sexta-feira, outubro 31, 2008

TROFÉU FORD/ACEESP
ENTRA EM NOVA FASE

Esse post não se trata de campanha por votos. Não faria isso, não faz parte da minha maneira de ver as coisas. Mas serve para divulgar uma iniciativa interessante da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos de São Paulo), entidade que vem se renovando e se reciclando nos últimos anos, nas administrações de Paulo Cézar Correa e, agora, Ricardo Capriotti.
Todos os anos existe a votação do Troféu Ford/Aceesp, que era restrita aos sócios da entidade. Agora a votação passa a ser aberta, via internet, com novas categorias. Serve, também, para avaliar o que o público pensa da categoria da qual, orgulhosamente, faço parte, a de cronista esportiva. Acesse o site da Aceesp e exerça seu direito de leitor, ouvinte, internauta e telespectador.
A VOLTA DA BOA
-E VELHA - MTV


A Internet é mesmo uma maravilha. Graças à grande rede a boa -e velha - MTV está de volta. Desde que deixou de mostrar clipes e pequenos jornais musicais, a MTV virou - para mim - uma chatice só. Metida a genial, revolucionária, com programas que são um acinte à inteligência e um ataque suicida contra os neurônios. Exceto coisas legais como o Rock Gol, Hermes e Renato, a atual MTV se salva pela comunicação visual e olhe lá. O resto é programa pra quem faz o tico e o teco dormirem em quartos separados do cérebro.
Mas graças aos deuses do www está de volta a clássica MTV, aquela dos clipes. Basta acessar o site http://www.mtvmusic.com/ e conferir pérolas de todas as épocas do videoclipe e lembrar como era bom o temo em que esta emissora não se dedicava a práticas narciso-onanistas de alguns apresentadores e modeletes.

quinta-feira, outubro 30, 2008

O BRASILEIRÃO DO FOTOCHART*


*Está no dicionário olímpico da Folha Online. FOTOCHART - Método fotográfico usado para definir o vencedor de uma prova de atletismo em que dois ou mais corredores cruzam a linha de chegada praticamente juntos. A primeira utilização da câmera que fazia um “mapeamento” em fotos de uma cena foi em Los Angeles-1932, quando o olho humano não teve capacidade de decidir qual dos americanos, Eddie Tolan ou Ralph Metcalfe, havia vencido os 100 m. Mas um filme fotográfico foi oferecido por uma agência de notícias aos juízes. Muitas horas depois, deu-se o ouro a Tolan. Tanto Tolan quanto Metcalfe bateram o recorde mundial à época: 10s3.

Rodada vai, rodada vem e parece que, como vaticina o amigo Marco Aurélio Souza, repórter dos bons, o Brasileirão de 2008 será decidido no Fotochart, ou seja, nos critérios de desempate. Haja equilíbrio! Como falta um grande time, um esquadrão que se imponha, e não existem grandes craques, os cinco postulantes ao título seguem muito vivos e, literalmente, tudo pode acontecer.
Grêmio e São Paulo seguem com as melhores possibilidades. O que é muito, mas também não é. Porque têm 61% de aproveitamento, contra 60% de Cruzeiro e Palmeiras, um pontinho de diferença. Nos critérios de desempate o Grêmio sustenta a ponta que segurou em boa parte do torneio porque tem uma vitória a mais que o São Paulo. Mas o Cruzeiro já tem uma vitória a mais que Grêmio e Palmeiras e duas a mais que Flamengo e São Paulo. O número de vitórias é o primeiro critério de desempate.
Matemáticos de plantão não chegam a dar 30% de chances para o maior favorito entre os cinco, o que mostra o equilíbrio.
Pipocam teses para justificar apostas. Muita gente adora chutar e depois que seu chute entra no ângulo corre para o abraço afirmando que acertou. O famoso "como eu tinha dito, time tal foi o campeão". Prefiro tentar a análise dos fatos. O time que vive o melhor momento em resultados é o São Paulo. A equipe que joga o melhor futebol é o Cruzeiro. Grêmio, Flamengo e Palmeiras oscilam feito a Bovespa. Um dia em alta, outro em queda.
O Cruzeiro enfrenta ainda um adversário direto, o Flamengo. O Palmeiras enfrenta dois, Grêmio e Flamengo. O São Paulo não enfrenta mais adversários diretos, o que pode ser uma grande vantagem. Ou nem tanto, já que não poderá mais tirar, ele, pontos dos rivais. Todos os times jogam três vezes em casa e três fora, menos o Flamengo, que joga quatro em casa, sendo uma delas o clássico contra o Botafogo.
Há tempos defendo a seguinte tese, de que o campeonato não se decide nos confrontos diretos, mas sim nas partidas entre os times que estão à frente e os que estão lá atrás. Time do G-4 que perde para equipe que está no G menos 4 ou perto dele vai dançar. Uma tese, apenas.
Da rodada de ontem, entre os líderes, algumas observações. Primeiro, a precisão cirúrgica do São Paulo para aproveitar duas falhas do Botafogo num jogo absolutamente equilibrado, igual. Segundo, concordo com Arnaldo César Coelho e acho que o segundo gol do Botafogo foi mal anulado, porque Wellington Paulista não atrapalhou em nada Rogério Ceni, embora estivesse impedido. Tiremos o Wellington da imagem e a jogada teria o mesmo desfecho. Embora seja um time frio e decisivo, o Tricolor paulista não está jogando grande coisa e vem sendo sucessivamente salvo pelo excelente Hernanes. Não altera a cotação do dólar porque ninguém está jogando muita coisa. Fora o Cruzeiro, que atropelou o Grêmio com belos gols e tem um projeto de craque chamado Guilherme. Se sair bem da prancheta, vai dar o que falar.
O Palmeiras conseguiu algo que não vinha fazendo: ganhar jogando mal. Ponto positivo. O problema do time do Luxa é que tem um saldo de gols baixo em relação aos rivais.
O Grêmio joga um segundo turno fraquinho, fraquinho, e se segura na mística do Olímpico. O Flamengo pulsa graças à tabela favorável e ao bom desempenho ofensivo dos laterais. Mas segue sendo vulnerável no meio-campo.
Enfim, tem tudo para ser no fotochart mesmo.


