Ecos da superquarta
Cruzeiro 2 x 1 São Paulo - O resultado acabou sendo até bom para o São Paulo, que jogou pouco, foi amplamente dominado, mas fez um gol fora de casa. O repertório do time do Cruzeiro é muito maior. O São Paulo tem apenas alguns lampejos de time técnico, com a bola no chão, mas, como lampejos, duram pouco. Na maior parte do tempo é só cruzamento para a área e muita marcação. Ainda é competitivo, muito graças aos zagueiros, ótimos. Para o jogo de volta o Cruzeiro não terá Ramires e o São Paulo pode perder Miranda. Diria que está 60% a 40% para o Cruzeiro.
Caracas 1 x 1 Grêmio - A lição que o Grêmio deve tirar do empate na Venezuela é que não pode se dar ao luxo de entrar sem pegada, ainda que contra um adversário muito mais fraco. O segredo do Grêmio é jogar no limite, sempre. O time não é brilhante, sabe disso, e se supera com base em dedicação, trabalho consistente na defesa e na bola parada. O gol de empate é uma jogada ensaiada - e bem - desde os tempos de Celos Roth. E deve significar o passaporte para a semifinal. No Olímpico, com seriedade, passa: Diria que 80% a 20% para o Grêmio.
Inter 3 x 1 Coritiba - O maior desafio do Coritiba não é fazer dois gols no Inter, mas ficar sem tomar nenhum, com sua defesa pesada e lenta. O elenco gaúcho dá muito mais possibilidade a Tite do que o esforçado grupo de jogadores do Coxa pode fazer por Renê Simões. Jogo de mata-mata tem lá seus mistérios, mas diria que está 90% a 10% a favor do Colorado. Mesmo sem Nilmar.
Vasco 1 x 1 Corinthians - O Corinthians atingiu um ponto de maturidade como time. Taticamente está prontos, confia no seu esquema e no seu treinador, mesmo quando não conta com o auxílio luxuoso de Ronaldo. Ainda tem um percentual de aproveitamento baixo pela quantidade de oportunidades que produz. O ponto forte do time está no sistema de proteção ao gol de Felipe. Cristian, a dupla Chicão e William, e o lateral Alessandro, que fica mais, estão entrosados e marcam muito bem. O Vasco é um time que amadureceu e conseguiu equilibrar a falta de mais qualidade em alguns setores com muita consistência tática. 70% a 30% pro Corinthians.
Diguinho 0 x 10 Violência - Lamentável a decisão do volante Diguinho, do Fluminense, de não prestar queixa contra seu agressor nos deprimentes episódios de terça-feira nas Laranjeiras. É o mesmo tipo de atitude do atleta que, quando um vagabundo invade o campo, corre para evitar que seja detido pela polícia. Diguinho, agindo assim, jamais poderá reclamar se for agredido novamente. Ou ele te medo de algo?
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