sábado, maio 30, 2009

Galo 0 x 0 Ramalhão


Não foi um grande jogo, nem um jogo ruim. Mas ficou na promessa, poderia ter sido muito mais. Falta ao Atlético Mineiro um jogador, pelo menos um, que rompa a normalidade. Diego Tardelli faz isso muito de vez em quando. Fora isso, o time está se posicionando, ganhando uma cara, com Celso Roth.

O Santo André é lutador, organizado, e não parece ser o tipo de time que vá vender nada barato nesse Brasileirão. Se não tivesse perdido Marcelinho, expulso, e Pablo Escobar, machucado, poderia ter incomodado muito mais.

Mas o melhor do jogo foi a torcida do Atlético: 23 mil pessoas no Mineirão.

sexta-feira, maio 29, 2009

Borges tem razão em reclamar


Futebol não é quartel, não precisa dessa hierarquia militarizada que os "comandantes" adoram propagar. Tipo "aqui tem comando, aqui mando eu, eu sou o chefe". Quem fala muito isso é porque já não manda grande coisa.

Talvez a imprensa não seja a melhor tribuna para se debater o tema por parte de um atleta, mas vejo muitas razões nas reclamações do atacante Borges, do São Paulo. Contra fatos não há argumentos. Borges tem sido o principal atacante do São Paulo nas últimas temporadas. Muitos foram contratados e testados, mas na hora do aperto quem andou livrando a cara do Tricolor paulista sempre foi Borges. Por que, então, ele não tem mais oportunidades?

Parece tratar-se do típico caso do santo de casa não faz milagre. Borges não é uma grife do futebol, não faz espuma, não se promove, tem pouco marketing. Fala pouco (ou falava até quarta-feira), mas tem feito muito. É um caso comum no esporte e em outros ramos, em outras atividades.

Há duas maneiras de se analisar o desabafo de Borges. A primeira, a conservadora, pode afirmar que ele errou, que criou uma crise. Discordo. Borges não atacou ninguém pessoalmente, apenas perguntou publicamente porque outros têm as oportunidades que ele não ganha? Por que, em vez de apostar em quem está merecendo, vem resolvendo ano a ano, o clube vai buscar jogadores para a sua posição a peso de ouro e com mais reconhecimento?

A maneira mais progressista, penso eu, é de expor seu descontentamento sem ser agressivo ou antiético. Muricy, esperto, não devolveu publicamente. Até porque já foi para o banco quando era jogador, e sabia que era melhor do que quem entrou no lugar dele. E não gostava da situação. Fora isso, foi o técnico quem pediu a contratação de Borges.

A pergunta que os são-paulinos devem estar fazendo é a seguinte: porque o clube contrata Washington, André Lima e não busca um meia e um lateral-direito? Borges tem sua razão, mesmo tendo jogado pouco (em quantidade e qualidade) em Belo Horizonte.
Ecos da quinta meia-boca


Palmeiras 1 x 1 Nacional - Jogo horroroso tecnicamente. Dois times limitados, muito chutão, ruim de assistir. Jogador por jogador, o Palmeiras tem dois ou três que podem decidir, mesmo em Montevidéu: Cleiton Xavier, Diego Souza e Marcos. Mas também tem dois ou três que podem entregar em qualquer parte, em especial os três zagueiros - Marcão está jogando muito mal.

Não acho que Luxemburgo tenha errado ao mexer no time. Mas acho que está treinando e escalando mal. Talvez seja seu pior trabalho como treinador em muito tempo. Coletivamente o Palmeiras é uma colcha de retalhos de gosto duvidoso.

Todos os bons times de Luxemburgo se caracterizaram pelo meio-campo controlador e uma dupla de volantes marcadora e eficiente na saída para o jogo. Este Palmeiras é diferente em tudo. Aposta num trio de zagueiros fracos, lentos e com dificuldades técnicas e ainda os deixa desprotegidos. Faltam jogadas de bola parada, a cobertura é péssima e tudo gira em torno de apenas um jogador, no aspecto tático: Cleiton Xavier. Individualmente, aposta em Diego Souza e na aura de Marcos.

Luxemburgo não está decadente, segue sendo um bom técnico, apenas opta, por vaidade, em dar murro em ponta de faca. Aposta em jogadores limitados, como Fabinho Capixaba e Marcão, para dizer na frente, se vencer o jogo, que acertou. Com a eterna mania de tirar o foco, procura inimigos em toda parte. Na arbitragem, na imprensa. Está faltando reconhecer seus erros.

Pela fragilidade técnica do Nacional, o Palmeiras, também frágil tecnicamente, embora menos, ainda pode sonhar com a vaga. Diria que está 60% pro Nacional e 40% pro Palmeiras.

Defensor 0 x 1 Estudiantes - Resultado que só prova que o Boca de 2009 é realmente o mais fraco dos últimos anos.

quinta-feira, maio 28, 2009

Ecos da superquarta


Cruzeiro 2 x 1 São Paulo - O resultado acabou sendo até bom para o São Paulo, que jogou pouco, foi amplamente dominado, mas fez um gol fora de casa. O repertório do time do Cruzeiro é muito maior. O São Paulo tem apenas alguns lampejos de time técnico, com a bola no chão, mas, como lampejos, duram pouco. Na maior parte do tempo é só cruzamento para a área e muita marcação. Ainda é competitivo, muito graças aos zagueiros, ótimos. Para o jogo de volta o Cruzeiro não terá Ramires e o São Paulo pode perder Miranda. Diria que está 60% a 40% para o Cruzeiro.

Caracas 1 x 1 Grêmio - A lição que o Grêmio deve tirar do empate na Venezuela é que não pode se dar ao luxo de entrar sem pegada, ainda que contra um adversário muito mais fraco. O segredo do Grêmio é jogar no limite, sempre. O time não é brilhante, sabe disso, e se supera com base em dedicação, trabalho consistente na defesa e na bola parada. O gol de empate é uma jogada ensaiada - e bem - desde os tempos de Celos Roth. E deve significar o passaporte para a semifinal. No Olímpico, com seriedade, passa: Diria que 80% a 20% para o Grêmio.

