de decidir fora de casa na útltima rodada. O título era dado como certo, ainda não veio e isso teve um reflexo no clube, no time e na comissão técnica. Mesmo assim, a vantagem, que ainda é grande, pode se multiplicar no caso de sair em vantagem domingo.

Grêmio - Tem 20 vitórias, 13 delas em casa, onde só perdeu uma vez. Também tem suas limitações, que já foram expostas, vistas e analisadas. Tecnicamente não é brilhante, depende demais de Tcheco e comete muitas faltas. Mas todas elas perdem efeito em casa, onde o time se supera e joga melhor. Marca mais a saída de bola do adversário do que o São Paulo. Pode pressionar mais o Atlético Mineiro na saída de bola e se impor fisicamente, que é o que sempre tenta fazer nas mãos de Celso Roth. Foi o time do turno, reinou absoluto. Mas caiu muito no returno, chegou a ficar ameaçado de perder, inclusive, a vaga na Libertadores, já confirmada. Ainda assim, foi a equipe e será a equipe que mais rodadas esteve na liderança do campeonato. Psicologicamene parece fortalecido pela sobrevida. O melhor cenário para o torcedor gremista é um gol logo de cara contra o Galo, para jogar pressão no São Paulo contra o Goiás. Ainda assim não anula o fato de que, mesmo que faça o mehor jogo de sua história, pode não adiantar coisa alguma.

CONCLUSÃO: Num campeonato marcado mais pela incompetência do que pela competência, no qual a taça se ofereceu qual moça abusada para vários pretendentes, tudo pode acontecer. O Grêmio estava pagando pela incompetência de sair de uma posição de 11 pontos de vanbtagem para 5 de desvantagem. Agora ganha uma nova chance porque faltou competência ao São Paulo para resolver uma parada que parecia definida. Tudo indica que, como gostam de dizer alguns boleiros e especialistas, futebol não é merecimento, é competência. Ou falta dela.

Estatísticas gerais do Brasileirão

terça-feira, dezembro 02, 2008


Luís Augusto Simon lança livro

sobre o Corinthians na Série B



O jornalista Luís Augusto Simon lança em breve um livro sobre a saga corintiana na Série B do Campeonato Brasileiro. Ele assina Luís Augusto Simon mas quem escreve é o Menom. Garantia de bom texto, de talento e fuga do lugar-comum para contar - e bem - uma história.

A editora é a Publisher Brasil e a data eu prometo divulgar quando o Menon me contar.

Para se ter uma idéia da qualidade do texto, confira o blog do autor.

E para dar aquele verniz especial ao lançamento, a apresentação é do Juca Kfouri.

E O MAIOR JOGO DO
BRASILEIRÃO É.......

Segundo a galera que por aqui circula, Guarani x São Paulo, na final de 1986, que terminou com vitória do São Paulo nos pênaltis. Recordemos abaixo.