terça-feira, abril 29, 2008

SUPERQUARTA É PRATO
CHEIO PARA O FUTEBOL


Para quem curte futebol, seja na arquibancada, ou zapeando no conforto de casa, a quarta-feira promete. A oferta de jogos em território nacional ou envolvendo times brasileiros é difícil de ser superada em qualquer canto do mundo.
Pela Libertadores, duelos sensacionais, já na fase de mata-mata, da qual sou defensor assumido. Nada se compara a um bom confronto eliminatório, ainda mais em se tratando de Libertadores. O Flamengo enfrenta o América, no México, um jogo sempre complicado. O futebol mexicano é rico e cresce a cada ano, e o América é o Flamengo do México, o time mais popular do País. Um empate ou até mesmo uma derrota por um gol de diferença não podem ser considerados resultados ruins, e a vitória, se vier, será sensacional. É jogo para o Mengão ter inteligência, jogar pensando em 180 minutos.
O Fluminense pega o Nacional da Colômbia, time que agradou na derrota para o São Paulo, tem bom toque de bola e explora as entradas em diagonal do centroavante Galván. O Tricolor carioca tem mais categoria, jogadores que podem decidir, mas precisa incorporar o espírito da Libertadores e, assim como o Flamengo, pensar o confronto e não apenas um jogo. Dodô pode ser uma arma importante no segundo tempo.
O São Paulo enfrenta o Nacional, em Montevidéu. O time uruguaio é uma pálida lembrança dos tempos em que foi tricampeão mundial, mas em seu estádio, o Gran Parque Central, o Nacional costuma jogar na pressão e, assim como o São Paulo, gosta de forçar o jogo na bola parada. O Tricolor pode jogar mais do que vem jogando e decidir sem sustos no Morumbi.
Desafio mesmo tem o Cruzeiro, contra o poderoso e sempre favorito Boca Juniors. O time mineiro tem futebol para encarar o Boca e despachá-lo, mas isso nunca será fácil. O grande segredo é não cair nas armadilhas dos xeneizes. Time de macacos-velhos, jogadores rodados e de qualidade, o Boca muitas vezes parece morto, às vezes se finge de morto, e em cinco, dez minutos define o resultado. De novo, inteligência e posicionamento são fundamentais, além de uma marcação eficiente nos decisivos Riquelme e Palácio.
Por fim, na quinta, o Santos recebe o Cúcuta, adversário frequente nessa Libertadores. Embora tenha evoluído, o Peixe ainda não atingiu o ponto de equilíbrio e, de novo, deve depender da luta incessante e da capacidade de entrega de seus jogadores. Sem contar a contribuição fundamental de Kléber Pereira.

COPA DO BRASIL

É muito jogo bom, muito duelo de time grande na Copa do Brasil. O Corinthians, ainda em dívida com seu povo, tem uma boa oportunidade de buscar um resultado que seja redentor. O problema é combinar isso com o esperto time do Goiás, que já entra em campo vencendo por 2 a 0 e tem um meio-campo mais consistente que o alvinegro.
Em Recife, um belo jogo se anuncia. O Sport marcou o Palmeiras com eficiência em São Paulo, mas o zero a zero deixa tudo igual. O dilema pernambucano deve ser sobre qual postura adotar: ataca o Palmeiras e se abre, ou aposta no equilíbrio? O Palmeiras deve ser um time cadenciado como foi diante da Ponte Preta, apostando na qualidade individual de seus jogadores.
Situação dramática vive o Galo Mineiro diante do bom time do Náutico. Após a goleada por 5 a 0 para o Cruzeiro, o Galo, no ano de seu centenário, precisa muito desse resultado, assim como o Náutico, que viu o rival Sport faturar o tricampeonato estadual. Se pudesse apostar, cravaria esse como o jogo mais emocionante, pelas circunstâncias.

ESTADUAIS


Será digno deste e de qualquer outro centenário se o Atlético Mineiro passar pelo Cruzeiro na final mineira. Missão impossível mesmo.
Missão difícil é a da Ponte contra o Palmeiras. Não é impossível, mas também será histórica. A postura dos dois times no primeiro tempo da partida de ida da final foi embleática. O Palmeiras estava pronto para decidir à sua maneira, a Ponte ainda não estava.
No Rio, o Flamengo deu um passo importante, mas o Botafogo tem boas chances se fizer um dos muitos bons jogos que já cravou na temporada. O problema é saber a real capacidade de decidir dessa boa equipe alvinegra.

