Acompanho futebol desde os anos 1970. Não tenho receio algum em afirmar que ontem, 30 de agosto de 2014, Vasco e Palmeiras foram a campo com os piores times de suas gloriosas e centenárias histórias.
Como se isso não bastasse, os milhões e milhões de vascaínos e palmeirenses espalhados pelo Brasil precisam colocar as bandeiras de molho, porque o risco de ficar pior é tão grande quanto as instituições.
Vi os melhores momentos de Palmeiras x Inter e Vasco x Avaí. Alguns instantes são dignos de sentir pena dos torcedores alviverdes e cruzmaltinos. Porque eles não desistem. Havia 31 mil pessoas no Pacaembu e perto de dez mil em São Januário.
Uma coisa é cristalina: Inter e Avaí têm times muito superiores a Palmeiras e Vasco. Mesmo estando longe de ir a campo com equipes que se aproximem das melhores de suas histórias. No caso do Inter, desfalcado de seu melhor jogador, D´Alessandro, e com uma dupla de zaga e outra de volantes, no mínimo, reticente. O Avaí recentemente foi eliminado pelo Palmeiras da Copa do Brasil sem oferecer resistência.
O fato que estarrece é que Inter e Avaí nem precisaram fazer força para vencer. Bastou que esperassem o rosário de erros dos adversários. Se foi 5 a 0 na Colina Histórica poderia ter sido 5 a 2 no Pacaembu. Porque o nível de erros dos jogadores do Vasco e do Palmeiras beira o amadorismo.
Há fatores históricos que ajudam a entender porque Vasco e Palmeiras chegaram ao patamar de vexames atual.
Os dirigentes do Palmeiras escolheram esse caminho em 2002, quando o time caiu pela primeira vez. Em vez de voltarem fortes, imponentes como canta o hino, optaram por retornar à meia força, com a tal política do bom e barato, jogadores e treinadores de segundo escalão. Como o time nunca teve base e jamais soube revelar jogadores, ficou escravo dessa fórmula e da contaminada política das alamedas do Palestra Itália. Tem uma sombra de um dirigente que, mesmo de longe, ainda manda no clube: Mustafá Contursi.
O Vasco fez algo parecido. Quando caiu, ensaiou uma volta forte com a conquista da Copa do Brasil, mas ficou no ensaio. Tem uma política tão contaminada quanto à do co-irmão paulista e o espectro de um dirigente que manda nos bastidores: Eurico Miranda. Tinha uma boa base, mas a tragédia econômica dilapidou esse patrimônio. Quando se esperava que Roberto Dinamite, do patamar de maior craque da história do clube, saneasse o Vasco, o que se viu foi que a contaminação é resistente aos mais fortes antibióticos.
Houve títulos esporádicos no meio do caminho para palmeirense se vascaínos. Acidentes de percurso, é preciso dizer. Pontos fora da curva decadente. O Palmeiras ainda teve um lampejo de humildade ao reconhecer sua incompetência e procurar a Parmalat, que despejou jogadores e títulos nos anos 1990, e em 2008 montou um bom time com a ajuda da Traffic. Terceirizou e se deu bem. Ganhou uma Copa do Brasil Deus sabe como em 2012. O Vasco tinha um bom patrocinador que perdeu pela insanidade de alguns torcedores, enterrando uma possibilidade de reconstrução.
Claro que há tempo para que o Palmeiras evite o terceiro rebaixamento em pouco mais de dez anos e o Vasco escape da vergonha de permanecer na Série B.
Mas a pergunta que fica é a seguinte: isso vai mudar alguma coisa?
Acho pouco provável. Palmeiras e Vasco tratam doenças sérias com placebo. Não combatem a causa, apenas atenuam os sintomas.
Quem deve abrir o olho para não ser puxado para essa centrífuga é o Grêmio.
Entre os grandes do Brasil o Tricolor gaúcho é o que está há mais tempo sem ganhar algo de importante. Desde 2001, na Copa do Brasil, com Tite, que o gigante gaúcho não comemora um título de expressão.
Tem experiência em rebaixamentos, uma política complicada e ainda lida com a ala radical de sua torcida, que está, inclusive, representada no Conselho Deliberativo do clube, e pode provocar a exclusão da Copa do Brasil.
A chance de ganhar algo em 2014 é mínima. Tem elenco e treinadores caros e, como Vasco e Palmeiras, ainda recorre a figuras que nunca deixaram de mandar, mesmo fora do poder oficial, como Fábio Koff.
São tristes retratos do amadorismo que contaminou nosso futebol.
5 comentários:
Olá, Nori!
Quando você diz que o Palmeiras opta por "treinadores de segundo escalão", está pondo neste bolo solado o Luxemburgo, o Felipão e o Murici, certo?
Se estiver, saiba que concordo plenamente.
Faz tempo que desconfio que no Brasil não tem treinador de futebol, tem uns camaradas "espertos", que contam com a sorte para enganar por maior ou menor tempo.
Leão e Luxemburgo foram considerados por torcedores e especialistas da imprensa os melhores treinadores do país, entre 2000 e 2005. Hoje nenhum clube quer Émerson Leão e o Wanderlei Luxemburgo estaria desempregado não fossem o desespero, a mediocridade e a falta de opção dos dirigente do Flamengo.
