quinta-feira, agosto 30, 2007


QUANDO A DEFESA É
O MELHOR ATAQUE


Palmeiras e São Paulo fizeram um belo jogo. Movimentado, disputado, com lindos lances, grandes defesas e polêmica, como pede um grande clássico. O Palmeiras dominou os primeiros 15 minutos, mas não teve poder de fogo para aproveitar um raro momento de desencontro da marcação tricolor. Depois, com Valdívia e Edmundo isolados pelo posicionamento avançado da marcação do São Paulo - e a posterior contusão do chileno, que foi duramente marcado -, o Palmeiras perdeu o ímpeto inicial. Aí prevaleceu o maior conjunto são-paulino, até o lindo gol de Jorge Wagner, que definiu o jogo.
Taticamente, o São Paulo de 2007 se define como um time que ataca defendendo. Pode parecer impossível, mas é assim que o Tricolor se impõe. A marcação em todos os setores é disciplinada, forte e constante, o que faz com que a bola dificilmente chegue em Rogério Ceni. Quando ali chega, há um excelente goleiro. Antes dele, um trio de zagueiros altos, fortes e bons tecnicamente, que rebate quase tudo. O São Paulo aceita sem problemas ser sufocado pelo adversário porque confia na qualidade da defesa e na precisão de seus contra-ataques. Assim está pavimentando uma auto-estrada rumo ao quinto título nacional, praticamente sem cobrança de pedágio.
O Palmeiras mostrou que sua evolução não é por acaso. Jogou de igual para igual com o São Paulo e teve o domínio em boa parte do jogo. Falta, ainda, maior poder de fogo, um centroavante que incomode pelo posicionamento e agressividade e, em especial, um bom ala. Os dois alas palmeirenses deixam a desejar. Wendell é basicamente voluntariedade, o que falta em Leandro. E ambos carecem de precisão nos cruzamentos. O São Paulo tem um Souza atualmente apagado, mas Jorge Wagner compensa com sua grande fase.
O detalhe que pode ter mudado a história do jogo foi a contusão de Valdívia, o melhor atleta palmeirense. Mesmo marcado com força, ele se safava dos beques com muita habilidade até sair de campo.
A polêmica fica por conta do gol anulado do Palmeiras. Nitroglicerina pura. Vendo e revendo a imagem, acho que o gol foi legal, mas também não é absurdo algum que tenha sido anulado, não é daqueles lances clamorosos, gritantes, mas depende da interpretação. E com base nela e nas recomendações da arbitragem internacional esse tipo de lance tende a ser validado. Acredito que o bandeira Carlos Augusto Nogueira Júnior tenha, na verdade, marcado - equivocadamente - o impedimento de Edmundo, porque era quase impossível, pelo seu pocisionamento, que ele visse as posições de Max e do último zagueiro são-paulino. Conversei com várias pessoas, inclusive ex-árbitros, ainda no estádio, e houve rigoroso empate de opiniões. E casos de são-paulinos que consideraram o gol alviverde legal e de palmeirenses que acharam o gol ilegal.
Em resumo: só existe agora a possibilidade de o São Paulo perder o título brasileiro. Não vejo time capaz de tirá-lo do time do Morumbi. A não ser que o Tricolor entregue de bandeja, o que parece pouco provável.

VIOLÊNCIA NUNCA

O clima foi de absoluta paz, dentro e fora do Palestra Itália. A única exceção foi a acusação de agressão ao goleiro são-paulino Bosco. Se for confirmada, a agressão deve ser exemplarmente punida. Um dado que acrescento ao caso. Bosco comemorou a vitória do São Paulo fazendo gestos para a torcida do Palmeiras. Pelo que vi no estádio (e só posso faler do que vi), nada grave, apenas deu tchauzinho e apontou para o gramado, como se reforçasse que seu time tinha ganhado dentro da casa do adversário. Não justificaria jamais uma agressão. Agora, atleta não pode ter esse comportamento, porque não é torcedor, é profissional de futebol. Principalmente nos dias atuais, marcados por fanatismo e violêcia de pessoas que se dizem torcedores mas são vândalos.
Na maioria dos estádios brasileiros os atletas são presas fáceis para potenciais agressores. E o que é mais grave, em alguns estádios, conselheiros e sócios dos clubes, que muitas vezes são os mais fanáticos e violentos, têm acesso livre e facilitado para se aproximar dos rivais.
Em vez de punições ridículas e de fachada e absolvições escandalosas, os tribunais do futebol deveriam punir quem realmente é violento, dentro e fora de campo.

QUAL A SAÍDA PARA O CORINTHIANS?