DIEGO ARMANDO MARADONA

Sou fã do Dieguito jogador por ele ser genial e ter sempre combatido a cartolagem de plantão. Agora, acho que ele está se arriscando muito com essa história de treinador. Penso o seguinte: não basta ter jogado muita bola para exercer qualquer outra função ligada ao futebol. Eu acho que ninguém pode sair da faculdade de jornalismo para apresentar o Jornal Nacional. Tudo na vida tem seu tempo, seu aprendizado. Ou algum conselho de administração daria a presidência de uma multinacional para o melhor aluno da GV? Diego conhece futebol, mas não sei se está pronto para ser técnico. Deveria rodar mais. Já exerceu a função com apenas três vitórias. É polêmico, está doente, racionalidade para administrar crises nunca foi seu forte. Num dia elogia, no outro chama pra briga. Só vejo uma vantagem em relação ao Dunga no Brasil. Maradona fala de futebol sorrindo. Dunga fala com a faca nos dentes.

domingo, outubro 26, 2008

O EXORCISMO CORINTIANO


Apaixonado por definição, o torcedor de futebol é capaz de transformar em situações épicas, em viradas incríveis, problemas criados por gente que nada tem a ver com ele. Explico: time grande só cai no Brasil por causa da incompetência de gente que se diz torcedora mas é, na verdade ururpadora. De paixões, de bens, de momentos. Os times caem, as torcidas e as histórias, nunca.
Foi assim com Palmeiras, Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, Sport e outros.
Não poderia ser diferente com o Corinthians. Afundado na lama de uma administração desastrosa, depauperado por parcerias nebulosas, o Corinthians bateu no último centímetro do poço, viveu um carma e soube voltar mais digno, mais limpo, mais honrado.
Graças a profissionais do futebol, o que é o mais bonito dessa história. Os que criaram o desastre e o jogaram nos pés de jogadores pouco capazes de evitá-lo, foram substituídos por gente do ramo, mais séria. Mano Menezes é, para mim (e digo isso faz tempo), a grande revelação entre os treinadores brasileiros. O ex-zagueiro Antonio Carlos se revela um promissor dirigente. Há bons jogadores que chegaram ao time, como os zagueiros William e Chicão, o talentoso Douglas, o elétrico André Santos, o futuro brilhante de Dentinho.
A cartolagem afundou o Corinthians e seus co-irmãos. Os verdadeiros profissionais do futebol os resgataram.
Em meio a isso tudo trafegam os verdadeiros donos do jogo de bola, os torcedores. Que reagem como pais nos momentos de dor e crise. Eles simplesmente colocam seus times no colo e vão à luta, renovam compromissos de amor e fidelidade e redescobrem o maior segredo do futebol: gostar do seu time sem motivo, razão. Gostar, simplesmente. Foi assim com todos os gigantes rebaixados e, claro, teve maior repercussão com o Corinthians, que envolve mais gente, ressona muito mais.
Mais uma aula foi dada. Pena que, dificilmente, a lição terá sido aprendida. Temo que ainda veremos outras situações em que os usurpadores derrubarão tudo. Mas haverá sempre os verdadeiros profissionais do futebol que, com seu autêntico espírito amador, estarão prontos para promover novos exorcismos como o protagonizado pelo Corinthians. Vá de retro, cartolagem!!!!!