Inter 3 x 1 Coritiba - O maior desafio do Coritiba não é fazer dois gols no Inter, mas ficar sem tomar nenhum, com sua defesa pesada e lenta. O elenco gaúcho dá muito mais possibilidade a Tite do que o esforçado grupo de jogadores do Coxa pode fazer por Renê Simões. Jogo de mata-mata tem lá seus mistérios, mas diria que está 90% a 10% a favor do Colorado. Mesmo sem Nilmar.


Vasco 1 x 1 Corinthians - O Corinthians atingiu um ponto de maturidade como time. Taticamente está prontos, confia no seu esquema e no seu treinador, mesmo quando não conta com o auxílio luxuoso de Ronaldo. Ainda tem um percentual de aproveitamento baixo pela quantidade de oportunidades que produz. O ponto forte do time está no sistema de proteção ao gol de Felipe. Cristian, a dupla Chicão e William, e o lateral Alessandro, que fica mais, estão entrosados e marcam muito bem. O Vasco é um time que amadureceu e conseguiu equilibrar a falta de mais qualidade em alguns setores com muita consistência tática. 70% a 30% pro Corinthians.

Diguinho 0 x 10 Violência - Lamentável a decisão do volante Diguinho, do Fluminense, de não prestar queixa contra seu agressor nos deprimentes episódios de terça-feira nas Laranjeiras. É o mesmo tipo de atitude do atleta que, quando um vagabundo invade o campo, corre para evitar que seja detido pela polícia. Diguinho, agindo assim, jamais poderá reclamar se for agredido novamente. Ou ele te medo de algo?

quarta-feira, maio 27, 2009


A maior vergonha da

história do Fluminense


Não foi o rebaixamento para a terceira divisão, nem a comemoração com champanhe da virada de mesa que promoveu o time de volta à divisão de elite. Muito menos Romário e seu amigo Zé Colméia agredindo um torcedor.

Nesta terça-feira, 27 de maio de 2009, os vitrais das Laranjeiras, que testemunharam o Sul-Americano de 1919 e outros feitos históricos devem ter sido pintados de vermelho, tamanha a vergonha.

O clube foi tomado por uma horda. Não podem ser torcedores de verdade pessoas que tiram uma terça-feira a tarde, dia de branco, de trabalho, para ameaçar jogadores e, em um caso, agredir. As fotos de Diguinho sendo socado por um dito torcedor estão correndo o mundo.

Como tanta gente sem ter o que fazer invade um clube em horário de treinamento, o local de trabalho de atletas profissionais? Entendo o protesto, a vaia, que é direito legítimo do torcedor.

Quem autorizou a entrada daquelas pessoas? Como tiveram acesso aos jogadores? Como um torcedor consegue socar um atleta profissional em seu local de trabalho?

Que teria a dizer o mandatário do Fluminense, aquele que agrediu moralmente as mulheres ao falar de neurônios. Que seria dos dele agora? Seu Tico e seu Teco vão se manifestar?

O Fluminense é patrimônio do futebol brasileiro, não merecia ver suas cores, seu símbolo, seus profissionais e sua maravilhosa sede achincalhados por bandidos.

Haverá providências? Punições? As imagens são claras, na reportagem do Globoesporte.com.

terça-feira, maio 26, 2009

A segunda chance de Obina


Não gosto de verdades absolutas, muito menos de classificar jogadores de maneira definitiva. Obina foi contratado por empréstimo pelo Palmeiras, mesmo estando seis meses sem fazer gols.

Nunca achei Obina craque, mas foi um jogador que chamou a atenção quando surgiu no Vitória. Fez 19 gols no Brasileiro de 2004 e soma 47 na história do torneio. Josiel, por exemplo, fez 20 gols pelo Paraná em 2007 e soma 26 na história do Brasileirão. A média de gols de Obina no Brasileiro é de 0,30 por jogo. A de Josiel, 0,44. Obina disputou um Brasileiro a mais. Esses números ainda não levam em conta o torneio deste ano.

Obina virou ídolo no Flamengo, meio por ironia da sempre esperta galera rubro-negra. Tem seus problemas com a balança. Certamente vai evoluir fisicamente no Palmeiras. Como disse o sempre preciso companheiro Lédio Carmona, é preciso dimensionar a contratação de Obina pelo Verdão. Ele vem como opção, como reserva, a princípio.

Pode-se afirmar que um joador é fraco, ruim. Mas não se deve nunca desrespeitar um atleta profissional de qualquer modalidade. Muito menos ridicularizar. Pelo menos eu penso assim. Companheiros de profissão pensam diferente, e isso é um direito de cada um.


A oportunidade de Marlos


Marlos é um bom jogador que o São Paulo foi buscar no Coritiba. Entrará numa equipe que tem padrão, confiança e estabilidade.

Mas que o são-paulino não pense que Marlos será o pensador, o organizador que ele tanto sonha - e precisa. Marlos é meia-atacante, seu espaço no campo é quase o mesmo ocupado por Dagoberto. Ele joga mais perto da área, muitas vezes aberto pelos lados do campo.

O meio-campo tricolor seguirá na dependência de Hernanes enquanto não for contratado um jogador com características de posse de bola, visão tática e organização.

segunda-feira, maio 25, 2009

Silêncio pago em cheque. De craque


Uma história corriqueira no trânsito de uma grande cidade brasileira. Batida leve entre dois carros, nada sério. O veículo abalrroado (linguagem policial) era nacional, carro comum. O que o atingiu, um carrão desses importados, imponente.

Do carrão salta um craque. Prontamente saca o talão de cheque e, sem calcular os prejuízos que, diga-se, eram mínimos, preencheu a folha. R$ 80 mil (mais do que o valor do carro atingido) para evitar que alguém visse o que ocorreu e a chegada de algum paparazzo.