A goleada é a menor preocupação para os corintianos. O que deve preocupá-los é que a tendência é que não fique apenas nessa sofrida para o Galo. O desmando e o atraso de idéias das pessoas que tentam administrar o clube chega a ser deprimente. Some-se a isso um time limitado e visivelmente sem comando, tem-se uma situação dramática. O rebaixamento é uma ameaça real que vem de dentro e de fora dos gramados.

segunda-feira, agosto 27, 2007


SUPERCLÁSSICOS AGITAM
RODADA DE QUARTA-FEIRA


Dois dos maiores clássicos do futebol mundial são as atrações desta quarta-feira no Brasileirão. Palmeiras x São Paulo e Botafogo x Flamengo monopolizam as atenções numa rodada marcada, ainda, por outros confrontos importantes.
Para a disputa, o jogo do Palestra Itália é o que mais chama a atenção. Envolve o líder e o quarto colocado. Dois times em boa fase. O São Paulo ostenta a liderança do alto de nove jogos sem derrota e uma defesa que é, de fato, a melhor do mundo em números absoluto, tendo sofrido apenas sete gols em 22 jogos! O time é o melhor visitante do campeonato e o segundo melhor mandante. O Palmeiras reagiu e venceu quatro de seus últimos cinco jogos. Só fica atrás do São Paulo quando joga fora de casa. Chegou ao quarto posto e ganhou confiança, o que sobra ao São Paul. Enfim, tem tudo pra ser o grande jogo do campeonato. Só espero que não seja tecnicamente fraco com foi outro anunciado jogão, Botafogo e São Paulo.
Favoritismo não existe em clássico e no caso deste Palmeiras e São Paulo e a regra também é essa. Sobram atrações. Os goleiros são excelentes. A defesa do São Paulo é ótima, e o meio-campo do Palmeiras tem mostrado bom futebol com Pierre, Martinez e Valdívia. A principal diferença está nas alas. O São Paulo tem mais qualidade com Souza e Jorge Wagner. O Palmeiras encontrou em Luiz Henrique um bom parceiro para Edmundo no ataque. É jogo para fortes emoções.
Discordo de quem afirma que o Morumbi é campo neutro. É o estádio do São Paulo e ali o time manda seus jogos e é mais forte. Claro que ali já perdeu, mas sempre tem vantagem quando está e sua casa. Defendo que as equipes mandem seus jogos em seus estádios e sejam responsabilizadas por eventuais problemas que ocorram. O temor da violência, hoje, está muito mais fora do que dentro dos estádios. E há brigas e pedradas fora do Morumbi e fora do Palestra Itália. Há dificuldades para se chegar nos dois estádios. A maior diferença está no fato de a parte interna do Morumbi ser muito mais moderna e confortável. Embora seja muito mais fácil alguém invadir o gramado do Morumbi do que o do Palestra. Fora isso, o São Paulo já ganhou no Palestra e o Palmeiras já ganhou no Morumbi, o que diminiu consideravelmente essa polêmica. E sobra competitividade nos dois times. Tem tudo para ser o jogo do ano.
Do outro lado da hoje perigosa Ponte Aérea se enfrentam Botafogo e Flamengo. Também sem favoritos, no renovado e sempre belo Maracanã. O Botafogo parece ter reencontrado o prumo com duas vitórias seguidas. O Flamenfo vem embalado por uma sequência de jogos em casa provocada por um problema de calendário que acabou favorecendo o time, que está muito mais forte do que quando deveria ter jogado algumas partidas. Mas não leva vantagem alguma contra o Botafogo. O equilíbrio se faz presente de 1 a 11. O Botafogo é mais forte coletivamente, mas o momento de alguns jogadores do Flamengo impressiona. Em especial do lateral Juan, que anda jogando o fino. Dois jogos para o mundo curtir.

O CORINTHIANS À DERIVA

Poucas vezes me lembro de ter visto um clube tão abandonado como está hoje o Corinthians. A sucessão de erros administrativos e a colcha de retalhos políticos, na qual situação e oposição se misturam promiscuamente, jogaram o clube numa encruzilhada. Há problemas gravíssimos dentro e fora de campo. Rubens Arpobato Machado, um renomado advogado que é conselheiro corintiano, disse no Mesa Redonda da Gazeta que o clube corre risco de rebaixamento dentro e fora de campo, por causa do mau futebol e do rolo com o Lyon, da França. E o que faz o Corinthians? Traz um nome antigo do seu futebol, um pensamento antigo, de tempos que não voltam mais, cuja primeira medida é demitir o técnico e comunicar a um grupo uniformizado, como se esse grupo fosse mais torcedor do time do que os outros. Que esperar de um clube que afasta o presidente por incompetência mas, para tomar medidas necessárias, fica com medo de melindrar quem foi afastado? De sério no Corinthians parece ter sobrado apenas o torcedor que não se mete na política do clube.

sexta-feira, agosto 24, 2007

TEM DECISÃO EM
CAMPEONATO DE
PONTOS CORRIDOS?

