O Flamengo precisa
respeitar sua história
Quando se fala que o Flamengo é uma nação, não há exagero. São milhões de apaixonados que mantêm uma relação única com o time. Nunca vi até hoje um time de tradição lotar o estádio de uma equipe adversária fora de casa, em outro Estado, a não ser o Flamengo. Foi num Portuguesa x Flamengo, ano passado. Impressionante!
Sem contar a história de um time que foi adotado pelo povo porque, entre outras coisas, treinava na rua, literalmente, em seus primórdios, e construiu uma história de identificação com as massas que tem poucos paralelos.
O que estão fazendo com o Flamengo atualmente não existe. É crime, é pecado. Quem é Adriano perto do time que já teve Zagallo, Evaristo, Moacir, Dida, Zico, Júnior, entre outros? Com todo respeito a seus problemas particulares, que devem ser muitos, Adriano é apenas mais um jogador do Flamengo, como qualquer outro, não está acima da instituição. O problema é que as pessoas que comandam atualmente essa instituição parecem subestimar o tamanho da mesma.
De nada adianta discursos inflamados, recheados de retórica demagógica. De que vale prestigiar Cuca se Adriano parece fazer o que quer, quando quer? Atolado em dívidas e enrascado em dirigentes que jogam para a torcida mas não por ela, o Flamengo consegue a proeza de sair do paraíso ao inferno em dez, quinze dias.
Adriano pode ser muito útil ao Flamengo, desde que seja tratado como um profissional de futebol. Grande jogador, claro, mas um profissional a mais na história do clube. O que fizeram com o Cuca foi demais, desmoralizante. Desautorizado um dia e entregue aos leões no saguão do aeroporto em outro.
Enquanto acreditar em passe de mágica, em jogada de mestre, em marketing de oportunidade, esse Flamengo não estará à altura dos flamenguistas. Tratar o Flamengo com a devida randeza é muito mais que fazer promessas mirabolantes, bravatas exaltadas e depois contratar o Pet para amortizar dívidas?
Falta aos dirigentes recentes e atuais do Flamengo, acho eu, um pouco de sangue legitimamente rubro-negro nas veias, um sabor de geral, de arquibancadas, aquele compromisso selado com amor e fé. Cada vez mais eu acho que é no rubro-negro legítimo, não no travestido de cartola, que está a solução para que o time volte a ser o que sempre foi: um dos maiores do mundo.
3 comentários:
Nori boa tarde...sou Pontepretano sem comparar com a imensidao do flamengo, mas tambem um clube de massa e concordo em genero , numero e grau suas colocacoes. se eu fosse rubro negro estaria p da vida...tb perdemos pro coxa..porem nao fomos humilhados...Ate quando esses dirigentes oportunistas comandarao nosso futebol ?
Abs. Marcos Alves
team99brasil@blogspot.com.br
pô nori...a fiel ja invadiu varias vezes os estadios de outros estados.O que vc acha de clubes brasileiros aderirem a forma de grandes clubes europeus, ou seja, se venderam a um milionario ou empresa ?
Nori, eu sou amiga da Giovana e te vi no blog dela. Sou torcedora do legítimo tricolor e te garanto que não é só na Gávea que os dirigentes amadores estão fazendo o que podem para desestruturar a instituição tão amada por sua torcida. O que está aconrecendo em Laranjeiras é um absurdo! O time não tem campo para treinar enquanto corre em silêncio um projeto para autorizar que o campo das Laranjeiras seja transformado em quadras de tênis para o lazer dos sócios proprietários (que na sua maioria nem torcem para o Flu). Como a sede é tombada, esse projeto para a permissão vem sendo mantido em sigilo na mídia. Vergonha pura.
abs
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