E a vida segue, sem problemas para os dois lados.
Ecos da rodada número 3


As duas maiores vitórias da terceira rodada do Brasileirão foram as do Santos sobre o Flu e do Náutico sobre o Atlético Paranaense.

Obina pode não ser craque, mas anda sendo perseguido e ironizado injustamente por alguns torcedores do Flamengo e alguns colegas meus de profissão. Josiel e Ibson jogaram muito contra o Santo André. Sigo achando que houve falta de Nunes em Obina no gol anulado do Ramalhão, mas o lance é puramente interpretativo. Tomei de 4 a 1 no Troca de Passes de ontem, nenhum dos companheiros achou falta.

Como não é interpretativo o pênalti de aula de arbitragem feito por Miranda em Diego Souza, no clássico entre Palmeiras e São Paulo. Rodrigo Braghetto foi mal demais nessa. Agora, Verdão e Tricolor mostraram mais futebol do que na rodada anterior e vão bem para os duelos decisivos da Libertadores.

O Cruzeiro, adversário do Tricolor, está coladinho no Inter em termos de bom futebol nesse início de competição. O Colorado venceu duas vezes fora de casa em três jogos, contra times que não dão moleza em seus domínios.

Felipe, goleiro do Corinthians, está em ótima fase. Talvez a melhor da carreira. E tem falado pouco, o que, no seu caso, é ótimo.
Bom exemplo do Palmeiras


A idéia do Palmeiras de renovar contrato com Marcos por cinco anos, sendo dois como jogador e três como integrante da comissão técnica ou funcionário do clube merece aplausos. Principalmente partindo de um clube que até outro dia dava as costas para os seus ídolos do passado. Bom sinal e exemplo a ser seguido.
Olha o Náutico aí, gente!


Detesto o termo cavalo paraguaio. Acho fora de moda, desrespeitoso com os irmãos paraguaios e piada velha. Vira e mexe colegas de inegável talento e capacidade o utilizam, mas eu não uso, deixo pra lá.

O Náutico é um desses times que sempre é chamado disso. Mas tem sobrevivido a duras custas na Série A do Brasileirão. Neste ano de 2009 é a melhor surpresa do campeonato. Ainda que em apenas três rodadas, conseguiu encaixar três belos jogos. Vi o de estreia contra o Goiás. Perdia por 3 a 1 e foi buscar o empate. Ganhou do Cruzeiro, o que não é fácil em parte alguma, e virou de maneira espetacular em cima do Atlético Paranaense.

Futebol é momento, e o torcedor do Náutico merece curtir esse sem que ninguém faça piada pronta com o time. Pode-se analisar com respeito. Eu mesmo disse antes de a bola rolar que o Náutico teria dificuldades porque não tem a dinheirama dos grandes para montar elenco. Mas começa bem com Valdemar Lemos. As coisas podem mudar, mas sempre é bom comentar isso se e quando elas mudarem. Agora o Náutico merece ser visto pelo que produz. Que tem sido bom.

domingo, maio 24, 2009


São Paulo, Inter e Palmeiras são

os que mais faturaram em 2008

Recebo via e-mail do mais que competente Amir Somoggi, da Casual Auditores um estudo, realizado pelo quinto ano seguido, sobre as finanças dos clubes brasileiros.

Abaixo, o ranking e algumas conclusões do Amir sobre os três clubes que mais faturaram em 2008.


1 - São Paulo

Receita total de R$ 160,575 milhões em 2008. Queda de 17% em relação a 2007. Viu reduzida em 60% a participação da venda de jogadores em sua receita, mas melhorou a captação de recursos com estádio, bilheteria e royalties.

2 - Internacional

Receita total de R$ 142,168 milhões. Queda de 9% em relação a 2007. Sócios, bilheteria e cotas de TV tiveram impacto positivo na receita, compensando a diminuição na venda de direitos federativos de atletas.

3 - Palmeiras

Receita total em 2008 de R$ 138, 811 milhões. Houve aumento de 61% em relação a 2007. Pulou da sexta para a terceira posição. A evolução se verificou em todas as fontes de receita, com destaque para patrocínios, bilheteria e transferências de jogadores.


Alguns detalhes importantes do estudo:

Flamengo - O clube mais popular do País aparece em quarto lugar, com incremento de 17% nas receitas. Houve um aumento de 200% na geração de receita com atestados liberatórios de atletas. O clube foi importante para a geração de novos recursos para o futebol em 2008.

Corinthians - Segundo clube em popularidade, ocupa a quinta posição e teve queda de 13% em receitas no exercício de 2008. Tanferência de atletas teve queda de 62% em receita, mas o clube compensou com a arrecadação obtida em marketing, bilheteria e TV.

Entre 21 clubes estudados, o Vitória da Bahia, que é uma S/A, teve a maior evolução em receita, da ordem de 68% entre 2007 e 2008. Mas faturou pouco em números absolutos: R$ 18,882 milhões.

A Portuguesa de Desportos ocupa o lugar no estudo que era do Juventude de Caxias em 2007.

Um dos destaques do estudo é o Grêmio. Mesmo tendo redução de 9% na receita total, ocupando a sexta posição no ranking, o clube gerou receita de R$ 4,1 milhões com bilheteria, sócios e royalties em 2008. Evolução de 450% e participação de 4,2% na receita total, muito acima da média de seus pares no futebol brasileiro.

A receita média gerada pelos 21 clubes estudados é de R$ 67,5 milhões. A receita total desses 21 clubes em 2008 foi de R$ 1,4 bilhão, valor que representa uma evolução de 69% em cinco anos. 13 clubes tiveram incremento de receita e 8, redução. Entraram no mercado R$ 82 milhões que não existiam em 2007.

sábado, maio 23, 2009

O Corinthians campeão invicto

pela lente de Daniel Augusto Jr.