Antes de entrar no tema deste post, registro, mais uma vez, que prefiro campeonatos eliminatórios, o famoso mata-mata, com semifinais e finais, a torneios de pontos corridos. Isso posto, literalmente, vamos ao tema principal: num campeonato disputado em sistema de pontos corridos alguns jogos podem ser considerados decisões?
Muita gente acha que os jogos que decidem torneios desse tipo são aqueles que envolvem adversários diretos na briga pelo título, aquela partida que se convencionou chamar de "seis pontos". Tipo um São Paulo e Cruzeiro atualmente.
Penso diferente. Acho que esse tipo de campeonato se ganha ou se perde justamente nos confrontos entre os times que estão na ponta, disputando o título, e aqueles que jogam sem grandes possibilidades ou lutam para não serem rebaixados. Algo como um São Paulo x Náutico. Explico a tese, claro, com alguns exemplos. Em 2004, o Atlético Paranaense liderava e parecia caminhar para o título quando tropeçou no Grêmio, virtualmente rebaixado, em um jogo que estava ganho. Pagou caro por isso e o título ficou com o Santos. Agora em 2007 o Santos perdeu em casa para América de Natal e Náutico, times que lutam apenas para não cair. Ganhou do Botafogo, mas essa vitória não teve exatamente o mesmo peso que as derrotas, e Luxemburgo e cia estão distantes do pelotão de frente. Vejamos o caso do São Paulo, o líder atual, que dificilmente perde pontos bobos para times de menor potencial. Perdeu três para o Náutico, nos Aflitos, e não fosse isso teria uma vantagem praticamente definitiva.
Isso porque clássico, já diz a sabedoria popular, não tem favorito. E clássico se ganha, se perde, se empata, tudo isso já está contabilizado e não interfere diretamente no desempenho de um time teoricamente favorito. E time grande, normalmente, tira ponto de time grande e de time médio e pequeno.
Isso escrito, fica para mim a impressão de que o time que vence os torneios de pontos corridos é, não apenas o melhor, como seria o óbvio afirmar, mas aquele time que menos vacila, que praticamente não perde pontos para equipes mais fracas e ainda consegue ser equilibrado na disputa contra adversários do mesmo potencial. E, além disso, o time que tem um aproveitamento acima da média como mandante ou como visitante. Ou, o que é melhor, em ambos. O São Paulo é absoluto fora de casa. Já o Cruzeiro se equilibra como terceiro mais produtivo em casa e também como visitante. O Palmeiras, vacilante em casa, é segundo na campanha como visitante, o que mantém o time vivo na competição.
E há casos extremos como os do América de Natal, que não ganha quase de ninguém e começa o returno praticamente condenado. Porque tem a pior campanha como mandante e só consegue ser melhor que dois outros times quando sai de casa. Assim fica difícil.

terça-feira, agosto 21, 2007

UMA DICA PARA QUEM QUER
SER JORNALISTA ESPORTIVO

Tem um curso legal pintando no mercado, com gente séria e capacitada, que pode dar boas e úteis dicas sobre esse ramo do Jornalismo. São eles: Patrícia Rangel (FRB), Marcelo Laguna (Diário de S.Paulo), Márcio Moron (TV Record), Vitor Birner (Rádio CBN), Doro Junior (ZDL), Luciano Luiz (Site Futebol Interior). Além das aulas, o aluno poderá participar de uma cobertura ao vivo de um evento esportivo.

Conteúdo:
A rotina de um jornal
Internet e blogs
Improviso e links ao vivo
Assessoria de grandes eventos esportivos e atletas
A cobertura de competições internacionais (Copa do Mundo, Olimpíadas, São Silvestre, Super Liga de Vôlei, outras)
Ética da profissão e mershandising
Marketing Esportivo
Transmissão Esportiva
A produção
Narração, reportagens e comentários
Pauta, produção de matérias especiais: como fugir do comum
Decupagem, Off, gravação de Off
Reportagem externa
Release
Mercado de trabalho
Jornal, assessoria de imprensa, blogs, internet, rádio e TV
Local: Faculdades Integradas Rio BrancoInício: 25 de agosto
Duração: 64 horas
Informações: Faculdades Integradas Rio Branco - Telefones: 0800 16 55 21 ou (11) 3879 3105 com Juliana (das 13:00 às 21:00hs) ou pelo site: www.riobrancofac.edu.br