sexta-feira, outubro 24, 2008

CINCO TIMES E UM DESTINO









O grupo dos times que disputa, de fato, o título brasileiro está fechado em cinco: Grêmio, São Paulo, Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras. Dado o equilíbrio técnico e a falta de consistência entre todos eles, a taça está mais perdida que cego em tiroteio, literalmente, não sabe para onde ir.


Faço aqui uma avaliação do que vejo de forte e fraco em cada um dos pretendentes.


Com base no que vou expor aqui, se eu fosse apostar, seria no Cruzeiro.





GRÊMIO





Pontos fortes - O desempenho como mandante é excelente. É no Olímpico que o Grêmio planta a base de tantas rodadas na liderança. Os volantes são bons na saída de bola, outro ponto importante.





Pontos fracos - Fora de casa perdeu força. Sem Tcheco o meio-campo fica óbvio e perde o diferencial. O ataque é bom na força mas fica devendo quando o jogo pede técnica.





SÃO PAULO





Pontos fortes - Os zagueiros. Miranda é ótimo, André Dias muito bom, Rodrigo já fica bem abaixo dos dois mas não é ruim. Zé Luís se vira bem na função. Tem Hernanes e Rogério em ótimas fases.





Pontos fracos - Falta opção de jogo. O time é viciado em bola parada, até porque nisso é muito forte. O meio-campo é pouco criativo e quando enfrenta um time retrancado sofre muito.





CRUZEIRO





Pontos fortes - O meio-campo é muito bom e técnico, com toque de bola e fluência. Tem um jogador que pode desequilibrar, o excelente Guilherme. Joga em casa mais do que todos os outros e contra dois concorrentes diretos: Grêmio e Flamengo.





Pontos fracos - Em momentos decisivos tem falhado, talvez pela inexperiência de alguns jogadores. Quando o jogo requer um pouco mais de pegada e menos técnica, cai de produção. O goleiro Fábio alterna grandes atuações e momentos pouco inspirados.





FLAMENGO





Pontos fortes - Os alas são muito bons, é por onde o time ataca. Léo Moura e Juan são a mola propulsora rubro-negra. A tabela é tão boa como a do Cruzeiro, exceção feita ao jogo contra o time mineiro, em Belo Horizonte.





Pontos fracos - Tem fraquejado em momentos decisivos. A recomposição do time é deficiente, principalmente a cobertura dos alas, que vão simultaneamente ao ataque e deixam avenidas para os adversários.





PALMEIRAS





Pontos fortes - Desempenho em casa é muito bom. A dupla de ataque formada por Alex Mineiro e Kléber é das melhores do País. Marcos, novamente em forma, pode fazer a diferença. A defesa ganhou consistência com a entrada de Martinez.





Pontos fracos - Não consegue ganhar jogando mal, o que denota alguma falta de competitividade. Os reservas para a defesa estão muito abaixo do nível dos titulares. Tem faltado controle emocional a jogadores importantes.





quinta-feira, outubro 23, 2008

NÃO PAREM A PARADINHA!!!!!


