O FUTURO DO CORINTHIANS
Em meio à maior crise de sua história, o Corinthians deu um passo importante para, pelo menos, se livrar da nefasta administração recente, ao aceitar a renúncia do presidente Alberto Dualibi e de seu grupo de poder. Pelo menos o grupo oficial de poder. Duro é saber que lideranças se apresentam para dirigir esse gigante do futebol brasileiro. Porque na salada política de gosto indigesto que é o Corinthians, todo mundo já foi poder, ou é poder, ou sonha em ser poder. E há ainda aqueles que não aparecem, mas têm poder - e muito.
Pelo que se vê, entre os quadros atuais, ativos, da política corintiana, há o chamado deserto de idéias. Gente que apoiava a ferro e fogo a parceria, depois mudou de lado e pensa em reviravolta. Enfim, o Corinthians é um clube pra lá de esquisito. Tem por volta de 3 mil sócios e por volta de mil conselheiros, se não estou enganado. Ou seja, um terço do quadro associativo é formado por conselheiros. Haja politicagem.
A dívida que, falava-se, era de R$ 60 milhões quando apareceu a parceria, já estaria batendo na casa de R$ 100 milhões. E hoje li notícias de que a parceria continua, sim, na ativa.
Enfim, o torcedor do Corinthians parece ser o único profissional disso tudo. Como todos os outros torcedores, não os vândalos das arquibancadas, mas os torcedores de verdade. São tão mais profissionais que até uma dessas facções tem mais sócios que o próprio Corinthians. Talvez venha deles a resposta. Como veio dos grandes que foram rebaixados recentemten e voltaram nos braços de seus torcedores. Como veio na impressionante capacidade e aglutinação de Inter e Grêmio com seus projetos de sócios-torcedores. Como virá quando o torcedor do Flamengo tomar o time em suas mãos.
Mas a grande lição que fica desse rolo corintiano é uma lição para todos nós, brasileiros. Vivemos uma época em que o que importa é ter dinheiro, não interessa como ele foi conquistado, de onde veio. Foi assim com o Corinthians e a MSI. Enquanto o time ganhava, muita gente que hoje critiva, venerava o tal do Kia, tirava foto, pedia autógrafo, puxava cadeira. Alguns clubes de futebol do Brasil acham que parceria é aparecer alguém cheio de dinheiro para dar e deixar que os dirigentes façam o que bem entenderem. Não funciona assim. Os corintianos aprenderam isso da maneira mais difícil.
2 comentários:
Olá, Nori... Gostaria de entender o porquê dos "especialistas" dizerem que o campeonato brasileiro é nivelado por baixo, ou o São Paulo é o menos pior dos piores... Veja bem, dos últimos 6 finalistas da libertadores, 5 foram brasileiros e 4 disputam esse campeonato... Pela 1ª vez, temos os 2 últimos campeões mundiais disputando o nacional... De onde os "especialistas" (e parciais, diga-se de passagem) tiram esse absurdo?!?! Por que têm tanto ódio do São Paulo?!?! Gostaria que me citassem um campeonato no mundo nivelado "por cima"... Isso é ridículo e medíocre... Um abraço, Nori.
Prezado AlexSa, não sei de onde vc acha que alguém tem ódio do seu time. Poucas vezes uma equipe foi tão elogiada como o São Paulo tem sido. Eu, particularmente, acho o Brasileirão divertido, disputado, mas o nível técnico é baixo se comparado a outras temporadas por aqui. Não que se trate de uma porcaria de campeonato, longe disso, mas também não é um espetáculo. Mesmo assim, ainda acho o Brasileiro o melhor e mais equilibrado torneio do futebol mundial.
Abs
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