segunda-feira, agosto 20, 2007

CRUZEIRO E VASCO

ESTÃO NO PÁREO


O returno do Brasileirão começa com uma boa notícia para parte dos mineiros e parte dos cariocas. Os cruzeirenses e os vascaínos têm todos os motivos do mundo do futebol para acreditar numa eventual conquista do título brasileiro. O que não significa dizer que ela acontecerá. Mas não seria nada do outro mundo.
Mineiramente, comendo pelas beiradas, o Cruzeiro se fortaleceu ao longo da competição. Eliminou o descrédito inicial e apostou num treinador que é uma interessante revelação: Dorival Júnior. Discreto, sem arroubos de sabe-tudo,. Dorival Júnior não diz a cada entrevista coletiva que é muito bom ou que tem 30 anos de futebol. Trabalha sério e em silêncio. Vale lembrar que foi vice-campeão paulista eliminando o São Paulo na semifinal com uma sonora goleada de 4 a 1. Aos poucos vai acertando o Cruzeiro, embalado pela boa fase de alguns jogadores, em especial de Alecssandro. Com um jogo a menos que o líder São Paulo, o Cruzeiro pode, na teoria, estar apenas três pontos atrás do ponteiro. O que empresta outro sabor ao campeonato, principalmente porque ainda resta o confronto direto, que será realizado no Morumbi. Mas se quiser interromper a constante e impressionante caminhada são-paulina, precisa arrumar a defesa. Embora seja o melhor ataque do torneio, tendo marcado 44 vezes, já sofreu 35 gols, um número alto e que denota problemas. Mas impressiona o fato de o Cruzeiro ser um time que joga igual dentro e fora de casa. É o terceiro em aproveitamento jogando em Minas e também terceiro quando sai de seus domínios.
O Vasco é uma agradável surpresa. Primeiro porque duvido que o mais otimista dos vascaínos apostasse numa campanha tão consistente. Segundo, porque Celso Roth, o treinador, andava pra lá de desacreditado. Dele diz-se que seus trabalhos têm prazo de validade, que começam bem mas não se sustentam. Esse Vasco do Brasileiro joga por terra essa tese. Um time bem armado e que em casa se insinua irresistível, tendo por base um meio-campo que tem dois atletas com futebol de gente grande: Andrade e Conca. O dilema vascaíno está em equilibrar o fantástico desempenho como mandante (é o melhor do campeonato) com a débil produção fora de casa (é apenas o décimo-sétimo em aproveitamento longe de São Januário). A regularidade do líder São Paulo mostra o time como o melhor visitante e o oitavo em desempenho dentro de casa.
Um pouco abaixo desse autêntico trio de ferro do Brasileiro-07 aparecem Botafogo (em curva descendente) e Palmeiras, numa boa corrida de recuperação. O Botafogo ainda se sustenta no bom desempenho como mandante (é o segundo), mas seu último mês faz acender a luz vermelha. O Palmeiras tenta equilibrar seu desempenho em casa, condição na qual tem apenas a décima-segunda campanha, com o incrível percentual de aproveitamento como visitante - é o segundo convidado menos desejado.
Grêmio, Santos, Goiás e Internacional ainda podem sonhar. Não ficam nada a dever a Palmeiras e Botafogo tecnica e taticamente. Mas precisarão de uma grande sequência de vitórias para encostar no trio de cima.
A ponta de baixo da tabela promete tirar o sono de muitos torcedores. América e Náutico são os dois piores times do campeonato como mandantes e precisam, urgentemente, ganhar em casa para escapar do rebaixamento. Mas só perdem. O Juventude tem um elenco pra lá de fraco e é o pior visitante da competição. Mesmo sem ser brilhante - muito longe disso - o Flamengo é melhor que esses três e tem tudo para fugir da degola se tiver um bom desempenho em casa. Paraná e Figueirense perderam o fôlego inicial e o Atlético Paranaense não tem feito da Arena seu alçapão, o que parece ser a única alternativa.

quinta-feira, agosto 16, 2007

OS GURUS ERRARAM DE NOVO


Um dos ramos mais supervalorizados do mundo atualmente é o de guru da economia. Essas tais agências de classificação de risco praticamente decidem o meu, o seu destino avaliando países, inventando classificações como esse desprezível risco-país e, literalmente, brincando com milhões em espécie e milhões da nossa espécie, a humana.
Vomitam previsões e análises do alto de currículos que podem impressionar pela profusão de mestrados, doutorados e MBAs (outra praga do mundo mercadológico moderno). Um parecer dessa gente supervalorizada mexe com a sua vida no instante seguinte. Esses gurus do mundo globalizado e da economia de mercado (que de mercado não tem nada, mas é quase sempre economia da especulação) já previram inúmeras quebras de países (o Brasil escapou a esse vaticínio dezenas de vezes) e, por incrível que pareça, não tiveram a capacidade de prever o estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos. Ou será que não quiseram prever? Pois há alguns meses, um analista de mercado imobiliário que vi em entrevista do programa da Oprah Winfrey, retransmitido com algum atraso no GNT, já avisava que havia ali algo errado. Mas ele não era um guru e nem trabalhava em agência de classificação de risco.
Pois esse festival de chutes deu no que deu, uma nova crise especulativa global. Que carregará com ela empregos, economias, sonhos e esperanças. Falo que esses caras chutam porque é isso mesmo. Muitos deles jamais vieram ao Brasil e os brasileiros que nessas agências trabalham será que vão a supermercados, pagam prestações, fazem financiamento ou vivem naquela bolha da geração MBA de jovens cujo mundo trafega entre Blackberrys e BMWs, passando por stock options? Aposto na segunda opção. Por muito menos, eu que trabalho com esporte, já fui atleta, passo boa parte do meu tempo em estádios de futebol e pesquisando já fui chamado de chutador. E essa gente?
Que não pensem que eu sou contra mercado, trabalho, investimento e investidores. Longe disso. Entendo como funciona essa engrenagem. O que sou contra é essa feroz especulação financeira, recheada de falcatruas, pareceres que vitaminam ações e países com interesses obscuros. O que eu gostaria de perguntar agora é se algum desses gurus perde dinheiro com seus pareceres ou se investe sua grana nas ações que recomendam?

