Brilha a bola do Rio
Sou paulista, caipira nascido em Jaú e cidadão baririense. Mas passo longe de bairrismos. Adoro ser brasileiros e percorrer as nossas nuances visitando o País inteiro como comentarista. Curto demais ir ao Rio, por exemplo. E quando se trata de futebol, não pode ser diferente. O jeito brasileiro de jogar bola tem tudo a ver com o Rio.
E não tem nada melhor para o futebol brasileiro do que o fortalecimento da bola que se joga na Cidade Maravilhosa.
Ver o Maracanã lotado com 80 mil pessoas no eletrizante clássico Fluminense x Vasco, a galera do Botafogo enchendo o Engenhão. Tudo isso no rastro do título do Flamengo em 2009 - já que o Rubro-Negro anda vacilante em 2010.
Se o Rio vai bem, o futebol brasileiro anda melhor. A saudável rivalidade regional força paulistas, gaúchos e mineiros, paranaenses etc. e investir, a melhorar, a correr atrás.
Em termos de jogo, de equilíbrio, de disputa e emoção, ninguém chegou perto de Fluminense x Vasco na última rodada.
Se a taça ficará no Rio é cedo para saber. Mas o fato de Botafogo e Vasco estarem de novo fortes, respeitados pelos adversários, e de o Flu puxar a fila valem muito. Se o Flamengo acordar, o Rio pode dar o tom dessa disputa.
Mas antes precisa avisar Corinthians, Santos, Inter, que parecem dispostos a invadir essa praia.
O único reparo que faço é o seguinte: havia 80 mil pessoas no Maracanã e 66 mil pagaram. Como justificar que 14 mil, praticamente a média de público do Brasileirão, entrem sem pagar?
Passeio corintiano
O São Paulo saiu no lucro perdendo só de 3 para o Corinthians. Era para ter sido de 5, 6, não fosse Rogério Ceni. O Timão sobrou, em tarde-noite de gala de Elias e Jorge Henrique. O meio-campo corintiano é muito bom e compensa o fato de Ronaldo ter virado um mico.
Já o São Paulo parece anestesiado pela soberba de alguns de seus dirigentes, aqueles que nunca erram, sempre acertam, mas que desde a saída de Muricy só quebraram a cara. O time de ontem era um arremedo, uma massa disforme, incapaz de dar uma lufada de esperança ao torcedor.
Enquanto isso....
Felipão vai tentado ser técnico, diretor, gerente, um faz-tudo no Palmeiras. Já conseguiu despertar o torcedor. Com o tempo, tendo Valdívia, Lincoln e Kléber, o time tem tudo para dar um salto de qualidade. Talvez insuficiente para disputar o título nacional, mas capaz de brigar pela Sul-americana e projetar um 2011 melhor.
E o Galo de Luxa? Tem jogadores para fazer muito mais do que vem fazendo? O treinador há muito tempo dá apenas explicações e faz promessas de melhora. Precisa falar menos e fazer mais. A massa atleticana não merece ser tão judiada.
E o tabu de Curitiba entre os rubro-negros? Desde 1974 que o Flamengo não ganha do Atlético. Será que Rogério Lourenço terá tempo de comandar todas as novas contratações rubro-negras?
No Sul, o Inter empatou com o frágil Atlético Goianiense, ainda em ressaca da Libertadores. Enquanto isso, o Grêmio segue seu calvário. Outro time que tem elenco para fazer muito mais do que está fazendo.
Alguns grandalhões do futebol brasileiro parecem acreditar na tese de que camisa sustenta tudo e time grande não cai.
Não existe time imune à queda, a Série B ameaça a todos, igualmente.
2 comentários:
O Muricy é o grande tecnico brasileiro, e isso há algum tempo.
O São Paulo é um grande time, mas viveu alguns anos na sombra do Muricy, notem o que o cara fez no Fluminense, (ele só não deu jeito no Palmeiras e o Felipão que se cuide).
Mozart
Bariri, Bariri tu ostentas esperança mais viril...
Ronaldo ter virado um mico? Mico??? Qual jogador que fez o que ele fez em tão pouco tempo no Corinthians pode ser considerado mico?
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