Eu gosto da paradinha. Acho que é uma das últimas representações da picardia do futebol brasileiro ainda em prática. Mas nos tempos do politicamente correto, dos "táticochatos" que infestam gramados e a mídia esportiva, a paradinha virou um crime.
Pra começar, fiquemos com o que diz a regra e o que dizem os árbitros e comentaristas de arbitragem. Na regra a paradinha é chamada de finta, como qualquer drible, artifício, o ato de superar o adversário fingindo fazer alguma coisa e, de fato, fazendo outra. Se ela, a paradinha, for considerada exagerada, é classificada como atitude antidesportiva. Conversei com alguns árbitros e comentaristas e todos disseram que para ser entendida como tal é preciso que o batedor do pênalti faça algo muito acintoso, como, por exemplo, passar da bola, voltar e cobrar.
Agora, convenhamos, como se chama na regra do futebol o pênalti? Não é penalidade máxima? Pressupõe-se que é a falta mais grave do jogo. Portanto, o pênalti só surge quando houve uma oportunidade evidente de gol, de jogada aguda, por isso, punida com a penalidade máxima. Então, com todo o respeito ao goleiro, o pênalti existe para que surja o gol que a falta impediu que acontecesse. As chances devem ser maiores do time atacante, não de quem vai defender. O que não pode acontecer é pênalti mal marcado. Aí, sim, coitado do goleiro. Mas quando é pênalti que é pênalti mesmo, azar do goleiro, ele que se vire, com ou sem paradinha, ou confie na ruindade do cobrador escalado.
Fora esse "regrês" todo, a paradinha tem aquele ingrediente que faz tanta falta ao futebol datado de hoje. A discussão, a imitação (a molecada adora tentar fazer paradinha nas peladas, assim como os marmanjos boleiros de fim de semana). Só faz quem tem habilidade, enfim, eu acho um grande barato.
O caso do jogo Palmeiras e Argentinos Juniors é emblemático. Diego Souza deu a paradinha, fez o gol, o péssimo árbitro colombiano mandou voltar. O goleiro argentino foi quase até a risca da área, pegou a segunda cobrança e o jogo seguiu. Quem foi beneficiado? O infrator.
Mas os tempos são esses aí, carrancudos. Quem toma um drible enfia o dedo na cara do atacante driblador, diz que é falta de profissionalismo e ameaça com uma botinada. Cinco minutos depois, cumpre a promessa, entra de carrinho por trás sob o argumento de que futebol é coisa séria. Os árbitros colaboram para esse estado de coisas porque adoram demonstrar autoridade quando ouvem reclamações e protestos. Mas fazem que não é com eles quando o couro come em campo.
A paradinha é a resistência, a ruptura. Não me lembro como era na época de Pelé, se mandavam voltar, se reclamavam. Mas sei que Pelé ficou marcado como gênio que foi também pela paradinha. Enquanto tentam nos enfiar goela abaixo legiões de zagueiros, 4-3-1-2, 3-4-2-1 e afins, o jogador que faz a paradinha traz para o profissionalismo um pouco dos campos de várzea, de terra, das brincadeiras de criança, do lado mais lúdico do futebol. Daqui a pouco vão proibir o drible, o chapéu, uma caneta, sob o argumento de que é antidespotivo.

O CRAQUE DO BRASIL É....

Luxemburgo acha que é o Hernanes, do São Paulo. Permito-me discordar. Acho que o Douglas do Corinthians tem todo o arsenal para ser craque mais ainda não é. Craque em atividade no Brasil, para mim, tem nome e clube: Alex, do Inter.

terça-feira, outubro 21, 2008

QUEM É CRAQUE
NO PLANETA BOLA?


Mais uma de meu amigo Lédio Carmona. No Redação SporTV de hoje, o pai babão de Pequeno Bob cravou que o futebol internacional tem hoje apenas três craques: Cristiano Ronaldo, Kaká e Gerrard. Eu faria uma alteração apenas, escalando Messi na vaga do ótimo Gerrard.
E você, qual é seu trio de craques em atividade hoje no planeta bola?

segunda-feira, outubro 20, 2008

TIME É A VERDADEIRA
SELEÇÃO DO TORCEDOR

Eu tinha praticamente certeza do resultado quando propus essa breve enquete aos amigos que me dão a honra das visitas ao blog. Mas confesso que não esperava 100% de opiniões afirmando que preferem o time à Seleção Brasileira. Isso reflete um sentimento que, para mim, sempre foi evidente no torcedor e que traduz a verdadeira noção do futebol. O que faz o sucesso desse esporte é a paixão pelo clube e a rivalidade sadia entre eles. A Seleção Brasileira seria uma espécie de cereja do bolo. Mas atualmente, por economia de idéias, a cereja, como em um doce ruim, tem sido substituída por uma imitação barata feita de chuchu.
Reproduzo aqui algumas das sábias justificativas dos internautas. Elas ajudam a entender porque o público lota estádios em grandes clássicos e não demonstra mais tanto interesse em ver o time de Dunga em ação.

Alexandre Giesbrecht disse...
Precisa responder? :) Se meu time jogasse contra a Seleção, eu torceria por ele. E olha que não faço parte do pessoal que segue a modinha de torcer contra a Seleção.