Hoje comento Corinthians x Barueri, pelo PFC, com meu irmão de fé e grande companheiro Milton Leite narrando. E deixo aqui um convite de outro irmão de fé e grande companheiro, o repórter fotográfico Daniel Augusto Jr.



Daniel lança na quinta-feira, 28 de maio, a partir das 19,30hs, na Livraria Saraiva do Shopping Eldorado (Av. Rebouças, 3970) o livro "Corinthians - Campeão Paulista 2009 - Invicto e Fenomenal". Jogadores do Corinthians estarão presentes.



Editado em conjunto com o departamento de marketing do Corinthians e da Autêntica Editora, o livro tem 128 páginas, conta a história em fotos dos jogos, treinos, bastidores, e da recuperação de Ronaldo até a conquista invicta do Corinthians.



Já está a venda no site do Corinthians - http://www.corinthians.com.br/ e http://www.shoptimao.com.br./

sexta-feira, maio 22, 2009




Se você fuma, veja isso





A imagem é de um fumódromo. A pintura no teto é emblemática e fala mais do que mil palavras.

Boca dança e ameaça o
esquema da Conmebol


A inesperada derrota do Boca Juniors para o Defensor uruguaio na Libertadores deve ter ligado o sinal de alerta entre os manda-chuvas da Conmebol, a Confederação Sul-americana de Futebol. Derrotas acontecem, e o Boca segue sendo o grande time sul-americano da atualidade.

Então por que a preocupação da Conmebol? Porque acredito que a entidade trabalha abertamente contra o futebol brasileiro ao adotar a esdrúxula regra de fazer de tudo para impedir finais entre times do mesmo país na Libertadores. Por mesmo país entenda-se Brasil.

O Boca era a grande esperança da Conmebol, tenho certeza. Eliminado, deixa o caminho muito mais tranquilo para uma terceira final envolvendo brasileiros. Resta como único argentino o Estudiantes. Que enfrentará o perigoso Defensor. Na mesma chave estão Nacional uruguaio e Palmeiras, times de tradição na Libertadores, que podem chegar.

Do outro lado aparecem Cruzeiro e São Paulo, que indicarão um semifinalista brasileiro, além do Grêmio, que deve atropelar o Caracas. Seria uma semifinal entre brasileiros. Se passar o Palmeiras na outra chave, a Conmebol terá que engolir mais uma decisão brasileira.

Isso mesmo com a CBF não mexendo uma palha para defender seus afiliados, já que para ela existe apenas a $eleção Bra$ileira no horizonte próximo.

quinta-feira, maio 21, 2009

E aí, gostou da
lista do Dunga?



Lista é lista, cada um tem a sua. Vejamos abaixo a que o Dunga soltou ontem, para os jogos da Seleção nas Eliminatórias, contra Uruguai e Paraguai.

Goleiros:
Julio César (Internazionale)
Gomes (Tottenham)
Victor (Grêmio)

Laterais:
Maicon (Internazionale)
Daniel Alves (Barcelona)
Kleber (Internacional)
André Santos (Corinthians)

Zagueiros:
Alex (Chelsea)
Juan (Roma)
Lúcio (Bayern de Munique)
Luisão (Benfica)

Meio-campistas:
Anderson (Manchester United)
Gilberto Silva (Panathinaikos)
Josué (Wolfsburg)
Ramires (Cruzeiro)
Elano (Manchester City) Felipe Melo (Fiorentina) Júlio Baptista (Roma) Kaká (Milan)

Atacantes:
Alexandre Pato (Milan)
Luís Fabiano (Sevilla)
Nilmar (Internacional)
Robinho (Manchester City)

Claro está que Dunga tem uma base que é majoritariamente formada pelos jogadores que passaram com ele pela provação da Copa América.

Discordo de alguns nomes. Josué, Glberto Silva, Anderson, Luizão, Kléber, por exemplo. Acho que há jogadores brasileiros, aqui e em qualquer parte do mundo, que vivem fases melhores ou são melhores.

E você, quem chamaria, quem não chamaria?
Duelos centenários na
semi da Copa do Brasil

Haja história e tradição. O Vasco prestes a soprar 111 velinhas. Coritiba centenário neste ano, Inter idem, o Corinthians em 2010. Essa turma com um século de história e paixões vai disputar as semifinais da Copa do Brasil.

Só jogão. Assim como foram os das quartas-de-final.

Na terça o Coxa sofreu para bater uma valente Ponte Preta. Ontem, dois grandes jogos no Rio e em Porto Alegre, e um cumprimento de tabela em Salvador.

O Corinthians eliminou o Fluminense porque tem e é mais time. Tem jogadores melhores e um esquema tático mais sólido, testado e comprovado. O Flu está em transição e precisa qualificar seu elenco. O número de passes errados do time não reflete apenas nervosismo, é falta de qualidade de alguns.

Inter e Flamego, pelo que vi apenas dos melhores momentos, foi de arrepiar. O Inter ainda tem sido mais fama do que futebol. Tem lampejos, mas carece de consistência para confirmar o que seu elenco alardeia. O Flamengo não joga mal, pelo contrário, mas é um time, como se dizia antigamente, de armandinhos, um time enrolado, sem objetividade na hora de definir.

O Vasco, se fosse um filme, seria algo como Eu Sei o Que Vocês (Corinthians) Fizeram no Verão Passado. Projeto de reconstrução em andamento, sendo bem executado. Some-se a isso um treinador cometente, uma camisa de peso e história, uma torcida gigante. Sopram novos ventos na Colina, sem dúvida.

Apostas abertas. Diria que Corinthians e Inter têm times melhores, o que não significa que srão os finalistas. Virginie cantaria no Metrô que no balanço das horas tudo pode mudar.

quarta-feira, maio 20, 2009








Bate-papo e revelações da


gente boa e amiga do Sul






Fiquei muito contente com o lançamento de Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro em Porto Alegre. O papo com os mestres Ruy Carlos Ostermann e David Coimbra atraiu um bom público à Saraiva do Shopping Praia de Belas e foi saboroso.


