terça-feira, dezembro 01, 2009

Flamengo não tem nada

a ver com um eventual

desinteresse do Grêmio




Uma coisa que fique bem clara para quem gosta de Esporte, esse com E maiúsculo. Qualquer associação que junte o Flamengo a a um possível desinteresse do Grêmio no jogo de domingo. Vejo algumas ilaões perigosas no meio do caminho.

O Flamengo chegou onde chegou porque mereceu e somou 64 pontos em 37 rodadas, coisa que os outros não fizeram. Faltou foi competência principalmente, pela ordem, a Palmeiras, São Paulo, Inter e Atltéico Mineiro. O Flamengo ganhou do São Paulo, do Palmeiras e do Atlético na reta final. Empatou com o Inter num dia de pólo aquático e não de futebol.

Erros de arbitragem houve para todos os lados, pró e contra. E se o goleiro do Corinthians tomou a lamentável e reprovável atitude de não ir na bola no pênalti de Léo Moura (as imagens da TV Globo estão aí para serem vistas e analisadas por todos), isso é problema do Corinthians, de seus torcedores, de seus sócios, conselheiros e dirigentes. E também do STJD e da CBF.

Se o Grêmio e o Corinthians colocam a rivalidade com Inter, São Paulo e Palmeiras acima do seu próprio comportamento como clube de futebol, isso é lá problema do Grêmio, co Corinthians, da CBF e do STJD.

Quem escreve isso é alguém que não tem vergonha nem medo de reconhecer que há um mês não acreditava que o Flamengo pudesse chegar. E o Flamengo chegou na bola, jogando mais do que os outros. Se o Grêmio não quer jogar toda a bola que deve no jogo final porque entende que mais importante do que uma vitória sua é uma derrota do Inter, que a coisa se resolva entre os farroupilhas e os dirigentes do futebol nacional.

E antes que algum boboca do bairrismo se manifeste, nasci em Jaú, interior do Estado de São Paulo, terra do glorioso Galo da Comarca, o XV de Jaú.

4 comentários:

Unknown disse...

Nori,

Bom dia,

Já fiz comentários para este blog e cada vez mais admiro seus apontamentos diretos e inteligentes.O problema é que tanto no futebol quanto na própria sociedade brasileira reina a hipocrisia. O mérito alheio é sempre oriundo de alguma manobra.E esta história de bairrismo é algo que atrasa muito nosso futebol.Foi especialmente maléfica para o Rio de Janeiro nestes últimos tempos em que não creditava o devido mérito ás ações do Futebol Paulista, pois ao invés de servir como incentivo a coisa caminhou para a depreciação e o desinteresse.Eu, como botafoguense não sei há muitos anos o que é entrar um campeonato brasileiro com reais chances de ser campeão.Até que há 02 ou 03 anos atrás fomos bem mas no final da campanha ficamos no meio da tabela.O papo bem difundido aqui no Rio é que demoraríamos anos para ter um campeão na era dos pontos corridos,e isto esta bem próximo de ocorrer.Então, disto tudo podemos aprender que com trabalho e profissionais sérios, o sol realmente pode nascer para todos.

Abraços e continue com sua lucidez por intermédio deste blog

Cláudio disse...

Olá, Noriega.

Vou dar minha opinião.

O maior problema que eu vejo nisso tudo não é sequer mencionado.

Tudo bem, o Flamengo não tem nada a ver com o desinteresse do Grêmio. Sim, o clube carioca fez mais pontos. Sim, é lamentável a atitude do goleiro corintiano.

Os enfoques são sempre estes e são sempre bastante superficiais. E são superficiais porque nunca se lembram de um enfoque muito importante: o enfoque do RESPEITÁVEL PÚBLICO.

Ora, não é só uma questão entre Flamengo, Corinthians, Grêmio, STJD, CBF, São Paulo, Palmeiras etc. E não diz respeito somente às torcidas desses times.

E o público que acompanha a competição e que acredita, veja só, que a competição é uma competição?

Estou há meses comprando pacotes de tv, ingressos, camisas, lendo jornais, blogs, gastando o meu tempo com jogos, reportagens e por aí vai. Pra quê?

Pra chegar no final e presenciar um time entregar o jogo?

É isso?

No final das contas, todo o meu gasto emocional, de tempo e de dinheiro fica resumido a uma farsa (O Corinthians, ontem, me chocou)?

O grande problema, Noriega, é que o futebol é muito maior que a rivalidade entre os clubes. E um Felipe da vida parece que não tem nem idéia disso...

Na verdade, fica parecendo que tudo é uma grande farsa. Afinal, nos foi vendida a idéia de que o melhor será definido por critérios esportivos. Mas como isso é possível se o Flamengo será campeão com seus dois últimos jogos sendo entregues pelos adversários?

Mais: e o precedente de desconfiança que se cria?

Se um grande ídolo, com toda a sua história de glória e superação, como é o Ronaldo, simula uma contusão, o que esperar de seriedade daqui pra frente?

Ele entregou por uma suposta rivalidade. Outros entregarão por qual motivo?

Na verdade, isso aí é muito mais sério do que sugere o enfoque embasado unicamente na rivalidade. Ou numa suposta opinião do que acha este ou aquele...

A questão é ética, mas vai também além da ética. Ela entra no campo jurídico.

Eu estou sendo desrespeitado no meu direito de que uma competição esportiva seja definida por critérios esportivos. De uma competição que me foi vendida como sendo esportiva, com critérios e regras claras.

Unknown disse...

Cláudio, excelente sua colocação. Vc me autoriza a reproduzi-la no blog?
Abs

Cláudio disse...

Claro, Noriega.

Um abraço.

Cláudio.