quinta-feira, novembro 30, 2006




SIMPLES MÁGICA

Que me perdoe o pessoal que frequenta esse cyberespaço por causa do esporte e do futebol, mas hoje o tema é cinema. Não chego a ser um cinéfilo do porte de meu amigo Sidney Garambone, mas a sétima arte faz parte da minha vida como da de todos nós. Que seria do filme de nossas vidas sem a tela grande, seus sonhos, sua mágica, seus ídolos e a inigualável capacidade de nos transportar para outro mundo via celulóide?
Todos temos algum filmes que podemos classificar de o filme das nossas vidas. O que não siginfica dizer que o mesmo também seja o melhor filme que já vimos. No meu caso, o filme que marcou e ainda marca a minha vida é um típico representante do cinema-pipoca: Grease, ou, Nos Tempos da Brilhantina, como ficou conhecido por aqui.
Lembro como se fosse hoje do dia em que fui ao Cine Gazeta, que era um dos maiores de São Paulo, para ver aquele filme de que todo mundo falava. Eu e minhas primas Lela e Nívea enfrentamos uma fila que dobrava o quarteirão na Avenida Paulista. Desde aquela tarde de 1978 ou 1979, já não me lembro, eu devo ter visto Grease pelo menos umas 50 vezes. No cinema, na TV, em VHS e em DVD.
Aquele filme meio despretensioso me transformou em fã de Olivia Newton-John. E até hoje me faz rir e cantar as músicas. Quando falo em mágica, explico: minha esposa e meu, de 2, e minha filha, de 5 anos, também adoram o filme. Recentemente comprei uma versão em DVD que vem com dois discos, muitos extras, imagem e áudio remasterizados. Rafa e Clara já cantam as músicas, repetem gestos e falam de Sandy e Danny como se fossem colegas de classe na escola. Isso eu chamo de magia. Uma obra que se tranforma em atemporal, que está prestes a completar 30 anos e envelhece cada dia melhor. Não precisa ser arte, necessariamente. Mas é diversão de primeira e tem aquele toque mágico que faz algumas coisas durarem para sempre.

E pra não dizer que não falei de esporte, dois toques: vôlei e futebol. No vôlei, segue impressionante a trajetória do Brasil no Mundial. Como a desafiar a lógica e a tendência de um jogo cada vez mais mecânico e baseado na força, lá vai o Brasil, movido a velocidade, técnica e Giba, a provar que sempre é possível emplacar um imprevisto lá da linha dos três metros.
O futebol nos reserva as enfadonhas escolhas de craques do ano, melhor da temporada etc. Coisa chata. Como dizer quem foi o melhor da temporada? Apenas tendo como base o que acontece na Europa ou na Copa dos Campeões da Europa? Ou o que rolou na Copa do Mundo? Deixo aqui meu pitaco. O melhor da Copa foi o Cannavaro, só porque o Zidane deu aquela cabeçada. E o melhor do ano, que ainda é o melhor do planeta futebol, é o Ronaldinho Gaúcho. Ele foi tão melhor, na minha análise, que ganha mesmo tendo apenas sido visto na Copa.

9 comentários:

Unknown disse...

Ótimo Nori, não é a toa que todos que falam sobre vc em seus blogs o elogiam n so como jornalista esportiva mas tbem como pessoa, esse comentário ainda mais a parte q cita sua familia envolvida num filme q marcou a sua adolescencia é NOTA 10 parabpens!!!

Anônimo disse...

Concordo, Cabeça. O Cannavaro foi o melhor da Copa e o Ronaldinho merece o prêmio da Fifa.

Anônimo disse...

O filme tem magia mesmo... Vi durante as férias, em Cabreúva. Meu tio gravou e nós assistíamos todos os dias.
Da galeria de coisas inesquecíveis!

Anônimo disse...

Nori, tenho 25 anos, mas também adoro Grease. Coisas que não dá pra entender e, muito menos, para explicar.

Emerson disse...

"Não precisa ser arte, necessariamente. Mas é diversão de primeira e tem aquele toque mágico que faz algumas coisas durarem para sempre."

Tão simples, né? Vale o mesmo para livros, que não são colocadas nas listas dos "mais importantes" ou "melhores" ou outras parecidas, mas que a gente lê ou assiste, e se emociona, se identifica, e fica para sempre na memória das coisas boas.

Conheci um americano que tem uma paixão maluca pelo filme "The sound of music" - entre nós "A noviça rebelde". Eu gosto demais desse filme, tenho o cd com as músicas e qualquer dia comprarei o dvd com os extras e tudo o mais. Mas esse americano foi mais longe, muito mais: sua casa é decorada e cheia de coisas ligadas ao filme ou copiadas do filme. Ele já visitou todas, sem nenhuma exceção, as locações em que ele foi filmado. Tem discos e cds de vários países, e por aí vai.

Não somente tudo isso: conheceu uma moça numa excursão para os amantes do filme. Casaram-se e, parece-me, são muito felizes. É mole? :o)

Emerson disse...

Ah, você colocou o blog em moderação...

Não é bom, mas, infelizmente, é necessário. Paciência.

A internet é uma coisa maravilhosa à qual a rapaziada não dá o devido valor. Escrever e ler tudo que quisermos não tem preço. E são poucos os que lembram da sensação de pegar o jornal e deparar com um poema de Camões na primeira página.

Aliás, a primeira vez que estranhei o Estadão foi quando colocaram na primeira página, no alto, no mais nobre dos espaços, um anúncio da Eldorado AM 700 khz com a frase "Agora é samba".

Hoje, felizmente, e apesar de algumas tentativas mambembes de burocratas ainda mais, não temos censura, mas vemos inúmeras pessoas obrigadas a bloquear a livre comunicação por culpa de um pessoal, digamos, descerebrado, para ser gentil.

Espero que essa fase passe.

Unknown disse...

Nori, justamente lembrei de você quando li no jornal, esses dias, sobre o lançamento dum DVD especial do "Grease", com muitos extras e tudo mais. Esse filme é ótimo mesmo, tenho a trilha original em LP, achei num sebo de discos velhos por 1 mango, uma reles nota de real, acreditas?

Anônimo disse...

Além do filme ser contagiante, da dança do filme ser contagiante, dos atores serem muito bons, mostra uma simples tragetória de um amor incondicional, traçado no meio dos anos 70, onde o liberalismo começou a surtir. Muito bom seus comentários.
Abraços!!!!

Anônimo disse...

Se vocês forem com o Clemer no gol, os gremistas continuarão rindo dos colorados por mais um longo tempo...