De repente, brota
dinheiro no futebol
Durante o ano todo estamos acostumados com as ladainhas dos dirigentes de que os clubes não têm dinheiro para competir com a força das moedas europeias, que é preciso aumentar a arrecadação etc. Não são poucas as notícias de salários atrasados, de dívidas com jogadores, sem contar o enorme passivo trabalhista dos clubes e futebol do Brasil.
Mas eis que nas últimas rodadas de todos os campeonatos, no final da temporada, Papai Noel parece presentar o futebol com um saco sem fundo de dinheiro.Todo mundo tem uma graninha para oferecer como mala branca, mala preta, bicho extra, incentivo para um co-irmão despachar um rival.
Um time da Série B do Brasileirão, por exemplo, está oferecendo R$ 1 milhão aos seus jogadores pelo acesso à Série A. Fora isso, reservou uma quantia que, dependendo da combinação de resultados do outro jogo que lhe interessa, pode chegar a R$ 400 mil para jogadores de uma outra equipe. R$ 100 mil estão assegurados.
Imagine na Série A. A boleirada agradece e faz as contas para um Natal gordo e farto. É o prêmio pela incompetência que sempre chega. O time não faz nada no ano todo, fica no limbo, mas sempre pinga algum de um terceiro interessado em um suor extra.
É um banco imobiliário espetacular. O que circula de dinheiro no meio futebolístico nessa época do ano é uma grandeza.
Será que essa grana aparece nos balancetes dos clubes? Quem paga, como paga? E como justificar essa bolada extra de uma hora para outra?
O futebol brasileiro é mesmo uma mãe.
2 comentários:
Imagino que uma parte da grana parta de torcedores apaixonados (e abonados) a ponto de gastarem alguns milhares de reais em malas brancas. Uma lista que deve incluir conselheiros, inclusive.
É incrível como todo ano é a mesma coisa. O pior é ver um técnico dizendo nem saber que tem jogo domingo, ou mesmo ignorando este fato. Escalando time reserva. Jogador dizendo que acha normal ter mala branca, preta, marron...que seja, não importa a cor da mala, o que se mantém em vista é que o futebol brasileiro tem seu próprio código de ética e que para a maioria dos torcedores (o que é triste) não importa apenas vencer e sim ver o time rival, perder. Hoje no futebol sentimos falta da ético, do bom senso e do profissionalismo de todas as partes. É triste! Podia simplesmente ser, que vença o melhor. Mais tornou-se que vença aquele que tem o mlehor "esquema tático" extra campo.
Abs.
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