Tive a honra de receber colegas jornalistas do Sul como o Serginho Bouaz, o Zé Alberto, e gente importante como o vice-presidente do Inter Fernando Carvalho e o ex-vice do Grêmio Túlio Macedo. Ganhei de presente uma cópia de um projeto maravilhoso chamado Álbum de Ouro do Santos Futebol clube, de um leitor e novo amigo chamado Nico. Uma preciosidade histórica.


Saímos depois para comer um delicioso carreteiro no charmoso Jazz Café e conversamos muito sobre futebol com a sabedoria do Ruy e o conhecimento do Fernando Carvalho, que considero um dirigente acima da média. Também se juntou ao grupo o Ivan Pinheiro Machado, da L&PM, ótima figura, a quem tive o prazer de conhecer, além do pessoal do bar e outros amigos.

Bom papo e muitas sacada e notinhas.

Fernando Carvalho fez importantes revelações. Entre elas a seguinte: o Inter já recusou uma proposta de 18 milhões de Euros pelo Nilmar. E se vierem propostas do Leste Europeu, só com garantia bancária. Outra boa: ele, pessoalmente, está encarregado de participar ativamente de reuniões na CBF em tudo que possa interessar ao Inter, principalmente no que se refere a arbitagem. Não será por falta de zelo que o Inter deixará de ganhar algo.

Outra importante revelação. Fernando Carvalho disse que viu uma entrevista de Bráulio, o Garoto de Ouro, o Galocha, num programa de TV e ficou tocado com o estado do ídolo Colorado. Viu que estava sem dentes, abatido. Reproduzo a frase do dirigente: "Vi aquilo e mandei na hora fazerem os dentes do Galocha e dar um plano de saúde e odontológico pra ele que o Inter paga. É a história do meu clube". O mesmo acontece com Escurinho, outro grande ídolo do Inter que passa por problemas de saúde.

Ou seja, não foi por acaso a transnformação do Inter nos últimos anos.

Livros, um grande presente

Acabam de chegar pelo correio dois belos livros que me foram enviados pelo professor e médico cardiologista Francisco Michielin, de Caxias do Sul. Michielin é um historiados de pena cheia e memória infalível, apaixonado pelo futebol e pelo seu Juventude.

Presenteou-me com dois exemplares de sua ótima produção: A Primeira Vez do Brasil, Campeão Mundial em 1958, relato histórico brilhate. E Para Voar Voamos, que conta as aventuras de uma turma conhecida como 14 Picaretas nos intermináveis anos 60. Devorarei em breve ambos.


sexta-feira, maio 15, 2009

Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro.
O lançamento agora será em Porto Alegre





Tudo bem que não parece uma manchete, mais um olho. Mas o que importa é que nesta segunda, 18 de maio, farei o evento de lançamento do livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro na bela Porto Alegre.



Será na Saraiva do shopping Praia de Belas, a partir das 19 horas. Haverá um bate-papo com dois dos maiores craques do jornalismo gaúcho e brasileiro: o Professor Ruy Carlos Ostermann e o David Coimbra, uma das maiores feras da nova geração. Será uma honra recebê-los. Assim como a vocês.
Bendita renúncia, se vier.
E nossa indignação, cadê?

Leio na coluna da Dora Kramer que José Sarney pensa em renunciar. Que o faça logo porque já iria tarde. Sarney, o kzar do Maranhão, o estado condenado à miséria por sua administração familiar. Ele coleciona ilhas e os maranhenses naufragam em suas próprias casas. E pensar que a presidência da república caiu no colo dele.

Sarney, imperador do Maranhão e senador pelo Amapá, presidente do Senado, símbolo do coronelismo, sempre disfarçou tudo isso com um verniz intelectual. Pior que seus livros que jamais lerei é a perpetuação do sobrenome e dos maus exemplos na politica.

Muitos deveriam seguir o exemplo de rara humildade do senador e renunciar. A cloaca da política nacional, um Congresso ultrajante, que acena com o cotão de 50 mi reais mensais por parlamentar e pensa em tungar a poupança enquanto mais de um milhão de brasileiros vive com água pelo pescoço.

Tão assustador quanto o baixo nível da política brasileira e seus parlamentares que se lixam do alto de seus castelos é perceber o que aconteceu com nossa capacidade de indignação. Digo da classe média, da qual faço parte, que na verdade é quem sustenta tudo isso porque paga imposto. O pobre tenta sobreviver como dá porque sempre esteve e estará abandonado por essa gente que dele só compra o voto. O rico que não presta tem outras preocupações, pensa no que fazer se a Suíça resolver abrir a lista de donos de cofres. O rico que presta (eu acredito, sim, que existam muitos) quebra a cabeça com temas como taxas, burocracias, impostos em cascata etc.

A classe média está sumindo e calada. Também sobrevive a duras penas, tenta salvar o que resta de emprego e perdeu a capacidade de se indignar. Eu ainda sonho com uma grande passeata que termine em frente ao Congresso, unindo pobres, classe média e ricos honestos. Essa passeata exigiria a renúncia geral e irrestrita daquela corja com marcação de eleições para o dia seguinte com apenas uma regra: só pode concorrer quem não tem problema com a Lei ou o Fisco. Aí eu quero ver.

quinta-feira, maio 14, 2009

A segunda aurora
do Vasco da Gama

Há alguns dias encontrei um amigo vascaíno que é a perfeita tradução da metamorfose porque passa esse glorioso gigante do futebol brasileiro. Antigamente o amigo era fã do Eurico Miranda e de seus métodos truculentos. Achava que ele fazia tudo por amor ao Vasco e, por isso, não havia limites para as atitudes do dirigente. Bradava que o Vasco jamais cairia e que apoiava uma eventual virada de mesa se isso acontecesse.