RIVAL AMIGO

Em sua luta para escapar da zona perigosa no Gangorrão-07 o Corinthians deu uma tremenda forla ao rival São Paulo. Ganhou do Grêmio e do Botafogo, que eram potenciais candidatos no primeiro turno, e deu ao Tricolor uma folga considerável para o início do returno. São particularidades desse sistema de disputa. Eu ainda defendo a tese de que esse campeonato não se define nos confrontos entre os tubarões que brigam pela taça, mas sim quando esses peixes graúdos enfrentam peixinhos ornamentais ou frágeis girinos e perdem pontos que pareciam ganhos. O segundo turno vem aí pra colocar em discussão essa tese.

FOGO BAIXO

Que dizer do Botafogo, outrora esfuziante e agora quase opaco? Primeiro que nada está perdido. Segundo que em vez de espernear e se fazer de vítima, o vice-presidente do clube deveria tratar de buscar um goleiro ao menos razoável e enquadrar o Zé Roberto. Por que é fácil afastar jogador indisciplinado. Difícil é fazê-lo jogar. Talvez agora o cartola fale menos e deixe o clima mais tranquilo para que Cuca e seus jogadores possam trabalhar e recuperar o caminho das vitórias.

CRISE DO VÔLEI

Acho ótimo que tenha estourado essa crise no time masculino de vôlei do Brasil. Acaba com aquela aura pra lá de falsa de equipe perfeita, meninos maravilhosos e treinador iluminado. São todos muito competentes, mas seres humanos, com pecados e virtudes. Aquele ar de sala à prova de micróbios que havia no voleibol era meio irritante e pouco verdadeiro. Duvido que isso abale a caminhada vitoriosa do time e coloque um pingo de dúvida sobre a capacidade de Bernardinho. Melhor para todos eles que não são semideuses ou deuses, mas apenas atletas e profissionais de alto nível em suas atividades.

segunda-feira, agosto 13, 2007

A ESTUPIDEZ REINA NO FUTEBOL


Alguns acontecimentos recentes comprovam que o futebol, mesmo apaixonante, cativante e uma mania mundial, ainda está recheado de estupidez, dentro e fora das quatro linhas. Estupidez irracional como aquele chute no rosto desferido pelo Túlio, do Botafogo. Estupidez racional, como essa questão toda envolvendo o Richarlyson, do São Paulo, em que um magistrado acusa, julga e condena um ser humano com base em suposições e, ainda pior, por uma opção. Estupidez reacionária como a velada suspensão a Ana Paula Oliveira apenas pelo fato de ela ter posado nua em uma revista masculina. E aquela estupidez do dia a dia, da bagunça, da desorganização, dos treinadores mandrakes etc.
O caso do Túlio é emblemático. Bom jogador, gente boa, inteligente, Túlio certamente surtou por um segundo quando chutou o rosto do Leandro, do São Paulo. Algo que precisa ser duramente punido, como os tapinhas cafajestes do Souza, do Flamengo, no Tcheco, do Grêmio. E os coices e cotoveladas do Tcheco e do Gavilán no Alex Mineiro e no Evandro, do Atlético Paranaense.
Não adianta punir de mentirinha e depois aliviar. É preciso punir para dar o exemplo e pelo menos começar uma caçada à estupidez reinante, não apenas no mundo da bola, mas no planeta. Ou corremos o risco de ver casos como o do zagueiro Cris, hoje feliz da vida na França. Ele se meteu num quebra-pau com o goleiro Eduardo, num Cruzeiro x Atlético-MG, levou uma baita suspensão e, mesmo estando suspenso, foi convocado e participou da Copa do Mundo de 2006!!!! Uma baita punição, concordam? Uma vergonha.
O caso do Richarlyson só mostra que o futebol é um ambiente em que reina um preconceito muito mal disfarçado. Histórias de homossexualismo no esporte pululam. E o lado fofoqueiro que reside em cada torcedor, jornalista, enfim, em todo mundo, vibra com essas polêmicas pra lá de inúteis. O ser humano, e o brasileiro em especial, adora uma fofoca. Mas deveria se preocupar mais com a sua vida do que com a dos outros. Se fulano é gay, se cicrano é isso ou aquilo, problema deles. Richarlyson, ao que parece, é um profissional correto, dedicado e trabalhador. É direito dele falar ou não de suas opções de vida, inclusive a sexual. E o assunto morre ali.
Recentemente falecido, o jogador de vôlei Lilico assumiu sua homossexualidade numa entrevista à repórter Karol Knoploch, então em A Gazeta Esportiva. No vôlei todos já sabiam disso e o próprio jogador fazia questão de deixar claro sempre que começava o trabalho em um novo time. Seguiu jogando vôlei enquanto pôde e, ao que consta, sem problemas. Então, que tal deixar o Richarlyson em paz e cuidar cada um da sua vida?
Outra bobagem é essa polêmica em torno da Ana Paula Oliveira. Tem gente que acha que ela não pode bandeirar nunca mais só porque posou nua. E eu pergunto; por quê? O Vampeta posou pelado e joga bola até hoje. Hortência e Ida, craques do basquete e do vôlei, posaram nuas e seguiram suas brilhantes carreiras. O que ouvirá que já não tenha ouvido a Ana Paula só porque posou nua? Ela vai errar ou acertar menos por isso? Quanta baboseira!!!!
O certo é que no futebol as pessoas adoram falar em ética e em caráter, mas a maioria não conhece e nem sabe como utilizar essas palavras. O que interessa é vencer e se dar bem a qualquer custo. O boleiro que cai na vida tem fama de pegador e é idolatrado. A mulher que se aventura nesse meio é tachada de sapatão ou vagabunda. E é mais importante descobrir se fulano é gay do que analisar sua atuação como atleta.
Assim caminha a mediocridade.