Robert Alvarez Fernández disse...
Se o Nori me permite, um pouco de sociologia de botequim...O time te identifica, te rotula sendo este o único rótulo que aceitamos de antemão : "Olha lá o palmeirense,o corinthiano,o gremista...". O time te dá passado, tradição....nossa Seleção...amistoso ? Lá no Emirates Stadium, no Dubai, no Qatar uns trocados; nossos "ídolos" jogam no Milan, Bayern, Arsenal, etc e passam um mês no Brasil, se tanto, vivendo nossa realidade.A seleção brasileira me parece aqueles pacotes de café embalados a vácuo que compravamos pra levar pros parentes da Europa devidamente rotulados "FOR EXPORT"; não era para brasileiros, é assim que a CBF vende esse produto..as taxas de ocupação dos estádios dos últimos jogos deste "café embalado a vácuo" é um sinal de que não mais nos identificamos com esses caras, a seleção perdeu seu maior patrimônio, o de representar o brasileiro, nós.P.S. a alegria dos chilenos ontém no jogo contra a Argentina serve como antítese, é um produto menos "valorizado", mas é deles, os representa.


luis augusto simon disse...
O meu time é a seleção, nori.


Andrea disse...
É como dizem por aí : meu "time do coração"... Nunca ouvi dizerem "minha seleção do coração" ... rsAbraços !!!


cafemate disse...
Não sou da modinha também que torce contra a Seleção. Mas há muito tempo que ela não me chama mais a atenção.Meu time sim, participo dele como posso, sendo sócio, indo ao estádio, apoiando. Meu time está aqui. Enquanto a seleção estiver com a cabeça apenas na Europa e suas estrelas coroadas que não têm jogado NADA, vai continuar sendo isso: nada além de mais um jogo de futebol quando o Brasil entra em campo.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Rápido e rasteiro, Data Nori pergunta:


Você prefere seu time
ou a Seleção Brasileira?

segunda-feira, outubro 13, 2008

FRASE DA CONJUNTURA:


SE EXISTE REENCARNAÇÃO,
QUERO VOLTAR BANQUEIRO


Pode-se fazer a cagada que for, dinheiro virtual, sacanagem com compra e venda de moeda, de ações, empréstimos e reempréstimos que tudo sempre acaba bem para os banqueiros - não para os bancários. Um tal banco de investimentos quebra nos Estados Unidos, o mundo balança e os diretores faturam milhões em bônus. A confiança da economia mundial é abalada por uma série de medidas desastrosas e desonestas de bancos e banqueiros, e os governos dos países mais ricos do mundo saem em socorro. Taí um negócio bacana. Se eu voltar reencarnado quero ser banqueiro.
KAKÁ, ROBINHO E JÚLIO CÉSAR.
ELES GANHARAM DA VENEZUELA


Não sou dunguista juramentado e nem por isso vivo perseguindo o técnico da Seleção Brasileira. Para os adeptos do dunguismo explícito, os que fecharam questão com o treinador, a vitória sobre a Venezuela motivará comentários elogiosos ao esquema tático, ao acerto na convocação e na estratégia.
E vi um jogo diferente daqueles que compraram essa briga do Dunga. O Brasil ganhou por causa de alguns fatores:

1) Kaká jogou muito bem.
2) Robinho jogou bem pra caramba.
3) Júlio César fechou o gol.

Outras questões que ficaram evidentes:

1) A Venezuela não existe como time de futebol.
2)Mesmo sem existir, deu trabalho pro Júlio César.
3)O que ainda faz Gilberto Silva como titular?

Alguns temas que ainda valem discussão:

1) Coletivamente, houve algum progresso? Acho que não.
2) Eliminatória serve para classificar apenas ou para armar um time?
3) Onde estão os laterais da Seleção?

Fora isso, o Brasil ainda está devendo uma dupla de atuações consistentes, duas vitórias seguidas e bom futebol.

Sobre o restante das Eliminatórias Sul-americanas, alguns pitacos:

1) Argentina e Uruguai foi disputado no Jóquei de Buenos Aires? Por que só tinha cavalo em campo.
2) Existe algo pior que os zagueiros do Chile?
3) Alguém ainda acha que o Paraguai é cavalo paraguaio?

