Cruzeiro bom de Cuca
Foi daquelas viradas para encher de ânimo o torcedor do Cruzeiro e povoar de dúvidas os palmeirenses.
No clássico dos Palestras, o mineiro saiu de um 0-2 para um 3-2 com grande autoridade e uma tarde em que o treinador da equipe azul deu uma de Mestre Cuca.
No primeiro tempo, o Palmeiras levou na base da vontade, abriu 2 a 0, marcando forte, anulando Montillo com Pierre e controlando bem a falta de alternativas ofensivas do Cruzeiro. Wellington Paulista fez um pênalti bobo e deu a chance de o Palmeiras sair na frente e depois ampliar.
Na segunda etapa, Cuca mexeu no time, que correspondeu. Tirou o estabanado zagueiro Gil e colocou Roger no meio, abrindo mão da linha de três beques. Também colocou Farías na vaga do confuso Wellington Paulista.
Se no primeiro tempo o Palmeiras tinha facilidade para marcar, com Pierre dando conta de Montillo, na segunda etapa, para correr atrás de Farías, Thiago Ribeiro, Roger e Montillo, a cobertura verde se mostrou insuficiente.
Roger entrou jogando muita bola, comandou a virada, e sua movimentação provocou a mudança de marcação do Palmeiras, que deu espaço para Montillo jogar. E esse argentino joga muito.
Felipão demorou para mexer, não deu contra-ataque ao time quando ainda vencia por 2 a 0 e 2 a 1, só foi tirar o inoperante Valdívia quando o Cruzeiro já reivindicara a autoridade do jogo. Ponto para Cuca no duelo dos "professores".
O Cruzeiro chegou com possibilidade de brigar pelo título. Está sete pontos atrás do líder Fluminense e tem um belo elenco, capaz de suportar as agruras de um torneio que exige muito. Vem com uma boa base e tem em Cuca um treinador a quem falta apenas um grande título para ter o selo de qualidade definitivo.
Libertadores é algo palpável para o Cruzeiro, e o título é um sonho possível.
O Palmeiras mostrou coração de sobra, mas não o suficiente para compensar a falta de opções de um elenco mal montado. Kléber briga sozinho na frente, e enquanto Valdívia não entrar em forma, o meio depende de Marcos Assunção para criar. Só que quando ele precisa voltar para ajudar no combate, Edinho não dá conta da armação.
A realidade palmeirense é a zona intermediária, e a Libertadores é um sonho duro de ser alcançado via Brasileirão.
2 comentários:
Nori meu velho, quando Valdivia saiu - aliás, pra que o contrataram? - o Palmeiras ficou com 6 volantes em campo - Márcio Araújo, Marcos Assunção, Pierre, Edinho, Rivaldo e Tinga - e 4 atacantes no banco (Patrick, Tadeu, Luan e Ewerthon).
É covardia demais do Felipão, por pior que sejam os atacantes. o Palmeiras está pequeno demais.
abs, Rubão.
O Felipão vai fazer o Palmeiras campeão de novo. Fato. Mas ele ganha R$ 600 mil para fazer diferente. Escalar a equipe no 3-6-1 qualquer técnico de várzea, com a oportunidade de treinar o Palmeiras,faria. Fabricio não é lateral, Assunção não aguenta uma partida inteira e Kléber não faz milagres tendo de brigar toda hora sozinho.
O pior de tudo isso? Paguei R$ 15,00 para ver de perto ...
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