O Santos, por exemplo, paga quase meio milhão de reais, para um treineiro mequetrefe, ex-auxiliar do Luxemburgo, um sujeito que tem explicação para tudo; mas não tem solução para nada.
As justificativas do treinador do Santos para derrotas parecem coisas de cartomante: O Santos perdeu para o Cruzeiro porque o "Cruzeiro está um palmo acima". O Santos perdeu para o Botafogo, porque "o Jéferson é o Jéferson".
Isto significa que, sob o comando do Osvaldo de Oliveira, o Santos só vencerá o Botafogo quando o Jéferson se transformar na Gata Borralheira.
Nori,
O tal Careca teve 40 dias de pré-temporada para montar um time e apresentou o trabalho mais ridículo entre todos os treinadores da Série-A. Conseguiu ser pior que o Osvaldo de Oliveira; mas volta pra casa com oitocentos mil a mais na poupança, fora os salários, que eram dez vezes o que recebia na Argentina.
Uma lambança dessa eu faria por quatrocentos mil com direito a pechincha.
TREINADOR DE FUTEBOL É A MELHOR "PROFISSÃO" DO MUNDO.
Noriega!
Na minha opinião você é muito fraco como jornalista.
Comentários muito ruins e textos sem fundamento.
Precisa melhorar muito para chegar próximo a profissionais como PVC, etc.
Espero que melhore
Ass: Manual Nunes
Formula Magica para salvar o Calendário e o Campeonato Brasileiro de pontos corridos
Primeiro Turno
Todos jogam contra todos, no ano seguinte o mando de campo deve ser invertido.
Segundo Turno
Divide o campeonato em dois grupos, os que irão disputar o título e os que vão brigar para não cair, respeitando a pontuação do primeiro turno:
Os 10 primeiros jogam somente entre eles para disputa do Título e classificação para Libertadores (não podem ser rebaixados visto que irão ter confrontos mais difícil que o segundo grupo). Os times desse grupo vão brigar para ter a classificação final do campeonato entre 1º ao 10º.
Os 10 últimos jogam somente entre eles para disputa do rebaixamento (não poderão se classificar para libertadores nem titulo, visto que jogam somente com os adversários mais fracos). Os times desse grupo vão brigar para ter a classificação final do campeonato entre 11º ao 20º. A motivação para ficar em 11º ou 12º surgiria de vagas na sul-americana e a motivação para ficar fora da zona de rebaixamento surgiria por motivos óbvios de querer disputar o título no ano seguinte.
A pontuação do campeonato no segundo turno passa a ser somente os pontos conquistados nos confrontos diretos (Somados primeiro e segundo turno), ou seja os pontos validos para o grupo de disputa do titulo será os pontos conquistados somente contra os adversários do grupo de conquista do titulo. Os pontos validos para rebaixamento serão somente os pontos conquistados nos confrontos dos times que compõe o grupo de rebaixamento. O 1º Critério de desempate seria a pontuação do 1º turno.
O mando de campo deve ser invertido do confronto realizado no 1º turno (se o 9º colocado jogou as nove partidas contra os 10 primeiros fora, nesse returno irá jogar 9 partidas em casa). Nesse formato a briga pelo titulo, Libertadores e rebaixamento terão os confrontos diretos com jogos de ida e volta, considerando os pontos do 1º e 2 turno nos confrontos diretos.
O Primeiro turno ficará bem mais interessante, pois será nesse turno que teremos a definição de quem briga para não cair e quem ainda sonha com o título e Libertadores.
O segundo turno irá pegar fogo, somente com jogos de confrontos diretos na disputa pelo titulo, libertadores e briga para não cair. O fato de ter somente confrontos diretos recolocaria na briga pelo titulo até o 10 colocado, mesmo estando com uma pontuação distante do líder.
A tabela seria reduzida, pois no segundo turno os times jogariam somente 9 partidas (metade do modelo atual). Resolvendo um grande problema de excesso de jogos reclamados por torcedores, imprensa e técnicos e principalmente os jogadores (Bom Senso).
Vamos ter um segundo turno com nove rodadas que representariam nove finais de campeonato. Muita emoção em todos os jogos!!!
Comentários e questionamentos importantes:
Por que não zerar os pontos e iniciar um campeonato novo no segundo turno?
Um time que abrisse vantagem no 1º turno seria prejudicado se a campanha dele fosse igualada a do 10º colocado.
Um time que já tivesse matematicamente classificado entre os 10 primeiros no 1º turno, não jogaria com o mesmo intuito de vencer, pois já estaria classificado. Mas se esses pontos ainda forem considerados no segundo turno, o time ainda ira querer ganhar todos os jogos.
Fazer o primeiro turno ser também um campeonato com jogos emocionantes em sua reta final.
Por que não fazer o segundo turno com jogos de ida e volta?
Iria acarretar mais uma vez com o problema de muitas datas, além de ter alguns times beneficiados jogando 2 vezes como mandante (uma no 1º e outra no 2º turno) contra um adversário direto pelo titulo.
Caro Manual Nunes, tenho muitos sonhos e objetivos a alcançar, mas este citado por você certamente não é um deles. abs
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