MEIO CAMINHO ANDADO

Foi-se praticamente todo o primeiro turno do Gangorrão-07. Faltam alguns jogos atrasados que não mudarão o fato de que segue gritante a diferença entre o São Paulo e o restante dos times em termos de eficiência e competitividade. Mas há fatos novos que podem chacoalhar o segundo turno. Talvez não a disputa pelo título, mas sim pela Libertadores e contra o rebaixamento. Claro que se houver uma vitória do Botafogo sobre o Corinthians, a diferença em relação ao São Paulo seria perfeitamente contornável. Sem contar a arrancada do Cruzeiro. Mas se levarmos em conta o fato de que no returno o São Paulo joga em casa contra ambos, a teoria já se pinta de três cores.
Título à parte, a briga pela Libertadores promete. Estão nela, muito vivos, São Paulo, Botafogo, Vasco, Cruzeiro, Goiás, Palmeiras, Grêmio, Santos, Inter. E lá embaixo tem muita gente preocupada. Enfim, atrações para todos os gostos, em duelos cheios de alternativas táticas, técnicas e psicológicas. Casos do Palmeiras, que adora fugir de casa. Do Inter que reatou um casamento antigo. Do Corinthians que faz do sofrimento sua religião. Do Santos que acredita na magia de um treinador. Diversão não faltará. Principalmente se a estupidez der uma trégua.

domingo, agosto 12, 2007

PISADA DE BOLA E RECADO

Cometi um erro imperdoável no último post. Esqueci de listar entre os prováveis candidatos a atrapalhar a caminhada do São Paulo rumo ao título os bons times do Grêmio e do Vasco. O Grêmio, movido pela extrema competência de Mano Menezes, e o Vasco pela regularidade do trabalho de Celso Roth e um meio-campo raro de se ver hoje em dia, com Morais, Andrade e Conca.
Sobre a mensagem que um amigo manda a respeito de citação feita sobre o meu trabalho por um colunista do Sul, digo apenas o seguinte: opinão cada um tem a sua. Mas no Sul eu não acompanho autores menores. Sou leitor fiel e fã de gente como David Coimbra e Ruy Carlos Ostermann.