Agora ele está entusiasmado com a reviravolta cruzmaltina. Entende que Dorival Júnior faz um trabalho corretíssimo (isso porque a conversa aconteceu dois dias após a eliminação na Taça Rio) e acredita que o clube está no caminho certo com a administração do ídolo Roberto Dinamite.

Enfim, é um Vasco renovado, de cara limpa, reescrevendo sua história. Que injustamente andava sendo confundida com a história de seu antigo dirigente e seus métodos reprováveis.

A torcida vascaína deu show contra o Brasiliense, uma prova de amor, repetindo o que fizeram botafoguenses, palmeirenses, corintianos, atleticanos, leões e todos os outros torcedores que tiveram seus times rebaixados mas renovaram o compromisso de fé.

O Vasco verdadeiro é o do Expresso da Vitória, o de Adhemar Ferreira da Silva, de Ademir, de Roberto, da entrada do atleta negro nos grandes clubes, enfim, o Vasco dos verdadeiros vascaínos.

Tenho certeza que esse clube de tantas e belas histórias vive sua segunda aurora, um renascimento forte, vigoroso e cujos resultados serão vitoriosos em breve (como não considerar o Vasco candidato ao título da Copa do Brasil?). Resta apenas resolver mais um gesto de grandeza, até porque seria muito simbólico: fazer com que a divulgação do público em São Januário seja compatível com o que os olhos e as câmeras de TV mostram. Será a prova definitiva de que os tempos mudaram.

quarta-feira, maio 13, 2009

Sua santidade Marcos

Perfeito. É a única palavra que pode expressar o que foi a atuação de Marcos contra o Sport. Talvez a maior da carreira desse goleiro de caráter exemplar e carreira tão gloriosa como complicada em virtude das contusões.

Duas defesas chamam a atenção. A primeira, numa cabeçada a queima-roupa, com reflexos de bloqueador de vôlei. E a última, num chute forte do garoto Ciro, no instante final de um jogo eletrizante, literalmente salvando o time. Dizer que ele falhou no gol do Sport é diminuir a beleza da jogada de Luciano Henrique.

Nas penalidades Marcos é um gigante. Seu 1m92 se multiplica diante dos batedores, que se veem diminuídos, acuados.

Dizem que não há vitórias individuais, mas essa do Palmeiras é 99% de Marcos. Ele compensou no braço as dificuldades do time, muito retraído, tímido, diante de um adversário ousado, seguro e decidido. O goleiro também livrou a cara de Luxemburgo, que ao tirar Keirrison e Diego Souza, além de encolher ainda mais o time, se viu sem dois potenciais cobradores de penalidades.

Marcão é desse tipo de jogador que trafega acima do bem e do mal entre os torcedores. Seria bem recebido até no Parque São Jorge, casa do maior rival dos palmeirenses, caso aparecesse para uma visita. Também é um herói com caráter, num universo futebolístico infelizmente recheado de macunaímas.

O azar do Sport foi ter topado com Marcão num dia de santo. Porque a vaga estava ali, tal qual moça indecisa, na dúvida cruel entre sucumbir aos encantos alviverdes ou rubro-negros. Como o Palmeiras poderia ter goleado em São Paulo, o Sport fez por onde massacrar em Recife. Mas no meio do caminho pernambucano havia Marcos.

terça-feira, maio 12, 2009

Um beijo e boa viagem,
querido tio João Lopes


Meu querido tio João Lopes embarcou hoje para aquela viagem que todos faremos um dia. Uma figura doce, maravilhosa, uma dessas almas especiais que só fizeram o bem e só espalharam o bem.

Foi muito por causa do tio João que eu peguei gosto pela leitura, devorando exemplares de Monteiro Lobato que ele me indicava em sua maravilhosa biblioteca na casa de Pitangueiras, interior paulista, ao lado da tia Vera e das primas Lela e Nívea.

Um beijo, tio João, e boa viagem.
De livros e amigos


Ontem tive o prazer de receber amigos cariocas, gaúchos radicados no Rio, colegas, cariocas de alma paulista que fazem parte da família, enfim, amigos, no lançamento do livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro no Rio. Infelizmente, os compromissos com o trabalho e um surto de gripe, não a suína, tiraram muita gente da ocasião.

Conheci melhor a belíssima Livraria da Travessa, em Ipanema, um oásis para quem gosta de livros e um ambiente bonito e agradável. Também agradeço a gentileza da Gabriela, que cuida dos eventos da casa.

Agradeço especialmente meus colegas de trabalho do SporTV e da Globo que, mesmo com a agenda superapertada, foram me dar um abraço. É um prazer e uma honra trabalhar com vocês.

Além da simpatia e do carinho de todos, ganhei um baita presente do amigo César Oliveira, da Livros de Futebol. O livro O Artilheiro Que Não Sorria, de Rafael Casé, sobre o grande Quarentinha, maior artilheiro do Botafogo. Edição primorosa e uma história saborosa que já comecei a ler.

segunda-feira, maio 11, 2009

Quais foram os grandes vencedores
da primeira rodada do Brasileirão?

Claro que ainda é cedo, como cantaria o inesquecível Renato Russo. Faltam 37 rodadas, um pedação do outono, todo o inverno e praticamente a primavera para que raie o campeão nacional de 2009. Mas há análises para todos os tipos de resultados da primeira rodada.

Para mim, dois resultados são particularmente importantes. O triunfo do Vitória sobre o Atlético Parananese, fora de casa, e o empate do Náutico com o Goiás, em Goiânia. Ganhar fora de casa de um adversário que, entre outras coisas, tirou o selo do Corinthians na temporada, é uma baita de uma vitamina para o Vitória, cujo elenco não chama a atenção nesse início de torneio, uma época muito mais de previsões que de análises.