sexta-feira, outubro 10, 2008

CRUZEIRO VOLTA A SER
UM BOM INVESTIMENTO


Perdoem-me pela manchete engraçadinha em tempos de crise econômica das mais graves. Óbvio que não falo do Cruzeiro como moeda morta, mas sim do time como um ativo muito vivo na briga pelo título brasileiro.
Dado o nivelamento e o equilíbrio entre os postulantes ao título, o Cruzeiro entrou forte e, fosse uma ação, poderia ser adquirida a bom preço, com possibilidade de crescimento. O time tem bons valores, jovens revelações e, o que é principal num campeonato em que os mandantes dão as cartas, ainda fará cinco jogos em casa dos últimos nove. Um deles contra o Grêmio e outro contra o Flamengo.
Outro ponto importante: o Cruzeiro corre, literalmente por fora. Não é aposta de quase ninguém, exceção feita, claro, ao seu torcedor. Fala-se no Grêmio, que é o time que mais liderou, no Palmeiras, seu bom elenco e Luxemburgo, no Flamengo que joga mais em casa do que todo mundo na reta final, e no São Paulo e seu passado recente de conquistas. Pouco cita-se o Cruzeiro. Pode ser uuma vantagem interessante se passar por esquecido num momento como esse do Brasileirão.
É preciso lembrar, no entanto, que o Cruzeiro teve enormes dificuldades para vencer o Ipatinga. Assim como Grêmio sofreu muito para ganhar de Botafogo e Santos, o São Paulo ganhou na chamada bacia das almas do Náutico e o Palmeiras sofreu e não conseguiu ganhar do Figueirense. O Flamengo joga hoje contra o Galo.

TRICOLOR VICIADO EM BOLA AÉREA

Chama a atenção a maneira de jogar do São Paulo. Usei esta frase ontem, na transmissão do SporTV. O time é viciado em cruzar bolas para a área. Muitas vezes há outras opções, todas melhores, mas o jogador do São Paulo dá um tapa na gorduchinha e pimba, manda para a área, pelo alto! Claro que o time é forte nisso, tem um bom aproveitamento. Mas será o único caminho, a saída sempre escolhida? Acho que o Tricolor paulista tem um grande técnico e bons jogadores, todos capazes de fazer algo mais e não resumir suas esperanças na viagem da bola rumo à área adversária.

O PROTESTO DE ELLER E AS SÚMULAS

Fabiano Eller é um belo zagueiro e uma boa figura. Normalmente calmo, bom papo, articulado. Causa estranheza sua reação em Santos x Grêmio. Acho que ele foi expulso equivocadamente, pelo que vi da imagem. Até poderia ter sido marcada a falta, talvez como jogo perigoso, mas o cartão eu acho que foi exagero. O lance do reclamado pênalti a favor do Santos é nitroglicerina. Muita gente marcaria pênalti, muita gente não marcaria. O ponto, para mim, é outro. Chama-se súmula. É um instrumento muito poderoso nas mãos dos árbitros. E tem juiz que xinga, que ameaça, que provoca, que ofende. Só que o jogador não tem súmula para preencher. Fica a palavra dele ali no éter. A do juiz ganha força ao ser impressa em papel timbrado. Só que força não é credibilidade. Talvez fosse o caso de dar aos atletas o direito de escrever o que ouviram dos juízes. Mesmo que muitos deles - atletas - não tenham nada de santos. Mas as forças são desproporcionais.

quinta-feira, outubro 09, 2008

PALMEIRAS VACILA
NA PRIMEIRA FINAL

Faltou punch, pegada de campeão ao Palmeiras no jogo contra o Figueirense. Pelas circunstâncias, era o jogo para o time que liderava o Brasileiro provar que já está pronto para reclamar o trono. O adversário era limitado, os rivais próximos jogaram ou jogarão em casa na rodada.
Não que o Palmeiras tenha jogado mal. Criou mais, chegou mais, só faltou aquele toque diferente de um time que pretende o título. Que ainda está muito possível para os comandados de Luxemburgo. Mas a primeira grande prova depois de chegar à liderança foi de nota ruim para alguns dos jogadores. Os laterais ficaram devendo, em especial Leandro, que não mostrou pique de jogo decisivo. Jumar foi mal. Acho que Luxemburgo não deveria ter tirado Alex Mineiro, principal mente porque Cléber já tinha cartão amarelo e, fundamentalmente, porque Alex é muito mais jogador.
Já o Grêmio soube ser decisivo num jogo muito complicado - e bom - contra o Santos. Criou muitas chances, tomou sufoco, mas aproveitou as melhores oportunidades e se entregou, mesmo com muitos garotos, numa disputa que tinha ares de decisão.
Se Grêmio e Palmeiras forem se enfrentar com essa diferença de pontos atual (dois), em São Paulo, a tendência do campeonato mostra que as chances são maiores para o Alviverde. É o torneio dos mandantes. Se o Grêmio abrir três pontos e uma vitória dificilmente deixará escapar o título.
Cruzeiro, Flamengo e São Paulo, por enquanto, ainda correm por fora. Mineiros e cariocas jogam mais em casa e podem se valer disso, embora existam confrontos diretos entre esses três que acabarão, em algum momento, favorecendo direta ou indiretamente Grêmio e Palmeiras.
Sigo defendendo a tese de que o campeão será o time que vacilar menos contra equipes que estão na parte debaixo da tabela. Tipo o que fez o Palmeiras contra Náutico e Figueirense.

quarta-feira, outubro 08, 2008

BOA, CASÃO!!!!!!

