sexta-feira, fevereiro 13, 2009

VASCO, SANTOS E SUAS CRISES


Será que haveria um ponto comum nas crises por que passam dois dos maiores times do Brasil, Vasco e Santos?

Talvez sim. Porque são clubes que sofrem os efeitos maléficos de administrações personalistas e prologadas, cujos defeitos e vícios acabam refletindo, cedo ou tarde, no desempenho do time de futebol.

O Vasco foi dirigido como um feudo por Eurico Miranda durante muito, muito tempo. Teve grandes momentos, grandes times, mas sempre havia uma pergunta, um questionamento quanto aos métodos utilizados por seu, digamos, dono à época. Tenho um amigo vascaíno que sempre defendia os métodos do Eurico afirmando que ele lutava pelo Vasco. Recentemente mudou de ideia.

O que se lê e ouve é que o Vasco virou terra arrasada. A bomba estourou em Roberto Dinamite, que agora tem sua biografia de maior ídolo do clube sendo contestada por um início de administração conturbado. O Vasco não caiu por causa de Roberto. Mas há perguntas que Roberto precisa responder, tais como empregar um sobrinho no clube. Para quem defendeu as ideias que defendeu, ele não pode fazer tal coisa.

Também parece impensável que um clube futebol profissional possa perder seis pontos porque inscreveu de maneira irregular um atleta. Em pleno século 21 isso é inadmissível.

O Vasco precisa de pacificação, da união dos vascaínos, de uma lavagem cerebral para apagar os métodos que fizeram até alguns vascaínos, como o amigo anteriormente citados, aceitarem os absurdos que eram praticados simplesmente porque o time vencia.

O caso do Santos tem diferenças, mas, talvez, o vício seja o mesmo. O clube tem um dono, seu presidente. Que, isso é sabido, emprestou dinheiro das suas empresas para o clube em momentos complicados. Em troca assumiu o monopólio político/administrativo. O Santos é administrado como uma empresa familiar. Está longe da situação quase pós-guerra do Vasco, tem um patrimônio, cresceu, mas será que é saudável que seja sempre a mesma família a mandar num clube tão importante?

O último capítulo da crise santista foi a demissão do técnico Márcio Fernandes. Tratado como herói por ter livrado o clube do rebaixamento no Brasileiro de 2008, Márcio virou o inocente útil. Ganha muito menos que os principais jogadores, aceita tudo que o clube impõe, não reclama, nõa bate de frente. Mas se o time ganha, é o alvo perfeito para que se jogue a culpa.

Mas o que dizer da atuação de Roni contra o Marília? De sua saída com sorriso irônico no rosto? Ou de um Molina que pouco correu atrás da bola mas teve fôlego para tentar chutar por trás um adversário. De jogadores que viram as costas para o time ao primeiro passe errado?

Porque uma coisa é técnico sem comando. Outra é direção de clube que não banca o comando do treinador. E uma terceira é jogador que zomba de técnico sem comando.

Só sei que vascaínos e santistas não merecem o que têm passado. Muito porque é a vontade de um que se impõe sobre o sentimento coletivo. E cedo ou tarde isso desaba.

Um comentário:

Anônimo disse...

Falando do meu VASCÃO, vergonha maior que ser rebaixado(graças ao Eurico é claro), so vou sentir se o time entrar em campo, e ficar de boca fehada, durante a execução do HINO NACIONAL BRASILEIRO!