Vi todo o segundo tempo de Goiás x Naútico. Bela atuação do Timbu, de raça e entrega. O próprio Gilmar, autor do gol de empate, disse que o Náutico de Valdemar Lemos mostrou uma veia ofensiva que o próprio jogador desconhecia. Um ponto com sabor de três, que motiva a fanática massa dos Aflitos a empurrar o time no que ele mais precisa: ganhar em casa.

Os demais resultados, acho eu, não fogem muito do normal pelas circunstâncias.

domingo, maio 10, 2009




Lançamento do meu livro

Os 11 Maiores Técnicos

agora no Rio de Janeiro


Espero os amigos cariocas e seu eterno e invejável bom humor para um convescote futebolístico nesta segunda-feira, dia 11, a partir das 19 horas, na Livraria da Travessa, em Ipanema. Será a noite de autógrafos carioca do livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro.
Bom começo de Brasileiro


Conforme se esperava, o Brasileirão começou bem, com jogos interessantes.
A reação do Galo mineiro em cima do Avaí foi importante, em especial pelo que projeta para a próxima rodada, já que Celso Roth, agora em Minas, receberá o Grêmio, seu ex-time, num duelo pra lá de interessante.

O empate entre Sport e Barueri produziu o gol mais esquisito dos últimos tempos, o de Pedrão, do Barueri, ante um Leão que está preparando a Ilha para a decisão de terça-feira contra o Palmeiras.

O Palmeiras suou para virar em cima do Coritiba, embora tenha jogado muito mais, ante um advesário retrancado demais.

O jogo foi cheio de polêmicas. Há várias opiniões e interpretações. Eu não marcaria o pênati que resultou no gol do Coritiba, por exemplo. Linhares Jr., que narrou o jogo, marcaria. Assim como o árbitro marcou. Para mim, o único pênalti pênalti não foi marcado, de Felipe agarrando Ortigoza na área. E o gol de Keirrison foi marcado com o atacante, na minha visão, em posição de impedimento. Agora, nada de outro mundo ter sido marcado o pênalti a favor do Coritiba, porque o lance é mesmo duvidoso e interpretativo. Assim como nada de outro mundo o gol do Keirrison ter sido validado porque é muito difícil para o bandeirinha ver o lance como também é muito difícil ser preciso vendo a imagem da TV.

Bola rolando o Palmeiras foi superior no primeiro tempo e bem superior no segundo, com as entradas de Diego Souza, Keirrison e, principalmente, Cleiton Xavier. O Coxa tem time para ser mais ousado e menos defensivo no restante da competição. Mas está tudo começando apenas.

A neura do preconceito

Recebi uma mensagem de um anônimo, desses que são obcecados pelo preconceito, que vêm inimigos e sombras em qualquer parte. Em resposta ao globoesporte.com, perguntado sobre previsões (que são chutes como os de qualquer outro, já que a bola só começa a rolar), coloquei times com situações preocupantes do campeonato, que entendo que terão problemas e podem cair, dois paulistas, um mineiro e um pernambucano. E o torcedor pernambucano ainda chama isso de preconceito.

Assim como outro fala que eu visto camisa de torcedor ao comentar um jogo em que o time da casa ganha com um gol aos 43 do segundo tempo e eu comento que o cara que fez o gol estava impedido. Vá entender.

sexta-feira, maio 08, 2009

Vem aí o maior campeonato
nacional do planeta futebol


Os europeizados do futebol que me perdoem, mas o Brasileirão é fundamental. Neste sábado a bola rola para o maior e melhor campeonato nacional de futebol do planeta. Minha opinião.

Pode-se argumentar que na Liga dos Campeões estão os melhores jogadores em atividade blablabla. Mas é uma competição continental. Não estou falando de cifras, de mídia, de marketing. Falo de campeonato de futebol em um país. Que outro torneio no mundo reúne tantos times em condições reais de serem campeões?

Pois vejamos. Alguém duvida que Inter, São Paulo, Corinthians, Cruzeiro, Palmeiras, Grêmio, Flamengo, Sport, Fluminense e Botafogo reúnam, hoje, pelo menos alguma condição de brigar pelo título? E que podem acontecer boas surpresas em times como Coritiba, Atlético Paranaense, mesm o atualmente combalido Galo mineiro? Só aí são 13 times citados.

Falar em favoritimos agora é só teoria. Estadual não é parâmetro, quando muito indica alguma coisa. Bola por bola, Inter e Cruzeiro estão jogando melhor do que todo mundo. O Corinthians é muito regular e tem Ronaldo, que é fenomenal. Que dizer do Grêmio, bem demais na Libertadores. Essa mesma Libertadores que, assim como a Copa do Brasil, deve tirar algum brilho do início de Brasileirão, em virtude desse calendário ainda mal montado.

Mas o que importa é que a bola vai rolar para o maior espetáculo do planeta futebol.

quarta-feira, maio 06, 2009

Viva o Barça!
Viva o futebol!

Admito que torci - e muito - pelo Barcelona contra o Chelsea. Primeiro porque conheci e me apaixonei pela cidade de Barcelona durante as Olimpíadas de 92. Segundo porque o Barcelona é a seleção nacional da Catalunha, foi peça importante na resistência ao estúpido e atrasado regime de Franco na Espanha e é um símbolo do futebol bem jogado.

Ainda mais tendo como adversário o Chelsea, time que é um brinquedinho de um milionário russo cujo dinheiro vem lavadinho sabe-se lá de onde.

Pra completar, foi a vitória do futebol contra a retranca do competente Guus Hiddink, que dessa vez exagerou na dose no ferrolho no jogo de Barcelona.

Também admito que adorei ver derrotado um time no qual alguns jogadores, descaradamente, fizeram uma panelinha para derrubar o Felipão. E a peça final do enredo: foi uma delícia ver o Ballack reclamando do péssimo juiz norueguês ao fim do jogo. Aliás, ganhou o quê esse Ballack para ter a moral e a marra que tem?