Hoje tive o prazer de encontrar o Casagrande. Tá firme, se recuperando, e em breve deve voltar a trabalhar como comentarista. Grande notícia. Boa sorte, Casão!!!!!! Como eu disse para ele, isso sim é que é boa notícia.


KAKÁ É CRAQUE?


Essa pergunta foi alvo de ativo debate durante o último Arena SporTV. Eu acho que é. E vocês?

segunda-feira, outubro 06, 2008

BRINCANDO DE MATEMÁTICO

NA RETA FINAL DO BRASILEIRO

Fiz algumas contas partindo do seguinte princípio: os cinco primeiros colocados manteriam seus aproveitamentos como mandante e como visitante nos dez jogos que faltam. Há uma pequena diferença relativa a Cruzeiro e Flamengo, que farão seis jogos como mandante e quatro como visitante. Palmeiras, Grêmio e São Paulo jogam cinco como mandante e cinco como visitante. Claro que devemos lembrar que há clássicos regionais envolvidos e também confrontos diretos entre os participantes.
Mas se nesse mundo ideal da aritmética os aproveitamentos fossem mantidos, o Brasileirão terminaria assim:

1) Palmeiras e Grêmio com 71,91 pontos
3) Cruzeiro com 67,56 pontos
4) Flamengo com 67,13 pontos
5) São Paulo com 66,48 pontos.


Os números são os seguintes:


Palmeiras como mandante.

14 jogos.
12 v
1 e
1 d
Aproveitamento de 88,09
Mantendo a média faria 13,21 pontos


Palmeiras como visitante

14 jogos

4v
4e
6d
Aproveitamento de 38,09%
Faria 5,71 pontos
Total de pontos somados seria de 18,91. Arredondando, 71,91 ou 72 pontos.


Grêmio como mandante

14 j
10v
3e
1d
Aproveitamento de 78,57%
Faria 11.78 pontos


Grêmio como visitante
14j
5v
5e
4d
Aproveitamento de 47,61%
Faria 7,14 pontos
Somaria 18,91 pontos. Faria 71,91, ou 72 pontos


Cruzeiro como mandante

14 jogos
10v
2e
2d
Ap – 76,19%
Faria 13,71 pontos

Cruzeiro como visitante

14j
5v
2e
7d
Ap. 40,47%
Faria 4,85 pontos. Somaria 18,56 pontos aos 49 atuais, totalizando 67,56 pontos

Flamengo como mandante

14j
9v
2e
3d
Ap. 69,04%
Somaria 12,42 pontos

Flamengo como visitante

14j
5v
5e
4d
Ap 47,61%
Somaria 5,71 pontos. No total, 18,13 pontos, e soma de 67,13

São Paulo como mandante

14j
10v
3e
1d
Ap.78,47%
Somaria 11,77 pontos

São Paulo como visitante

14j
3v
7e
4d
Ap. 38,09%
Somaria 5,71 pontos
Totalizaria 17,48 pontos, somando 66,48


UM OLHAR SOBRE

ELEIÇÕES, BRASIL,

PESQUISAS ETC.


Não me entuiasmo mais pela política, como fazia antigamente. Passava as madrugadas acompanhando apurações, análises etc. De vez em quando alguns acontecimentos ainda provocam reflexões.
Pesquisas, por exemplo. Nunca acreditei muito em pesquisas. Não conheço a fundo a metodologia e, pela quantidade de erros que acontecem ultimamente, pelo menos para mim a credibilidade anda baixa. Seja pesquisa de torcida ou de eleição. Como sempre tem alguém que encomenda, tendo a achar que os erros acabem acontecendo mais do que deveriam.
O caso da eleição para a prefeitura de São Paulo é emblemático. Como explicar que as pesquisas apontassem vantagem de 4, até 5 pontos percentuais para Marta Suplicy sobre Gilberto Kassab e os resultados das urnas mostram Kassab à frente após o primeiro turno?
Por que alguns resultados de pesquisas vazam antes da publicação das mesmas? Enfim, não é algo que tenha hoje muita credibilidade. Pelo menos para mim.
Analisando agora os números das eleições, tiro algumas conclusões:

- Lula e PT já não formam uma massa uniforme. O presidente não transfere sua enorme popularidade para o partido. Nem em São Bernardo do Campo, seu domicílio eleitoral. Ou em São Paulo, onde Marta colou sua imagem à de Lula e ficou atrás do atual mandatário.