6 comentários:

Anônimo disse...

Olá Nori, gostaria de levantar uma questão. Desde de 2006, quando retornou ao SPFC, Murici já disputou inúmeras competições, mas nunca venceu um campeonato no chamado estilo mata-mata. Será que o estilo do treinador é o causador de seguidas eliminações? Com Murici o SPFC, perdeu a Libertadores 2006, a Recopa 2006, o Paulistão 2007, a Libertadores 2007, a Sul-Americana 2007, o Paulistão 2008, todos campeonatos do tipo mata-mata. Murici, ao contrário de outros treinadores é, assumidamente, contra ações motivacionais, como videos, palestras, depoimentos de familiares, enfim, para o treinador são-paulino jogar em time grande é um fato em si mesmo motivador. Mas será que a "mentalidade" do jogador, não exige este tipo de ação motivadora? Será que a motivação não justifica o sucesso de treinadores como Joel e Abel Braga? Será que a falta desta ação motivacional não traz prejuízos ao trabalho de Murici, que perdeu, com o SPFC, todos os campeonatos mata-mata que disputou?


Bruno

Unknown disse...

Olá, Bruno. Questão interessante, mas acredito que seja mais por coincidência, já que, mesmo sem conquistar títulos no mata-mata, o São Paulo tem chegado a decisões ou fases decisivas. O Abel também passou por isso no Fluminense até vencer a Libertadores e o Mundial, no Iner. Também é algo para se analisar o grupo de jogadores, a personalidade de cada um etc.
Abs

Anônimo disse...

Fala, Nori!
Não dá para esquecer também do Palermo (que de "palerma", nao tem nada... piadinha ruim, essa...), muito bom nas bolas altas, sempre finalizando com perigo.
E, claro, Riquelme não pode ficar um segundo livre, senão arruma uma jogada que pode ser fatal. Cruzeiro precisa ter muito cuidado.
Acho que o Palmeiras passa pelo Sport, jogo sofrido, mas tem mais qualidade para tocar e esperar o momento certo. Perigo será o Sport fazer um gol logo no começo, o que obrigará o Palmeiras a ir para cima, o que pode ser fatal. Devia ser ESSE o jogo da TV hoje.
Quanto ao meu Timao, vai ser jogo brigado, de muita raça, mas não acredito que passaremos. O Goiás, como bem colocou, tem um meio campo mais consistente. Ao Timao, falta um goleador, um atacante "de ofício", uma referência na área. Vai fazer falta...
Dedos cruzados, bom trabalho para vc.
Grande abraço,
Joao Luis Amaral

Anônimo disse...

E ai Nori...a vitoria do flamengo foi sensacional hein?
Mas falando serio, o time do America do Mexico é assustadoramente fraco.
O flamengo poderia ter se saido melhor se não tivesse se poupado tao visivelmente no primeiro tempo (em que alem de marcinho, so souza e kleberson se destacaram - e infelzimente apesar de produzirem boas jogadas sempre acabavam por nao conclui-las a gol. parreciam com medo da responsabilidade de decidir. coisa que marcinho nao teve alias. como ta jogando esse menino. melhor contratação do flamengo ate agora. tem a cara la LA, nao a toa é nosso artilheiro na competição).
No segundo o flamengo vendo a facilidade de superar a defesa americana foi com tudo e entrou no clima do america do mexico (um time maluco e completamente irresponsavel defensivamente...em suma, uma bagunça mesmo). Nesse esquema logico que levaria a melhor por ter jogadores mto melhores, alias, infinitamente melhores eu diria.
E se nao tivesse perdidos tantos gols incriveis o Flamengo ainda poderia ter ganho com um dos maiores placares dessa LA.
Se o Flamengo tivesse levado essa partida com a seriedade que costuma ter, tenho ate pena de pensar o que seria do America do Mexico.

Anônimo disse...

Olá Nori... Sem a proteção e os pênaltis que os juízes davam (dar no sentido de entregar mesmo) ao Palmeiras no paulistinha as coisas mudam. Esse paulistinha me lembra a série B que o Palmeiras ganhou (haja pênalti...). O paulistinha já era, campeonato sem crédito, não só o paulistinha, mas os regionais de uma forma geral.
Alex SA.

Anônimo disse...

Obrigado, bom trabalho! Este foi o material que eu tinha que ter.