E como jogam Xavi e Iniesta!!!!
Reação do Palmeiras e
a várzea da Conmebol


Depois de ser muito e justamente criticada, a defesa do Palmeiras tomou jeito e ficou dois jogos sem sofrer gol. Essa é a principal explicação para a recuperação da equipe na Libertadores. A vitória sobre o Sport pode parecer magra no placar, mas no conjunto da obra, pensando em termos de 180 minutos, é pra lá de interessante. Se fizer um gol em Pernambuco, o Palmeiras obrigará o Sport a fazer três para se classificar. Coisa que o Sport tem todas as condições de fazer e já provou anteriormente. Vale muito não tomar gol em casa. Na final da Copa do Brasil o Corinthians tomou e deu no que deu ante o Leão da Ilha.

Nada está definido nesse confronto, que tem tudo para ser o mais equilibrado das oitavas na Libertadores. Embora tenha perdido muitas oportunidades e pudesse ter vencido por três gols de diferença, o Palmeiras mostrou que sabe como jogar contra o Sport. Assim como o Sport sabe jogar contra o Palmeiras. A solução fica para os detalhes, esses maravilhosos detalhes.

Ah, a dona Conmebol

Há muito tempo que a Conmebol judia de sua principal competição, a Libertadores. Primeiro com essa coisa covarde e canhestra de evitar uma final entre times do mesmo País. Tudo para evitar uma final, mais uma, entre brasileiros. A CBF não liga para os seus afiliados e aceita isso como um cordeirinho pronto para o sacrifício. Lamentável. Ano passado a Conmebol meteu a mão grande no regulamento e o alterou com a bola rolando. Uma vergonha.

Agora há um problema sério em questão, a gripe suína. Envolve problemas de saúde pública e uma ameaça de pandemia (que parece muito mais ameaça do que qualquer coisa). Mas será que a melhor solução seria uma das aventadas, a de fazer os dois jogos das equipes mexicanas no País dos adversários? É justo com o Chivas, por exemplo, jogar as duas contra o São Paulo no Brasil? O que estaríamos dizendo se fosse o contrário? Se um surto aqui obrigasse o São Paulo a jogar duas vezes no México?

Repito: o caso é complexo e de difícil solução. Ainda há um outro ingrediente, o fato de os times mexicanos não serem da Conmebol e, sim, da Concacaf. A tv mexicana paga alto para ter seus times como convidados na Libertadores. É uma relação mais comercial que esportiva, o que facilita algum tipo de alteração na tabela. Mas o que fala mais alto agora: esporte ou negócio?

As garras do marketing corintiano

Hugh Jackman é hoje o grande astro do cinema. Ronaldo segue sendo a principal marca do futebol. O encontro do craque brasileiro com o ator australiano é a prova de que o Corinthians nadou de braçada em termos de marketing ao contratar o Fenômeno. A imagem corre o mundo hoje, e a marca corintiana se internacionaliza como nunca antes. Golaço!

segunda-feira, maio 04, 2009



Espero vocês em Campinas

para mais um lançamento

de Os 11 Maiores Técnicos



Será na Saraiva do Shopping Iguatemi, em Campinas. A partir das 19hs. Espero todos os amigos de Campinas e região por lá.

Livraço do Lédio


e do Poli ganha


segunda edição



Vale conferir. O livro é indispensável. Dois craques e muitas histórias e dados.




A história do Lance!

em livro do Stycer



Nesta quarta-feira, dia 6 de maio, será lançado o livro A História do Lance!, do jornalista Maurício Stycer, pela Alameda Casa Editorial. O local é o Bar Canto da Madalena, na Rua Medeiros de Albuquerque, 471, em São Paulo, a partir das 19hs.


O livro é o resultado da tese de mestrado do Stycer, defendida em 2007. Vale conhecer a história do novato jornal esportivo brasileiro, da qual participei brevemente, principalmente se contada pelo texto fluente e de qualidade do Stycer.

domingo, maio 03, 2009

Corinthians irretocável


Espetacular a conquita do Corinthians em São Paulo. Desde 1972, com o Palmeiras, não havia um campeão invicto no maior estadual do País. Pra resumir, nenhum jogador do Corinthians tinha nascido. Assim como não estavam nem em projeto quando o time havia sido campeão pela última vez no Pacaembu, em 1955, valendo o título de 1954.

Time que não perde em um campeonato inteiro é porque é muito bem treinado. Mano Menezes merece todos os elogios por ter montado uma equipe consistente, equilibrada, e que foi superior a todos os adversários, em todos os aspectos. Conquista brilhante e irretocável.

Elias, André Santos, a dupla Chicão e William, Cristian, todos foram muito bem no campeonato. Mas o toque final na decoração da festa do título foi Ronaldo. Falar em se não faz sentido, mas sem ele talvez o Corinthians não tivesse chegado. Tudo estava muito bem montado, funcionando direitinho, mas faltava a centelha, o algo mais, o brilho. Com Ronaldo não faltou mais nada. O que reforça ainda mais o potencial corintiano contra o bom Atlético, campeão paranaense, na quarta-feira.

Cruzeiro nota dez

Pela décima vez em sua gloriosa história o Cruzeiro conquistou o título mineiro de forma invicta. Lembro como se fosse hoje do dia em que Felipão disse, após um treino do Palmeiras, que Adílson Batista daria um bom técnico. Isso faz uns 12 anos, mais ou menos. Esse repórter não esqueceu. Sorte do Cruzeiro, que apostou nele.

Mengão bom de Cuca

Foi o teste final para Cuca, cujos times vinham devendo em algumas situações, fraquejavam na hora decisiva. Parecia que o roteiro era de drama. 2 a 0, 2 a 2, pênaltis. Mas deu Flamengo, hegemônico no Rio, tricampeão mais uma vez, para felicidade geral de sua nação. Talvez fosse o tipo de conquista que estivesse faltando para Cuca botar a sua no lugar definitivamente e se transfomar no grande técnico que dá pinta de poder ser.