- O povo brasileiro adora Lula como personagem, como biografia, muito mais do que tem apreço pelo PT ou pela administração de Lula. Hoje o Lulismo deixou o Petismo para trás.

- Qualquer presidente, independente de ideologia, que governe em períodos de bonança econômica, gozará de prestígio e aprovação.

- Maluf é um cadáver político, graças a Deus.

- ACM não assombra mais a Bahia incorporado em seu Neto.

- Crivella naufragou no Rio, o que prova que fé não move urnas.

- Beleza tampouco, já que a musa Manuela também dançou em Porto Alegre.

- Brasileiro vota em vereador com a mesma convicção que compra rifa.

- A máquina governamental funciona melhor que qualquer campanha política ou marqueteiros metidos a gênio.

- O sistema de urnas eletrônicas é uma maravilha.

ENQUANTO ISSO, NO BRASILEIRÃO...

A rodada pré-eleitoral mudou pouca coisa. Foi quase cumprir tabela para os líderes. O que se avizinha, porém, é bom em termos de emoção. O líder Palmeiras é o único do pelotão de frente a jogar fora de casa no meio de semana. Desafio para o equilibrado time de Luxemburgo. Que tem elenco para suportar a pressão que vem por aí. O Grêmio se recuperou e provou que a poupança feita no primeiro turno tem utilidade em tempos de crise. Correm por fora, mas com boas possibilidades, Cruzeiro e Flamengo. O São Paulo melhorou, mas esbarra no número baixo de vitórias. Será uma bela rodada, com certeza.

quinta-feira, outubro 02, 2008

PECADOS DO
FLUMINENSE



Parece história de pescador. É possível acreditar que um time chegue à final da Libertadores da América e esteja seriamente ameaçado de rebaixamento no Campeonato Brasileiro? Pois o Fluminense está conseguindo essa proeza.
Um chute errado, uma fração de segundos, apenas isso significa a diferença entre o céu e o purgatório para os tricolores das Laranjeiras. Um pênalti convertido e hoje estaríamos falando sobre o jogo entre Fluminense e Manchester United.
O que acontece com o Fluminense? Como cair tanto em tão pouco tempo? Podem existir mil teorias e muita gente pode ter razão. Um dos pontos onde acho que é a soberba. Principalmente por parte de Renato Gaúcho quando ainda treinava o time. O Fluminense, depois de ganhar do São Paulo, se considerava o time do universo. Acompanhei estarrecido as declarações de torcedores famosos no dia do primeiro jogo em Quito. Parecia uma escala rumo à Disney. O Fluminense já se proclamara campeão da América e estava esperando apenas a assinatura do contrato. Renato conduziu mal esse processo e o time foi junto. Deu no que deu. Nem tanto a derrota nos pênaltis, absolutamente do jogo, mas muito a sequência dos fatos. O Fluzão poderoso acordou na sarjeta e de lá não consegue sair.
Há um ingrediente político nisso tudo. O Fluminense tem um mecenas, um patrocinador que injeta recursos e palpites em doses cavalares. Mas pelo jeito não tem lideranças que sejam legítimas. Dentro e fora de campo. A cada derrota um tenta tirar o seu da reta e coloca o companheiro mais próximo na linha de tiro.
Talvez ainda esteja na memória do torcedor comum aquele triste dia da história do Fluminense de tantas glórias, quando o então presidente do clube estourou um champanhe para celebrar a virada de mesa que promoveu o clube para a Série A sem precisar jogar a B.
O Fluminense cresceu desde lamentável episódio, mas algumas pessoas ainda parecem acreditar no discurso do "esse time não cai etc." Outros tão grandes como o Flu caíram, e o próprio Flu despencou.
Falta ao Fluminense de hoje alguém com a estatura e o perfil de Carlos Alberto Parreira. Que tenha peito de, campeão mundial, abraçar uma campanha de série C, por exemplo. Gosto muito do Renê Simões, um grande cara e bom treinador. Mas acho que ele precisará muito mais do que boas histórias e um discurso conciliador para salvar o Fluminense.
É a mentalidade de alguns no clube que parece ultrapassada. Ainda assim, em se tratando de um gigante como esse, dá tempo de evitar o desastre. Mas não é brincadeira.