quinta-feira, agosto 09, 2007


SÃO PAULO SE REINVENTA

E PARTE RUMO AO TÍTULO


Não foi um jogo daqueles para se guardar na memória, mas Botafogo e São Paulo fizeram uma partida interessante e que, vencida pelo Tricolor paulista sem contestações, fecha um ciclo do time comandao por Muricy Ramalho. Desde a conquista do Brasileiro/06, passando pelas eliminações no Paulista/07 e na Libertadores/07, o São Paulo se reinventou como time. Enfrentou um processo de transição no qual se transformou de time agressivo, que impunha seu estilo dentro do campo do adversário, marcando forte e sufocando os rivais, em equipe mais cautelosa, defensiva, calcada num sistema de marcação afiado, sem, em momento algum, deixar de ser eficiente e competitivo.
A vitória sobre o Botafogo traduz, em menor escala, esse processo de modificação do São Paulo, muito bem conduzido pela dupla Muricy Ramalho e Tata, com o auxílio luxuoso do preparador físico Carlinhos Neves. No primeiro tempo, o São Paulo aceitou a condição técnica superior do Botafogo e se deixou ser atacado, confiando na qualidade da defesa com Rogério, Miranda, Breno e Alex Silva, com Josué na proteção do setor. O Botafogo dominou, mas não foi muito superior, nem criou grandes chances de gol. Na segunda etapa, com a entrada de Júnior no meio-campo, o São Paulo adiantou seu posicionamento, passou a marcar a saída de bola do Botafogo e, logo após sua melhor jogada na partida, uma envolvente troca de passes, pintou o escanteio que Alex Silva completou como gol.
Foi a senha para que a confiança de time vencedor e eficiente do São Paulo sobrepujasse a intranquilidade de time bom mas que ainda não ganhou nada do Botafogo. O segundo gol nasce de uma roubada de bola de Júnior, que alguns interpretaram como falta (eu achei normal), que Leandro concluiu, com uma ajudazinha do goleiro Marcos Leandro. Naquele momento o São Paulo já era aquele convidado que toma conta da festa, abre a geladeira, prepara os sanduíches e ainda se dá ao luxo de cantar a irmã do dono da casa, tamanha a tranquilidade com que jogava no Maracanã.
O resultado do jogo mais importante do Gangorrão-/07 ate agora não representa a conquista antecipada do São Paulo, mas recoloca o time como principal candidato ao título. Pela eficiência e pela competitividade, mesmo com uma alteração de estilo tão drástica. Claro que o time tem defeitos e, como todos os outros, viveu momentos de instabilidade no campeonato. Certamente os viverá de novo. Além de precisar buscar uma saída para a quase inoperância de seus atacantes e a irregularidade de jogadores como Richarlyson, Hernanes, Souza, Dagoberto e Jorge Wagner. É nessa hora que pinta a vantagem de se ter um elenco completo como o do São Paulo. Completo porque há jogadores para todas as posições, o que nenhum outro time tem. Acrdito que nem todos os jogadores do São Paulo seriam titulares de todos os times do Brasil em suas posições. Mas a média geral do elenco é boa e mesmo os reservas funcionam bem coletivamente.
E quem poderia brecar o Tricolor em sua caminhada rumo ao penta? O próprio Botafogo é um candidato e poderá terminar o turno apenas dois pontos atrás do líder. O Cruzeiro impressiona pela recuperação. O Santos não pode ser esquecido, ainda que necessite de um aproveitamento espetacular. Por fim, Palmeiras, Goiás e Internacional também mostram potencial para, conseguindo uma arrancada, entrarem na briga. Mesmo assim, o São Paulo alugou a pole-position e vai ser difícil tirá-lo dali.

segunda-feira, agosto 06, 2007


BOTAFOGO X SÃO PAULO,

A PRIMEIRA DECISÃO


A tabela do Gangorrão 2007, caprichosa, reserva para uma das últimas rodadas do turno inicial a primeira decisão de verdade do campeonato. Botafogo e São Paulo, os dois principais times do Brasil na atualidade, se pegam num duelo de arrepiar, no Rio. Reza a história recente do Brasileiro por pontos corridos que o time que vira o turno na liderança fica com a taça. Por isso tem pinta de decisão, embora, de fato, não decida coisa alguma.
Mas, afinal, o que têm de tão diferente Botafogo e São Paulo? O São Paulo não é segredo para ninuguém. Tem uma boa base e alguns jogadores diferenciados. Rogério Ceni, Josué, Miranda, Alex Silva estão acima da média atual do futebol brasileiro. Há ainda bons jogadores como Souza, Jorge Wagner, Reasco, Dagoberto e uma turma esforçada que, aliada a esses acima da média ou bons sobe de produção. Casos de Leandro, Hugo, Borges, Aloísio. Some-se a isso o entrosamento de quase dois anos de trabalho e a confiança adquirida por uma sequência de bons resultados e chegamos ao que, para mim, explica o sucesso tricolor. Claro que há pontos fracos, como o desempenho ainda frágil do ataque, e a indefinição na lateral direita.
O Botafogo tem um grupo que, talvez, não conte com jogadores do porte daqueles diferenciados do São Paulo. Mas encaixou uma maneira de jogar que fez luzir alguns atletas de quem muita gente esperava pouco. Casos de Joílson, Jorge Henrique e Lúcio Flávio. O diferenciado do time, Dodô, está livre para jogar, numa decisão pra lá de polêmica e que ofusca a grande campanha botafoguense. Debilidades? A defesa e, principalmente, os goleiros, que não inspiram confiança.
Mas tem tudo para ser o jogo deste primeiro turno.

A TURMA DO BOTE

E que dizer da turma que está logo abaixo de São Paulo e Botafogo, esperando para dar o bote? Vasco, Goiás, Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras ainda não mostraram consistência suficiente para dar esse salto. Oscilam muito e não conseguem o equilíbrio mostrado pelos líderes. Todos têm méritos e defeitos. O Vasco deixou de ser 100% em casa numa hora em que se esperava muito dele em São Januário. O Goiás, como quase sempre acontece, começa a perder o fôlego na reta de chegada. Ao Grêmio acho que falta a diferença que Lucas fazia no meio-campo e, também, a boa fase de Lúcio na esquerda. O Cruzeiro não oscila apenas na competição, mas principalmente dentro de cada jogo. E o Palmeiras, apesar da raça e do talento de Valdívia e Edmundo, ainda é um time muito vulnerável na defesa. Resta saber qual será o comportamento, no returno, de times como Internacional, Fluminense, Paraná e Figueirense. E, principalmente, medir o poder de reação do Santos.

quinta-feira, agosto 02, 2007

EM BOCA FECHADA....
E VIVA ZAGALLO!!!!


Qual seria o real objetivo por trás das afirmações do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, de que jogadores da Seleção Brasileira chegaram bêbados à concentração na Copa da Alemanha, "revelação" feita agora, um ano após o fracasso do time? Qual o sentido, qual a validade disso tudo? Sem contar a astuta observação de que Ronaldo estava acima do peso, o que era visível a um observador que estivesse assistindo a Copa desde a Lua. E mesmo assim o Gordinho foi o artilheiro do Brasil na Copa.
Se sabia de tudo isso, porque o comandante da CBF só se manifestou agora, um ano depois? Isso é comando? É autoridade? Se sabia, porque não tomou as rédeas da situação com a Copa em andamento? Um ano depois, é justo falar de coisas que são absolutamente corriqueiras (o que não significa que sejam corretas) no mundo do futebol e, quando os times vencem, ninguém fala nada? Eu não fui à Alemanha mas ouvi de fontes fidedignas - mais de uma - tudo isso que a CBF agora joga no ventilador. Todos sabiam. Mas não foi a CBF que programou tudo? Os treinos em Weggis, a badalação (a peso de dólares e euros)? Será justo agora querer falar de tudo que não foi falado há um ano? Só porque Dunga e cia. venceram a Copa América sem Ronaldo, Kaká e Ronaldinho?
Quem se saiu muito bem nisso tudo e, uma vez mais, mostrou que é uma figura importante e respeitada do futebol brasileiro, foi Zagallo. Fechou questão com os jogadores e contestou a versão oficial. Ficou ao lado de quem, de verdade, faz o espetáculo e sobre quem arrebenta o peso do fracasso. Esse tipo de coisa se resolve dentro de concentrações e de hotéis. Mesmo porque tem o seguinte: atire o primeiro copo quem pode falar com a cara lavada. O que não me parece ser o caso.

O FENÔMENO VASCO

Já que o assunto é fenômeno, que tal o Vasco? A mais agradável surpresa do Gangorrão 2007. Um time como outro qualquer, mais esforçado que capacitado. Com um treinador como outro qualquer, mais conservador do que ousado. Mas está aí o Vasco, com um desempenho surpreendente e, diga-se, merecido. Não é nada, não é nada, o Vasco já pode se dar ao luxo de sonhar com algo mais na competição. E não nos esqueçamos do seguinte: a base foi montada em 2006, por Renato Gaúcho, e mantida em 2007, com alguns ajustes. A vitória sobre o Inter em Porto Alegre, somada aos 100% de aproveitamento em São Januário credenciam o Vasco a brigar pela taça com Botafogo, São Paulo e Grêmio.

O FRUSTRANTE PALMEIRAS

Ao contrário do Vasco, o Palmeiras segue frustrando seu torcedor. Quando alguém pergunta porque o Palmeiras gera tanta desconfiança, o próprio time se encarrega de responder. Um time como outro qualquer, muito mais esforçado do que capacitado. Com um treinador como outro qualquer, cheio de boas intenções, mas ainda longe de fazer a diferença. O grande problema do Palmeiras, me parece, já vem de há tempos: se acostumou a ser coadjuvante. O time quase todo é de coadjuvantes, tirando um postulante ao estrelato (Valdívia) e a uma estrela em fim de carreira (Edmundo). Traçado o perfil da equipe, fica evidente que falta base para um salto maior.

O VACILANTE CORINTHIANS

Que esperar de um time que deposita toda a sua esperança num garoto de 17 anos? E que vê esse garoto jogar mais e com mais personalidade que alguns veteranos? Nada mais do que se tem do bagunçado Corinthians. Duro mesmo foi ver a bronca do goleiro Felipe no zagueiro Kadu, que realmente falhou no lance do segundo gol do Atlético Paranaense. E Felipe, não falhou no lance do primeiro?

OS LÍDERES DISPARAM

Botafogo e São Paulo, nessa ordem, os melhores times do Brasileirão neste momento, têm tudo para abrir distância nas próximas rodadas. O Botafogo já soma 31 pontos em 15 jogos. O Palmeiras, em oitavo, tem 23. O São Paulo pode chegar aos 31 em 16 jogos, no jogo teoricamente fácil que tem contra o Juventude. Na virada do turno podemos ter polarizada a disputa pelo título entre o alvinegro carioca e o tricolor paulista. Com o Vasco querendo entar de penetra.